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RádioWeb UFN

RádioWeb UFN, há 15 anos ar

No dia 9 de maio de 2007, estreava a Rádioweb Unifra*, em caráter experimental, durante a realização do 5º Fórum de Comunicação Social do Centro Universitário Franciscano. Entretanto, foi apenas no ano de 2008 que a

No dia 9 de maio de 2007, estreava a Rádioweb Unifra*, em caráter experimental, durante a realização do 5º Fórum de Comunicação Social do Centro Universitário Franciscano. Entretanto, foi apenas no ano de 2008 que a programação da rádio começou a ser estruturada e contar com a participação e colaboração de alunos e professores do curso de Jornalismo. No começo, os alunos contavam com a orientação do professor Gilson Luiz Piber da Silva e a operação do técnico em áudio Sérgio Ricardo da Porciuncula Cruz.

O espaço radiofônico da instituição, desde sua formação, visou aprimorar o ensino dos estudantes dos cursos de comunicação, introduzindo-os a parte prática das profissões. Entre os 11 programas presentes na primeira programação da Rádioweb Unifra, 6 eram produzidos e apresentados por acadêmicos do curso de Jornalismo.

Conforme o professor Bebeto Badke, atual coordenador da Rádio: “A Rádioweb UFN é, na verdade, o laboratório de práticas radiofônicas, ou seja, é lá onde os nossos acadêmicos exercem a prática do radiojornalismo. A prioridade da Rádioweb é justamente essa, a produção dos alunos, portanto, os programas que a gente tem na grade, a maioria são feitos por eles. A rádio também é aberta para outros cursos da instituição, que produzem alguns programas e podcasts que temos atualmente. Ela não tem nenhum vínculo comercial e sua função é dar vazão à produção dos nossos alunos”.

Segundo a professora e coordenadora do curso de Jornalismo, Sione Gomes dos Santos: “A rádio é um espaço que desperta os alunos. Inclusive, aqueles que não conheciam, que não eram próximos do veículo, a partir do momento que tem essa oportunidade e fazem essa experiência, veem o quanto é legal e, sem dúvida, aqueles que já têm uma relação com o veículo, principalmente com o viés do esporte, mais ainda. Então, com certeza é um espaço que é do interesse dos alunos e que traz uma possibilidade de aprendizado”.

Gravação do podcast A Copa e Eu. Imagem: Nelson Bofill

Atualmente, a Rádio conta com quatro produções originais dos acadêmicos de Jornalismo, o Titular da Rede, UFN Esportes, Camisa 10 e UFN Notícias. Há também o programa Me Pega no Colo, que aborda assuntos como a maternidade e cuidados à criança e é produzido pelas professoras do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da Universidade Franciscana, Francelaine Benedetti e Cristina Kruel. A grade de programação exibe também três programas reprisados da UFNTV, o Universo Acadêmico, Minutos de Sabedoria e O Tema é Direito.

No ano de 2013, foi criado um texto conjunto que contou com a colaboração dos acadêmicos de Jornalismo Luana Iensen Gonçalves e Tiéle Abreu e dos professores de radiojornalismo do curso de Jornalismo Maicon Elias Kroth, Aurea Evelise Fonseca e Gilson Luiz Piber da Silva. No trabalho, é salientada a importância da convivência dos estudantes com o processo radiofônico durante seu estudo da seguinte forma: “Ouvir e ver como funciona o processo de comunicação radiofônica é uma fase importante e significativa para o acadêmico de jornalismo. O fazer rádio, por sua vez, traz experiência, conhecimento prático e a tomada de decisões naquele momento da transmissão ao vivo. A radioweb é um dispositivo moderno, que marca a convergência das mídias – rádio e internet – e estabelece um novo tipo de interação com o ouvinte/internauta, enriquecendo o programa e a programação da emissora. A experiência da Radioweb Unifra motiva os alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da instituição na teoria e na prática radiofônica, bem como exige a constante atualização e o aprimoramento dos docentes na busca de novos procedimentos para alavancar outras produções”.

Estúdio A do laboratório de rádio da UFN. Imagem: Nelson Bofill

Os acadêmicos têm acesso ao laboratório radiofônico desde o início dos estudos, tanto para realização de atividades referentes ao curso, quanto na produção de programas de interesse pessoal, que tem total apoio do corpo docente para se habituar com a parte prática da profissão. Os laboratórios são também disponibilizados aos estudantes dos demais cursos que queiram interagir com estes meios, produzindo programas de TV e rádio, ou necessitem deles para fins docentes.

