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Meio ambiente

Internet das coisas foi tema da palestra na UFN

A palestra “Internet das coisas, tecnologia assistida e designer circular” foi o tema da palestra da designer Mariana Pinheiro, nesta quinta-feira, 25, na Universidade Franciscana. Pinheiro é professora do Instituto de Tecnologia Rochester, nos EUA, e especialista

Sociedade e Ambiente é o tema das apresentações do SEPE

Na tarde de hoje, quinta-feira, 04, aconteceram as apresentações orais de trabalhos do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE. Uma delas foi a da acadêmica de Engenharia Química, Carolina Denardi Merlugo, que apresentou

Pesquisa analisa materiais poliméricos em resíduos hospitalares

Na manhã desta quinta feira, 04, ocorreu no conjunto II da Universidade Franciscana a palestra “Materiais poliméricos em resíduos hospitalares: estudo da gestão e caracterização de materiais.” Juliana Bratz Lourenço, professora da UFN e palestrante, relatou para

Poda correta evitaria muitos dos estragos causados por temporais

Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A

Casa Círculo e Fundação MO’Ã discutem a sustentabilidade

Nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16, ocorre em Santa Maria, o I Seminário de Sustentabilidade da Casa Círculo, promovido pela Casa Círculo e pela Fundação MO’àque completa 20 anos em 2017. O seminário será realizado na própria

Educação para preservar o meio ambiente

No dia 05 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e, para muitos, é apenas mais um dia. Para Alexandre Swarowsky, coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano, é um dia

Árvores são condenadas pela falta de manuteção

Quem passa diariamente pela rua Visconde de Pelotas, não mais vê a Tipuana que espalhava sua sombra sobre a rua e a calçada.  No último dia 27,  a árvore Tipuana  localizada em frente à casa de número

Maria Pinheiro é especialista em designer de superfície. Foto: arquivo pessoal

A palestra “Internet das coisas, tecnologia assistida e designer circular” foi o tema da palestra da designer Mariana Pinheiro, nesta quinta-feira, 25, na Universidade Franciscana. Pinheiro é professora do Instituto de Tecnologia Rochester, nos EUA, e especialista em Designer de Superfície.

Segundo a professora, a internet das coisas é o conceito de um ecossistema tecnológico em que os objetos estão interconectados. “A conectividade serve para que os objetos possam ficar mais eficientes e possam receber atributos complementares”, afirma Pinheiro. Como exemplo, ela explicou a utilização dos dispositivos nas áreas clinicas. “Através dos dispositivos conectados a internet, o paciente pode medir os batimentos cardíacos e enviar o exame para uma clínica medica”.

Pinheiro também mostrou o “Spymelign Line”  desenvolvido com a parceria da comunidade de Rochester. “Para pacientes com AVC, esse dispositivo alerta quando estiverem com a postura inclinada para um lado ou para o outro, transmitindo um sinal vibratório ou com ruídos”, afirma Pinheiro.

Outro trabalho citado pela designer foi “The Band Toy”. Feito de silicone, o Band Toy é um brinquedo projetado e adaptado que estimula os sentidos de crianças com deficiência na coordenação motora ou corporal através do uso de vibrações ou luzes.

A designer mostrou também o “Golulu”, uma garrafa que, além de motivar as crianças a beberem água, desperta um animal de estimação que vive dentro da garrafa. O dispositivo mede a ingestão de líquidos da criança e transmite todas as informações por meio de um aplicativo ligado à internet. “Além de jogar, incentiva a criança a hábitos de consumo saudáveis”, conclui Pinheiro.

Mariana Pinheiro relatou ainda a sua participação no Movimento Precious Plastic, na Holanda. Ela explica que, devido à quantidade de plásticos jogados na natureza, muitos animais confundem os resíduos com alimentos e acabam morrendo. “O movimento vem sendo adotado como referências por empresas na busca de soluções de sustentabilidade, para que os plásticos, como as garrafas, torna-se objetos de valor”, conclui.

Além da palestra, o evento apresentou novas marcas do curso de Design e do Laboratório de Projetos em Design (LPD).

 

Na tarde de hoje, quinta-feira, 04, aconteceram as apresentações orais de trabalhos do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE. Uma delas foi a da acadêmica de Engenharia Química, Carolina Denardi Merlugo, que apresentou o trabalho “|Portabilidade da água de poços artesianos e divulgação dos resultados da comunidade”. As apresentações orais da temática sociedade e ambiente têm a finalidade de abordar a relação homem-ambiente que incorporam aspectos ambientais, considerando a preservação e uso racional dos recursos naturais.

