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Feira do Livro

Espetáculo conscientiza sobre a preservação ambiental

Com a proposta de conscientizar sobre as questões ambientais que envolvem o lixo, o espetáculo Terra à Vista 2: a aventura continua foi apresentada à criançada na tarde desta terça-feira, 7 de maio, durante a 46ª Feira do

Thixa, a lagartixa, agora baila em braile

Na tarde desta segunda-feira, dia 6, aconteceu o lançamento do livro infantil “Thixa a Lagartixa a Bailarina e suas aventuras em braile”, de Tânia Lopes. A professora aposentada conta que os livros serão doados para as bibliotecas de

Para aprender a pensar como um economista

O livro Aprendendo a pensar como um economista lançado na tarde de ontem, quinta-feira, 2, pelo economista José Maria Dias Pereira é um convite ao pensamento econômico. Escrito de forma didática tem como objetivo fazer o

Livro infantil explora patrimônio histórico e arquitetura

O lançamento do livro infantil Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias, que carrega o selo do Sobrado Centro Cultural, projeto de restauração do imóvel centenário que abriga a sede da TV OVO, se estendeu por mais de três horas

Brincar e ler é a ideia da oficina Revoada Poética

Ontem, dia 01, e hoje, quinta-feira, 02, no palco da praça Saldanha Marinho, foi o momento da criançada se divertir e aprender com a Revoada Poética, oficina realizada pela escritora Alessandra Roscoe. Nela, o público infantil

A lucidez de Eliane Brum

Na noite de hoje, 01 de maio, a jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum foi ouvida por uma plateia atenta que lotou o anfiteatro do hotel Itaimbé. A vinda da jornalista foi planejada para integrar a programação

Programação do feriado de 1º de maio na Feira do Livro

14H – Lançamento de livros infantis Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias – Clarissa Pereira, Daniel Pereyron e Neli Mombelli 15h – Revoada Poética A oficina de Alessandra Roscoe irá reunir 40 crianças na Praça Saldanha Marinho, com agendamento prévio. Pipas ganham,

Cultura indígena na Feira do Livro

A Praça Saldanha Marinho recebeu na tarde desta terça-feira, 30, o projeto Leitura Inclusiva que abordou a Cultura indígena, e contou com a presença da escritora portuguesa Margarida Botelho. O projeto foi organizado por Aldeia Guarani,

46ª Feira do Livro tem espetáculo que ensina a preservar o meio-ambiente.Foto: Lucas Linck/LABFEM

Com a proposta de conscientizar sobre as questões ambientais que envolvem o lixo, o espetáculo Terra à Vista 2: a aventura continua foi apresentada à criançada na tarde desta terça-feira, 7 de maio, durante a 46ª Feira do Livro. O projeto, criado em 2015, surgiu através de uma solicitação CRVR, Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, responsável pelo aterro sanitário de Santa Maria

Inicialmente apresentada só no Rio Grande do Sul, a peça hoje percorre diferentes cidades do Brasil. Sua primeira edição “Terra à Vista: uma aventura pirata” conta a história dos três irmãos que lutam para pagar a dívida de uma casa deixada como herança por seus avós. Em Terra à Vista 2: a aventura continua,  já tendo conseguido ficar com a casa, Miguel, Manuela e Mateus, querem construir um parque temático pirata mas se deparam com um terreno atulhado de lixo. Bartô, cúmplice do advogado que quer roubar a casa, afirma ser o dono do local. Em seguida, começa  a disputa para ver com quem ficará a terra. A peça aborda assuntos como a separação do lixo, efeito estufa e a geração de energia através do biogás, tudo de uma maneira lúdica e didática que envolve o público infantil.

