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Comportamento

“O Silêncio dos homens”: é preciso repensar a masculinidade

Nos últimos meses o termo “masculinidade” e suas discussões me chamaram atenção. Comecei a pesquisar sobre a temática e até participar de rodas de conversa sobre essa questão que atinge diversas esferas da sociedade: a masculinidade

Dismorfofobia: compulsão pela beleza

Na manhã desta terça-feira,  ocorreu o segundo dia da Jornada Interdisciplinar de Saúde (JIS), na UFN, com a Palestra: Dismorfofobia: a imagem distorcida, com a  Psicóloga da Prefeitura de São Vicente do Sul, Laise Marim Zanini.

A arte de procrastinar

Não tem data, lugar ou hora certa. Tampouco importa quem o pratica. O famoso “deixa para amanhã” persegue a todos. Essa é a desculpa mais usada para o adiamento dos afazeres do dia a dia. No entanto, existe

(Imagem: Divulgação)

Nos últimos meses o termo “masculinidade” e suas discussões me chamaram atenção. Comecei a pesquisar sobre a temática e até participar de rodas de conversa sobre essa questão que atinge diversas esferas da sociedade: a masculinidade tóxica. E quando escrevo masculinidade tóxica, me refiro a ela em diferentes perspectivas: relacionamento, comportamento, emoções, sociabilidade, entre outras questões que ferem o individual e o coletivo.

Essa toxicidade começa logo cedo, na formação enquanto indivíduo homem, e nos obriga a ter um comportamento forte, viril e rígido, forçando a colocar de lado tudo que equivale ao feminino. A sociedade machista e masculinista nos exige a ser homem, mas não qualquer homem. Tem que ser “Homem com H maiúsculo”. Mas afinal, o que é ser homem? O que é um homem? Que homem é esse?

Passei a me questionar ainda mais sobre essas questões, depois de assistir o documentário O Silêncio dos Homens, uma iniciativa do site Papo de Homem, lançado recentemente. O filme aborda um ponto importante: o silêncio das emoções, que nos são retiradas logo na infância, com a famosa frase “homem não chora”. Além disso, nos mostra que esse silêncio é a raiz de diversos problemas, como a violência doméstica, o suicídio, alcoolismo, depressão e o vício em pornografia. Também apresenta que apenas três em cada 10 homens possuem o hábito de falar sobre seus medos e dúvidas com amigos.

De certa forma, soa até estranho dizer que os homens são silenciados, devido a nossa construção histórica, onde o homem sempre é colocado no topo da cadeia social. E me refiro justamente a maneira como os homens são criados, tendo que mostrar firmeza a todo instante. Não podemos agir com comportamentos ligados ao feminino, devemos ter um bom emprego, ser o líder da família, flertar com mulheres, não chorar, gostar de futebol e por aí vai. Essas são só algumas atitudes, ou melhor, obrigações do que parece ser uma “cartilha” para se tornar um homem. Ah! E se você falhar em alguma delas, pronto, logo você é rotulado de “viado”. E no ideário da masculinidade tóxica, “viado” não é homem.

Essa construção de ser masculino, se naturalizou com o patriarcado e a dominação com ele trazida. O homem sempre foi visto como símbolo de poder, logo, tudo que se associa ao feminino é colocado um ou mais degraus abaixo. Nós, homens, somos ensinados a buscar por uma hipermasculinidade, a fim de manter a dominação dos homens sobre as mulheres e, também, de homens sobre homens, causando danos para ambos. Dessa forma, o homem acaba fortalecendo a manutenção de seus privilégios, a partir do momento em que não se coloca aberto para refletir seus comportamentos.

Falar sobre masculinidade é perceber o quanto ela interfere no comportamento masculino e os seus impactos no coletivo. O movimento surge como forma de repensar o papel do homem na sociedade, de escutar, de mostrar suas vulnerabilidades e de entender que ser homem está além da supervalorização de características, sejam físicas ou culturais, associadas ao masculino. Por isso, faço um convite especialmente aos homens: assistam ao documentário O Silêncio do Homens e vamos refletir sobre nossas práticas masculinas.