Carolina iniciou a apresentação falando sobre as águas subterrâneas, um importante recurso natural que atua como método de abastecer a população.  A acadêmica explica que, “os poços artesianos tem sido uma alternativa para adquirir água potável e é de baixo custo”. Mas, a dúvida mais frequente é: a água do poço artesiano pode ser consumida?

Para acadêmica, seu trabalho tem como objetivo conscientizar a população sobre o uso da água. “As águas subterrâneas tem vantagem como a qualidade, pois, enquanto se infiltra, ela passa por sucessivos processos de filtragem e purificação que a tornam própria para consumo humano e animal”, explica ela. Além disso, ela conclui que cerca de 47 municípios do Estado do Rio Grande Sul possui poços artesianos.

Seguindo as apresentações, Gabriel Bassotto Moreti, acadêmico do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Franciscana,  apresentou o trabalho “Base de dados SQL para bacia hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí Marim”. Gabriel começou a apresentação com uma introdução do conceito de bacia hidrográfica,“ um conjunto de superfície vertente e de uma rede de drenagem formado por cursos de água”, diz.

Segundo Gabriel, “o Rio Grande do Sul possui três regiões hidrográficas: a Região Hidrográfica do Uruguai, do Guaíba e do Litoral. Dessas três regiões hidrográficas estão subdivididas em Comitês, chegando a 25 bacias hidrográficas”. Além disso, estão disponíveis no Estado 32 estações pluviométricas que ajuda coletar dados de níveis de chuva para controle e manejo de cultivos agrícolas.

Com objetivo de construir um banco de dados pluviais e fluviais através de uma linguagem de programação (SQL), Gabriel trabalha na elaboração de tabelas principais e secundárias, referindo a cada típica estação de monitoramento de água.

Mais do que uma simples viagem para conhecer outro país, o intercâmbio ajuda o estudante a ver o mundo com outros olhos. Amanda Ruiz Forgiarini, estudante do curso de Enfermagem da Universidade Franciscana, falou sobre “Mobilidade acadêmica de enfermagem na Colômbia: transcendendo espaços e fronteiras”. Depois de ter feito intercâmbio na Colômbia, Amanda explica que, mesmo sendo um país subdesenvolvido, “é um país que se preocupa com a educação. Além disso, ele ajuda estudantes estrangeiros a ganhar bolsas de estudos”.

A acadêmica conta que, “estudei na Universidade de La Sabana, localizada na Colômbia. É uma universidade sustentável e dotada com os melhores recursos técnicos para a educação, como laboratórios”.  Ainda ela explica que o Campus universitário está situado no município de Chía, ao norte da cidade de Bogotá.

Amanda diz que teve dificuldades para falar a língua espanhola. “Todo mundo acha que língua espanhola é fácil de aprender. Mas, para mim, foi uma grande barreira linguística”, conclui a acadêmica. Com o objetivo de relatar a sua experiência na Colômbia, ela reconhece e valoriza as potencialidades e avanços da enfermagem. E finaliza que, é um período de grande amadurecimento e autoconhecimento.

Seguindo para a última apresentação, Maria Paula da Rosa Ferreira, mestranda em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM apresentou o trabalho “Semente transgênicas e o monopólio da produção global de alimentos”. Segundo Maria, analisou o sistema de aprovação dos produtos transgênicos em relação ao princípio da precaução, a necessidade dos estudos prévios de impacto ambiental e os potenciais riscos ambientais e a saúde humana.

Com o objetivo de expandir o potencial dos organismos transgênicos, ela acredita que tem a finalidade de mudar o paradigma da legislação.  Em seu trabalho, a mestranda aplicou o método de abordagem dedutivo e o método de procedimento monográfico. E finaliza que, é uma estratégia de denominação do mercado corporativo de alimentos.

 

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Juliana Bratz Lourenço. Foto: Thayane Rodrigues/LABFEM

Na manhã desta quinta feira, 04, ocorreu no conjunto II da Universidade Franciscana a palestra “Materiais poliméricos em resíduos hospitalares: estudo da gestão e caracterização de materiais.” Juliana Bratz Lourenço, professora da UFN e palestrante, relatou para o público presente o seu estudo de doutorado. Baseada em dados e observações do dia a dia, a professora apresentou para os alunos o seu processo de pesquisa e o como vem construindo o trabalho. A seu objeto de estudo são os agentes biológicos e as formas de não serem perigosos. Ela explicou que foi muito difícil  iniciar o seu estudo, pois teve que passar por muitas etapas, já que o trabalho é realizado dentro do HUSM (Hospital Universitário de Santa Maria).