A atriz  Patrícia Garcia conta que quando começaram a trabalhar com as questões que envolviam o meio ambiente e o lixo se depararam com uma realidade muitas vezes desconhecida. “Conforme fomos evoluindo o espetáculo e passando pelos lugares, conhecemos a realidade das pessoas que vivem dos resíduos ou que tem problemas sérios com eles”, afirma. Eles perceberam em temporadas no litoral que havia muitos problemas com a poluição das águas e que as crianças faziam campanhas para retirar o lixo  deixado pelos turistas.  Ela ainda fala da ausência de noção do quanto para alguns o lixo é importante e para outros é um problema e que, infelizmente, o ser humano não possui uma consciência ambiental e a consciência de ensinar as novas gerações sobre o problema do lixo, para que em um futuro isso mude.

O estudante Aldebar Pereira é pai e acha importante a educação de como dispor os resíduos em espetáculos, pois reforça o que já é aprendido em casa e na escola. “ Através dessa abordagem lúdica, depois eles falam bastante de por o lixo no lugar certo” afirma.

Tânia já escreveu 11 livros e participou de outros. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Na tarde desta segunda-feira, dia 6, aconteceu o lançamento do livro infantil “Thixa a Lagartixa a Bailarina e suas aventuras em braile”, de Tânia Lopes. A professora aposentada conta que os livros serão doados para as bibliotecas de escolas públicas que têm crianças com problemas visuais.

“Como a Thixa é um modelo de resiliência e de superação, achei interessante fazer em braile”, diz Tânia. A Secretaria da Educação forneceu a lista com as escolas que irão receber uma cópia do livro, e por mais que sejam doações, não haverá mais livros além dos das escolas para serem doados.

O livro conta a história da lagartixa Thixa que estava limpando a casa e acabou perdendo seu rabo ao prendê-lo na janela. Por se sentir mais leve sem o rabo, começou a dançar balé e descobriu que gostava muito. Quando começou a se adaptar, o rabo cresceu de volta, dando a ela a oportunidade de participar de corridas.

A especialista em pintura, é autora de 11 livros e participa em outros. Na tarde de ontem, dia 5 de maio, também participou dos lançamentos da Feira com a coletânea de contos e crônicas, Primavera. A itaquiense também é Integrante da Academia Santa-mariense de Letras e foi patronesse da Feira de 2014.

Publicação original no site da Feira do Livro.

José Maria Dias Pereira autografando seu livro. Foto: Beatriz Bessow (LABFEM/UFN)

O livro Aprendendo a pensar como um economista lançado na tarde de ontem, quinta-feira, 2, pelo economista José Maria Dias Pereira é um convite ao pensamento econômico. Escrito de forma didática tem como objetivo fazer o leitor se sentir em uma sala de aula de macroeconomia, e pretende ajudar a desenvolver o hábito de pensar como um economista. Segundo José Maria Pereira, a obra traz muito mais do que ensinamentos sobre a economia. Ela busca fazer o leitor entender que essa área do conhecimento não é tão difícil como todos costumam supor.

O exemplar possui capítulos que foram organizados na forma de aulas, preparadas com base nos principais manuais de macroeconomia usados no país, e contém citações da Teoria Geral, do Emprego, do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes, obra que serviu de base para o desenvolvimento da macroeconomia atual.

José Maria Dias Pereira é doutor em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e trabalhou em diversas instituições de ensino como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Franciscana (UFN). Ele também foi técnico da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Aposentou-se após 40 anos como professor.

Houve fila durante toda a tarde para a sessão de autógrafos. Foram vendidos cerca de 192 exemplares. Foto: divulgação TV OVO

O lançamento do livro infantil Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias, que carrega o selo do Sobrado Centro Cultural, projeto de restauração do imóvel centenário que abriga a sede da TV OVO, se estendeu por mais de três horas na tarde de ontem, 01, na Feira do Livro. Aproximadamente 190 exemplares foram vendidos e autografados pelos autores. Os três profissionais responsáveis pelo projeto arquitetônico do Sobrado, são também professores na Universidade Franciscana.   Clarissa Pereira e Daniel Pereyron atuam no curso de Arquitetura e Neli Mombelli,  jornalista e integrante da TV OVO, é professora  no curso de Jornalismo da UFN.

