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Mais uma alternativa para o público e simpatizantes LGBT

Pelo quarto ano consecutivo, foi realizada, nesse domingo (18), mais uma edição da Parada Alternativa LGBT de Santa Maria. Como nas edições anteriores, mesmo com poucos recursos e apoio, o evento ocorreu no largo da locomotiva.

4ª Parada LGBT movimenta público alternativo em Santa Maria

Ocorreu neste domingo, 18, no Largo da Locomotiva a 4ª Parada LGBT Alternativa de Santa Maria. Organizado pelo Coletivo Voe, o encontro reuniu os membros da sigla LGBT+, além de simpatizantes do movimento. Trouxe como tema

Manifestantes se reúnem em ato contra Bolsonaro

Ocorreu neste sábado, 22, na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, a manifestação “Ele Não! Ato em Defesa dos Nossos Direitos”. O ato foi organizado pelo Coletivo Marias EmLuta e contou com a colaboração

Pelo quarto ano consecutivo, foi realizada, nesse domingo (18), mais uma edição da Parada Alternativa LGBT de Santa Maria. Como nas edições anteriores, mesmo com poucos recursos e apoio, o evento ocorreu no largo da locomotiva. A organização é do Coletivo Voe, grupo formado por estudantes, pesquisadores e ativistas em defesa da diversidade sexual e de gênero.

As paradas LGBT já existem há muitos anos na cidade. Desde 2015, porém, por não concordarem com alguns quesitos propostos pela prefeitura, integrantes do Coletivo Voe preferiram fazer sua própria parada, mesmo que com menos recursos.

Segundo Henrique Pause, 22 anos, integrante do Coletivo Voe, a parada desse ano foi bastante difícil de organizar. Uma das alternativas para obterem dinheiro foi a venda de camisetas e acessórios. Mesmo assim, com dificuldades, a intenção é continuar com o evento nos próximos anos.

Histórico das Paradas LGBT Alternativas

1ª Parada Alternativa – em 15 de novembro de 2015, com o tema: Nossa alternativa é a luta. Teve o apoio do diretório acadêmico dos estudantes (DCE) e da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

2ª Parada Alternativa – em 18 de dezembro de 2016, com o tema: Eles estão organizados. E nós? Deu ênfase que vários setores querem tirar os direitos  já conquistados pelo grupo LGBT.

3ª Parada Alternativa – em 19 de novembro de 2017, com o tema: Ativismo e resistência popular. Segundo os organizadores, reuniu quase  4 mil pessoas.

4ª Parada Alternativa – nesse domingo (18), com o tema: A saúde mental de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros.

Texto: Luana Giacomelli

Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes

Ocorreu neste domingo, 18, no Largo da Locomotiva a 4ª Parada LGBT Alternativa de Santa Maria. Organizado pelo Coletivo Voe, o encontro reuniu os membros da sigla LGBT+, além de simpatizantes do movimento. Trouxe como tema anual a “Saúde Mental de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros e quaisquer outras identificações não heterossexuais ou não cisgêneras”.

Organizadores da parada LGBT levantam os braços, enquanto três deles seguram bandeira com as cores do arco-íris. Eles estão encima do palco de costas para o público. O público no fundo levanta os braços para a foto.
Membros do Coletivo Voe posam frente ao público da 4ª Parada LGBT. (Foto: Denzel Valiente)

A concentração do público começou às 15h, na Praça dos Bombeiros. Por volta das 16h, os integrantes saíram em passeata até o Largo da Locomotiva, na Avenida Presidente Vargas, onde ficaram reunidos, ao ar livre, em frente a um palco montado nos fundos da Biblioteca Pública aproximadamente até as 22h.

Para animar público, houve diversas apresentações, danças e discursos promovidos pelos integrantes do Coletivo Voe, assim como demais convidados, entre eles drags e transsexuais que manifestaram palavras de força, superação e resistência dos movimentos sociais para com o conservadorismo e o preconceito existentes na sociedade e em algumas famílias intolerantes, e também, palavras de amor e união.

A jornalista e integrante do Coletivo Voe, Carolina Bonoto, 28 anos,  comentou que apesar de Santa Maria possuir uma parada LGBT oficial promovida pela prefeitura, a mesma por muitas vezes não ouviu e nem integrou os movimentos sociais. Logo, o Voe, como movimento social, resolveu criar uma Parada LGBT construída por LGBTs para os integrantes da LGBTs. A organizadora completa sua fala dizendo acreditar “na importância de ocupar o espaço público, de se reconhecer na pessoa do lado e de conhecer a pessoa ao lado”.

Surgiu então a Parada LGBT Alternativa de Santa Maria, que chegou em 2018 a sua 4ª edição, e é promovida com trabalho e mobilização do Coletivo ao longo do ano todo para que possa ocorrer. Para a realização dessa edição, foi criado um financiamento coletivo online com R$ 1.144 arrecadados, para cobrir com os gastos do evento que não recebe nenhum tipo de apoio por parte da Prefeitura Municipal.

A Parada LGBT ainda contou com a venda de batata frita, hambúrguer, pizza, chope e bebidas em geral nos diversos food trucks que se instalaram ao redor do espaço.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

 

Ocorreu neste sábado, 22, na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, a manifestação “Ele Não! Ato em Defesa dos Nossos Direitos”. O ato foi organizado pelo Coletivo Marias EmLuta e contou com a colaboração do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Coletivo Voe. Segundo a organização, o protesto teve como principal objetivo lutar pelos direitos democráticos e humanos e mostrar oposição ao presidenciável Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL).

Manifestante se reúnem na Praça Saldanha Marinho em ato pró democracia. Foto: Denzel Valiente

A reunião do público teve início por volta das 14h com a confecção de cartazes com a escrita “Ele Não” e distribuição de adesivos e panfletos do candidato do PT, Fernando Haddad. Os manifestantes se mantiveram no local por aproximadamente três horas, por volta das 17h30, foi orientado pela organização a se reunirem em grupos e se espalharem pela cidade, conversando com pessoas nas ruas, lojas e casa. A intenção da ação foi mostrar à população as propostas de governo de Haddad e debater os motivos, pelos quais, Bolsonaro representa ameaça à democracia, aos trabalhadores, às mulheres, aos LGBTs, aos negros, aos indígenas e aos pobres, segundo os manifestantes.

“Em toda minha vida, eu tive uma educação, em que, eu fui instruída dentro de casa e na escola, a não apoiar o fascismo, não apoiar o racismo e nem a homofobia” A declaração dada pela estudante Nathália Rieder, 19 anos, em meio aos gritos de “Ele Não” e “Fascistas não passarão”, representa o momento de tensão social e política que se estende pelo país durante o segundo turno das eleições. Vale ressaltar que a manifestação ocorreu em diversas cidades do Brasil durante o final de semana, e buscou repetir a adesão pública do “Ele Não” de 29 de setembro, que reuniu milhares de pessoas no Brasil e no Mundo. Em Santa Maria, não houve contagem de participantes pelos organizadores.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias