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Feira Internacional do Cooperativismo chega em sua 28ª edição

A 28ª edição da Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) inicia nesta sexta-feira (15) e segue até domingo (17), em Santa Maria. A inovação desta edição será a participação de dezenas de agroindústrias de todo o estado.

Ainda dá tempo de apoiar a Feicoop

Há 26 anos ocorre em Santa Maria a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), considerada uma feira mundial, organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria. Este ano, tem data marcada para ocorrer de 11 a 14

Feicoop conta com apoio da comunidade para ser realizada

Prevista para ocorrer de 11 a 14 de julho, a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), que completa 26 anos em 2019, costuma dar à Santa Maria o título de capital latino-americana do cooperativismo. Mesmo a potência

A 28ª edição da Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) inicia nesta sexta-feira (15) e segue até domingo (17), em Santa Maria. A inovação desta edição será a participação de dezenas de agroindústrias de todo o estado.

José Carlos Peranconi, coordenador da Feicoop e do Projeto Esperança/Cooesperança. Imagem: Maiquel Rosauro

O evento deverá receber por volta de 500 grupos de expositores, a maior parte do setor de artesanato. Também ocorrerão debates, oficinas e seminários sobre questões ligadas a Agricultura Familiar e a Economia Solidária, além de apresentações culturais. A programação será divulgada em breve.

O coordenador da Feira e do Projeto Esperança/Cooesperança, José Carlos Peranconi, o Zeca, afirma que, em apenas um dos pavilhões do Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, haverá mais de 50 agroindústrias. “Se formos contar também os empreendedores que participam regularmente do Feirão Colonial, teremos mais de 60 agroindústrias que atuam com pão, salame, queijo e muito mais, vindas das mais variadas cidades do Estado”, explica.

É a primeira vez que Zeca assume a coordenação da Feicoop. Ele conta que o serviço é grande, mas que tudo caminha bem para o início da Feira. Nos anos anteriores, era o responsável pela organização da infraestrutura do evento.  “Temos uma equipe boa que está trabalhando, gosto sempre de conversar com o pessoal para não tomar decisão sozinho. Temos uma correria boa. Sei que, fisicamente, posso estar cansado, mas olho para trás e vejo tudo o que a gente já fez e dá um incentivo para terminar. É uma experiência nova para mim, trabalhei em todas as feiras em outra função, não na linha de frente. É desafiador”, relata Zeca.

A 28ª Feicoop é promovida pelo Projeto Esperança/Cooesperança, braço da Arquidiocese de Santa Maria; Prefeitura Municipal de Santa Maria; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Instituto Federal Farroupilha (IFFar). Para realização de um evento desse porte, a Feicoop tem auxílio de, aproximadamente, R$ 450 mil em emendas impositivas que chegam por meio da Prefeitura. A destinação vem dos deputados federais Paulo Pimenta (PT) e Elvino Bohn Gass (PT), e dos vereadores santa-marienses Valdir Oliveira (PT), Maria Rita Py Dutra (PCdoB), Ricardo Blattes (PT), Paulo Ricardo Pedroso (PSB), Getúlio de Vargas (Republicanos) e Tubias Calil (MDB). As emendas dos vereadores somam R$ 102.927,92.

 

Comitiva de professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidad de Alicante, da Espanha, visitaram na tarde desta terça-feira (31), o Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter.  As instituições  estão promovendo um intercâmbio entre pesquisadores para dividir experiências cooperativistas. A criação de uma cooperativa de consumidores, é resultado da primeira reunião realizada pelo grupo.

Professores da UFSM, Universidad de Alicante e direção do Projeto Esperança/Cooesperança. Foto Maiquel Rosauro

A professora do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM, Sibele Vasconcelos de Oliveira, explica que a parceria entre as universidades possibilita pesquisas e assistência a grupos de Economia Solidária.

“A curto prazo a ideia é de que possamos planejar atividades de pesquisa e estudos em conjunto. A médio e longo prazos, pretendemos criar oportunidade para que os espanhóis estejam aqui conosco aprendendo e compartilhando suas trajetórias e para que possamos estar lá e conhecer as diferentes realidades”, explica Sibele.

Os pesquisadores visitaram os pavilhões do Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, em que nas manhãs de sábado recebe o Feirão Colonial e em julho será a sede da 28ª Feira Internacional do Cooperativismo , Feicoop.

Pela primeira vez em Santa Maria o professor Daniel Gómez López, ficou surpreendido com a infraestrutura do local e com o comprometimento da direção do Projeto. “Acho que hoje em dia é muito importante o consumidor saber o que ele está comprando, porque ele está comprando e de que maneira está comprando. Acho que uma cooperativa de consumidor é um aspecto muito transcendental como forma de educar o consumidor e, inclusive, ter uma relação muito mais direta com o produtor que de alguma maneira também está sendo organizado através de uma cooperativa”, diz López.