Segundo Lucas Acosta, 21 anos, estudante do 6º semestre de Jornalismo e atual apresentador do programa Titular da Rede: “a prática é o que mais faz com que nós adquiramos conhecimento, claro que a teoria é muito importante, mas a prática é o que faz com que a gente cresça cada vez mais na profissão. Para mim, como acadêmico, a rádio me ajudou muito, dá para ver claramente o meu crescimento desde o primeiro programa que eu fiz até o último. O convívio nos torna mais livre com o microfone e torna nossa fala mais clara, este crescimento na rádio também contribui para a melhoria em outros laboratórios, como por exemplo a produção audiovisual”.

* Unifra era como a Universidade Franciscana era nomeada na época.

O Vestibular de Inverno 2022 conta com a cobertura de professores, técnicos e acadêmicos do curso de Jornalismo da UFN através da Agência CentralSul, do Laboratório de Fotografia e Memória, LABFEM, da RádioWeb UFN e da UFN TV.

Equipe da RádioWeb UFN na cobertura do vestibular. Imagem: Caroline Freitas

Pablo Milani é âncora da RádioWeb UFN e está fazendo reportagens para a rádio. Ele conta que não é o primeiro vestibular em que participa, “desde que entrei no curso de Jornalismo tenho tentado participar o máximo possível dessas atividades. O vestibular é sempre um dia especial porque a gente vê algumas etapas que nós mesmos já passamos, fazendo a prova, encontramos professores, alunos, familiares, tem um misto de expectativas para o vestibular”. Para ele trabalhar neste dia na rádio é “levar a todos que nos acompanham de forma sonora as emoções e sensações de um dia tão único como esse”.

Os alunos do primeiro semestre de Jornalismo também se engajaram na participação da cobertura. Felipe Perosa é repórter da RádioWeb e tem como função entrevistar as pessoas. Não é a primeira vez dele cobrindo um evento, “já havia feito a cobertura da Feira do Livro, mas essa é uma experiência nova, cobrir um vestibular em que pessoas da minha idade, que eu conheço, participam, e é diferente poder entrevistar eles”. Miguel Cardoso também  é repórter da Rádio,  é a primeira vez que ele trabalha em algo que necessita de sua agilidade, ” é um trabalho que tem que ser bem feito, mas está sendo legal até agora. Estou conseguindo dar conta e os professores estão ajudando bastante”.

LABFEM trabalhando na edição de fotos. Imagem: Caroline Freitas

Caroline Freitas e Ian Lopes também estão participando pela primeira vez. Caroline é monitora do LABFEM e para ela “é legal trocar experiências com os professores, ganhamos um aprendizado nessa época de correria, ter que vir, tirar as fotos, baixar as fotos, ver o momento da entrada dos alunos. É uma experiência de como é a área de trabalho”. Ian Lopes é repórter da Agência CentralSul e conta que “é sempre um prazer participar das atividades, estar aqui é agradável”.

Repórteres e professores da Agência CentralSul. Imagem: Caroline Freitas

A estagiária da UFN TV Gabriela Flores está participando pela segunda vez, “fiz  parte da cobertura em 2019 no Vestibular de Inverno, porém, com a pandemia, não pude mais participar e agora está sendo muito diferente porque na primeira vez estava no primeiro semestre do curso de Jornalismo, e não conhecia muito o pessoal. Agora estou mais engajada e é totalmente diferente, tenho um olhar diferente para cobertura jornalística e estou mais madura”. Ela conta que agora está desenvolvendo muito mais a profissão, “fiz algumas entrevistas, gravei offs e uma passagem. Também vou aparecer no próximo Universo Acadêmico, contando o que o pessoal achou do vestibular e como está sendo para eles”.

Gabriela Flores faz estágio na UFN TV. Imagem: Caroline Freitas

Para a coordenadora do curso de Jornalismo, Sione Gomes, é muito importante participação dos acadêmicos na cobertura, “por ter a possibilidade de estar desenvolvendo o que é a natureza do nosso curso, entrevistando, observando, coletando informações do que está acontecendo. Durante esta tarde  temos uma oportunidade muito feliz  que é a realização de um evento do cotidiano da vida acadêmica da Instituição, onde podemos desenvolver nossas atividades que estão, ao mesmo tempo, contribuindo em um dia tão especial para a Instituição e a oportunidade  de fazer jornalismo, conversar com as pessoas,  construir as matérias. Então é um momento  de vivência muito especial para os alunos de jornalismo. Sempre aproveitamos esse momento para essa grande aula”.

