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Educação

SEPE destaca projetos de pesquisa inovadores na UFN

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o hall do prédio 13 da Universidade Franciscana (UFN) foi palco do XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento, que já se consolidou como um dos mais importantes da instituição, reuniu especialistas, alunos e professores para socializar conhecimentos e discutir o tema “Cuidado com a vida na casa comum”. Durante os três dias, o SEPE ofereceu na sua programação conferências, painéis e apresentações de trabalhos acadêmicos. 

Nesta sexta-feira, 18 de outubro, a Universidade Franciscana (UFN) realiza mais uma edição da Mostra das Profissões. O evento é voltado para estudantes e professores de escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul, além de familiares e interessados. O evento, que começou às 9h se estende até às 17h, é uma ótima oportunidade para todos conhecerem a Universidade e os diversos cursos oferecidos.

A estudante de segundo ano do ensino médio, Ana Laura, de 16 anos, comenta sobre sua expectativa e qual a importância de iniciativas como essa para conhecer melhor as opções acadêmicas disponíveis. Laura mencionou que “muitas vezes os jovens têm dificuldade em acessar informações sobre os cursos, e eventos assim ajudam a despertar o interesse por diferentes áreas de estudo”. A estudante expressou seu desejo de cursar farmácia e ressaltou que tais eventos são essenciais para fornecer diretrizes sobre as oportunidades que cada curso pode oferecer.

Ana Laura visitou o evento da Mostra das Profissões para conhecer os cursos disponíveis. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

O professor do curso de Medicina, Henrique Barroso expressou suas boas expectativas para o dia, esperando um grande envolvimento dos alunos da cidade. Ele ressaltou a importância de proporcionar aos jovens a oportunidade de conhecer diferentes profissões, ajudando na difícil escolha que podem fazer para suas futuras carreiras. Henrique comentou que “embora a teoria seja essencial, o curso já oferece contato prático desde o início, com uma maior imersão nas atividades práticas nos últimos anos, incluindo o internato em hospitais e postos de saúde, onde os alunos vivenciam a rotina médica diretamente”.

Henrique destaca a importância dos alunos conhecerem o mundo acadêmico e seu funcionamento. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

A reitora da Universidade Franciscana (UFN) Iraní Rupolo deu as boas vindas aos alunos visitantes. Durante uma conversa com jovens sobre a importância da educação, Rupolo compartilhou sua experiência ao encontrar uma mulher que, após orientação, conseguiu se inscrever no ProUni e ingressar no curso de Nutrição. Ela destacou que muitas oportunidades estão ao nosso alcance, mas frequentemente não as percebemos.

A reitora enfatizou a relevância do ensino superior como um passo fundamental na formação profissional, “lembrando que a graduação transforma estudantes em profissionais capacitados para o mercado de trabalho”. Ela incentivou os jovens a buscarem cursos presenciais, em vez de optarem apenas por modalidades a distância, que limitam o desenvolvimento de habilidades sociais e práticas. A mensagem central foi de que a educação é uma escolha digna e essencial para evitar caminhos perigosos, como a criminalidade. Ao finalizar, ela reforçou a necessidade de valorização dos educadores e a importância de se preparar para um futuro melhor por meio da formação acadêmica.

Reitora da UFN, Iraní Rupolo destacou a importância de os jovens começarem a refletir sobre a escolha certa do curso que pretendem cursar no futuro. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

A jornalista e Diretora de Comunicação Carina Batista Bohnert falou que a expectativa para o evento é que “os jovens participantes possam esclarecer suas dúvidas sobre carreiras e profissões, além de ajudá-los a fazer escolhas sobre seu futuro. A iniciativa visa também apresentar a universidade àqueles que ainda não a conhecem, buscando deixar uma boa impressão e incentivando o interesse nas opções de formação oferecidas”.

“Que os jovens saiam daqui hoje com a escolha certa sobre qual profissão querem seguir”. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

Durante o dia, o público poderá explorar os estandes dos cursos de graduação da UFN, participar de experiências nos laboratórios e aproveitar workshops, oficinas, palestras e bate-papos. Haverá também informações sobre pós-graduação, incluindo especializações, mestrado e doutorado, além de detalhes sobre o Vestibular de Verão 2025, bolsas e financiamentos no espaço Estude Aqui.

