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Ciência e Saúde

Dezembro Vermelho: último mês do ano marca o combate das ISTs

A campanha do Dezembro Vermelho, que vem ao combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), foi promulgada em 2017 no Brasil e visa conscientizar, por meio de ações públicas, que abordam sobre a importância da assistência, prevenção

A vida precisa continuar

No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. O objetivo é informar, conscientizar e sensibilizar a população sobre a possibilidade de dar vida a uma nova pessoa que precisa da

Doações de sangue são importantes durante todo o ano

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A campanha do Dezembro Vermelho, que vem ao combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), foi promulgada em 2017 no Brasil e visa conscientizar, por meio de ações públicas, que abordam sobre a importância da assistência, prevenção e proteção dos direitos das pessoas infectadas com HIV. A iniciativa, realizada em todo o país, abrange o Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com administração pública de cada estado e cidade. Originalmente, a campanha foi instituída através da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991. A denominação ISTs substituiu a sigla DSTs, Doenças Sexualmente Transmissíveis, e é usada como meio de explicar a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir a infecção, mesmo ela não tendo sinais ou sintomas.

Dia 1 de dezembro é a data que marca a importância a conscientização sobre precauções, sintomas e tratamento da AIDS. Foto: Freepik

As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou microrganismos transmitidas por meio de relações sexuais (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino com a pessoa que está infectada. A transmissão pode ocorrer também de maneira não-sexual através do contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

Entre os sintomas das ISTs estão feridas, corrimento, verrugas anogenitais, dor pélvica, lesões de pele e aumentos de ínguas. Alguns tipos de ISTs são: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, hepatites virais B e C , entre outros. O tratamento pode ser realizado de forma gratuita através do SUS.

HIV ainda preocupa

A AIDS ou HIV é uma IST causada por meio da infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecida também por HIV. O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, 1º de dezembro, foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a epidemia de Aids.

A transmissão ocorre devido a relações sexuais sem o uso do preservativo masculino ou feminino, uso de seringa por mais de uma pessoa, transmissão de sangue contaminado, da mãe infectada para seu filho durante gravidez no parto ou amamentação, e por instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Os primeiros sintomas da doença surgem entre duas e quatro semanas após o contato com o vírus e são parecidos com os de gripe. A próxima fase é caracterizada pela alta interação entre as células do corpo e as mutações do vírus, e é quando o corpo fica assintomático. Mais tarde, o ataque às células aumenta o gera um desgaste no corpo, o que deixa o sistema imunológico mais sensível a várias infecções. Em um estágio mais avançado o paciente pode desenvolver hepatites virais. O diagnóstico da doença é realizado por meio de um teste a partir da coleta de sangue ou fluido oral de forma gratuita pelo SUS.

O tratamento é realizado mediante o uso de medicamentos antiretrovirais (ARV) que surgiram na década de 80 e impedem a multiplicação do HIV no organismo, o que evita o enfraquecimento do sistema imunológico. Desde 1996, o Brasil disponibiliza de forma gratuita os ARV e, na atualidade, existem 22 medicamentos. Em 2022, a AIDS entrou oficialmente na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, que tem por objetivo auxiliar o planejamento de saúde, definir prioridades de intervenção e permitir o impacto que estas intervenções trazem para a erradicação da doença.

No Rio Grande do Sul, a implementação dessas medidas vem acompanhada de outras estratégias, como a manutenção do Projeto Geração Consciente, iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, UNESCO, UNAIDS e RS Seguro, dirigido a jovens estudantes de escolas estaduais e municipais em que um dos eixos trabalhados é a saúde sexual e reprodutiva.

Entre as capitais do país, Porto Alegre é a que apresentou maior índice de infectados em um levantamento dos últimos cinco anos (2018 a 2022) que leva em consideração as taxas de detecção na população geral , mortalidade e detecção em menores de 5 anos. Até junho de 2023, o estado do Rio Grande do Sul registrou 1.206 casos de AIDS. Em relação ao coeficiente de mortalidade, o RS apresenta o maior do país: 7,3 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 4,1.