 

Roda de conversa organizada pelo curso de Design de Moda da UFN. Foto: Beatriz Ardenghi/LABFEM

Nesta quarta-feira, 20 de novembro, é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra e, por conta disso, a Universidade Franciscana preparou algumas atividades para debater sobre o tema com os alunos e professores. As atividades tiveram início pela tarde e irão se estender até a noite.

Atividade reuniu alunas e interessadas na estética negra. Foto: Beatriz Ardenghi/LABFEM

Durante a tarde, o Diretório Acadêmico do curso de Design de Moda da instituição promoveu uma roda de conversa que tratou do tema “Criolando: Estética negra e moda afro”. A roda de conversa foi guiada pela designer de moda Flávia Nascimento, que também é criadora da marca Criolando, uma empresa de confecções de peças exclusivas e afro-brasileiras, que trabalha com o movimento negro, a reafirmação pessoal e a descolonização. Embora Criolando trabalhe com a linguagem de estética negra, a empresária conta que atende o público de todas as cores e prioriza a valorização da cultura muito mais do que a estética.

Flávia ministrando a roda de conversa com base nos seus estudos. Foto: Beatriz Ardenghi/LABFEM

A roda de conversa foi composta por discussões e muito conhecimento. Flávia trouxe não só sua trajetória como designer mas também deu uma aula de história sobre as mudanças que ocorreram ao longos dos anos sobre a vestimentas das mulheres negras. Com o apoio de vídeos com depoimentos de pessoas interligadas neste assunto, a designer trouxe a história dos turbantes e das jóias de crioulas, explicando o que elas significam até hoje e seus respectivos valores.

Flávia, proprietária da Criolando. Foto: Beatriz Ardenghi/LABFEM

Flávia terminou o debate com a frase dita por Angela Davis, “Não basta não ser racista, temos que ser antirracista”. Com isso ela encerrou com o pensamento de que não precisamos de consciência humana, o que se precisa é a descolonização das mentes, reconhecimento dos privilégios e o combate às estruturas racistas existentes. A atividade do curso da Moda ainda realizou oficinas de amarras de turbante e confecção de abayomis.

Durante todo o mês de novembro, o curso de Design de Moda estará expondo peças produzidas pela egressa Flávia. A peças estarão expostas na Teciteca, no Hall do Prédio 16, Conjunto III da UFN. A exposição preserva a linguagem estética da cultura afro-brasileira e apresentará roupas de cultura africana, com tecidos de Senegal, além de turbantes, pulseiras e colares.

Painel preparado pelos cursos de Licenciatura da UFN

Painel organizado pelos cursos de Licenciatura da UFN. Foto: Divulgação UFN

Outa atividade programada ocorre às 18h30 no Salão Azul, que fica no Conjunto I. Os cursos de Licenciatura da instituição realizam o painel “O epistemicídio de intelectuais negras e negros na academia”. Essa atividade terá a participação da cientista social e mestranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria, Andressa Mourão Duarte que irá falar sobre “O apagamento da intelectualidade negra nos cânones acadêmicos”.

O painel dos cursos de Licenciatura, também contará com a presença da professora Marta Regina do Santos Nunes que mediará o bate-papo “De Enedina Alves Shuri: como mulheres negras das Ciências têm sido (não) representadas na história, na academia e no cinema”. E também a professora Louise da Silveira que falará sobre “Por que pesquisar feminilidades negras na universidade? Questão de lugar de fala”. Junto ao Painel, será realizado um momento cultural, com a participação do Grupo Atoque.

RádioWeb UFN

Também voltado para o mês da Consciência Negra, a RádioWeb UFN preparou um programa especial. Para discutir sobre o tema, a Pedagoga e Cientista Social, Maria Rita Py Dutra e o acadêmico de Ciências Sociais e integrante do Movimento Negro de Santa Maria, Gustavo Rocha, marcaram presença na bancada da rádio. Acompanhe a live do programa pela página do facebook.