A obra, organizada por Ivana Zanella da Silva e Solange Binotto Fagan, explora o fascinante mundo da nanotecnologia. Imagem: Tiago Miranda

  A 51ª Feira do Livro de Santa Maria trouxe ao público mais de 270 obras, abrangendo diversos gêneros e formatos, como e-books e cartilhas. Este evento, um dos mais aguardados por leitores e autores, é um ponto de destaque para o lançamento de novas publicações. A Universidade Franciscana (UFN) teve uma participação ativa, com o lançamento de dois livros produzidos por sua editora e atuando também como uma das organizadoras da Feira.

Os livros lançados foram O Admirável Mundo Nanométrico: Conceitos, propriedades e nanomateriais e A Sociedade Concórdia Caça e Pesca: história e memória da SOCEPE. Lucio Pozzobon de Moraes, diagramador da editora, comenta sobre a abordagem do livro voltada para a nanociência: “ele traz a nanociência de uma forma mais simples e ampla para que as pessoas que não têm tanto conhecimento consigam enxergar, ou quem já conhece, poder também ver de uma forma mais simples e conseguir divulgar de uma forma mais fácil para as pessoas.”

A editora da UFN pretende lançar futuramente uma série de outras obras com a temática da nanotecnologia. A proposta é publicar livros com uma linguagem voltada para o público infantil de modo a inserir esse tipo de conteúdo no universo escolar. Ao adaptar o conteúdo para uma linguagem acessível ao público infantil, a editora visa fomentar o interesse por ciências e tecnologia desde cedo, promovendo um ambiente educacional mais inclusivo e inovador.

A editora UFN busca democratizar o acesso ao conhecimento científico, trazendo temas avançados como a nanotecnologia para um público jovem. Imagem : Tiago Miranda

Além dos lançamentos e exposições de livros, a Feira também ofereceu uma programação variada, com palestras, sessões de autógrafos, oficinas literárias e atividades culturais, atraindo pessoas de todas as idades.

Texto produzido por Tiago Miranda na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

Na próxima sexta, 18 de outubro, ocorre a 12 ª Mostra das Profissões na Universidade Franciscana (UFN). A partir das 9h estudantes e professores de escolas de ensino médio públicas e privadas de Santa Maria e região poderão conhecer os mais de 30 cursos de graduação e pós – graduação ofertados na instituição. Entre as atividades propostas estão: visitas guiadas no laboratório dos cursos, conversas com alunos e professores que estarão na prática atuando na cobertura do evento, entre outras disponibilizadas no site do evento .

Mostra das Profissões ocorre das 9h às 17h, e será aberta ao público. Foto: Divulgação/UFN

N espaço Estude Aqui o público poderá conhecer mais sobre os cursos de pós – graduação, especialização, mestrado, doutorado, informações sobre o Vestibular de Verão 2025, bolsas e financiamentos. A programação conta este ano com novidades, como a visita ao parque científico e tecnológico da UFN , o ITEC PARK, e uma batalha de robôs, além de outras atividades simultâneas de shows, jogos, atividades culturais e artísticas.

Confira como foi a mostra em 2023

A última Feira do Livro de Santa Maria contou com a venda de discos de vinil usados. As bolachas que eram famosas nos anos setenta e oitenta, estiveram presentes em bancas na Praça Saldanha Marinho. Além dos vinilófilos, jovens também procuram adquirir esse antigo formato de ouvir música que tem encontrado novo fôlego no mercado fonográfico.

Clientes garimpam discos raros na Feira do Livro. Imagem: Enzo Martins

            Lp´s originais dos anos 80, de artistas como Chico Buarque, João Bosco e Sandra de Sá, estavam disponíveis junto com discos de artistas Pop da atualidade, como Marina Sena e Duda Beat. Essa renovação no mercado e no público pode ser vista no relatório da Pró-Música, associação que representa os produtores fonográficos do Brasil, lançado ano passado. Apesar de a receita de vendas de música no formato físico representarem apenas 0,6% da receita total da indústria fonográfica brasileira, ela atingiu o maior patamar desde 2018 puxada pela venda dos discos de vinil, que foi o formato físico mais comercializado.