A campanha Dezembro Amarelo foi criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ela faz parte da ação nacional contra o câncer de pele, tumor que atinge diretamente o órgão mais extenso do corpo, fazendo feridas e manchas. O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo. A Austrália é o país mais famoso na incidência desta doença, por ter estado, durante muitos anos, em primeiro lugar no número de casos. A cidade de Queensland é conhecida como a “Capital Mundial do Câncer de Pele”. Todos os australianos correm o risco de desenvolver algum tipo de câncer de pele e pelo menos dois em cada três são diagnosticados com a doença antes dos 70 anos, segundo o site Conexão Planeta.

Imagem da campanha Dezembro Laranja, realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Imagem: SBD

Existe dois tipos de câncer de pele, o Melanoma e o não Melanoma. O Melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, em forma de pintas ou sinais. É o tipo mais grave, devido à sua alta capacidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial. Já o não Melanoma é o mais comum no Brasil, com alto índice de cura desde que seja tratado na sua fase inicial.

Os principais sintomas do câncer de pele são:

  • Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram;
  • Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
  • Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
Imagem: Clinica Jardim América

Alguns cuidados para prevenção do câncer são: evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h; aplicar protetor solar na pele antes de se expor ao sol, sempre reaplicando o protetor a cada duas horas; ter cuidado com as tatuagens, pois pode esconder sinais e pintas e, por fim, mas não menos importante, o uso do protetor solar até mesmo em dias nublados.

O câncer de pele não melanoma em homens é mais incidente nas Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, com um risco estimado de 123,67 pessoas a cada 100 mil, 89,68 a cada 100 mil e 85,5 5a cada 100 mil, respectivamente. Nas Regiões Nordeste e Norte, a doença ocupa a segunda posição, com um risco estimado de 65,59 a cada 100 mil e 21,28 a cada 100 mil, respectivamente. No que diz respeito às mulheres, o câncer de pele não melanoma também é menos incidente nas regiões Norte e Nordeste. Há um risco estimado de 125,13 pessoas a cada 100 mil no Centro-Oeste, 100,85 pessoas a cada 100 mil no Sudeste, 98,49 a cada 100 mil no Sul, já no Nordeste o número fica em 63,02 pessoas a cada 100 mil e 39,29 a cada 100 mil no Norte. 

O tratamento para esse tipo de câncer consiste na retirada da lesão e do tecido ao redor, com a quimioterapia e a radioterapia sendo utilizados em casos mais graves. O mais importante é sempre procurar um dermatologista assim que aparecer alguma mancha ou sinal. Se diagnosticado no início, as chances de cura são altas.

No mês de outubro é celebrado o Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar sobre o controle do câncer de mama em mulheres de todo o mundo. A campanha é um movimento internacional, que foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komer the Cure.

O propósito da campanha é compartilhar informações sobre a doença, colaborar no acesso a diagnósticos e tratamentos e também ajudar na redução da mortalidade que o câncer traz às mulheres.

Roda de conversa com profissionais da saúde do curso de Enfermagem. Imagem: Luiza Silveira/LABFEM.

A professora do curso de Enfermagem da UFN, Janine Vasconcelos, esteve a frente de uma ação no último dia 16 de outubro no conjunto III. Foi promovida uma roda de conversa com profissionais da área da saúde expondo algumas vivências referente ao câncer de mama, e esclarecendo sobre possibilidades de tratamento e de prevenção. A roda de conversa contou também com os alunos do curso de Enfermagem, que atuam no consultório da instituição. Eles trouxeram uma caixa com o nome de “caixa da Barbie” que serviu para chamar atenção da promoção e da prevenção do câncer de mama. A professora conta que a criadora da Barbie desenvolveu câncer de mama em 1970, momento em que ela estava criando a boneca. Naquela época, a cor símbolo da boneca foi estipulada com sendo o cor-de-rosa, por isso hoje o Outubro Rosa. Janine destaca que trazer a questão de uma boneca do sexo feminino e empoderada junto à questão do Outubro Rosa é de grande importância.

