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Flores comestíveis, quem já experimentou?

Um fato um tanto curioso irrompeu a tarde da quinta-feira, 5 de agosto. A estudante do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano, Jéssica Arruda, 21 anos, percorreu o pátio da Instituição a convidar os universitários

Segundo fisiologista manter os horários fixos é uma boa medida para se adaptar com mais rapidez
Segundo fisiologista, manter os horários fixos é uma boa medida para se adaptar com mais rapidez. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Começou no último domingo (19) de outubro, o horário brasileiro de verão. No total, 10 estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Distrito Federal adiantaram seus relógios em uma hora. Para não coincidir com o carnaval, a mudança foi prorrogada por mais sete dias, até 22 de fevereiro de 2015. A iniciativa deverá reduzir em 4,5% o consumo de eletricidade nos horários de pico, como das 18h até às 21h. Esse valor representa 2.595 megawatts, segundo o Ministério de Minas e Energia.

A alteração de rotina, nos primeiros dias, é uma das queixas para quem têm dificuldades em se adaptar ao novo horário. A estudante de jornalismo do Centro Universitário Franciscano, Bruna Germani, 20 anos, é uma das pessoas que não gosta da mudança repentina:

“Eu não gosto, porque no início descoordena a pessoa. A rotina muda e demoro a me acostumar. Afeta na alimentação e o dia é mais corrido. Me sinto melhor no horário antigo. O lado bom é que o dia fica mais longo”, contou a estudante.

A dona de casa Mariam Rodrigues Martins, de 51 anos, também não gosta do novo horário:

“Não gosto muito. Eu acordo cedo, às 5 horas. Imagina, nesse horário é mais cedo ainda. A manhã fica curta e o tempo passa voando. Demoro para me acostumar e torço para terminar logo. Nos meus filhos afeta o humor deles, que ficam com sono e o rendimento cai até se acostumarem”, explica Mariam.

Para o comércio, esta hora a mais de sol é uma oportunidade para expandir o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Segundo o empresário, Evandro Dalcien, dono de uma farmácia, o horário é ampliado 30 minutos, ficando aberto até às 20h 30. Conforme ele, a expectativa é de um crescimento nas vendas:

“Esperamos um crescimento, não sei lhe precisar quanto, mas sempre tem um aumento nas vendas, até porque, as pessoas aproveitam o dia com sol até mais tarde” – declarou

Esse novo período também é uma chance para quem deseja começar a fazer atividade física. Conforme a fisiologista em exercício, Thais Dal Santos, de 23 anos, o horário ajuda as pessoas que pretendem iniciar uma atividade, mas é preciso ter o acompanhamento médico:

“Quem estiver começando o ideal é ter acompanhamento de um profissional capacitado. Para quem faz as tradicionais caminhadas, no final da tarde, é importante alongar antes e após a atividade principalmente membros inferiores. Outras dicas são: alternar corrida e caminhada, e ir aumentando o tempo com a prática, fazer de forma frequente a atividade não apenas nos fins de semana, quanto mais tarde for feita a atividade menor deve ser a intensidade para não atrapalhar no sono”, explicou a profissional de educação física.

De acordo com Thaís, a adaptação ao horário é bastante individual, geralmente quem pratica exercício físico tem uma maior capacidade de se recuperar. Outras dicas importantes para se adaptar com mais rapidez é com relação a alimentação. É bom evitar alguns alimentos estimulantes como refrigerantes e energéticos. Por outro lado, a banana é uma aliada na produção do hormônio do sono e pode colaborar:

“É bom evitar nesses dias refrigerantes, energéticos, cafés, ou seja, alimentos que são estimulantes. A banana é um alimento que contém triptofano e estimula a produção de serotonina que proporciona o bem estar e ainda colabora na produção do hormônio do sono. Manter a hidratação também durante a noite para evitar levantar da cama por causa da sede.”, enfatizou a fisiologista Thaís Dal Santo.

Conforme o Ministério de Minas e Energia, apesar do aumento de dias do horário de verão, a medida não trará um crescimento na economia. Segundo a pasta, serão poupados R$ 278 milhões. No ano de 2013, a economia foi de R$ 405 milhões. O motivo para essa redução é a utilização das usinas térmicas no Brasil, devido à escassez de chuvas em determinadas regiões do país. O horário de verão foi instituído pela primeira vez 1931.

Por Tiago Nunes, para a disciplina Jornalismo Online

Canapés de frango com amor-perfeito. Foto: Jéssica Arruda

Um fato um tanto curioso irrompeu a tarde da quinta-feira, 5 de agosto. A estudante do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano, Jéssica Arruda, 21 anos, percorreu o pátio da Instituição a convidar os universitários para comparecerem a uma análise sensorial realizada no Laboratório de Técnica e Dietética, no prédio 17. A análise visava observar a aceitabilidade das flores comestíveis, objeto do seu Trabalho Final de Graduação (TFG).
Interessados, 90 alunos de diversos cursos aceitaram o convite. Foram servidos canapés de frango com flores. As flores escolhidas para a observação foram Amor-perfeito, Rosa e Capuchinha. Os estudantes sentavam-se à mesa, completavam o questionário e, por fim, experimentavam o prato singular. Para a surpresa da pesquisadora, as flores comestíveis tiveram grande aceitabilidade.

O aluno Teonas Oliveira, 25, declarou nunca ter ouvido falar das flores comestíveis. “Gostei muito, principalmente do canapé de frango com Amor-perfeito” diz. A aluna Gabriela de Melo, 21, já havia ouvido falar, mas nunca experimentado. “Comeria em casa. Achei bem gostoso”, afirmou.

A professora orientadora da pesquisa, Cristiana Basso, de quem partiu a ideia para o trabalho, orienta o cuidado na hora de adquirir o produto. “O cultivo para alimentação é diferenciado e específico, pois deve ser orgânico e higienizado. As pessoas não devem sair colhendo essas flores e preparando-as”, aconselha.

Jéssica trouxe as flores de São Paulo. A aluna assegura que são poucos os lugares onde elas se encontram. “A ingestão de flores comestíveis é comum em países como a China, a Índia e o Japão. No Brasil, a demanda é pouca. Acredito que é possível que o país ainda desenvolva esse hábito”, comenta.

A futura nutricionista considera que as flores são ricas em potássio e outros nutrientes. Ela julga que a grande diferença, quando comparadas às frutas, é que as flores não possuem agrotóxico e pesticida, haja vista que, esses, quando ingeridos em excesso, podem causar intoxicação.