O livro é  narrado pelo personagem Lelé, um João-de-barro que mora na Jasmin, uma árvore que fica ao lado do Sobrado. A obra conta com dobraduras, jogos de tabuleiro, labirintos, pinturas e jogo dos 7 erros, para contar um pouco sobre arquitetura, patrimônio histórico e sobre Santa Maria. Proporcionando uma interação com as crianças, o livro ensina sobre ecletismo, estilo arquitetônico no Sobrado.

O arquiteto Daniel Pereyron conta que começou a discussão sobre como as crianças de hoje estão sendo educadas para entender a importância do patrimônio histórico e que reflexos isso vai ter quando foram adultas e forem as novas tomadoras de decisões. “Como eu e a Clarissa somos os autores do projeto da reforma da TV OVO, e a Neli é da TV OVO, a receita já estava montada”, brinca Daniel. Ele afirma que a ideia é atingir as crianças e os pais, trazendo a importância do patrimônio de forma lúdica e introduzindo assuntos de arquitetura.

Clarissa diz que quando perdemos exemplares importantes da arquitetura da cidade, perdemos um pouco da nossa história também. Ela acredita que ao ensinar arquitetura para crianças, elas se tornarão muito mais responsáveis pela sua cidade, tanto pelos patrimônios históricos quanto com o urbanismo. Clarissa afirma que “foi muito divertido e feito com muito carinho”.

Apesar de o público alvo serem crianças, Neli explica que é também para famílias. “A ideia é que a criança vá brincando com livro, mas devido aos diferentes graus de dificuldades das atividades, em algum momento alguém da família vai intervir”, conta Neli. Apesar de parecer um tema difícil, o livro mostra o patrimônio cultural lindo que Santa Maria tem em seu histórico e que estão desprotegidos.

 

Oficina Revoada Poética. Fotos: Beatriz Bessow/LABFEM

Ontem, dia 01, e hoje, quinta-feira, 02, no palco da praça Saldanha Marinho, foi o momento da criançada se divertir e aprender com a Revoada Poética, oficina realizada pela escritora Alessandra Roscoe.

Nela, o público infantil ouviu Alessandra contar histórias e, posteriormente, produzir suas próprias poesias que foram colocadas em pandorgas, para serem empinadas pelas crianças em suas casas. Isso parte da ideia de que a leitura não pode ser uma obrigação. De acordo com Alessandra, a leitura deve ser incentivada de maneira correta, pois quando isso acontece, ela se torna um vínculo afetivo. É diferente da escola que acabou criando uma obrigação associada à leitura, e onde a criança precisa ler para fazer o dever de casa ou uma prova, deixando de ser um prazer. “Você não vai ao cinema e tem que sair de lá e fazer uma ficha cinematográfica do filme, por isso você gosta de ir ao cinema” ressalta ela. Este é o objetivo das pandorgas, mostrar que brincadeira e leitura podem estar ligadas. “Ela realmente faz a imaginação, faz os livros voarem e a gente brincar de ler”, diz Alessandra.

Espaço para as crianças exercitarem a imaginação.

Alessandra defende a leitura desde o ventre, Ela desenvolve um projeto guarda-chuva chamado “Uniduniler Todas as Letras” em que estão inseridos vários projetos, desde a leitura com grávidas até a leitura com pacientes terminais em hospitais. Segundo ela, “a leitura tem o poder de nos abraças e nos trazer sentido”.

Fabio Zucolotto, um dos pais presentes da oficina afirmou que por ter uma filha é interessante  pois ela acaba se interessando pela leitura, ” a autora interage com eles, acho bem legal pra chamar e plantar a semente pra eles começarem a ler a brincar, ressalta.”

 

Eliane Brum durante o Livro Livre. Fotos: Thayane Rodrigues/LABFEM

Na noite de hoje, 01 de maio, a jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum foi ouvida por uma plateia atenta que lotou o anfiteatro do hotel Itaimbé. A vinda da jornalista foi planejada para integrar a programação do Livro Livre durante a 46ªFeira do Livro, e agendada inicialmente para o Theatro Treze de Maio. Os ingressos esgotaram no primeiro dia, levando à troca de local capaz de receber um público maior.