Assista ao documentário “O Silêncio dos Homens”, com direção de Ian Leite e Luiza de Castro. O filme é fruto de um projeto que ouviu mais de 40.000 pessoas sobre questões de masculinidade.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/NRom49UVXCE” title=”O%20silêncio%20dos%20homens”]

 

Deivid Pazatto é jornalista egresso da UFN, pós-graduando em Estudos de Gênero na UFSM e militante do movimento LGBTQ+. Foi repórter da Agência Central Sul e monitor do Laboratório de Produção Audiovisual (Laproa) durante a graduação

 

O banho sempre foi um bom lugar para pensar né? Acho até que havia uma comunidade no Orkut para quem gosta de pensar durante o banho. Ok, havia uma comunidade para tudo no Orkut. Mas a questão é que bons pensamentos surgem no banho, ideias geniais, a lista do mercado e algumas paranoias. O problema é que pensar no banho não tem sido uma opção muito sustentável. Melhor juntar o canudo de inox, o copo reutilizável e as ecobags e ir procurar um novo lugar para pensar. A minha opção tem sido o ônibus, afinal 40 min em um percurso de 11km é um bom momento para pensar “#%#%$%, o que eu estou fazendo com a minha vida? O que está acontecendo com o mundo? Será que todo mundo está pensando a mesma coisa?”. Fique à vontade para escolher o meio de transporte mais ou menos precário de sua preferência. Cuidado com os patinetes.

O podcast está disponível no Spotify e não precisa ter conta premium para ouvir. Imagem arquivo pessoal Camila Fremder

Foi em um momento destes, olhando pela janela do ônibus há 30 minutos e sem parecer sair do lugar, que estava ouvindo o podcast “É nóia minha?”, da Camila Fremder. Que companhia seria melhor para as minhas viagens do que as paranoias de outras pessoas?

Camila é escritora, roteirista e agora podcaster. Em 2013, junto com a Jana Rosa, a autora publicou o livro “Como ter uma vida normal sendo louca” – meu primeiro contato com ambas. Anos depois, em 2015, a dupla publicou um novo livro intitulado “Enfim 30: Um livro para não entrar em crise”. A última publicação da autora foi o “Adulta sim, madura nem sempre: Fraldas, boletos e pouco colágeno”, de 2018. Todos os títulos são temperados com o bom humor e tiradas perspicazes, que também estão presentes em cada episódio do podcast e em tudo que a Camila faz. Dos livros aos stories intimistas contando que está prestes a começar o novo livro e o bebê Arthur está dormindo.

Depois de 9 km no ônibus, uma sinaleira congelada no vermelho e várias nóias depois, eu decidi que precisava conversar com a Camila Fremder. Escrevo muito sobre crises por aqui e apesar das tentativas de escapar do assunto, algo sempre surge. Por que não conversar com quem está refletindo sobre crises, comportamento e mudanças sociais? Alguém quer dar um palpite sobre qual é o tema do livro que ela está escrevendo?

Com vocês, Camila Fremder:

Como surgem as inspirações para as pautas do podcast?

São coisas que eu paro para pensar, que tenho curiosidade de conversar com outras pessoas e até já conversei em algum almoço ou mesa de bar. Também são temas que eu acho importante debater no momento, como os episódios que falam sobre leitura e rede de apoio. Eu senti uma necessidade de falar sobre rede de apoio, pois comecei a perceber que as pessoas não têm essa cultura, que eu vi em outros grupos. Essa cultura da rede de apoio é muito forte entre as mulheres negras e nós temos muito o que aprender.

As pessoas estão tendo mais crises esse ano?

Eu não sei. Acho que esse ano a gente está com mais motivos para entrar em crise. Muita coisa acontecendo na política e no governo, coisas tristes. Complicado falar sobre política, mas acho que está muito ligado. O momento econômico está complicado, todo mundo fica mais apreensivo e de repente não está fechando a conta. Mas eu acho que tem um lado muito positivo na crise. As pessoas começam a se reinventar e foi o que falamos no podcast sobre leitura. As editoras encontraram na crise uma necessidade de buscar outras formas de vender.