            Atualmente, as plataformas de streaming como o Deezer e o Spotify dominam a indústria musical, mas para os compradores de discos, a experiência de ouvir uma música pelo celular ou pelo computador não é a mesma coisa que colocar o vinil no toca discos e olhar a arte da capa de um álbum. Márcio Grings, criador do selo Memorabília, e que reuniu discos seus e de amigos para vender na Feira, diz que não só o material gráfico do disco atrai as pessoas, mas a qualidade do som também é melhor.

            Os donos das bancas percebem uma diferença entre os entusiastas de longa data do formato do vinil e os compradores jovens. Normalmente, os jovens que compram os discos dificilmente têm um tocador em casa e colecionam esses objetos como um ícone pop. Mesmo assim, os vendedores comemoram que a nova geração está voltando ao formato do vinil.

Texto produzido por Enzo Martins na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

Confira a partir de hoje, nas quintas-feiras, matérias produzidas por acadêmicos do curso de Jornalismo tendo como pano de fundo a Feira do Livro

Calçadão Salvador Isaia é um dos caminhos que levavam a Feira do Livro. Foto: Ana Cecília Montedo

Após as enchentes do Rio Grande do Sul, houve algumas ações sociais para mobilizar a população a apoiar produtores e comerciantes locais. Com os bloqueios das estradas e o difícil acesso à capital, Porto Alegre, quem não tinha capacidade de estocar mantimentos e mercadorias, acabou sendo pego desprevenido, principalmente no ramo alimentício. Além disso, ambulantes que dependem do clima e do fluxo da cidade ficaram impossibilitados de trabalhar nesse período, por falta de mercadorias, compradores e até mesmo por morar em locais afetados.

Alguns comerciantes sentiram uma drástica diferença em suas vendas com a chegada da Feira do Livro, principalmente pela movimentação de estudantes no Calçadão santa-mariense, como disse Graziela Oliveira, funcionária de uma lancheria localizada em frente à Caixa Econômica Federal. Já Viviane, que é caixa do tradicional mercado no final do calçadão, comenta que houve aumento do movimento inclusive superando as edições passadas da Feira.

Desta vez, o evento não teve a tradicional praça de alimentação, o que ajudou na movimentação em seu entorno. Uma das opções foi o Café do Theatro Treze de Maio, que também foi palco do livro livre, onde ocorreram a maioria das atrações e contou com mesas e cadeiras disponíveis em frente ao local. Com essa mudança, barraquinhas como a de Deusa Sattes não puderam ficar próximas ao evento. Segundo a vendedora, a prefeitura estabeleceu o local em que eles poderiam atuar durante o evento, isto é, no final do calçadão, na esquina oposta ao local das bancas de livros. Embora à distância, conforme Deusa, o faturamento não foi impactado por conta da grande circulação de pessoas.

De acordo com a organização da Feira, foram cerca de oitenta mil pessoas que visitaram a  Praça Saldanha Marinho durante as duas semanas de programação. A Feira do Livro de Santa Maria, que tradicionalmente ocorre no primeiro semestre do ano, em virtude das enchentes de maio, foi realizada neste ano de 2024 de 26 de agosto a 8 de setembro.

Texto produzido por Ana Cecília Montedo na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

Ministério propõe uma audiência pública para que todos os segmentos possam apresentar os respectivos pontos de vista. Imagem: Divulgação

Associações de familiares de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e deficiências apresentaram à Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, uma denúncia contra a prática do excesso de horas que são submetidas as pessoas com autismo. No documento, são apontadas práticas terapêuticas excessivas e a falta de especialização de profissionais relacionados a terapia (ABA) . A terapia ABA, que significa Applied Behavior Analysis em inglês e que, em português, corresponde a Análise do Comportamento Aplicada, pode ser utilizada em pessoas com transtorno do espectro autista que apresentam dificuldades de socialização, aprendizagem e ações do dia a dia, como sono, alimentação e autocuidados. A terapia ABA pode ser realizada de forma individual ou em grupo e em diversos ambientes, como em consultórios, escolas, residências ou comunidades.

