
A outra história de Maria Bonita
Na noite de quinta-feira, 9 de maio, quem esteve no palco do Livro Livre foi a escritora e jornalista Adriana Negreiros. A seu lado, a também jornalista do Diário de Santa Maria, Pâmela Matge. Adriana é

Na noite de quinta-feira, 9 de maio, quem esteve no palco do Livro Livre foi a escritora e jornalista Adriana Negreiros. A seu lado, a também jornalista do Diário de Santa Maria, Pâmela Matge. Adriana é
14h – Leitura inclusiva: Cultura Negra Promovido pelo Núcleo de Ações Afirmativas UFSM, com a profª Maria Rita Py, também escritora de livros infantis. 14h – Lançamentos infantis Cadê o Patinho? – Jacira Pedroso Filhotes Aventureiros – Auri Antonio Sudati

Marina Colasanti é uma das escritoras brasileiras mais premiadas, com 6 prêmios Jabuti e mais de 50 obras publicadas no Brasil e exterior ao longo da carreira. Ela, inicialmente formada em artes plásticas, que também atuou como jornalista

Raphael Montes foi a atração da noite na 46ª Feira do Livro, no palco do Livro Livre desta terça-feira, dia 7. O escritor de literatura policial já publicou 4 livros que, juntos, venderam cerca de 80

Na tarde desta segunda-feira, dia 6, aconteceu o lançamento do livro infantil “Thixa a Lagartixa a Bailarina e suas aventuras em braile”, de Tânia Lopes. A professora aposentada conta que os livros serão doados para as bibliotecas de

O livro Aprendendo a pensar como um economista lançado na tarde de ontem, quinta-feira, 2, pelo economista José Maria Dias Pereira é um convite ao pensamento econômico. Escrito de forma didática tem como objetivo fazer o

O lançamento do livro infantil Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias, que carrega o selo do Sobrado Centro Cultural, projeto de restauração do imóvel centenário que abriga a sede da TV OVO, se estendeu por mais de três horas

Ontem, dia 01, e hoje, quinta-feira, 02, no palco da praça Saldanha Marinho, foi o momento da criançada se divertir e aprender com a Revoada Poética, oficina realizada pela escritora Alessandra Roscoe. Nela, o público infantil
14H – Lançamento de livros infantis Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias – Clarissa Pereira, Daniel Pereyron e Neli Mombelli 15h – Revoada Poética A oficina de Alessandra Roscoe irá reunir 40 crianças na Praça Saldanha Marinho, com agendamento prévio. Pipas ganham,

9H – Oficina com Margarida Botelho A oficina “Conte-me sua história… o livro como ferramenta artística de intervenção social” é voltada para professores e explora o improviso, a surpresa e o erro como plataforma criativa de
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).