Eliane Brum se mostrou à vontade e agradeceu por estar em Santa Maria, segundo ela, uma intenção antiga sempre interrompida por uma agenda de compromissos múltiplos.  Iniciou com o cumprimento que revela o seu lugar de fala: – Mariele presente! Sob aplausos, ressaltou a impunidade que marca o Brasil da atualidade e a necessidade de não esmorecer na luta pela justiça.

Durante o bate-papo mediado pela jornalista Liciane Brun, Eliane Brum se diz uma contadora de histórias e que, ao contrário do que afirma a suposta objetividade jornalística, escreve “com o fígado”,  porque o texto “precisa passar pelas vísceras”.  Ao ser questionada sobre como se treina o olhar jornalístico, Eliane lembrou a famosa frase “notícia é quando o homem morde o cachorro”, de John B. Bogart, revelando que se interessa muito mais pelo cachorro que morde o homem, porque, segundo ela, “não existem vidas comuns, existem olhos domesticados, e, infelizmente, esses olhos são os nossos”.

A escritora relatou que passou 20 anos se preparando para sair das redações, porque queria ter um novo tipo de vida e conhecer seu próprio tempo. Trabalhou durante dois anos com a morte, buscando entendê-la, e passou 115 dias convivendo com uma mulher que tinha um câncer incurável. A frase dita pela mulher que fez Eliane perceber a importância do tempo foi: “quando eu tive tempo, eu descobri que meu tempo tinha acabado”.  Segundo a jornalista, foi nesse momento em que começou a pensar melhor sobre seu tempo, deixou coisas para trás e escreveu seu primeiro romance.

Sem meias palavras, a jornalista e escritora falou de como suas reportagens se voltam para os temas que ela considera fundamentais na vida. Disse nem sempre saber o rumo que as histórias tomarão, mas o fato da escuta atenta determina o lugar aonde chegar. Com a  lucidez que caracteriza os seus textos,  Eliane falou dos processos que a levaram a escrever como condição para existir.  Para ela, escrever é “incendiar com as palavras. Escrever para não matar e para não ser morta”. A jornalista falou da tristeza, da morte como condição da vida e processo de aprendizagem, da desesperança como lugar do existir, da necessidade de resistir e persistir.

“Precisamos voltar a encarnar as palavras”, diz Eliane Brum

Ambientalista, alertou para a responsabilidade coletiva diante das mudanças climáticas.  Ressaltou que não apenas a vida planetária está sendo destruída, mas que a herança deixada às gerações vindouras não será mais a de um planeta difícil, e sim a de um planeta hostil.

Ao se dizer nômade, falou também da sua opção por se instalar em Altamira, no Pará. Para ela, a Amazônia é o centro do mundo e a preservação da floresta é fundamental.

Há muitos anos Eliane Brum vem realizando reportagens sobre as populações ribeirinhas e indígenas assoladas pela exploração desenfreada e pelas fraudes dos grileiros naquela região.  A jornalista narrou o drama de pessoas e famílias que foram sendo alijadas de suas próprias histórias de vida  por grilagem ou pela construção de obras como a da barragem de Belo Monte. Há de lembrar que Eliane Brum sempre fez duras críticas aos governos petistas por ignorarem as realidades locais quando da construção das grandes obras. Hoje, ressaltando que as terras indígenas e ribeirinhas são públicas e asseguradas pela constituição federal –  e onde os moradores tem usufruto e não o direito de posse sobre elas -, a jornalista criticou o governo Bolsonaro pela perversidade com que vem deturpando o sentido das coisas no Brasil.  Ao ser questionada sobre o esvaziamento da palavra no Brasil, ressaltou que a criação do comum começa pela linguagem e o que o atual governo tenta desconstruir é justamente o sentido das palavras que asseguram a concretude do que é comum e público.