O coordenador do Projeto Esperança/Cooesperança, José Carlos Peranconi, relata  que é uma honra a presença dos pesquisadores, e que é gratificante receber professores do Brasil e do exterior para conhecer as iniciativas de Economia Solidária. “Estamos sempre abertos na importância de construir e cada vez crescer mais, poder ensinar e aprender”, conclui o coordenador.

Os pesquisadores da Universidad de Alicante seguirão até amanhã, quinta-feira, em Santa Maria, onde conhecerão outras iniciativas sociais.

Colaboração: Luiza Silveira

Ilustração da Campanha ‘Juntos pela Feicoop’.                        Foto: Projeto Esperança/Cooesperança

Há 26 anos ocorre em Santa Maria a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), considerada uma feira mundial, organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria. Este ano, tem data marcada para ocorrer de 11 a 14 de julho, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. 

A Feira, que é realizada todos os anos, pela primeira vez precisou ir em busca de maneiras para fazer com o evento ocorresse. Por conta da falta de recursos – algo que nunca aconteceu – foi criada uma campanha nacional juntamente com a Cáritas para arrecadar fundos. “A Feicoop não pode morrer por falta de recursos!”, declarou Irmã Lourdes Dill, coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança e vice-presidente da Cáritas Brasileira.

A irmã Lourdes, que sempre esteve presente nesse projeto, explica o quanto é necessária a arrecadação desse fundo pois, segundo ela, a Feicoop não é apenas um feira, é muito mais do que se vê e se compra. A coordenadora relata que, no início, como era um projeto ainda pequeno não exigia de muitos recursos para que fosse organizada mas, com o tempo, houve um grande crescimento e também uma exigência maior. 

É preciso investimento para a organização no ambiente, com lonas e espaços para atividades  culturais, debates, oficinas, intercâmbios e a praça de alimentação, para também dar um certo conforto ao público. A Feira proporciona para a cidade um grande número de visitantes todos os anos. Em 2018 recebeu participantes de 28 países e um total de 10 mil produtos vendidos. 

Segundo Rosieli Cristiane Ludtke, que é mestre em agroecologia, produtora e participante do projeto da Feicoop,  a importância em manter a Feira não é só por conta dos empreendimentos que estão participando, mas também dos projetos sociais que estão por trás de toda essa ação, movimentando a cidade.  Rosieli trabalha na produção de produtos desde jovem e afirma que “o nosso papel é não deixar o feirão morrer, precisamos ajudar em todos os sentidos, buscando projetos e parcerias para que possamos levar esse projeto adiante”.

A produtora de queijos Jusane Turri Carvalho participa do projeto há 9 anos comercializando produtos que ela mesma produz. “A Feicoop tem um papel muito importante para nós, principalmente na questão econômica, pois é uma Feira onde circula muita gente da cidade e de fora”, relata Jussani. A produtora ainda ressalta o poder que o projeto tem socialmente, pois é uma ação que abre espaço para várias outras iniciativas.

A campanha vai até o dia 31 de julho e conta com a colaboração de toda a comunidade, com doações de qualquer valor, por meio de depósito no Banco do Brasil (Agência 0010-8, Conta 26.292-7) ou pelo site da Cáritas.

Prevista para ocorrer de 11 a 14 de julho, a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), que completa 26 anos em 2019, costuma dar à Santa Maria o título de capital latino-americana do cooperativismo. Mesmo a potência que representa pelo grande número de pessoas que atrai, cerca de 300 mil por edição, a feira tem enfrentado dificuldades para conseguir toda a estrutura necessária para a sua realização. Isso porque a estrutura de lonões, onde ocorrem os debates e oficinas que envolvem formações e discussões de políticas públicas referentes à sustentabilidade, meio ambiente e economia solidária, é uma das mais caras para bancar.

Devido às dificuldades em captar recursos governamentais e projetos com outras entidades, o Projeto Esperança/Cooesperança e a Cáritas, responsáveis pela organização da Feicoop, lançaram uma campanha de financiamento coletivo cujos recursos serão destinados para a estrutura física e logística da feira. A campanha “Juntos pela Feicoop” recebe colaborações pelo site da Cáritas ou por meio de depósito bancário  em conta do Banco do Brasil (Agência 0010-8, Conta 26.292-7). Qualquer valor é bem-vindo.

O texto de divulgação da campanha destaca a participação de vários países anualmente na Feicoop que tem por objetivo promover a geração de trabalho e renda, a partir de uma economia mais justa e solidária. “Seja doador e participe desta transformação, garantindo que centenas de famílias tenham a oportunidade de buscar o seu sustento e qualidade de vida.”