O lado bom da internet é a paranoia compartilhada?

Eu acho maravilhoso a internet! Eu jogo lá a minha nóia e quando vejo tem um monte de gente que compartilha a mesma nóia, então a gente não se sente sozinho.  Sobre o episódio do podcast “Todo mundo tem crush imaginário?”, um monte de gente falou que só elas inventavam papo imaginário com o Selton Mello. Acho que é um alivio para as pessoas quando eu lanço uma nóia dessas, que a maioria das pessoas teria vergonha de falar. Não pode ter medo de se sentir julgado. Lógico, tem as outras pessoas que falam “nossa, acho que você pirou!”. Eu acho sempre divertido.

Qual paranoia você eliminaria da vida sem dó?

Eu eliminaria as nóias de preocupação. Quando vira mãe você fica muito preocupada das coisas darem certo. Programei uma viagem de fim de semana com o Arthur, dai antes de dormir fico pensando “E se ele ficar resfriado? E se for picado por um bicho? E se ele bater o dente?”. Esse tipo de pensamento aparece muito quando você é mãe. Preciso fazer um podcast sobre paranoias absurdas. Será que todo mundo tem medo de estar em um date e peidar?

Por qual crise todas as pessoas deveriam passar uma vez na vida?

Eu sou mega a favor das crises! Meu próximo livro, que vai ser publicado ano que vem, vai ser sobre crise. É na crise que a gente cresce, se reinventa e sai de uma situação de desconforto. Sou super a favor de passar por elas, eu passei por várias! Tirando crises de pânico, sempre tento ver algo positivo.

 

 

Arcéli Ramos é jornalista egressa da UFN. Repórter da Agência Central Sul em 2015. Com pesquisas na área jornalismo literário e linguagem, hoje também estuda “Pesquisa de tendências”. É colaboradora na New Order, revista digital na plataforma Medium, e produz uma newsletter mensal

Desde 2007, quando Steve Jobs lançou os primeiros Iphones em Cupertino nos Estados Unidos, a popularidade desses pequenos dispositivos alcançou índices nunca antes previstos. O fato é que, independente da marca, tamanho, modelo ou geração, os smartphones, como são chamados, atingiram a soma de 220 milhões de exemplares apenas no Brasil, segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse índice já é maior do que o número de brasileiros e provoca inúmeras mudanças no comportamento e nas relações humanas.

Tecnologia oferta possibilidades de mobilidade na palma da mão. Foto: Denzel Valiente

Uma dessas modificações é o surgimento de aplicativos de mobilidade nas cidades. Entre eles estão o Uber, o 99Pop e os santa-marienses Garupa e Urmob.city. A universitária Patrícia Turchetti, 25 anos, usuária desses aplicativos, comenta que os utiliza, ao menos, duas vezes por dia. Para a acadêmica de Medicina da Universidade Franciscana (UFN), entre as vantagens desses suportes estão a comodidade, praticidade e o respeito dos motoristas.

A estudante do ensino médio do Colégio Marista, Mariana Vidal, 15 anos, relata que faz uso tanto do Garupa quanto do Uber para se locomover no trajeto entre casa e escola. Mariana conta que opta pelos apps por causa da agilidade dos motoristas e pela segurança. Para Kelvin Marques, 20 anos, estudante de Enfermagem na UFN, o Garupa e o 99Pop são os meios de locomoção mais usados seja para ir a faculdade ou até mesmo para voltar do mercado. Mas, para além dos que optam pelo uso de apps de carros particulares, os usuários das linhas de ônibus também contam com uma alternativa que facilita a sua locomoção.

Em 2018, a I3 Tecnologia lançou o aplicativo Urmob.city. Desenvolvido em Santa Maria, o Urmob auxilia no transporte público e na mobilidade urbana, como conta a gerente de mídias sociais Gabriela Werner, de 20 anos: “surgiu com essa ideia de rastrear os ônibus e com uma demanda da ATU (Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros de Santa Maria) que, pra ter o aumento da passagem tinha que oferecer como contrapartida um aplicativo ou algo que ajudasse os usuários.”