Nessa direção, ao referir o seu texto no jornal El País sobre o balanço dos cem dias de Bolsonaro como presidente, Eliane Brum voltou a criticar o novo governo. Segundo ela, se trata de um governo que faz oposição a si mesmo como estratégia de se manter no poder, sequestra o debate nacional, transformando o país todo em refém, e estimula a matança dos mais frágeis. Para ela, isso é a perversão.

Afirmando a paralisia que caracteriza a todos nesse momento do Brasil, e o esvaziamento das instituições que deveriam assegurar a democracia, ela defende que a resistência está na reinvenção do cotidiano, na capacidade de rir, de se reunir, de imaginar o futuro, porque somente a retomada da política é capaz de mudar o país.

Ela conta que as pessoas dizem que ela dá esperança ao povo. “A esperança é super valorizada, é um luxo que a gente não tem”, afirma. Os indígenas que conheceram o fim do mundo deles, ensinaram Eliane que a maior forma de resistência é a alegria, que é importante rir nem que seja por desaforo. “Eles nos destroem nas pequenas coisas, temos que lutar sem deixar nos arrancarem a alegria”, completa ela.

“Um espelho da alma brasileira”, como já foi chamada pelo jornal El País onde é colunista, Eliane fala que sempre buscou escutar as pessoas e duvidar de si mesma, só fazendo uma coluna se ninguém tivesse dito aquilo ou, pelo menos, do mesmo jeito que ela. Depois de 11 anos trabalhando no jornal Zero Hora e outros 10 na revista Época, optou por um projeto independente. Mora entre Altamira e São Paulo, faz palestras, segue fazendo reportagens e prioriza o que considera essencial – o próprio tempo.

Os livros de Eliane Brum estavam disponíveis para aquisição e autógrafos: A menina quebrada (2013),  Meus desacontecimentos, Uma duas (2011), A vida que ninguém vê (2006), O olho da rua (2ª edição 2017).

Colaborou Bibiana Rigão

 

 

Lelé e os escritores Neli, Clarissa e Daniel. Foto: Divulgação.

14H – Lançamento de livros infantis

Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias  Clarissa Pereira, Daniel Pereyron e Neli Mombelli

15h – Revoada Poética

A oficina de Alessandra Roscoe irá reunir 40 crianças na Praça Saldanha Marinho, com agendamento prévio. Pipas ganham, na caligrafia de crianças, textos retirados de seus livros favoritos e, por fim, as pipas ilustradas por renomados escritores e ilustradores. A mineira, Alessandra Roscoe se encanta pelo mundo literário desde a infância. Em 2013, criou o Uniduniler Todas as Letras e o Festival Itinerante de Leitura, que coordena e realiza desde então. O projeto foi reconhecido, em 2017, pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLALC), organismo ligado à UNESCO, como uma das melhores práticas de incentivo à Leitura na primeira infância na América Latina e Caribe.

17H – Lançamento de livros

Taquarê: Entre Um Império e Um Reino – Mateus Ernani Henzmann Bulow

Vivências e Aprendizados Literários na Feira do Livro de Santa Maria – Maribel da Costa Dal Bem (Org.) na EEEM Cilon Rosa – Turmas 301, 302, 303, 304

Reticências – Maribel da Costa Dal Bem (Org.) na EEEM Cilon Rosa- Turmas 301, 303, 304, 305

Eliane Brum é colaboradora do jornal britânico The Guardian. Foto: Divulgação.

19h – LIVRO LIVRE

A jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum irá palestrar no Hotel Itaimbé. Os convites podem ser retirados na sala da Coordenação da Feira, na praça. Eliane trabalhou 11 anos como repórter de Zero Hora, e dez como repórter especial da Revista Época, em São Paulo. Desde 2010 faz projetos de longo prazo com populações tradicionais da Amazônia e periferias da Grande São Paulo. Época. Desde 2013 tem uma coluna quinzenal, em português e espanhol, no jornal El País. Eliane publicou seis livros – cinco de não ficção e um romance, além de participar de coletâneas de crônicas, contos e ensaios.