A professora comenta que que o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a cada dois anos, para mulheres a partir dos 50 anos. No entanto, para ela “é uma idade muito tardia, tendo em vista a alimentação industrializada, a falta de atividades físicas, o tabagismo e como tudo isso influencia no desenvolvimento do câncer de mama, o que faz com que haja casos cada vez mais cedo. Acaba ficando o questionamento do porque não fazer rastreio antes desta idade.”

Símbolo Nacional do Outubro Rosa. Imagem: normasmed

Alegrete conta com atendimento psicológico às pacientes

Bibiana Santos Pedroso, atuante na Liga Feminina de Combate ao Câncer de Alegrete, conta que desde sua fundação, em 1960, a instituição filantrópica ajuda pacientes acometidos com vários tipos de câncer, independente do sexo. Hoje são 300 pacientes ativos, que são cadastrados e auxiliados. O maior índice de pacientes é de câncer de mama, seguido do de próstata.

Segundo a enfermeira, antigamente a Liga tinha um ambulatório ginecológico onde era coletado material para o exame Papanicolau, havia o exame de mamas e era possível solicitar exames laboratoriais e de imagem. Atualmente o laboratório foi extinto. A Liga oferece aos pacientes com câncer o tratamento fora do domicilio, em outro município, e conta com transporte e acomodação. Também é oferecida cesta básica, pois muitas vezes a pessoa que está em tratamento é provedor daquela família. Todos os exames são oferecidos pelo SUS e, aqueles que não são realizados pelo mesmo, a Liga oferece de forma particular. O espaço também conta com atendimento psicológico, quando necessário.

Bibiana declara que sua forma de atuação é através de palestras em vários âmbitos, como escolas, empresas e instituições. A Prefeitura Municipal de Alegrete repassa um valor mensal para a instituição que ajuda a custear as despesas dos pacientes no tratamento contra o câncer. Empresas privadas e pessoas físicas também realizam doações. Já as arrecadações por parte da Liga se dão através de promoções dentro da comunidade de Alegrete, como: Baile da Glamour; Chocolate da Liga; Feijoada da Liga; Penca do boi, entre outras. A Liga Feminina de Combate ao Câncer de Alegrete fica na rua Marques do Alegrete, 67.

Já em Santa Maria a Liga fica na rua Dr. Bozano, 1051.

No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. O objetivo é informar, conscientizar e sensibilizar a população sobre a possibilidade de dar vida a uma nova pessoa que precisa da doação. No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde lançou a campanha de doação de órgãos e tecidos que se chama O Amor Vive durante uma sessão especial no Mirage Circus, fundado pelo ator Marcos Frota. O propósito do evento foi ampliar a informações sobre o tema e incentivar a doação de órgãos e tecidos, assim diminuindo as filas de espera para transplantes.

Na grande maioria das vezes, não há como garantir a vontade do doado, por isso a necessidade do diálogo entre os familiares, para que aja conhecimento do desejo de doar da pessoa que pode estar viva ou já falecida. Também existe a possibilidade de fazer um documento registrado em cartório pelo próprio doador demostrando sua intenção em ajudar ao próximo. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.

Em 2023, o Rio Grande do Sul teve aumento em 36% das doações. De janeiro até julho a Central Estadual de Transplantes registrou que 441 órgãos foram captados de 164 doadores para transplantes. No estado, aproximadamente 2.700 pessoas esperam por um transplante. Neste momento, 1.307 pessoas aguardam na lista para receber um novo rim, já para o transplante de córneas são 1.202 pacientes na fila de espera.

A campanha O Amor Vive será transmitida em televisão e em redes sociais. Um vídeo gravado pelo ator Marcos Frota também será postado. A ideia é que siga a divulgação do conteúdo após o mês de setembro, para sempre lembrar e mobilizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos no país.

Lançamento da campanha O Amor Vive com o embaixador Marcos Frota. Foto: Gustavo Mansur

A 4 ª edição do projeto Fé e Café em especial ao Setembro Amarelo ocorre na próxima quarta, 13 de setembro, na sala 108 do prédio 16, conjunto III da UFN. O encontro será mediado pelo padre Alison Valduga, mestre em Psicologia, e contará com a participação do professor de Medicina da Universidade Franciscana e médico psiquiatra Fábio Pereira. A iniciativa tem como objetivo conversar com o público de diversas faixas etárias sobre assuntos que estão em alta na sociedade. Fé e Café é um projeto da Arquidiocese em Santa Maria com a Pastoral UFN.

O projeto tem sua origem em Caxias Do Sul, quando o Arcebispo Dom Leomar realizava reuniões após a missa com os jovens, com o intuito de aprenderem sobre temas que eles gostariam de ouvir dentro da igreja. Após a vinda do Arcebispo para Santa Maria, ele percebeu a necessidade de cuidar da espiritualidade dentro do ambiente acadêmico, segundo nos relata Marielle Flores, da Pastoral Universitária.

Marielle ressalta que o tópico desta edição foi sugestão dos alunos que trouxeram a ideia de falar sobre o suicídio. No entanto, preferiu-se trazer o foco na esperança: ” O projeto busca trazer sempre na roda professores da instituição que atuam na área e pessoas ligadas a fé. A ideia é falar sobre espiritualidade, não como uma religiosidade em si”.

Para o padre Júnior Lago, líder dos jovens na Arquidiocese de Santa Maria, o projeto é um momento de comunhão entre os jovens e serve para a construção de diálogos espontâneos e integrativos: ” É compreensível que nas primeiras edições os participantes estejam se acostumando com o método e a dinâmica, mas a ideia é cada vez mais ouvir os jovens “.

O padre pontua que esta mudança de ambiente da igreja para a faculdade auxilia a compreensão do aluno sobre a fé através de debates que abordem diferentes temáticas e pontos de vistas: ” Quando abordamos temas como felicidade, luto, esperança ou mesmo fé e razão dentro de um ambiente universitário temos a oportunidade de enriquecer o diálogo. Em um ambiente agradável, com boa música, bom café e muita fé e diálogo esperamos a todos na próxima edição do Fé e Café na UFN”.

Nos períodos de outono e inverno, as infecções respiratórias apresentam um aumento, enquanto as doações de sangue apresentam uma baixa. Este é um dos pontos que fez com que surgisse o Junho Vermelho, uma forma de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.

Em Santa Maria é possível doar sangue e medula óssea no Hemocentro Regional, encontrado na rua Alameda Santiago do Chile, 35. Segundo Andressa Baccin, assistente social do hemocentro, o estoque é muito variável. Ela ressalta que, por atender todos os 33 municípios da 4ª Coordenadoria Regional da Saúde, além de Caçapava do Sul, a demanda média é de mais de 800 bolsas de sangue por mês. “Hoje temos alguns tipos sanguíneos que se encontram em estado crítico em relação ao estoque. Normalmente são os tipos negativos (O- e A-), entretanto, nós tivemos uma baixa nas últimas semanas com A+”, afirma.

O Junho Vermelho também apresenta um impacto na doação de sangue. “A gente tenta cada vez mais buscar conscientizar pelo objetivo principal, mas observamos que é muito forte essa promoção social em prol da causa. Nós tentamos então aliar essas duas coisas, essa demanda das empresas com a necessidade que a gente tem em relação ao nosso estoque”, alega Alessandra. Ela ressalta também a importância de doar no inverno e no fim de ano, períodos onde tem menor frequência de doações.

Andressa acredita que estas campanhas de doação de sangue, em junho e novembro, são muito importantes para arrecadar bolsas de sangue. Imagem: Luiza Silveira/LabFem

Doando sangue pela segunda vez, Francisco José Simonetti comenta que foi incentivado a doar a partir de uma campanha realizada pelo dia do cooperativismo no banco onde trabalha. Já Gilberto de Cristo, também doador, afirma que foi a partir de campanhas realizadas pelo Junho Vermelho que começou a fazer as doações. “Eu compareci no banco e eles me disseram que estavam fazendo uma campanha, então eu entrei junto como um meio de abastecer o banco de sangue. Do jeito que nós podemos ajudar, vamos ajudar”, alega Gilberto.