As associações que encabeçam a denúncia são a Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil), a Associação Brasileira para Ação dos Direitos das Pessoas Autistas (Abraça) e na Vidas Negras com Deficiência Importam (VNDI). Elas solicitam intervenções urgentes para apurar possíveis infrações aos direitos, além de uma investigação rigorosa das práticas e a criação de diretrizes que limitem a carga horária das terapias. Juntas, sugerem o monitoramento de instituições e serviços terapêuticos para avaliar se as práticas adotadas são realmente eficientes para as pessoas com TEA.

A denúncia foi entregue durante o Seminário Internacional sobre Autismo e Educação Inclusiva, ocorrido em setembro, no qual Macaé Evaristo esteve presente. O recebimento foi confirmado pela assessoria de imprensa da Ministra.

Essa mobilização ocorre em um contexto de avanços nas políticas públicas, como a recente assinatura do decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cria o Sistema Nacional de Cadastro da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (SisTEA). Esse sistema, gerido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, visa facilitar a identificação e o acesso aos direitos dessa população, ao padronizar a emissão da carteira nacional de identificação.

A intersecção entre essas iniciativas revela um compromisso com a inclusão e a proteção dos direitos das pessoas com TEA, destacando a importância de uma abordagem integrada que possa unir denúncias, investigações e políticas públicas. A atuação das associações e o suporte governamental são essenciais para garantir que as práticas e serviços voltados para essas pessoas sejam não apenas adequados, mas também respeitem a dignidade e os direitos fundamentais de todos os indivíduos.

A ação deseja facilitar e padronizar a emissão da carteira nacional de identificação das pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

O propósito é criar ações intersetoriais em resposta às demandas de pessoas com deficiência, considerando a interseccionalidade de gênero, classe, raça, etnia, idade e território e a interdependência entre quem cuida e quem demanda cuidados. Também foi assinada a portaria interministerial, entre o MDH e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), sobre procedimentos para adaptações de acessibilidade nos edifícios públicos federais.

Combate ao Capacitismo:

Além disso, foi entregue o relatório final do Grupo de Trabalho sobre a Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência, que trata da implementação dessa avaliação no país. A finalidade do governo é propor uma metodologia de avaliação da deficiência que vá além do modelo médico tradicional, reconhecendo a deficiência como uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais. O capacitismo, também conhecido como “ableism” em inglês, é a discriminação e preconceito contra pessoas com deficiências. Essa forma de preconceito se manifesta de várias maneiras, incluindo atitudes, comportamentos, práticas e políticas que desvalorizam, excluem ou marginalizam pessoas com deficiência. Essa atitude é considerada crime, com punição prevista em lei.

Durante o evento, o MDH e o Ipea assinaram um protocolo para a realização de pesquisas e estudos aplicados sobre a implementação da avaliação biopsicossocial da deficiência. O MDH, MGI e o Ministério do Planejamento e Orçamento também firmaram acordo para realizar estudos de impacto regulatório, social, político e econômico da avaliação em todo o país, com objetivo de propor diretrizes para a constituição de um sistema nacional de avaliação da deficiência e elaborar uma estratégia de governo para adoção do sistema.

Essas iniciativas demonstram um compromisso significativo do governo em promover a inclusão e a valorização das pessoas com deficiência. A implementação da avaliação biopsicossocial, acompanhada por estudos abrangentes, busca garantir que as políticas públicas sejam mais eficazes e alinhadas às necessidades dessa população, promovendo uma sociedade mais justa e equitativa.

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o hall do prédio 13 da Universidade Franciscana (UFN) foi palco do XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento, que já se consolidou como um dos mais importantes da instituição, reuniu especialistas, alunos e professores para socializar conhecimentos e discutir o tema “Cuidado com a vida na casa comum”. Durante os três dias, o SEPE ofereceu na sua programação conferências, painéis e apresentações de trabalhos acadêmicos. 

O simpósio contou com a apresentação de mais de 470 trabalhos. Foto: Miguel Cardoso/ASSECOM

As produções, fruto de projetos desenvolvidos no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, reforçam a importância da integração entre o ambiente acadêmico e a comunidade. Um dos trabalhos em destaque foi o projeto de pesquisa do curso de Nutrição que teve como enfoque a alimentação e saúde de militares coordenado pela professora Natielen Schuch e com a participação das bolsista Vitória Perufo (3ª semestre), e as alunas Gabriela Fogaça e Dienifer Janner (4ª semestre).