Crianças se apresentaram na Praça Saldanha Marinho. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

A Praça Saldanha Marinho recebeu na tarde desta terça-feira, 30, o projeto Leitura Inclusiva que abordou a Cultura indígena, e contou com a presença da escritora portuguesa Margarida Botelho. O projeto foi organizado por Aldeia Guarani, Aldeia Caingangue, EEEF Indígena Augusto Ope da Silva (Caingangue), EEEF Indígena Yvyra ‘Ja Tenonde Vera Miri (Guarani), Escola Indígena Guarani e Núcleo de Ações Afirmativas UFSM.

O evento começou com uma performance do grupo Cantos e Danças, da Aldeia Guarani. Eles apresentaram canções na linguagem Guarani, língua materna e própria do grupo. Segundo Dionatan, cacique da aldeia, as canções foram feitas com o objetivo de mostrar a tristeza que eles sentem em ver a mata sendo desmatada e os rios poluídos, prejudicando sua alimentação. Logo após, ocorreu a leitura com a escritora portuguesa Margarida Botelho que contou, de maneira resumida, a história do seu livro IARA/YARA.

A obra fala sobre duas meninas com o mesmo nome. Yara que vive em um país da Europa, e Iara, uma menina Kayapó que vive no Brasil. Divididas geográfica e culturalmente por seus países, contam seu cotidiano — brincadeiras, amigos, alimentação, escola, costumes, etc . E apesar de diferentes, nada imprede o encontro das duas em um ambiente natural, o rio. O livro, segundo Margarida, é uma história documental que nasceu após uma viagem que ela fez até Kararaô, uma aldeia indígena Kayapó na bacia do rio Xingu, na Amazônia, onde trabalhou como professora em 2012.

Para finalizar a programação do projeto, os indígenas Caingangue, da Escola Indígena Augusto Ope da Silva, além de exibirem seus trajes típicos, fizeram uma performance com duas músicas com a qual mostraram as características da etnia Caingangue. Margarida Botelho ainda incentivou todos que se apresentaram: ”Muito bonito! Se vocês continuarem a cantar e dançar, sua história nunca morrerá”.

Margarida Botelho, escritora, arte-educadora, trabalha desde 2009 em parceria com instituições e ONGs em projetos de intervenção comunitária através da arte, em Moçambique, no Brasil, na Índia, em Timor-Leste e em Cabo Verde. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

 

9H – Oficina com Margarida Botelho

A oficina “Conte-me sua história… o livro como ferramenta artística de intervenção social” é voltada para professores e explora o improviso, a surpresa e o erro como plataforma criativa de inclusão e expressão coletiva social. Acontece no Centro Empresarial (Rua Angelo Uglione, 1509). As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: chili@chilism.com.br

Escritora portuguesa Margarida Botelho, licenciada em arquitetura. Foto: Divulgação.

14H – Leitura Inclusiva: cultura indígena

A convidada especial é a escritora Margarida Botelho de Portugal. Promovido pela Aldeia Guarani, Aldeia Caingangue, EEEF Indígena Augusto Ope da Silva (Caingangue), EEEF Indígena Yvyra ‘Ja Tenonde Vera Miri (Guarani), Escola Indígena Guarani e Núcleo de Ações Afirmativas UFSM.

14H30 – Oficina Letras Mágicas

A escritora Stella Maris Rezende irá desenvolver habilidades de leitura e escrita, exercitando a leitura de imagens e textos, enquanto trabalhada  gêneros literários e aprimora o olhar crítico e a capacidade inventiva. Qualquer pessoa interessada em ler e escrever artisticamente pode participar, serão 30 vagas.

16H – Contação de Histórias

Na Praça Saldanha Marinho, “O Burrinho Inteligente” contará a história do Catuleco, que entre peripécias e aventuras, mostra seu caráter bondoso, cultivando a amizade e o amor, sem preconceitos. Será em homenagem a Humberto Gabbi Zanata, autor da história. Já a do “Seu João e Seu Adão, Uma História de Amizade”, conta que apesar dos desencontros e da chegada de algo inesperado, os laços de afeto entre dois velhos amigos, nunca se desfazem, sempre se fortalecem.