Na noite de quinta-feira, 9 de maio, quem esteve no palco do Livro Livre foi a escritora e jornalista Adriana Negreiros. A seu lado, a também jornalista do Diário de Santa Maria, Pâmela Matge. Adriana é paulista de nascença, mas criada no Ceará. A autora do livro Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço, conta a saga de Maria Gomes de Oliveira, a cangaceira mais famosa da história nordestina.
Adriana explica que cresceu ouvindo sua avó contar histórias sobre os cangaceiros e sobre como vivia com medo, porque eles eram grupos armados que cometiam crimes e violências por onde passavam. O mais conhecido foi Lampião, marido de Maria Bonita, de quem todos contam as histórias, porém, a escritora revela que surgiu a curiosidade pessoal, histórica e jornalística de como seria o ponto de vista de Maria Bonita, o que logo se tornou sua missão feminista.
A história diz que Maria era casada com um mulherengo impotente que sempre a traía, e que quando ela reclamava disso, ele a agredia. O que a tornava uma mulher transgressora de quem todos falavam, era o fato de que Maria Bonita também traia o marido e falava para quem quisesse ouvir que preferia estar com um homem valentão. Foi quando Lampião chegou na cidade de Maria e foi recebido pelo pai dela. Logo parou nos ouvidos de Lampião que ela queria ir embora com os cangaceiros. Lampião concedeu seu desejo. Segundo a jornalista, Maria Bonita queria fugir da situação ruim em que estava e o único jeito que encontrou foi o de se colocar em outra.
Já no cangaço, Adriana afirma que os homens eram os mais vaidosos. Eles exibiam seus chapéus e bolsas enfeitados do mesmo jeito que exibiam suas mulheres. Quanto mais enfeitada a mulher, mais poderoso era o homem. Como a água era escassa, era guardada para a higiene feminina. Já os homens, depois de estuprarem diversas mulheres e contrair doenças, não se lavavam tanto, pois as doenças eram um símbolo de virilidade.
A escritora também comenta que apesar de Maria Bonita ser vista como feminista hoje em dia, no cangaço não era bem assim. Ela era uma transgressora em relação ao comportamento das mulheres da época, mas não tinha a união com outras mulheres que o feminismo defende. Maria Bonita, diferente das outras que haviam sido sequestradas ainda quando crianças, queria estar lá.
Havia uma regra dentro do cangaço de que se a mulher traísse, ela deveria morrer, independente de se ela fosse estuprada ou não. Adriana conta que a mulher do cangaço mais feia era chamada de Cristina, e que certo dia alguém suspeitou que ela estivesse tendo um caso com o cantor e animador do grupo. Quando perguntada sobre isso, Maria Bonita disse que Cristina devia morrer, mesmo sem provas. Adriana explica que não é plausível que exijam dessas mulheres um ato feminista, pois elas eram vistas como objetos ou acessórios pelos homens, e como criminosas pelos policiais. Elas não sabiam o que era se unir contra alguma coisa.
A jornalista acrescenta sobre a falta de informações sobre as mulheres no cangaço, e que a principal informação encontrada era sobre as pernas de Maria Bonita. Mesmo nas crônicas dos cangaceiros ou pela imprensa da época, as mulheres eram narradas como se estivessem lá atrapalhando o tempo inteiro. As fontes só falavam da história dos homens.
Por fim, Adriana diz que no livro pode escrever como a nordestina que é. Também acredita que entre Lampião e Maria Bonita havia um pouco de amor, pois nos registros fotográficos ele sempre a colocava em destaque, coisa jamais feita por cangaceiros que enxergavam a mulher como enfeite. E, apesar de todo o massacre cometido por ele, não há registros de violência em relação a ela.
A escritora afirma que a pesquisa e produção do livro a transformou. Foi entendendo a vivência destas mulheres e estudando sobre filosofia que Adriana pôde afirmar que “feminismo é uma causa urgente e necessária”. Ela, que vem de uma época em que não se falava em feminismo, hoje fica feliz em poder dizer com orgulho que é feminista, e diz acreditar que se Maria Bonita vivesse hoje, possivelmente o seria também.
Veja mais no site da Feira do Livro.

14h – Leitura inclusiva: Cultura Negra
Promovido pelo Núcleo de Ações Afirmativas UFSM, com a profª Maria Rita Py, também escritora de livros infantis.
14h – Lançamentos infantis
Cadê o Patinho? – Jacira Pedroso
Filhotes Aventureiros – Auri Antonio Sudati – Irene Fernades dos Santos – Lourdes Morales Dallacosta
14h30min – OS MÚSICOS DE BREMEN
17h – Lançamentos de livros
Familía Miron – Fátima Inês Miron
Fernando Pessoa: Poemas e Fingimentos – Ensaios – Lígia Militz da Costa
Os Embaixadores – Luiz Olyntho Telles da Silva
Mil Estrelas Estão Passando – Maria Esther MegaHiperUltraPower
Charlas do Tio Lalo – Hylário João Agostini
O Absoluto e o Pós-Homem: como vir-a-ser Deus-que-ultrapassa-a-si-mesmo – Sérgio Canarim
Travessia dos Lucros Perpétuos: Fogo e Lama – Luciano Santos
Maneco Pedroso um Herói Esqucido – Carlos Roberto Gomide
Evidências Empreendedoras na Enfermagem: ensino, pesquisa,e extensão – Dirce Stein Backs – Silomar Ilha – Juliana Silveira Colomé
Territórios Em Movimentos – Orgs. Ivanio Folmer – Ane Carine Meurer
19h – Livro livre
O bate-papo com a Cátedra Unesco de Leitura, que seria na sexta-feira, dia 10, às 19h, foi adiado em função de problemas de saúde da palestrante. A palestra foi remarcada para o dia 16 de maio, às 19h, no Theatro Treze de Maio. Eliana Yunes é formada em Filosofia e Letras pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, com pós doutorado em Leitura pela Universidade de Colônia. É professora associada da PUC – Rio e professora visitante em universidades brasileiras e do exterior. Criou para a Biblioteca Nacional o Programa Nacional de Leitura (Proler), é assessora do Cerlalc/Unesco e comparte a direção da Cátedra Unesco de Leitura no Brasil.