O projeto Síndrome Metabólica e Doenças Cardiovasculares em Policiais Militares antes e após pandemia da Covid-19  surgiu da observação de uma particularidade presente na cidade que abriga o segundo maior contingente militar do Brasil. Embora o público militar tenha acesso a alimentação de qualidade e pratique regularmente exercícios físicos, a prevalência de doenças como a síndrome metabólica e problemas cardiovasculares é alta. De acordo com Gabriela, que iniciou o projeto, a pesquisa teve como objetivo entender os fatores por trás desses problemas de saúde, concentrando-se, inicialmente, nos policiais militares. “Percebemos que o estresse do trabalho e a rotina impactavam diretamente na alimentação e nas atividades físicas. Isso, somado a outros fatores, resultaram no aumento de doenças crônicas. Começamos com uma pesquisa de literatura para entender o que já havia sido estudado nessa área antes de atuar com esse público em Santa Maria”, explica Gabriela. No entanto, os desafios do projeto foram muitos, especialmente a falta de literatura científica local e de dados pós-pandemia. “A Covid-19 foi um dos maiores eventos estressores recentes, e não temos dados suficientes para entender totalmente como essa população foi afetada. Sabemos que foi de forma significativa, mas faltam evidências quantitativas sólidas”, comenta a acadêmica.

Impacto para os alunos

Para os alunos envolvidos, a experiência de participar de um projeto de iniciação científica desde o início da graduação tem sido enriquecedora. “É a minha primeira experiência como bolsista e, para mim, isso é muito importante para o futuro, tanto acadêmico quanto profissional”, afirma Jennifer, aluna participante do projeto. Vitória Perufo, bolsista participante da pesquisa, destacou como o projeto agrega valor à formação acadêmica: “Apresentar um trabalho no SEPE, além de ser gratificante, ajuda a desenvolver habilidades que vão além da sala de aula. Aprendemos muito sobre o processo de pesquisa e isso, sem dúvida, vai nos preparar melhor para a carreira.”

O projeto O uso excessivo de telas: uma revisão sistemática sobre os impactos cognitivos no desenvolvimento infantil do curso de Psicologia, composto por estudantes do terceiro semestre orientados pela professora Camila Almeida, também ganhou destaque no SEPE. A pesquisa realizou uma revisão sistemática da literatura, abordando temas relacionados à psicologia e à prática profissional.

A professora ressalta a importância desse tipo de trabalho para a formação dos alunos: “Eles estão começando a aprender como fazer uma revisão de literatura, que é algo burocrático e exige rigor. Apesar de estarem no início da trajetória acadêmica, eles se engajaram bastante e o resultado foi um trabalho muito interessante que trouxeram para o SEPE”, ressalta Camila.

Para a docente, participar de eventos como o SEPE é crucial para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos alunos. “Muitos deles pensam apenas na prática, mas a psicologia é uma ciência que depende da pesquisa. Projetos assim ajudam os alunos a enxergar esse outro lado da profissão, que é essencial para quem deseja seguir em áreas como mestrado ou especializações”, conclui.

Confira fotos do SEPE

Fotos: Laura Gomes, Maria Eduarda Rossato, Miguel Cardoso/ ASSECOM, e Michélli Silveira/LABFEM
Colaboração de Aryane Machado

A prefeitura de Santa Maria anunciou na última quinta-feira, dia 3, que três escolas municipais suspenderam as aulas após alunos apresentarem sintomas de rotavírus. As escolas afetadas são a EMEF Erlinda Minóggio Vinadé, no Bairro São João, Escola Municipal Aracy Barreto Sacchis, no Bairro Menino Jesus, e a EMEI Monte Bello, em Camobi. Ao todo, 11 pessoas, entre crianças e adultos, relataram sintomas, mas nenhuma está em estado grave, e todas já receberam atendimento pela rede de saúde do município. No Centro Administrativo Municipal, entre a prefeitura e representantes das secretarias de Saúde e Educação, houve uma reunião para reforçar medidas de cuidado, prevenção e combate ao surto de rotavírus.