Muito dos assuntos que estão sendo pesquisados irão  influenciar positivamente o hospital, já que após aprovação, a professora pretende apresentar o trabalho para os funcionários do HUSM, explicando o que pode ser feito com os resíduos poliméricos, que além da reciclagem, podem ser utilizados para melhorias dentro do hospital.

“Mostrar o resultado do estudo, pode mudar o pensamento das pessoas, e principalmente do lugar.”, relatou Juliana.

A palestra chamou a atenção dos alunos presentes e, principalmente, dos alunos do curso de direito da UFN, uma vez que os resíduos hospitalares são regidos por uma lei judicial que determina  como e onde devem ser descartados. Se forem utilizados de forma incorreta, podem gerar processos, para pessoa, empresas e, principalmente, hospitais.

“Quando entramos no curso, já estamos com uma ideia do que queremos e deixamos de lado as outras áreas.    Mas palestras como a de hoje, faz com que possamos enxergar de como nós podemos ajudar as pessoas,e tentar fazer com que as regras sejam seguidas.” comentou o aluno de direito, Daniel Messias, que se interessou pelo assunto e vê outras formas de exercer a profissão.

Questões ambientais estão sendo discutidas durante o I Congresso Regional Sobre Resíduos Sólidos Crédito: Deise Fachin/PMSM

Começou em Santa Maria, nesta sexta-feira 28, o I Congresso Regional sobre Resíduos Sólidos. As atividades acontecem na Escola Básica Estadual Dr. Paulo Lauda, no Bairro Tancredo Neves, até as 17h e se estendem até a manhã de sábado,29, abordando diversos temas com foco no problema da destinação adequada de resíduos e nos cuidados com o Meio Ambiente.

A abertura oficial ocorreu no início desta manhã e contou com a presença de autoridades ligadas às questões ambientais, estudantes e profissionais da área.

 O tema do I Congresso Regional sobre Resíduos Sólidos é “Aprendendo a Arte de Cuidar do Meio Ambiente”, por isso, a programação está voltada a ações e políticas públicas que contribuam para a preservação da natureza e com a correta destinação de resíduos.

A programação contempla palestras, debates e mesa-redonda sobre políticas públicas sobre a destinação de resíduos, sustentabilidade urbana, licenciamento ambiental, reciclagem e cuidados com o Meio Ambiente. Confira abaixo:

 Sexta – 28/09 – Palestras

8h30min – Profº Heitor Peretti (IBAMA) – Aspectos e princípios da Política Nacional dos Resíduos Sólidos

09h30min – Eng. José Antônio Mallmann (Coord. Balcão de Licenc. Ambiental) – Passos e Desafios para o Licenciamento.

10h30min – Guilherme Rocha – Sec. Adj. de Meio Ambiente – Qual a missão do CONDEMA?

11h15min – Eng. Gerson Vargas Peixoto – Sec. Mun. De Meio Ambiente – Política Municipal de Recolhimento de Resíduos.

13h – Momento Cultural

14h – Dra. Claudia Cezne – Pres. da Comissão de Direito Ambiental da OAB – A lei do Tribunal de Contas da União.

14h45min- Margareth Vidal – ASMAR – O relato de uma experiência.

15h45min – Marcos Luiz Lobato – Desafios sobre o Meio Ambiente “artificial” contemporâneo. Meio ambiente: como cuidar.

Sábado – 29/09 – Mesa Redonda

Profº Ms. Priscila Quesada (CAU/RS)

Profº Ms. Andressa Mativi Rocha (ULBRA/SM)

Prof. Alexandre Swarowski (Pres. Com. Ger. Bacias dos Rios Vacacaí e Vacacaí Mirim, resíduos orgânicos, compostagem e separação de resíduos comuns)

Porfº Ms. Luana Camila Capitani (UFSM)

Margareth Vidal (ASMAR)

1º Mostra Ecológica Estudantil

Fonte: Ana Bittencourt – Superintendência de Comunicação – Prefeitura de Santa Maria

As obras mostram a importância da relação com a vida no planeta. Foto: Felipe Cardias/LABFEM

A exposição ‘Francisco e o Educar para o Sentido da Sustentabilidade’, que aborda o tema ‘Sustentabilidade da Vida’, começou no dia 2 de maio e vai até o dia 18, na Sala de Exposição Angelita Stefani, no Conjunto III da Universidade Franciscana(UFN).