17H – Lançamento de Livros

O Fundo Escuro da Hora – Vitor Biasoli

Um Olhar no Caminho – Arlinda Bairros Mathias

Robótica Educacional e Aprendizagem – Marcelo Vieira Pustilnik

Da Porteira Para Dentro – Relatos,Vivências e Memórias de Mulheres Quevedenses – Org. Vanessa Moletta Pazza

Antologia Poesis 2019 – Editora e Organizadora Vivara – Participação de Alécia Bicca Dias

Atena Beauvoir é autora do livro Contos Transantropológicos. Foto: Divulgação.

19h – LIVRO LIVRE

Atena Beauvoir Roveda é escritora, filósofa e educadora transexual. Premiada pela sua atuação em defesa e promoção dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no RS. É integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Sexualidade (NEPEGS) do IFRS – Campus Porto Alegre e colaboradora do projeto TransEnem de Porto Alegre.

 

A 46ª edição da Feira do Livro de Santa Maria, que ocorre de 26 de abril a 11 de maio, tem divulgado semanalmente, em seu perfil do Instagram, dicas de quem serão os escritores confirmados para o Livro Livre, realizado todos os dias na Feira, às 19h. Até agora, três nomes foram confirmados e devem agradar diferentes gerações. 

O primeiro é o chileno Antonio Skármeta, autor de títulos como O carteiro e o poeta e El baile de la Victoria. Skármeta, nascido em 1940, estudou Filosofia e Literatura em seu país e em Nova Iorque, foi professor de Literatura e diretor teatral na Universidade do Chile até 1973. Na década de 80, dedicou-se à escrita, ao cinema e ao teatro, também participando como professor convidado em universidades europeias e norte-americanas. Seus romances e contos já foram traduzidos para mais de 25 idiomas. Em uma de suas adaptação para o cinema, conquistou cinco indicações ao Oscar. Produziu premiados livros, novelas, longa-metragens, livros infantis e peças teatrais, além de traduzir algumas obras para castelhano.

A segunda autora confirmada é Marina Colasanti, autora de diversos livros, entre eles Ofélia a ovelha, A moça tecelã e Breve História de um Pequeno Amor. Escritora, jornalista e artista plástica, nascida em 1937 na capital de Eritreia, país no “chifre” da África. Ainda pequena mudou-se com os pais para Itália e, em 1948, partiu para o Brasil fixando-se no Rio de Janeiro. Estudou artes plásticas e  ingressou na esfera da comunicação, atuando como editora, escritora de crônicas, redatora e ilustradora. Tem mais de 50 livros publicados no Brasil e no exterior, entre eles poesia, contos, crônicas, livros para crianças e jovens, e diversos ensaios. Além disso, trabalhou na televisão com programas jornalísticos culturais e é uma das mais premiadas escritoras brasileiras. Suas obras são direcionadas para crianças e jovens, e seus ensaios perpassam temas  como o feminino, a arte, o amor e os problemas sociais.

Por último, mas não menos importante, Raphael Montes também é nome confirmado na programação. Nascido em 1990 no Rio de Janeiro, é escritor e roteirista de literatura policial. Estreou na literatura em 2012 com seu romance Suicidas, que ganhou adaptação para o teatro em 2015. Seu segundo romance foi vendido em mais de 14 países e, assim como todos seus livros, teve os direitos de adaptação vendidos para o cinema e estão em produção. Desde abril de 2015, Raphael assina uma coluna semanal em O GLOBO e apresentou o programa Trilha de Letras na TV Brasil, de abril de 2017 à fevereiro de 2019. 

A programação completa da Feira do Livro deste ano será divulgada na próxima segunda,  no  Santa Cultura Café (Av. Presidente Vargas, 1400).