Marina Colasanti é uma das escritoras brasileiras mais premiadas, com 6 prêmios Jabuti e mais de 50 obras publicadas no Brasil e exterior ao longo da carreira. Ela, inicialmente formada em artes plásticas, que também atuou como jornalista no Jornal do Brasil, esteve no Livro Livre, na Feira do Livro, nesta última segunda-feira, 6 de maio.
Com muito entusiasmo e bom humor, Marina, que já está com 82 anos, instigada pelo professor homenageado Pedro Brum Santos, começou falando sobre sua relação com o tempo, já que para ela, nessa idade é comum conviver com a ideia da morte com a qual ela diz lidar muito bem.
O principal assunto discutido na noite foi a literatura e o feminino. Marina falou sobre a presença das mulheres na literatura e afirmou que homens geralmente não compram livros escritos por mulheres ou exemplares quem tenham a palavra “mulher” no título. Ainda, criticou que as mulheres não estão incluídas junto aos nomes dos grandes poetas brasileiros, citando Adélia Prado como exemplo. Segundo ela, as mulheres “não fazem parte do duelo entre os machos”, isso se deve a uma estrutura cultural que se desenvolve entre os homens que foram educados para “ignorar a mulher porque ela não faz parte desse jogo”.
Marina sempre esteve as voltas com a literatura feminina e feminista. Ela diz que teve o “privilégio de organizar a cabeça de tantas mulheres e tantas jovens ideias que estavam fermentando” no período da ditadura militar, quando escrevia para a Revista Nova. Segundo ela, mulheres que haviam se exilado na época por questões políticas, entraram em contato com grupos feministas e quando voltaram sabiam como agir e organizar os movimentos.
Ainda, sobre o tema, questionada pelo professor Pedro se pode se falar que a escrita possui gênero, Marina ressaltou que sempre houve um questionamento sobre as características da escrita das mulheres e respondeu: “Eu vejo o mundo através dos meus olhos de mulher, analiso o mundo através do meu cérebro de mulher”. Ela aponta que a ciência comprovou que o cérebro da mulher não funciona como o dos homens, pois a mulher usa os dois lados, brincou. E diz saber que ao defender uma escrita do gênero feminino está colocando uma “bola de chumbo” sobre suas obras.
Ao fim da conversa, foi pedido a Marina que narrasse um de seus minicontos. De improviso, ela deixou o público boquiaberto e emocionado com a delicadeza de suas palavras e sua forma única de contar histórias.

Raphael Montes foi a atração da noite na 46ª Feira do Livro, no palco do Livro Livre desta terça-feira, dia 7. O escritor de literatura policial já publicou 4 livros que, juntos, venderam cerca de 80 mil cópias no Brasil. Formado em direito, o carioca estreou na literatura em 2012 com seu romance Suicidas. Já seu segundo livro, Dias Perfeitos, foi publicado em mais de 14 países.
Criado em uma casa sem estímulos literários, Raphael conta que, quando pequeno, não gostava de ler e que seu único contato com os livros era na escola. “Os livros podem ser gostosos de ler, mas eu não sabia disso”, explica Raphael. Aos 12 anos, ele estava na casa de sua avó e, por não ter nada para fazer, resolveu ler Um Estudo em Vermelho, sobre as aventuras de Sherlock Holmes, e resolveu que queria escrever também.
Quando questionado sobre a formação em direito, o carioca afirma que não quer desmerecer a profissão, mas que só o fez para ter um diploma. Também diz que logo no fim do ensino médio, um amigo o convidou para escrever o roteiro de um curta, cuja história originaria seu primeiro livro: Suicidas. A obra foi publicada no início de sua graduação, porém ele decidiu continuar estudando e garantir o diploma para ter um futuro. Logo, seu segundo livro foi publicado e, graças ao sucesso, soube que seria escritor.
Raphael comenta que houve as pessoas falarem que quando terminam um livro ficam tristes por sentir falta dos personagens, já ele diz terminar seus livros “de saco cheio” e que nunca os lê depois de publicados. O escritor explica que quando vai escrever o próximo, precisa que o máximo de coisas sejam diferentes do anterior, tanto os pontos de vistas quanto os personagens. Para ele é imprescindível a busca pela provocação e por assuntos interessante e novos, pois são ingredientes que renovam a sua escrita. “Boa literatura é necessariamente popular e complexa, não é preciso focar em extremos”, revela.

