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exposição de arte

Lançamento de livro e exposição de arte na Athena

O lançamento do livro “Mídias e discursos de poder: estratégias de legitimação do encarceramento da juventude no Brasil”, de Marília De Nardin Budó, ocorreu neste sábado, dia 20. Durante o período da tarde, das 14h30 às

SESC exibe a mostra “Percepções”, de Vani Foletto

Vani Foletto assina a mostra “Percepções”, que acontece até o próximo dia 04 de novembro, no hall do SESC Santa Maria. A exposição é composta por 16 peças produzidas em diferentes linguagens e técnicas e que integram

Tapeçaria artística em exposição no Monet Plaza Shopping

Dos dias 01 a 30 de setembro, a exposição de artes visuais “Formas e Panos” estará aberta ao público na sala Monet Plaza Arte no Monet Plaza Shopping (Av. Fernando Ferrari, 1483). O público poderá apreciar, a partir

Quadro da série “Das Prisões” de Adéli Casagrande do Canto, e livro “Mídias e discursos de poder: estratégias de legitimação do encarceramento da juventude no Brasil”. (Foto: Laura Antunes Gomes)

O lançamento do livro “Mídias e discursos de poder: estratégias de legitimação do encarceramento da juventude no Brasil”, de Marília De Nardin Budó, ocorreu neste sábado, dia 20. Durante o período da tarde, das 14h30 às 17h, na Athena Livraria foi realizada uma sessão de autógrafos com a autora do livro, e uma exposição de arte com as séries “SITUA ações” e “Nossa Terra!” de Adéli Casagrande do Canto, artista responsável pela ilustração da capa da obra.

O livro é fruto da tese de doutorado da autora, e corresponde a um longo trabalho de análise da relação entre mídia e crime, que teve início durante os primeiros anos da trajetória acadêmica da autora. Marília De Nardin Budó tem graduação em Jornalismo e em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e, atualmente, é professora do curso de Direito da UFSM.

A autora explana que o tema é recorrente na sociedade, pois a partir da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, os adolescentes são considerados sujeitos de direito e seres humanos em desenvolvimento, ou seja, os atos infracionais cometidos por adolescentes exigem respostas diferenciadas dos atos cometidos por adultos. Porém, desde então, os discursos políticos e midiáticos tentam deslegitimar as políticas socioeducativas que buscam reintegrar os adolescentes à sociedade. Assim, segundo a autora, criam uma arquitetura argumentativa que reflete uma política discriminatória aos jovens pobres e negros, principalmente, e que resulta em propostas de redução da maioridade penal e do aumento do prazo de internação dos adolescentes, consideradas pela autora, políticas de retrocesso.

Nesse sentido, o livro expõe e analisa as estratégias que buscam legitimar o encarceramento da juventude, e propõe, no último capítulo, ideias alternativas ao discurso político e midiático hegemônico. Assim, a partir do incentivo da democratização dos meios de comunicação, da participação política da sociedade e da utilização de novas mídias é possível, segundo a professora, questionar o que é um ato infracional e quais as respostas efetivas a esses atos. No entanto, salienta que esse questionamento ainda é dificultoso, pois os jovens negros e pobres, que, segundo o Mapa da Violência, são os que mais morrem no país, não são considerados as vítimas, mas sim os inimigos da sociedade, o que é reafirmado nos meios de comunicação.

A exposição de Adéli Casagrande do Canto

Série “Nossa Terra!” e rascunhos da capa do livro. (Foto: Laura Antunes Gomes)

Adéli Casagrande do Canto foi a artista responsável pela ilustração da capa. A advogada e artista plástica relata que, no processo de criação, buscou explorar aspectos que retratam o discurso da mídia acerca da redução da maioridade penal. Dessa maneira, o ECA recebeu um tratamento para ser utilizado como o fundo da capa, no qual, foi queimado, amassado e rasgado, demonstrando, assim, como, na prática, a legislação passa por todos esses processos quando não é cumprida. A artista ainda revela que a pessoa com o megafone, sem identificação de sexo, gênero ou cor, está gritando o discurso da mídia, a mão é a manipulação e as correntes representam a luta contra o discurso hegemônico.