É possível acompanhar informações sobre a Feira e sobre a campanha pela fanpange da Feicoop no Facebook. Diversos vídeos com depoimentos de pessoas que vivem da economia solidária e de pessoas que apoiam e acreditam na ideia têm sido publicados. E para quem quiser conhecer mais sobre a feira, a TV OVO produziu um documentário chamado Cultura de Afetos, que retrata a teia de vidas e histórias que constroem essa bonita história.

Sinopse:

Transformar o modo de vida, formar coletivos e desenvolver a conscientização sobre economia solidária pela educação popular. É a partir da Feira Estadual do Cooperativismo, em Santa Maria, que, há 25 anos, as redes de solidariedade se conectam pelo mundo e se entrelaçam numa cultura de afetos que defende a diversidade e a sustentabilidade. É uma luta de resistência que promove políticas públicas para o país desde os pequenos produtores aos prossumidores.

Chuva na tarde de ontem afetou o movimento do Feirão de Páscoa na Praça Saldanha Marinho. Foto: Lucas Link, LABFEM

Nesta semana em que se sucede à Páscoa, a população de Santa Maria conta com mais uma opção de compras. Nas praças Saldanha Marinho e Saturnino de Brito está sendo realizado o Feirão de Páscoa que vai até amanhã, 18. O funcionamento é das 8h até às 18h .  A feira é organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança e durante esses dias conta com a participação de cerca de 40 barraquinhas com variados produtos como artesanato, floricultura, produtos coloniais e, em virtude da data, alguns produtores realizam a venda de peixe frito.

O Feirão de Páscoa é realizado há 30 anos e exige todo um processo para que possa funcionar. A coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, Irmã Lourdes Dill, explica que, primeiramente, existe uma avaliação para que o produtor possa expor seus produtos em locais como a praça, pois, segundo ela, é um local onde possui muita visibilidade e, por isso, o produtor precisa ter certas táticas e conhecimentos em relação a esse tipo de trabalho. O funcionamento do Feirão de Páscoa envolveu diversos esforços, uma vez que, conforme Irmã Lourdes, apesar do município ceder o espaço, existem custos e taxas que devem ser bancados pelos produtores, por isso é preciso que haja acordos e conversações para que fique bom para todos: “tudo esse envolvimento é fundamental para que se entenda a importância do cooperativismo e da organização”, ressalta ela.

Leila Terezinha Santos, 65 anos, é bibliotecária aposentada e juntamente de seu esposo produz alguns alimentos e os expõem nas feiras. Durante o Feirão da Páscoa ela está trabalhando na praça Saldanha Marinho. Leila já está há 6 anos no projeto e fala que em tempos atuais, com todos os problemas financeiros, ações como essa promovem um ganho tanto para produtor, que tem o seu espaço de comercialização, quanto para o público, que tem opções de compra. “A feira é muito importante, pois metade dos produtores aqui possui somente esta renda. Estar aqui gera muita visibilidade tanto para nós quanto para Santa Maria, que recebe tantos visitantes de variadas classes sociais”, comenta a feirante. Na praça Saturnino de Brito está Edisiane Papalia, 36 anos, formada em Administração e feirante. Edisiane participa do projeto desde 2015 e fala que esse trabalho é a fonte de renda de todos ali. “A feira ajuda, na realidade, ao pequeno produtor e é importante porque, talvez, se não fosse pela feira, alguns não sobreviveriam apenas com as vendas por fora”, diz a trabalhadora.

Irmã Lourdes, à esquerda, coordena a organização das barracas na Praça Saturnino de Brito. Foto: Lucas Link, LABFEM

O projeto Esperança/Cooesperança realiza várias feiras em diversos locais durante o ano. A maior delas é a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), que será de 11 a 14 de julho. “Eu trabalho há 32 anos nesse projeto, é um projeto muito bonito, fui designada a desenvolve-lo e me sinto realizada em saber que uma multidão de pessoas é beneficiada por esse trabalho, conclui a Irmã Lourdes Dill.

Desenvolvido pelo Banco da Esperança da Diocese de Santa Maria, integrado à Cáritas Regional – RS, o projeto Esperança/Cooesperança teve lançada a sua primeira semente em 1985, quando foram criados os primeiros projetos alternativos comunitários, derivando o Projeto Esperança em 1987. Ao articular e congregar experiências de economia popular do meio urbano e rural , a proposta, ao longo dos anos, tem se construído a partir do associativismo e do trabalho baseados na solidariedade, na autogestão, na inclusão social e na sustentabilidade. Produtores e pessoas que cada vez mais se conscientizam sobre o seu consumo compreendem este espaço como a possibilidade de formação de sujeitos e de exercício pleno da cidadania.