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Projeto de lei

Projeto de lei prevê vagas para gestantes

Uma audiência pública debateu, na manhã de hoje, quarta 03, na Câmara de Vereadores, o Projeto de Lei 8794/2018, que reserva vagas para gestantes e mulheres com criança de colo em estacionamentos administrados por entidades públicas ou

Não é a primeira tentativa de fiscalização de consumo do álcool que há na cidade. Imagem: Pixabay

Aprovada em dezembro de 2022, a Lei do Sossego Público começa a penalizar seus infratores na segunda quinzena deste mês. O projeto proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas entre 00h e 7h. Além disso, também será combatido o som alto proveniente de carros parados, estacionados ou em movimento no mesmo horário.

Proposta pelo vereador Getúlio de Vargas e sancionada pelo, então, prefeito em exercício Rodrigo Decimo, a lei teve seus seis primeiros meses focados na realização de rondas e conscientização do público. A principal questão no momento é se haverá fiscalização ou não. Segundo Cássio Lemos, sócio coproprietário do bar Gárgula, a falta de fiscalização pode fazer com que a nova legislação não tenha tanto impacto direto.

Já Marcel Jacques, também sócio coproprietário do Gárgula, acredita que a vizinhança destas distribuidoras terão seu sossego garantido, entretanto, o comércio de distribuição de bebidas será impactado negativamente. “Para os bares e casas noturnas, acredito que não tenha maiores impactos, tendo em vista que o consumo interno é maior por estes lugares oferecerem determinados confortos, como música ambiente e bancos com mesas. A única medida que evitará com que estes locais sejam penalizados é fiscalizando melhor quem sai com bebida, deixando os clientes cientes de que agora há esta lei. Além disso, fazer com que os estabelecimentos fechados, como bares e casas noturnas, invistam em comodidade e entretenimento para que os clientes não queiram ficar pelas ruas”, afirma. Marcel também destaca que o Gárgula já adotou há muito tempo a medida de não deixar os clientes beberem na frente do bar.

A restrição do consumo de álcool em áreas comuns já é um tema debatido há muito tempo. Em junho de 2015 foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Vereadores para discutir a proibição em praças. Em junho de 2020, durante o período pandêmico, o decreto nº 93 proibiu o consumo em locais públicos e lojas de conveniência entre 20h e 8h.

No ano de 2002, foi decretado o fechamento de bares e restringida a venda de bebidas alcoólicas em postos e outros estabelecimentos a partir das 23h, na cidade de Diadema, no estado de São Paulo. Segundo levantamentos realizados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e outras Drogas (INPAD), a decisão reduziu em média 11 homicídios por mês na cidade.

As penalidades serão aplicadas como multas. Em uma primeira ocorrência, o valor pago será de 50 Unidades Fiscais Municipais (UFM). Na segunda reincidência, a multa passa para 200 UFMs e na terceira para 1000 UFMs. Em 2023, o valor da UFM corresponde a R$ 4,3526.

Uma audiência pública debateu, na manhã de hoje, quarta 03, na Câmara de Vereadores, o Projeto de Lei 8794/2018, que reserva vagas para gestantes e mulheres com criança de colo em estacionamentos administrados por entidades públicas ou privadas. A proposta determina que os veículos e as vagas deverão estar perfeitamente identificado com o símbolo internacional de acesso, uso regulamentado pela Lei Federal nº 7405.

A partir de hoje, a sociedade tem até 15 dias para apresentar emendas ao projeto, para fazer isto, o cidadão deve ir na Câmara de Vereadores e buscar pelo gabinete do Vereador Juliano Soares, que irá avaliar a emenda para elaboração do protocolo.

Cidadãos tem até 15 dias para apresentar emenda para o projeto. Foto: Camila Porto Nascimento/Divulgação.

 O vice-presidente da comissão, vereador Adelar Vargas, disse que o projeto vem para “regulamentar uma necessidade das mulheres”.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Santa Maria, Cristian Sehnem, defende que as vagas para gestantes devem ser criadas além do montante de vagas já existentes para Pessoas com Deficiência (PCD). Ele afirma que o projeto é interessante, mas não está em acordo com a legislação federal. A integrante do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região, Emilyn Borba, disse ser favorável à criação de vagas em estacionamento para gestantes e mulheres com criança de colo, mas defendeu que as vagas para PCD existentes sejam preservadas para as pessoas com deficiência. Já a integrante da Comissão da Mulher Advogada da OAB, Tais Lora, manifestou estar satisfeita com a possibilidade de aprovação do projeto.

O superintendente de Trânsito e Transporte da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, José Orion Ponsi, afirmou que o município não pode criar uma nova categoria para reserva de vagas em estacionamento, já que a Constituição Federal prevê somente vagas para PCD e Idosos. O presidente da comissão e proponente da matéria, Juliano Soares/Juba, salientou que o projeto está em aberto e que vai intensificar os estudos sobre as diversas legislações que tratam do tema. “Estamos aí para estudar e apresentar a melhor proposta”. Conforme a legislação federal, 2% da vagas são reservadas para PCD e 5% destinadas para idosos.

 

Por Mateus  Azevedo .Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores de Santa Maria