Responsável pelo marketing do app, Gabriela descreve que a principal funcionalidade do aplicativo é  rastrear as linhas dos ônibus, mostrando em tempo real a movimentação deles e todas as rotas que eles fazem. Além disso, Gabriela revela que começarão a serem disponibilizadas novas rotas semanalmente dentro do app, que, até janeiro contava apenas com a linha até a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Outro dado importante é a aderência rápida do público ao Urmob.city, que já conta com cerca 10 mil usuários em 6 meses de funcionamento.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do aplicativo Garupa e até o final desta edição não obtivemos retorno.

Na manhã desta terça-feira,  ocorreu o segundo dia da Jornada Interdisciplinar de Saúde (JIS), na UFN, com a Palestra: Dismorfofobia: a imagem distorcida, com a  Psicóloga da Prefeitura de São Vicente do Sul, Laise Marim Zanini.

Laise Marim Zanini. Foto: Thayane Rodrigues

De origem grega a palavra dismorfofobia trás como significado: feiura. O distúrbio, conhecido como Transtorno Dismórfico Corporal, apresenta uma preocupação excessiva com a beleza corporal, principalmente com os cabelos, os olhos, a boca,o nariz, as acnes, as rugas e as manchas, o que a diferencia de transtornos alimentares.

“A mídia, o mercado hoje em dia, a globalização da internet nos meios de comunicação tem nos levado a busca do corpo perfeito. A gente vê essas imagens que normalmente são retocadas e quando a gente vê esse ideal de beleza, a gente começa a olhar para o nosso corpo e vê que não somos assim”, questiona a Psicóloga. Segundo Laíse a dismorfofobia não tem uma causa específica, mas é influenciada  pelo mercado que oferece as pessoas uma falsa ideia de beleza. “Nós não temos que buscar igualdade no corpo do outro”, aconselha.

Conforme a psicóloga a doença é mais perceptível nas mulheres, porque o sexo feminino tem mais cobrança em relação ao corpo,  uma procura maior  pela cirurgia plástica, massagens e outros métodos de satisfação. Zanini apresentou um trecho do documentário  Embrace, que mostra histórias reais de portadores do distúrbio.

O transtorno mental causa um prejuízo no convívio social, profissional e em outras áreas da vida. Segundo  Zanini é um dos sintomas é o fato das pessoas passarem de uma a oito horas em frente a um espelho procurando um defeito.” Passam cutucando o corpo, procurando comprova essa deformidade”, afirma. As pessoas que apresentam esses tipos de problemas costumam ter pensamentos obsessivos contra elas mesmas. “Esse transtorno leva a 80% dos casos de suicídio”, comenta a psicóloga.

Diagnóstico geral dos pacientes com o transtorno:

  • Apresentam excesso de preocupação com um defeito mínimo no corpo
  • Demonstram sofrimento e prejuízo social
  • Pode apresentar outras doenças, como a depressão
  • Apresenta tanto os pensamentos obsessivos a respeito de supostos de feitos corporais, quanto comportamentos compulsivos
  • Obs: não é uma anorexia, bulimia ou outro transtorno compulsivo

Tratamento

Para a Psicóloga é importante o tratamento psiquiátrico com o uso de medicações, normalmente antidepressivos. “Na terapia a gente busca descontruir esses conceitos dertupados do paciente, procura quebrar aquelas crenças que eles tem de inferioridade e procura com que ele consiga em cima disso construir uma nova identidade, uma nova visão de sí mesmo”, explica. O monitoramento do pensamento e a fiscalização do tempo que fica em frente ao espelho também fazem parte do tratamento.

Zanini  apresentou o áudio de uma mulher de 38 anos, de Santa Catarina, cujo nome não foi revelado, que apresenta o problema desde os 14 anos de idade. Ela contou que só descobriu a doença através da internet, quando pesquisou os sintomas da doença. “Esses dias eu fui no shopping e quando voltei para a casa tinha menos vontade de viver do quando eu sai”, revela a paciente.

