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Santa Maria, RS, Brazil

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Meio ambiente ou meio ambiência?

Cessados as chuvas, ficou para muitas famílias, a difícil tarefa de calcular os prejuízos causados pelas enchentes. A maioria fica comovida com o drama das pessoas atingidas pelas cheias, mas no fundo se sente aliviada porque

Muito mais do que separar o lixo

  [dropshadowbox align=”right” effect=”lifted-both” width=”250px” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]SUSTENTABILIDADE A palavra sustentabilidade começou a ser usada em junho de 1972, na Conferência das Nações Unidas  sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo. A partir deste encontro

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Gisele Milk defenda a causa de moradores que sofrem risco de contaminação tóxica em Triunfo/RS
Gisele Milk defende a causa de moradores que sofrem risco de contaminação tóxica em Triunfo/RS

A advogada Gisele Milk, conhecida no Brasil por defender centenas de processos contra uma fábrica de postes em Triunfo/RS, palestrou na manhã dessa sexta-feira, 28, no 1º Encontro de Advogados Cristãos de Santa Maria (EnAC). Segundo os moradores da cidade gaúcha, as substâncias liberadas pela usina são responsáveis pelas centenas de casos de câncer nos habitantes do bairro Barreto, onde a fábrica está instalada.

Para defender os interesses e, principalmente, a saúde dos vizinhos da usina, a advogada comprou briga com diversos setores da sociedade. “Percebi a coincidência dos diagnósticos de diversos tipos de câncer oriundos da contaminação por metais pesados e resolvi investigar. O que me preocupa é o risco de incidência em longo prazo da doença”, explica.

Apesar de processar os donos da usina, Gisele acredita que se os moradores persistirem, os casos de doenças e outras anomalias vão diminuir. Ao andar pelo bairro e ouvir as pessoas, ela constatou câncer de pulmão, de estômago, entre outros. “Além de Direito, tive que passar madrugadas estudando Química e aprendendo sobre doenças causadas pelo creosoto” (substância química usada pela CEEE e AES Sul para proteger a madeira dos postes), desabafa.

O creosoto foi descrito pela Organização Mundial da Saúde e pela agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos como altamente perigoso e responsável por causar más formações em fetos, problemas neurológicos, dermatológicos, respiratórios e doenças no sistema gastrointestinal. Os moradores de Triunfo só ficaram sabendo do risco que corriam quando foram alertados por Gisele.

Sem apoio, ela segue em frente

A advogada defende que a Prefeitura de Triunfo deveria desapropriar a área de moradia na volta do rio Taquari, mas não encontrou apoio. Tanto a Prefeitura quanto a usina acharam melhor tomar medidas de descontaminação do solo, o que vai gerar um custo de mais de 30 milhões de reais. A CEEE e a AES Sul, multinacional que comprou a usina de postes em 1997, brigam para saber quem vai pagar a conta.  Gisele acredita que tirar os moradores de lá seria mais barato e mais rápido.

Os peixes que servem de alimento para a população local são oriundos do rio Taquari, onde a prefeitura encontrou tonéis cheios de agrotóxicos enterrados. Gisele destaca que estes peixes já nascem com os órgãos alterados e que Triunfo hoje tem o solo mais contaminado do Brasil.

A advogada enche o porta-malas, o banco de trás e o carona do carro com as pastas dos mais de 100 processos dos moradores de Barreto. “Não tenho apoio do governo nem dos órgãos ambientais da cidade. Além disso, as pessoas contrárias ao processo me veem como uma perseguidora da usina. Lá vem a Erin Brockovich do Brasil”, referem-se a mim.

Gisele Milk tem sido comparada pela grande mídia à personagem Erin Brockovich, representada pela atriz Julia Roberts no cinema. A semelhança entre as duas é o desafio de defender uma causa que deveria ser de interesse público e das autoridades locais.  “Ninguém queria pegar o caso dos moradores de Barreto. Alguns juízes já tinha considerado o caso prescrito, mas como os diagnósticos continuavam, resolveram dar continuidade ao processo”, conta.