No mesmo espaço do lançamento do livro também foram expostas duas séries de Adéli. A primeira, denominada “SITUA ações”, conjunto de serigrafias com fotografias de viagens e paisagens poéticas, que representam lugares frequentados e ações efetivadas. Já a série “Nossa Terra!” contém os primeiros desenhos em verniz na tela de poliéster feitos pela artista, e representam as relações e diferenças entre os índios norte-americanos e brasileiros.

Série “SITUA ações”. (Foto: Laura Antunes Gomes)

Durante o lançamento, várias pessoas prestigiaram a atividade, e posteriormente, acompanharam o espaço musical.

Vilmar Debona, professor de Filosofia da UFSM, conta que o interesse pelo livro surgiu a partir da discussão de poder, penas e justiças, bem como de outras questões interdisciplinares. Também relata que é notável como a manipulação e o controle do poder midiático estão presentes na ilustração da capa do livro.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

Mostra é composta por 16 peças produzidas em diferentes linguagens e técnicas. Crédito: João Vilnei/PMSM

Vani Foletto assina a mostra “Percepções”, que acontece até o próximo dia 04 de novembro, no hall do SESC Santa Maria. A exposição é composta por 16 peças produzidas em diferentes linguagens e técnicas e que integram o acervo do Museu de Arte de Santa Maria (MASM), obras doadas pela artista.

Nascida em Santa Maria, Vani Foletto iniciou sua formação acadêmica na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 1973, no curso de Licenciatura em Desenho e Plástica. Em seguida, também cursou o bacharelado em Desenho e Plástica, com opção pelas Artes Gráficas. Fez especialização em História da Arte e concluiu mestrado em Filosofia, direcionado à arte e à estética. Fez doutorado na Argentina, na área de Epistemologia e História da Ciência, direcionado a pesquisa em História da Arte. Vani tem 43 anos de carreira dedicados ao magistério, à pesquisa da arte regional e às artes plásticas.

Em sua trajetória como artista, Vani Foletto trabalhou com desenho, pintura, cerâmica, instalações e objetos-arte. Dedica-se à Arte Contemporânea e estiliza suas peças a partir da mistura de materiais, utilizando como base o desenho.

SERVIÇO:

O QUÊ: Exposição “Percepções”, de Vani Foletto

QUANDO: Até 04 de novembro

ONDE: SESC Santa Maria

HORÁRIO DE VISITAÇÃO: De segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. Aos sábados, das 9h às 12h30min

PROMOÇÃO: Prefeitura de Santa Maria e SESC Sistema Fecomércio-RS

REALIZAÇÃO: Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e Museu de Arte de Santa Maria (MASM)

ENTRADA FRANCA

Fonte: Superintendência de Comunicação – Prefeitura de Santa Maria

Foto: Divulgação/MASM

Dos dias 01 a 30 de setembro, a exposição de artes visuais “Formas e Panos” estará aberta ao público na sala Monet Plaza Arte no Monet Plaza Shopping (Av. Fernando Ferrari, 1483). O público poderá apreciar, a partir das 18h30 de quinta-feira, uma série de trabalhos realizados por seis acadêmicos do curso de Artes Visuais da UFSM. Coordenado pela professora Vani Foletto, as peças  (tapeçarias, objetos e instalações) mostram uma pesquisa estética que envolve a superfície e  o espaço, usando tecidos, fios tramas e desenhos como elementos como matéria-prima.

De acordo com a professora Vani Foletto, que também é curadora da exposição, a experimentação foi motivadora da criação de objetos e instalações artísticas em que estes elementos foram fomentadores de propostas que pretendem inserir-se dentro das possibilidades da Arte Contemporânea. “Podemos dizer que esta tradição permanece e torna viva esta linguagem artística, através de temas como natureza e abstrações em coloridos vibrantes e delicados detalhes em evidência. Nestas apresentações lúdicas vemos questionamentos sobre a fraternidade, o amor, a identidade, enfim; o mundo que nos cerca”, salienta Vani.

Há cinquenta anos iniciava a tradição da tapeçaria artística na cidade e a Universidade Federal foi o berço disso tudo, pois sua prática entre universitários e alunos tornou-se linguagem difundida e aplicada, tornando-se independente ao longo do tempo e, principalmente, diluída na arte contemporânea por meio de sua estrutura de tramas, nós, bordados e da diversidade dos tecidos industriais.