Francisco teve conhecimento sobre a necessidade de doar por meio do banco onde trabalha. Imagem: Luiza Silveira/LabFem

No dia 14 deste mês, foi celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. No dia 25 de novembro, se comemora o Dia Nacional do Doador de Sangue. O Hemocentro Regional de Santa Maria pode ser contatado pelos números (55) 3221-5262 e (55) 3221-5192. Os horários de doações de sangue são de segunda a sexta, entre 8h e 14h e em todos terceiros sábados do mês, entre 8h e 12h.

A Universidade Franciscana (UFN) sediou, ontem (20), a 1ª Mostra da Extensão. A atividade teve como objetivo integrar a instituição com a comunidade. A abertura do evento se deu por meio de uma palestra do professor do curso de História, Márcio Tascheto da Silva, que falou sobre “A Extensão Universitária da UFN”.

O professor acredita que os projetos de extensão são uma grande forma de aprendizado no âmbito universitário. Imagem: Julia Buttignol/ LabFem

O professor explicou o histórico da curricularização de projetos extensionistas. Entre os tópicos apresentados estavam os princípios da filosofia educacional freireana e as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira de 2018. “Com a extensão vem o modo de aprendizagem, mas vem também uma teoria do conhecimento e uma filosofia educacional. É também uma forma de fazer diferente a universidade e a pedagogia universitária”, afirma.

Após a palestra, teve início a mostra das produções extensionistas, onde os estudantes puderam apresentar seus trabalhos com a comunidade para o público presente nos estandes. Simultânea a realização da mostra, aconteceram os ateliês, onde os participantes inscritos experienciaram na prática as atividades realizadas durante a elaboração dos projetos.

Alguns projetos apresentados

O curso de Nutrição da UFN expôs o projeto “Educação Alimentar e Nutricional no contexto escolar”. Segundo a professora Ana Lucia de Freitas Saccol, já existia uma procura das escolas pelo curso. “Tem procura para auxiliar os estudantes, tanto da Educação Infantil como do Ensino Fundamental e Médio, que muitas vezes acabam não tendo hábitos tão saudáveis. Então é uma demanda que veio da própria comunidade escolar. Todos os semestres a gente tem atividades nas escolas, então nós as frequentamos, fazemos um diagnóstico com as turmas que a gente vai trabalhar e eles executam essas atividades”, afirma a professora.

Professora Ana Lucia ressalta que todas as atividades realizadas em escolas são focadas em saúde, bons hábitos e que, quando possível, as atividades são feitas também com a família, professores e funcionários. Imagem: Julia Buttignol/ LabFem

O curso de Ciências Contábeis tratou sobre “Soluções contábeis para o agronegócio”. Este é um tema que vem sendo trabalhado desde 2019. Em parceria com uma cooperativa, o projeto passou a estudar as demandas de um pequeno produtor da região. A professora Bruna Faccin Camargo comenta que “o objetivo é ramificar essa ideia. Queremos continuar na linha dos produtores rurais que são o foco, mas também trazer outros cursos para nos apoiarem”.

Nos ateliês, onde os inscritos puderam ter uma experiência prática dos projetos de extensão, os cursos trouxeram atividades para os visitantes do evento. O “Distrito Criativo em Maquetes”, produção do curso de Arquitetura e Urbanismo, trouxe aos alunos a oportunidade de trabalhar com a produção de maquetes. A extensão faz parte do projeto Mapeando Memórias, onde visa alcançar a educação patrimonial. Segundo a professora Clarissa de Oliveira Pereira “o projeto com a fabricação digital abre várias possibilidades. Um plano que nós temos é de criar maquetes táteis, onde uma pessoa com deficiência visual possa reconhecer como são as fachadas e como são, volumetricamente, estas edificações que nós mapeamos”.

A professora comentou sobre a valorização e o conhecimento da cidade por parte dos cidadãos. Imagem: Julia Buttignol/LabFem

Participação no SIC fortalece preparação dos alunos para o TFG e enriquece sua experiência acadêmica.
Foto: Nelson Bofill

Nos dias 13 e 14, a Universidade Franciscana sediou o Salão de Iniciação Científica – SIC, um evento que teve como propósito promover a divulgação, integração e avaliação das pesquisas científicas, tecnológicas e de extensão realizadas na instituição.