Os donos da usina já reconheceram que existe contaminação da terra, mas ainda não começaram a descontaminação. Enquanto isso, Gisele persiste na defesa dos direitos dos moradores de Triunfo. “Já recorri ao Ministério Público e acionei o Greenpeace, mas por enquanto a luta é minha e das vítimas da contaminação do Taquari”, declara.

selo sustentabilidade“Não me formei somente para ser mais uma advogada”, enfatiza Gisele. Ela afirma que é necessário lutar além das próprias forças para defender uma causa como esta. “Para ter sucesso e lutar contra algo que envolve interesse de muitos empresários, é necessário lutar com a força de Deus”, finaliza.

Para saber mais:

matéria na ZH

Revista Marie Claire

Bom Dia Brasil

 

Foto: Luisa Neves (Ambjor)

 

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Cessados as chuvas, ficou para muitas famílias, a difícil tarefa de calcular os prejuízos causados pelas enchentes. A maioria fica comovida com o drama das pessoas atingidas pelas cheias, mas no fundo se sente aliviada porque nossos móveis permanecem sequinhos e intactos como sempre.

Tenho refletido sobre a minha responsabilidade com o meio ambiente. Segundo o dicionário, ambiente é o meio que vive um vegetal ou animal. Até aí, estamos todos cansados de saber. Já, a palavra ambiência estende o sentido para meio físico, psicológico e moral preparado para as atividades humanas e/ou animais. Neste sentido, pensar o meio ambiente em todos os aspectos aumenta a nossa responsabilidade, já que somos seres dotados de moral.

É necessário destruir o estigma de que defender o meio ambiente é uma atividade de gente chata. É questão moral pensar o mundo que vamos deixar para as outras gerações. Chato é queimar o lixo e fazer fumaça para o vizinho, além de produzir Co2 sem necessidade, é claro. Chato é deixar a torneira aberta, enquanto falta água em centenas de casas. Mais chato ainda, é reclamar da conta da luz, enquanto que os aparelhos eletrônicos das nossas casas ficam ligados, sem uso. “Só para não colocar na tomada toda hora”, como eu insistia.

Meio ambiência é pensar no todo. Ou seja, a minha e a sua atitude refletem de maneira significativa nas consequências ambientais, seja elas positivas ou não. Várias pessoas afirmam que não adianta um consumidor dispensar o uso da sacola plástica, se outros mil, insistem: “Me dá mais uma sacolinha, por favor.” Se uma pessoa dispensar o uso de 20 sacolas por semana em um ano, serão, aproximadamente, mil sacolas a menos jogadas no meio ambiente. A não ser que você reaproveite todas as sacolas que carrega.

Pensar no todo é cuidar do meio ambiente como estilo de vida. Andemos mais a pé, gastemos menos, descartemos aquele celular velho, sem uso, que tanto amamos, dispensemos o copo descartável e não queimemos nada, nada, nada. Pequenas atitudes nos fazem grandes na defesa do meio ambiente.

selo sustentabilidade

 

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Na Unifra, lixeiras seletivas são encontradas em todos os   conjuntos
Na Unifra, lixeiras seletivas são encontradas em todos os conjuntos

[dropshadowbox align=”right” effect=”lifted-both” width=”250px” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]SUSTENTABILIDADE

A palavra sustentabilidade começou a ser usada em junho de 1972, na Conferência das Nações Unidas  sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo. A partir deste encontro que foi o primeiro organizado com o objetivo de discutir assuntos relacionados ao meio ambiente, o conceito sustentabilidade ganhou maior importância. Já no Brasil, o conceito de sustentabilidade teve ênfase a partir da Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92), no Rio de Janeiro.[/dropshadowbox]

Hoje o tema Sustentabilidade está na moda. Todos os dias jornais, revistas, programas de televisão e sites abordam o assunto. De alguma ou de outra forma, encontramos dicas, apelos e esforços para conscientizar o homem a cuidar do planeta.  Não tem  como ignorar o tema que deveria estar, não só na boca, mas no estilo de vida das pessoas. Mas, o que é ser sustentável?