As 24 obras expostas foram produzidas nas Instituições Franciscanas de Educação Básica e no ensino Superior situadas em todo o país. A temática é a mesma do 7º Congresso Nacional das Escolas Franciscanas – São Francisco e a educação para a sustentabilidade – e fizeram parte de atividades pedagógicas com a participação de grupos de professores e estudantes.

Os materiais expostos foram produzidos com materiais recicláveis, as obras tridimensionais reproduzem o eco da mensagem de São Francisco de Assis, o padroeiro da ecologia, mostrando o quão importante é nossa relação com a vida do planeta.

Obra exposta da Sala Angelita Stefani. Foto: Felipe Cardias/LABFEM

As obras estão distribuídas em três temas específicos: a figura de São Francisco de Assis, os Elementos da Natureza e trabalhos que priorizam o Enfoque Espiritual como processo formativo humano.

 

As visitas a exposição podem ser feitas de segunda à sexta-feira, entre 14h e 18h, e nas manhãs de terça e quinta, das 9h ao meio dia.

 

Aqueda de árvores na zona urbana pode ser prevenida com o manejo e poda correta. Fotos: Áurea Fonseca.

Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A cidade se recupera e a ACS foi ouvir o poder público sobre o trabalho de reorganização da cidade.

Com relação à queda de árvores, o Superintendente de Licenciamento e Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Gerson Vargas, relatou primeiramente, que a maior demanda da Secretaria são os pedidos de podas de árvores. No entanto, o reduzido número de servidores dificulta o atendimento das solicitações. Neste momento, na cidade, apenas sete servidores estão trabalhando de forma operacional para recolher os galhos e troncos deixados pelo temporal.

Praças de Santa Maria tiveram suas árvores tombadas pela força do vento.

Ele também explica que os entulhos foram levados para o aterro da Prefeitura (antigo lixão), onde estão sendo aproveitado para um sistema de recuperação de áreas degradadas. “Amontoando os galhos ocorre o restabelecimento da microfauna da região, pois a área do aterro precisa ser recuperada com urgência”, afirma Vargas.

O superintendente também explicou  que  “houve muitos plantios de forma inadequada para a área urbana, e uma das causas são as campanhas de plantio de árvores, nas quais as pessoas acabam plantando mudas sem nenhuma orientação de plantio, nem de que tipos de árvores se encaixam no contexto da cidade. E isso, hoje, é causa de problemas”. Segundo ele, é necessária uma avaliação técnica para qualquer tipo de manejo das árvores.

Questionado acerca do assunto, o professor Alexandre Swarowsky (coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano) ressaltou a necessidade de maior flexibilização do Ministério Público quanto às podas preventivas e maior autonomia da Secretaria do Meio Ambiente para poder realizar os trabalhos necessários.

Matéria em parceria com Elizabeth Lima

Nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16, ocorre em Santa Maria, o I Seminário de Sustentabilidade da Casa Círculo, promovido pela Casa Círculo e pela Fundação MO’àque completa 20 anos em 2017.

O seminário será realizado na própria Casa Círculo, em meio à natureza, e contará com a presença de três palestrantes. Um deles é Thiago Berto, empresário da área de informática que decidiu abandonar sua vida no Brasil para realizar uma viagem de três anos pelo mundo em mais de 75 países na busca de um sentido mais profundo para sua vida.

João Rockett é coordenador do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa (IPEP), há 15 anos atua como permacultor diplomado por Bill Mollison. Além disso, foi idealizador e fundador do projeto de sementes ecológicas BioNatur; e Kleber Antônio Fernandes, pesquisador e apaixonado pelas Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCs), há anos ministra oficinas e palestras por todo o Brasil.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail contato@casacirculo.com.br, e os valores  variam entre R$ 50,00 e R$ 170,00. Para mais informações sobre os valores e a programação do seminário, basta acessar o evento do Facebook.

Foto: Labfem

Na tarde desta terça-feira, 22, aconteceu a oficina “Água: eu uso, eu preservo”, programação do primeiro dia do XVI InLetras, I SIEHL, VIII PIBID. Ministrada pelas professoras Joseane Miller, Gláucia Alves e Elsbeth Becker contou com a presença de alunos dos cursos de Pedagogia, Letras e História da Unifra. As professoras explicaram sobre projetos voltados a questões ambientais nas escolas, em especial nas séries acima do 4º ano do ensino fundamental, destacando como esses projetos podem ser desenvolvidos a fim de agregar conhecimento a diferentes disciplinas escolares.   