A Secretaria Municipal de Saúde recomendou suspensão das atividades escolares e desinfecção dos locais para evitar a propagação da doença. Imagem: Pixabay

Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus, um dos principais agentes virais causadores de doenças diarreicas agudas. A Universidade Federal de Santa Maria retomou as atividades presenciais na última quarta-feira, dia 2, após ficar dois dias de suspensão das atividades acadêmicas devido à suspeita de surto de rotavírus e gastroenterite. A paralisação ocorreu entre segunda-feira, dia 30 até terça-feira, dia 1º. A instituição ainda se recupera dos casos de infecção gastrointestinal que surgiram desde a quarta-feira, dia 26. Aqueles que apresentarem sintomas devem permanecer em casa, e os alunos que retornarem às atividades devem priorizar a higienização das mãos sempre que utilizarem ambientes coletivos.

O retorno é acompanhado por uma série de medidas de higienização, que exige cuidados tanto da instituição quanto dos frequentadores. Imagem: Carolina Lemos/UFSM.

Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria procuraram o pronto atendimento da cidade relatando quadros de diarreia e vômito. A Vigilância Sanitária analisou a água e os alimentos dos dois Restaurantes Universitários (RUs) da instituição, que passaram por higienização e desinfecção. Foram notificados 500 casos junto ao município.

A UFSM comunicou, em nota publicada no domingo, dia 29, a suspensão das atividades, deixando claro que os serviços essenciais permaneceriam mantidos. A instituição tomou a medida após um surto de rotavírus e gastroenterite que afetou ente 30% e 40% dos estudantes de graduação.

Em resumo, o surto de rotavírus em Santa Maria afetou tanto escolas municipais quanto a Universidade Federal de Santa Maria, resultando na suspensão temporária das atividades. Com 500 casos notificados, as autoridades de saúde recomendaram medidas rigorosas de higienização e isolamento para evitar a propagação do vírus. As instituições afetadas já tomaram providências, como a desinfecção dos locais e o monitoramento dos casos, visando o retorno seguro das atividades. Apesar do impacto significativo, a situação está sendo controlada e os serviços essenciais foram mantidos para garantir o atendimento à comunidade.

Tribunal Superior Eleitoral reconhece como ilícito o ato de realizar apostas financeiras em candidatos. Imagem: Divulgação

Passam a ser consideradas ilícitas as apostas eleitorais, conhecidas como “Bets Eleitorais”, que se proliferam em sites na internet. Essas apostas podem ser enquadradas como abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu reconhecer a ilegalidade de apostas financeiras em candidatos para as eleições de 6 de outubro de 2024.

A decisão foi tomada por unanimidade pelos ministros no dia 17 de setembro, e a alteração nas normas do Tribunal para explicitar que apostas eleitorais são ilegais foi proposta pela presidente do TSE, Cármen Lúcia. A realização de apostas com prognósticos de resultados das eleições, além de ofertas de vantagens financeiras para aliciar eleitores, é considerada ilegal pela legislação.

O primeiro turno das eleições é no dia 6 de outubro, como aponta o calendário eleitoral. Já o segundo turno das eleições deverá ser no dia 27 de outubro, nos municípios com mais de 200 mil eleitores, caso nenhum dos candidatos à prefeitura atingir mais da metade dos votos válidos, sem contar os votos brancos e nulos no primeiro turno.

Outra preocupação são as apostas esportivas, ou “bets”, que têm se tornado um fenômeno crescente em diversas partes do mundo, trazendo impactos significativos para a economia. Esse setor, que combina entretenimento e possibilidade de lucro, não apenas atrai milhões de apostadores, mas também movimenta uma vasta gama de atividades econômicas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou neste mês que há uma “distância tênue” entre entretenimento e a dependência nesses jogos, e que precisa ser tratada. A lista de bets que podem operar no Brasil foi divulgada hoje e você confere aqui.