 

Trecho do documentário Embrace: https://www.youtube.com/watch?v=JS5RpVG73Qo

 

 

 

 

pro·cras·ti·nar , do latim procrastino, -are, verbo transitivo 1. Deixar para depois, adiar, postergar,protrair. (…) 2. Usar de delongas., delongar, demorar, postergar (…) in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em ].Imagem: Internet
Não tem data, lugar ou hora certa. Tampouco importa quem o pratica. O famoso “deixa para amanhã” persegue a todos. Essa é a desculpa mais usada para o adiamento dos afazeres do dia a dia. No entanto, existe um nome para isso: procrastinação.

Em várias oportunidades, as pessoas sofrem influências que os estimulam a desfocar dos objetivos profissionais, acadêmicos e pessoais. Como a atitude passa despercebida, uma das grandes questões é saber porquê quem procrastina não consegue evitar esse comportamento. E, uma vez tomando consciência dele, o que fazer para mudar o processo.

Georgia Dornelles Fröhlich, 19 anos, faz Publicidade e Propaganda na Unifra. Ela diz: “Costumo adiantar o máximo de coisas por dia”. Mas para a universitária existe uma diferença de gênero no ato de prorrogar. “Ao meu ver, a forma de adiar entre homens e mulheres é diferente”.  Para ela, a maioria dos homens decide deixar para fazer as coisas depois, e estão convictos disso. Boa parte das mulheres começam a diferir a tarefa depois de iniciada, ou seja, começam a realizar e encontram outros afazeres no meio, destaca. Ela também declara que, com as redes sociais, o tempo passa muito rápido e isso influi nos comportamentos.

Juciane Severo Correa, professora de Sociologia da Centro Universitário Franciscano, explica: “A mulher é mais regrada por uma questão cultural. Já o homem não consegue fazer várias atividades ao mesmo tempo. Além disso, as pessoas vivem em uma sociedade de desejos imediatos, e isso influencia muito”. Um outro fator que deve ser levado em consideração é a influência das redes sociais e dos serviços da internet que, na maior parte das vezes, estimulam o sujeito a continuar conectado. Para a socióloga, uma das formas de evitar isso “é impor limites, planejar, cancelar assinaturas, como da Netflix, para poder focar melhor em nossos objetivos”.

Psicóloga Juliana Foliatti comenta sobre a capacidade de não controlar as emoções e os impulsos (Foto: Mariana Olhabarriet / Laboratório de Fotografia e Memória)

Ainda, segundo a professora, as questões psicológicas, como falta de ambição e preguiça, ajudam as pessoas a não cumprirem determinada tarefa, como fazer trabalhos de faculdade, pagar impostos.

Para Marcia Ebling, 32 anos, empregada doméstica de dia e estudante à noite, a solução é se organizar. “Costumo por tudo em dia desde os afazeres que tenho em casa, até os que tenho que cumprir ao ir para a escola”, diz. Já para Rubi Renck Pires, estudante do curso de Letras da Unifra, a falta de tempo é prevalecedora para o ato de retardar os afazeres.

Juliana Foliatti esclarece: “a falta de tempo não é algo que influencia no não cumprimento de atividades”. Para ela, “há uma incapacidade de controlar as emoções e os impulsos e ansiedade e medo são fatores que influenciam em determinadas pessoas e depende muito da personalidade de cada individuo”. Além disso, “existe a condição de estímulo e resposta, aquilo que não é recompensador é deixado sempre em segundo plano”, adverte Juliana.”As redes sociais são uma problemática para esse comportamento. Elas colaboram ao atrair, temos a impressão de que o tempo passa mais rápido”, destaca a psicóloga.

Fato é que a procrastinação rende frutos. Na internet há uma série de blogueiros que discutem o problema e abrem espaço para que as pessoas comentem, relatem suas experiências de vitória e derrota diante da procrastinação, que expliquem métodos e/ou aplicativos que ajudem a vencer o que denominam de vício.

Para saber mais, acesse http://vidadestartup.org/procrastinar/