Na parte prática da oficina, os participantes, com o auxílio das ministrantes, puderam confeccionar um “boneco” de meia calça preenchido com terra e alpiste. A proposta é de que, a partir da regagem, cresçam cabelos nos bonecos. A construção e cuidado visam ampliar a consciência sobre questões relativas à água e o meio ambiente, e assumir de forma independente e autônoma atitudes e valores voltados à sua proteção e conservação. O objetivo da oficina foi apresentar metodologias para atividades interdisciplinares com a temática “água”, e conscientizar alunos e professores quanto a importância da mesma para a preservação e manutenção da vida no planeta.

Resultado final da confecção do boneco.

Para confeccionar o boneco: 

Materiais: alpiste (colher de sopa), meia calça fina, serragem, porção de substrato, terra, tesoura, materiais para decorar (olhos, boca), suporte de garrafa pet, prato ou copo plástico e água.

Passo 1: Comece por colocar as sementes de alpiste (para uma germinação mais rápida pode-se colocar as sementes de molho 24 horas antes da construção do boneco).

Passo 2: Pegue um pé de meia calça fininho, coloque as sementes nela e encha com terra, substrato ou serragem. Dê um nó firme para fechar e corte o excesso.

Passo 3: Coloque a meia com o nó virado par a baixo sobre algo que retenha a água da rega (garrafa pet, um pratinho ou um copo plástico), e decore com diversos materiais tais como marcadores, cartolinas, botões, E.V.A, etc.

Passo 4: Para criar um nariz e/ou orelhas, apenas puxe uma parte da meia com terra e prenda com um elástico.

Passo 5: Regue a terra moderadamente todos os dias e aguarde pelo crescimento do cabelo do seu boneco.

No dia 05 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e, para muitos, é apenas mais um dia. Para Alexandre Swarowsky, coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano, é um dia importante para chamar a atenção dos cidadãos para um problema comum e que parece pequeno, mas que influencia a vida de todos: o lixo doméstico. Basta prestar atenção ao caminhar pelas ruas de Santa Maria e atentar  às reclamações sobre o assunto em redes sociais para ter consciência de que a situação está crítica e longe do ideal.

É praticamente impossível fugir da produção de resíduos. O ponto a ser trabalhado é o que fazer com o lixo doméstico e como realizar corretamente sua separação e descarte. “Fazendo a separação correta em casa, já daria o destino correto e o problema poderia ser muito menor”, explica Swarowsky, que ainda frisa que deveria haver melhorias no que diz respeito à educação e consciência ambiental da população.

A matéria orgânica produzida diariamente pode ser utilizada na forma de compostagem, por exemplo, e utilizar como adubo em hortas. Já materiais como vidro, plástico e metal podem ser reaproveitados e toda a reeducação começa em casa. Apesar de o Município ainda não dispôr de coleta seletiva, este trabalho pode com cada cidadão: basta fazer a devida separação dos resíduos orgânicos dos secos e entre eles, mesmo passando por triagem ao chegarem à Central de Tratamento de Resíduos de Santa Maria e depois serem separados. “Se fizermos nossa parte em casa, já é de grande ajuda”, explica Alexandre, que também fala um pouco sobre o processo a partir da chegada do lixo ao CRVR: as pessoas responsáveis pelo processo de triagem fazem o diagnóstico de cada recipiente: se for constatado material orgânico, os sacos não são abertos e seguem direto para o aterro. Se a presença de resíduos recicláveis é detectada, os sacos são abertos e a triagem é realizada.

O curso da Unifra também realiza projetos de extensão em escolas municipais, com a proposta de conscientizar crianças em idade escolar a cuidar de como fazer o descarte correto de resíduos e atentar à sustentabilidade, que causam um grande impacto na sociedade – começando sempre pelo ambiente familiar. Iniciativas de reciclagem, como o recolhimento de caixas de leite higienizadas que podem ser utilizadas como isolamento térmico em casas de famílias de baixa-renda possivelmente será retomada este ano, em conjunto com o curso de Engenharia de Materiais. A iniciativa é interessante por prover conforto térmico e da reutilização de materiais.

Para quem tiver interesse em doar caixas de leite previamente higienizadas ou obter mais informações sobre o projeto, entre em contato através do (55) 3026-6971 ou do e-mail engambiental@unifra.br.