Durante o evento, foram apresentadas diversas pesquisas, sendo uma delas o trabalho da aluna do quinto semestre de Publicidade e Propaganda, Géssica de Moraes, que trouxe um estudo intitulado “Inteligência artificial no ensino: uma revisão bibliográfica sobre as aplicações e perspectivas na educação”. A pesquisa aborda o uso da inteligência artificial, desde as séries iniciais até o doutorado, como uma abordagem personalizada para o ensino de diversas áreas, visando o desenvolvimento das habilidades individuais de cada aluno. “Nós pesquisamos muito e debatemos bastante. Pensamos em como iríamos abordar o assunto já que a inteligência artificial é um tema intimidante para muitas pessoas. Porém, é muito importante apresentar o que tem vindo de retorno, principalmente nessa área da educação” relata a estudante.

“Já temos um pré-projeto dentro do campo da inteligência artificial. Quanto mais estudarmos sobre o tema mais saberemos sobre ele.”, relata Géssica
Foto: Nelson Bofill

Nos últimos meses a inteligência artificial tem ganhado cada vez mais espaço dentro dos debates, principalmente até que ponto deveríamos fazer o uso da mesma. O Chat GPT talvez seja o maior exemplo disso. A ferramenta é um sistema de conversação baseado em inteligência artificial que utiliza modelos de linguagem avançados para interagir com usuários e fornecer respostas e informações relevantes em diversos contextos. Nesse sentido, há um intenso debate sobre a substituição do trabalho humano, por exemplo, em relação ao seu uso nas redações jornalísticas, levantando a possibilidade de substituir o papel do jornalista e deixá-lo apenas na produção de conteúdo. Géssica acredita que isso é um mito e não há motivos para as pessoas se preocuparem: ”A inteligência artificial não vai dominar o mundo, pois elas precisam de alguém com sentimentos e emoções para realizar os comandos. Então, a forma não é o que você pergunta, mas sim, como pergunta. Desse modo, não tem chance disso acontecer, porque elas apenas replicam aquilo que a gente ensina para elas”.

Para Taís, o momento dos alunos apresentarem seus trabalhos é uma forma de compartilhar saberes.
Foto: Luiza Silveira

Para Taís Ghisleni, professora responsável pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação do curso de Publicidade e Propaganda(Lapec), um dos pontos principais do evento é socializar esses pensamentos, para ajudar outros alunos a também conhecer essas pesquisas, não partindo do mesmo ponto, mas sim em um avanço do mesmo. “ Estamos pesquisando sobre inteligência artificial, aliado com a publicidade e também a educação. Essas pesquisas, vão ajudar outros professores a usarem esses aplicativos e ferramentas para deixar suas aulas mais interessantes”. conclui.

Ocorreu nesta terça (13) e quarta-feira (14), o XIII Salão de Iniciação Científica (SIC) da Universidade Franciscana (UFN). O objetivo do evento anual é divulgar, integrar e avaliar as pesquisas científicas, tecnológicas e de extensão que são desenvolvidas na instituição. A exposição reuniu mais de 100 projetos voltados para a pesquisa científica.

A exposição abre oportunidades para os estudantes dos cursos de graduação que contam com bolsa, assim como os professores orientadores. Alunos do ensino médio que tenham bolsas CNPq e UFN também puderam expor seus trabalhos.

Laura acredita que a elaboração de sua pesquisa tenha colaborado para seu TFG.
Imagem: Lucas Acosta

Segundo Laura Pantoja de Oliveira, estudante do 7º semestre do curso de Publicidade e Propaganda (PP) e bolsista pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), a elaboração de sua pesquisa ajudou na hora de selecionar um tema para seu Trabalho Final de Graduação (TFG). Laura teve como título da pesquisa a ‘Identificação do comportamento leitor na era do streaming’. “É muito legal poder compartilhar o que eu aprendi e receber informações do público. Eu apresentei meu TFG I e meu tema vai englobar a obra audiovisual e a obra literária. Com a minha pesquisa, este tema pode ser aprofundado. Eu tenho muita vontade de continuar pesquisando sobre isso”, afirma.

Já Nathália Arantes, estudante do 8º semestre de Jornalismo e bolsista pelo Programa de Bolsas de Extensão (Probex), trouxe o tema ‘Ciência é pop: estratégias de divulgação e de popularização da ciência’. Ela acredita que “a iniciação científica deveria ser como um ‘rito’ para todos os alunos. Não apenas por se estar a frente de uma pesquisa, mas também pelo ambiente onde ela é realizada, com muitas trocas de leitura. Então eu acho interessante que se tenha essa aproximação para ter uma ideia de como é”.

A professora e coordenadora da PP, Graziela Knoll, atuou também como orientadora em algumas pesquisas expostas. “Um dos ganhos principais de ter o SIC é poder mostrar dentro da universidade, ainda para os outros acadêmicos e cursos, como é feita a ciência em um nível em que os alunos se envolvem na pesquisa desde o momento que ingressam na graduação. Eles são orientados por um professor e podem pesquisar, desenvolver uma explicação sobre o tema, conhecer mais o campo e aprender a fazer pesquisas”, afirma a professora.

Tendo sido orientadora de algumas pesquisas, a coordenadora da PP, Graziela Knoll, acredita que o SIC é muito importante para divulgar os resultados das pesquisas realizadas. Imagem: Luiza Silveira.

O evento foi coordenado pelo professor Marcos Alexandre Alves, Pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, além da professora Aline Ferreira Ourique, Diretora da Unidade de Pesquisa da Pró-reitoria de Pós Graduação e Pesquisa. A conclusão do evento ficou por conta da vice-reitora da instituição, Solange Binotto Fagan, que tratou sobre o ‘Panorama da Pesquisa Científica da UFN”.

Em 31 maio ocorreu o Dia do Desafio, data em que foram realizadas atividades físicas nos conjuntos I e III da UFN em parceria com a academia Up Fitness. Professores, alunos e funcionários puderam realizar diversos tipos de atividade e, ao final, ganharam brindes. A parceria entre academia e a Universidade Franciscana ocorre desde 2022.

Para a coordenadora da Up Fitness Dienifer Seibert participar desta ação foi muito significativo: ” Através disto nós vemos o quanto este tipo de atividade serve para cuidar da nossa saúde mental, ainda mais para quem está terminando o semestre”

Dienifer frisa a importância da quebra do objetivo meramente estético que há quando se fala de atividade física. Estar em movimento auxilia na saúde como um todo: “Hoje a atividade física é recomendada por psicólogos para prevenir e tratar a depressão e aliviar o estresse”

Coordenadora Diennifer Siebert fala sobre a importância da atividade física. Foto: Izadora Druzian/LABFEM

A coordenadora pontua que, para aqueles que não gostam tanto de fazer exercícios dentro da academia, há diversas outras possibilidades: “o importante é tu sair de casa, e levar atividade física para o cotidiano”

Coordenador da Up Fitness Gabriel Santos ressalta a importância de uma vida saudavel. Foto: Izadora Druzian/LABFEM

O também coordenador da Up Fitness, Gabriel Santos, enxerga este dia como um incentivo para criar aos poucos uma mudança no cérebro para adquirir hábitos mais saudáveis. Santos ainda dá dicas para aqueles que não gostam de nenhum tipo de exercício físico, mas desejam começar a praticar. “É sobre se desafiar, criar uma rotina com o teu corpo, o conselho que eu dou é vá em uma modalidade que tu goste. Temos várias modalidades, como o padel por exemplo. Além disso, faça pequenas metas a curto e longo prazo”.

Coordenadora de Relacionamento da UFN Laise Chaves explica sobre a parceria. Foto: Izadora Druzian/LABFEM

A coordenadora de relacionamento da UFN, Laise Chaves, destaca que este dia dentro da universidade é de extrema valia para que se realize um autocuidado com corpo e mente. Segundo ela, se movimentar só vem a agregar, dando mais energia para o dia a dia. Ela própria tem o hábito de praticar atividade física com a filha.

Galeria de Imagens:

Fotos: Izadora Druzian/LABFEM