A dependência do jogo pode levar a problemas sociais, como o vício, o que, por sua vez, exige investimentos em programas de apoio e prevenção. Além disso, a regulação inadequada pode resultar em fraudes e lavagem de dinheiro, impactando negativamente a confiança do consumidor. O Banco Central estimou que cerca de 24 milhões de pessoas físicas participaram, somente em agosto, de jogos de azar e apostas no Brasil, realizando pelo menos uma transferência via PIX para estas plataformas digitais.

Outro fato é a variação de idade dos apostadores. A maioria tem entre 20 e 30 anos, embora essa faixa etária também inclua menores de idade. As apostas variam de valor conforme a idade: entre os jovens, giram em torno de R$100 por mês, enquanto para os mais velhos podem ultrapassar os R$3 mil mensais, de acordo com dados de agosto de 2024, cedidos pelo Banco Central.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) defende a suspensão imediata da lei alegando que a intenção é evitar que o setor do comércio varejista nacional sofra ainda mais as consequências negativas. A economia doméstica em decorrência das apostas, aumentou os níveis de endividamento das famílias brasileiras.

Na última quinta, 26 de setembro acadêmicos e professores de diversas instituições de ensino superior de Santa Maria participaram de uma visita técnica a 6ª Brigada de Infantaria Blindada. A Universidade Fransiscana (UFN) esteve presente por meio dos alunos do curso de Jornalismo e do professor e coordenador Iuri Lammel.

Os alunos Nicolas Krawczyk, Vitória Oliveira e Emily Pilar ao lado do professor do curso de jornalismo Iuri Lammel em visita ao exército. Foto: Saulo Oliveira/Arquivo Pessoal

Segundo o Cononel Vanderson, a história do quartel surgiu em 1919. O prédio histórico foi inaugurado como 7ª Regimento de Infantaria permanecendo no local até a década de 90. Após, o regimento foi transferido para o Boi Morto com o nome de 7ª BIP devido a uma reestruturação que o exército sofreu. ” A Rádio Verde Oliva foi uma forma que o exército encontrou de se aproximar da sociedade, e é um vetor de comunicação social do exército”, destaca o coronel.

Rádio Verde Oliva foi inaugurada em março de 2024 e conta com os jornalistas Thays Ceretta e Diogo Brondani, egressos da UFN .Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

A Rádio Verde Oliva surgiu em 2002 em Brasília, e com o passar dos anos migrou para outras regiões do país como Manaus, Três Corações e Rezende que possuem contigentes militares. “Em Santa Maria existe um dos maiores contigentes militares do Brasil. Nós temos um transmissor que fica localizado aqui no quartel, e a rádio possui a capacidade de atingir um raio de 160 km na região que abrange toda a parte central do estado”, destaca o jornalista Diogo Brondani. “Nosso principal produto é informação com prestação de serviço. Temos um espaço conhecido como Especial Verde Oliva, onde fazemos entrevistas a partir das ações que o exército realiza, como o Dia da Árvore em que foi feita uma ação de integração ” , comenta Brondani.

Comandante destaca o papel do exército na construção da sociedade. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Os alunos participaram de uma palestra em que o Comandante Marcos Augusto Newald destacou o papel do quartel general frente as enchentes de maio deste ano no estado. Segundo ele, as ações do exército foram realizadas mediante a Operação Taquari que já estava em andamento desde do dia 30 de abril onde estava sendo realizada um treinamento de guerra. Foram mais de 95 dias de operação com 5 mil homens e mulheres. “Nós não queríamos passar por isso, mas foi uma oportunidade também de estender a mão amiga do exército neste momento de reconstrução e de ajudar pessoas que perderam tudo”, frisou Newald.

Comandante Newald recepcionou o grupo de visitantes. Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

Para Newald: ” A ideia deste passeio é de interação e troca de experiências, e mostrar um pouco do nosso trabalho” .

Espaço Cultural Niederauer homenageia o soldado santa-mariense que lutou na Guerra do Paraguai. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Após o almoço, os estudantes tiveram a oportunidade de andar de tanque e assistir a uma simulação de ataque. A TV Verde Oliva Sul produziu uma matéria sobre a atividade disponibilizada esta semana na conta oficial do Instagram da 6ª Infantaria.

Veja momentos da visita ao exército:

Fotos: Vitória Oliveira/LABFEM