Quem passa diariamente pela rua Visconde de Pelotas, não mais vê a Tipuana que espalhava sua sombra sobre a rua e a calçada.  No último dia 27,  a árvore Tipuana  localizada em frente à casa de número 808, foi cortada.  O corte foi solicitado pelos moradores e executado pela prefeitura. De acordo com o Alvará para Licenciamento de Serviços Florestais (ALSF nº 93/2017) assinada pelo engenheiro competente, a árvore estaria causando riscos às pessoas por estar entrelaçada aos fios, e atrapalhando a passagem dos pedestres.

A Tipuana, originária da Bolívia e Norte da Argentina, é uma árvore florífera e decídua, com copa bastante densa e ampla. Por essa razão, foi bastante utilizada na urbanização em diversos países, inclusive o Brasil, onde elas podem ser observadas com frequência em São Paulo e Porto Alegre. No entanto, suas raízes são agressivas e quando não manejada adequadamente, a árvore torna-se ameaça.

As Tipuanas, quando mais velhas, são muito suscetíveis à quebra e à ação de cupins quando não tem manutenção correta.

Romélio Luis Rossato, 71 anos, funcionário federal aposentado, proprietário da casa em frente à árvore e quem contatou a prefeitura, diz: ” Relato com toda paz de consciência. Eu sempre quis a  permanência da árvore, só que chegou uma hora que não deu mais. Ela causava mais prejuízo, incômodo, do que prazer, satisfação, e os galhos estavam entremeados com os fios de luz”. Ele afirma também que várias pessoas já se lesionaram na calçada,  destacando o pouco espaço  para a circulação. Para ele, se o calçamento tivesse mais de 1,50 de largura , a presença da árvore não seria um problema.

Foto: Mariana Olhaberriet Silva.
O morador Romélio Luis Rossato. Fotos: Mariana Olhaberriet Silva.

Rosângela Da Silva, 65, professora aposentada, moradora próxima afirma que se sentia ameaçada. “Nós tínhamos medo, pois cada vez que ocorria um vento, a energia caía e  a árvore estava podre, ficando oca no meio, e estava sujeito a cair por cima das casas”. E relata:”Faz tempo que o dono da propriedade estava comunicando à prefeitura para o corte”. Para o corte da árvore, a  luz foi cortada e voltou a partir da 13;30. A partir da 7;30  o trajeto entre Duque de Caxias e Visconde de Pelotas foi interrompido pelos Agentes da Coordenadoria Municipal de Trânsito Urbano (CMTU), segundo a prefeitura Municipal.

Cidade perde o verde

A questão do corte de árvores na área urbana é polêmica. Santa Maria é uma cidade com poucas áreas verdes, o que a torna cada vez mais quente. Muitos moradores preservam as árvores nas calçadas, em frente às casas e edifícios, mas a tendência é o corte delas. E muitas vezes, sob o argumento de que as raízes “estragam” as calçadas, ou as sujam.

A ACS foi ouvir  Ivo da Cunha, superintendente de praças e jardins da prefeitura de Santa Maria sobre a fiscalização acerca dos cortes e da saúde das árvores na cidade. O superintendente admite dificuldades e afirma: ” Estamos com planos de fazer um projeto para melhorar o reflorestamento urbano, mas para isso precisamos do apoio dos universitários para compartilhar ideias. A cidade está com poucas árvores”.

Para o professor do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) Galileo Adeli Buriol , é  melhor cortar e plantar outra do que deixar uma árvore, sendo que ela está a prejudicando e está oca. Conforme o professor, ” não existe tempo certo, mas a Tipuana dura em média 55 anos”. Ele diz ser preciso escolher melhor as espécies de árvores mais apropriadas.” Raízes pivotantes são mais adequadas para que quando a raiz cresça, não  destrua as calçadas”, explica.

Galileo destaca também a importância das árvores para a regulação térmica. ” Há uma semelhança a um corpo negro. Ela absorve energia e também a libera mais lentamente, então, o que você vai ter na cidade é uma regulação térmica. De dia vai ser mais agradável e de noite não vai ser tão frio. A amplitude térmica, portanto, a mínima que ocorre antes de nascer do sol  não vai ser tão baixa,  e a máxima não vai ser tão alta. Mas para a adequação da árvore “seria mais apropriado ter um calçamento com fendas para a água infiltrar melhor para o tronco absorvê-la”, esclarece.

A multa para quem corta árvores, sem a autorização da prefeitura é de 500, 1000 e 1500 dependendo da reincidência. E em relação à fiscalização sobre a saúde das árvores, é o engenheiro florestal quem dá o laudo se a árvore deve ser cortada e quando deve ser podada, explica o superintendente