Nossa equipe realizou uma enquete com 15 estudantes do Centro Universitário Franciscano. Ao serem questionados se eram sustentáveis, três resp0nderam que não, enquanto 12 responderam que cuidavam do meio ambiente.

“Sou uma pessoa sustentável. Em casa separamos o lixo orgânico do lixo reciclável.” Alexandre Ivo Vieira, estudante do Curso de Instrutor de Trânsito

“Sim, sou uma pessoa preocupada com sustentabilidade. Quando trabalhava em fábrica de pneus descobri  que este material poderia ser reaproveitado em asfaltos e sempre repasso esta informação.” Claison de Ávila, estudante do Curso de Instrutor de Trânsito

Valdirene Quevedo, Curso de Instrutor de Trânsito

“Estou aprendendo a ser sustentável.  Não fazia nada, mas hoje separo o lixo e faço reciclagem. Estou aprendendo aos poucos a cuidar do meio ambiente.” Valdirene Quevedo, estudante do Curso de Instrutor de Trânsito

“Sim, sou sustentável na questão de organizar o lixo”.  Lauson Beltrame Pregardier, estudante de Administração

Françoá Dal Ross, estudante de Odontologia
Françoá Dal Ross, estudante de Odontologia

“Sou sustentável. Além de separar o lixo, aproveito a maior parte dos alimentos e ando a pé o máximo que posso.” Tarla Weber, Publicitária

“Não sou sustentável. Acho que tem poucas políticas a respeito de preservação do meio ambiente no Brasil e pouca informação.” Françoá Dal Ross, estudante de Odontologia

“Sim, sou sustentável porque separo o lixo de casa”. Júlia Fleck, estudante de Jornalismo

“Acredito que sou uma pessoa sustentável porque não jogo lixo no chão e separo lixo orgânico do lixo reciclável. Assim, cuido para não poluir o meio ambiente.” Sabrina Ludwig, estudante de Psicologia

“Sou uma pessoa sustentável. Não jogo no lixo no chão e sempre separo.” Thayátira Rocha, estudante de Psicologia

“Não tenho tempo para ser sustentável”.  Ana Laudia Coelho, estudante de Enfermagem

“Não sou sustentável. Nunca parei para pensar no assunto.” Elaine Flores, estudante de Nutrição

“Sou sustentável. Reciclo o lixo.” Rafael Vargas,estudante de Arquitetura

Sim, sou sustentável. Separo o lixo e não largo nada no chão.” Andressa Gindri, estudante de Arquitetura

Sim, separo o lixo.” Larissa Zanini, estudante de Arquitetura.

Que outras atitudes podem ser tomadas a fim de incentivar as pessoas a serem sustentáveis? Ainda falta informação sobre  práticas de sustentabilidade?

Fechar torneiras, reaproveitar a água, ser menos consumista, reduzir o uso de sacolas plásticas, exigir o selo que identifica os alimentos transgênicos, armazenar o óleo usado de cozinha para entregar nos postos de reaproveitamento, informar-se sobre o tempo de decomposição dos materiais, andar mais a pé ou de bicicleta, economizar energia elétrica, informar-se sobre fontes alternativas de energia, reduzir o lixo eletrônico, são algumas entre centenas de atitudes que, se adotadas, podem fazer grande diferença para a vida no planeta.

Lixo não evapora

Segundo dados apresentados em debate  na  Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, em abril do ano passado,  o Brasil é o 5º país que mais produz lixo no mundo e apenas 3% do resíduos sólidos são reciclados. Então, separar o lixo é uma atitude válida, porém, não isenta o cidadão da responsabilidade de diminuir a produção de lixo. Isso só é possível a partir de uma conscientização a respeito do consumismo, o grande vilão do ecossistema. Não basta fechar a sacolinha de lixo e colocar no lugar certo. Antes de separar é necessário diminuir a produção de lixo.Não é porque o lixo não está mais em  casa ou ao alcance dos olhos que deixa de existir.

Fotos: Caroline Pigatto (Laboratório de Fotografia e Memória)

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