Sobre o conteúdo de seus livros, afirma que “qualquer um de nós é um potencial criminoso”, por isso, gosta de observar as pessoas e ouvir suas histórias. Ele traz que a violência é algo humano e que, por mais que escreva sobre esse lado das pessoas, confessa não gostar de coisas mórbidas e nem de olhar fotos sangrentas. “O que me interessa não é a violência, é o que tem por trás dela”, garante Raphael. Ele também diz que sempre consulta amigos para as atrocidades que escreve, como uma amiga veterinária para saber como se abre um corpo, e informa que sente bastante medo e talvez seja por isso que escreve sobre.
O escritor também falou sobre seu novo livro, intitulado A Mulher no Escuro. Trata-se, segundo ele, de um projeto menos graficamente violento sobre a jornada de amadurecimento de uma mulher muito solitária que viu sua família sendo assassinada quando tinha 4 anos, dentro de sua casa. O livro irá narrar sobre como ela ignora a situação traumática e vive sem viver realmente, mas é obrigada a lembrar de tudo quando, depois de 20 anos, o assassino volta para terminar o serviço.

Na tarde desta segunda-feira, dia 6, aconteceu o lançamento do livro infantil “Thixa a Lagartixa a Bailarina e suas aventuras em braile”, de Tânia Lopes. A professora aposentada conta que os livros serão doados para as bibliotecas de escolas públicas que têm crianças com problemas visuais.
“Como a Thixa é um modelo de resiliência e de superação, achei interessante fazer em braile”, diz Tânia. A Secretaria da Educação forneceu a lista com as escolas que irão receber uma cópia do livro, e por mais que sejam doações, não haverá mais livros além dos das escolas para serem doados.
O livro conta a história da lagartixa Thixa que estava limpando a casa e acabou perdendo seu rabo ao prendê-lo na janela. Por se sentir mais leve sem o rabo, começou a dançar balé e descobriu que gostava muito. Quando começou a se adaptar, o rabo cresceu de volta, dando a ela a oportunidade de participar de corridas.
A especialista em pintura, é autora de 11 livros e participa em outros. Na tarde de ontem, dia 5 de maio, também participou dos lançamentos da Feira com a coletânea de contos e crônicas, Primavera. A itaquiense também é Integrante da Academia Santa-mariense de Letras e foi patronesse da Feira de 2014.
Publicação original no site da Feira do Livro.

O livro Aprendendo a pensar como um economista lançado na tarde de ontem, quinta-feira, 2, pelo economista José Maria Dias Pereira é um convite ao pensamento econômico. Escrito de forma didática tem como objetivo fazer o leitor se sentir em uma sala de aula de macroeconomia, e pretende ajudar a desenvolver o hábito de pensar como um economista. Segundo José Maria Pereira, a obra traz muito mais do que ensinamentos sobre a economia. Ela busca fazer o leitor entender que essa área do conhecimento não é tão difícil como todos costumam supor.
O exemplar possui capítulos que foram organizados na forma de aulas, preparadas com base nos principais manuais de macroeconomia usados no país, e contém citações da Teoria Geral, do Emprego, do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes, obra que serviu de base para o desenvolvimento da macroeconomia atual.
José Maria Dias Pereira é doutor em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e trabalhou em diversas instituições de ensino como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Franciscana (UFN). Ele também foi técnico da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Aposentou-se após 40 anos como professor.

O lançamento do livro infantil Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias, que carrega o selo do Sobrado Centro Cultural, projeto de restauração do imóvel centenário que abriga a sede da TV OVO, se estendeu por mais de três horas na tarde de ontem, 01, na Feira do Livro. Aproximadamente 190 exemplares foram vendidos e autografados pelos autores. Os três profissionais responsáveis pelo projeto arquitetônico do Sobrado, são também professores na Universidade Franciscana. Clarissa Pereira e Daniel Pereyron atuam no curso de Arquitetura e Neli Mombelli, jornalista e integrante da TV OVO, é professora no curso de Jornalismo da UFN.
O livro é narrado pelo personagem Lelé, um João-de-barro que mora na Jasmin, uma árvore que fica ao lado do Sobrado. A obra conta com dobraduras, jogos de tabuleiro, labirintos, pinturas e jogo dos 7 erros, para contar um pouco sobre arquitetura, patrimônio histórico e sobre Santa Maria. Proporcionando uma interação com as crianças, o livro ensina sobre ecletismo, estilo arquitetônico no Sobrado.
O arquiteto Daniel Pereyron conta que começou a discussão sobre como as crianças de hoje estão sendo educadas para entender a importância do patrimônio histórico e que reflexos isso vai ter quando foram adultas e forem as novas tomadoras de decisões. “Como eu e a Clarissa somos os autores do projeto da reforma da TV OVO, e a Neli é da TV OVO, a receita já estava montada”, brinca Daniel. Ele afirma que a ideia é atingir as crianças e os pais, trazendo a importância do patrimônio de forma lúdica e introduzindo assuntos de arquitetura.
Clarissa diz que quando perdemos exemplares importantes da arquitetura da cidade, perdemos um pouco da nossa história também. Ela acredita que ao ensinar arquitetura para crianças, elas se tornarão muito mais responsáveis pela sua cidade, tanto pelos patrimônios históricos quanto com o urbanismo. Clarissa afirma que “foi muito divertido e feito com muito carinho”.
Apesar de o público alvo serem crianças, Neli explica que é também para famílias. “A ideia é que a criança vá brincando com livro, mas devido aos diferentes graus de dificuldades das atividades, em algum momento alguém da família vai intervir”, conta Neli. Apesar de parecer um tema difícil, o livro mostra o patrimônio cultural lindo que Santa Maria tem em seu histórico e que estão desprotegidos.

Ontem, dia 01, e hoje, quinta-feira, 02, no palco da praça Saldanha Marinho, foi o momento da criançada se divertir e aprender com a Revoada Poética, oficina realizada pela escritora Alessandra Roscoe.
Nela, o público infantil ouviu Alessandra contar histórias e, posteriormente, produzir suas próprias poesias que foram colocadas em pandorgas, para serem empinadas pelas crianças em suas casas. Isso parte da ideia de que a leitura não pode ser uma obrigação. De acordo com Alessandra, a leitura deve ser incentivada de maneira correta, pois quando isso acontece, ela se torna um vínculo afetivo. É diferente da escola que acabou criando uma obrigação associada à leitura, e onde a criança precisa ler para fazer o dever de casa ou uma prova, deixando de ser um prazer. “Você não vai ao cinema e tem que sair de lá e fazer uma ficha cinematográfica do filme, por isso você gosta de ir ao cinema” ressalta ela. Este é o objetivo das pandorgas, mostrar que brincadeira e leitura podem estar ligadas. “Ela realmente faz a imaginação, faz os livros voarem e a gente brincar de ler”, diz Alessandra.

Alessandra defende a leitura desde o ventre, Ela desenvolve um projeto guarda-chuva chamado “Uniduniler Todas as Letras” em que estão inseridos vários projetos, desde a leitura com grávidas até a leitura com pacientes terminais em hospitais. Segundo ela, “a leitura tem o poder de nos abraças e nos trazer sentido”.
Fabio Zucolotto, um dos pais presentes da oficina afirmou que por ter uma filha é interessante pois ela acaba se interessando pela leitura, ” a autora interage com eles, acho bem legal pra chamar e plantar a semente pra eles começarem a ler a brincar, ressalta.”

14H – Lançamento de livros infantis
Lelé João-de-Barro: arquiteto de histórias – Clarissa Pereira, Daniel Pereyron e Neli Mombelli
15h – Revoada Poética
A oficina de Alessandra Roscoe irá reunir 40 crianças na Praça Saldanha Marinho, com agendamento prévio. Pipas ganham, na caligrafia de crianças, textos retirados de seus livros favoritos e, por fim, as pipas ilustradas por renomados escritores e ilustradores. A mineira, Alessandra Roscoe se encanta pelo mundo literário desde a infância. Em 2013, criou o Uniduniler Todas as Letras e o Festival Itinerante de Leitura, que coordena e realiza desde então. O projeto foi reconhecido, em 2017, pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLALC), organismo ligado à UNESCO, como uma das melhores práticas de incentivo à Leitura na primeira infância na América Latina e Caribe.
17H – Lançamento de livros
Taquarê: Entre Um Império e Um Reino – Mateus Ernani Henzmann Bulow
Vivências e Aprendizados Literários na Feira do Livro de Santa Maria – Maribel da Costa Dal Bem (Org.) na EEEM Cilon Rosa – Turmas 301, 302, 303, 304
Reticências – Maribel da Costa Dal Bem (Org.) na EEEM Cilon Rosa- Turmas 301, 303, 304, 305

19h – LIVRO LIVRE
A jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum irá palestrar no Hotel Itaimbé. Os convites podem ser retirados na sala da Coordenação da Feira, na praça. Eliane trabalhou 11 anos como repórter de Zero Hora, e dez como repórter especial da Revista Época, em São Paulo. Desde 2010 faz projetos de longo prazo com populações tradicionais da Amazônia e periferias da Grande São Paulo. Época. Desde 2013 tem uma coluna quinzenal, em português e espanhol, no jornal El País. Eliane publicou seis livros – cinco de não ficção e um romance, além de participar de coletâneas de crônicas, contos e ensaios.
9H – Oficina com Margarida Botelho
A oficina “Conte-me sua história… o livro como ferramenta artística de intervenção social” é voltada para professores e explora o improviso, a surpresa e o erro como plataforma criativa de inclusão e expressão coletiva social. Acontece no Centro Empresarial (Rua Angelo Uglione, 1509). As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: chili@chilism.com.br

14H – Leitura Inclusiva: cultura indígena
A convidada especial é a escritora Margarida Botelho de Portugal. Promovido pela Aldeia Guarani, Aldeia Caingangue, EEEF Indígena Augusto Ope da Silva (Caingangue), EEEF Indígena Yvyra ‘Ja Tenonde Vera Miri (Guarani), Escola Indígena Guarani e Núcleo de Ações Afirmativas UFSM.
14H30 – Oficina Letras Mágicas
A escritora Stella Maris Rezende irá desenvolver habilidades de leitura e escrita, exercitando a leitura de imagens e textos, enquanto trabalhada gêneros literários e aprimora o olhar crítico e a capacidade inventiva. Qualquer pessoa interessada em ler e escrever artisticamente pode participar, serão 30 vagas.
16H – Contação de Histórias
Na Praça Saldanha Marinho, “O Burrinho Inteligente” contará a história do Catuleco, que entre peripécias e aventuras, mostra seu caráter bondoso, cultivando a amizade e o amor, sem preconceitos. Será em homenagem a Humberto Gabbi Zanata, autor da história. Já a do “Seu João e Seu Adão, Uma História de Amizade”, conta que apesar dos desencontros e da chegada de algo inesperado, os laços de afeto entre dois velhos amigos, nunca se desfazem, sempre se fortalecem.
17H – Lançamento de Livros
O Fundo Escuro da Hora – Vitor Biasoli
Um Olhar no Caminho – Arlinda Bairros Mathias
Robótica Educacional e Aprendizagem – Marcelo Vieira Pustilnik
Da Porteira Para Dentro – Relatos,Vivências e Memórias de Mulheres Quevedenses – Org. Vanessa Moletta Pazza
Antologia Poesis 2019 – Editora e Organizadora Vivara – Participação de Alécia Bicca Dias

19h – LIVRO LIVRE
Atena Beauvoir Roveda é escritora, filósofa e educadora transexual. Premiada pela sua atuação em defesa e promoção dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no RS. É integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Sexualidade (NEPEGS) do IFRS – Campus Porto Alegre e colaboradora do projeto TransEnem de Porto Alegre.