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Os riscos da automedicação

Rotinas corridas causam exaustão e cansaço mental. Para estudantes, este é um grande empecilho em seu desempenho acadêmico, afinal, como ele irá estudar e produzir os trabalhos com sono, por exemplo? Não vendo outra saída, muitos

Entre o pastel e o churrasquinho: as opções de lanche dos universitários

Todos os universitários precisam de opções para se alimentar, não somente dentro da instituição, mas também nos arredores. No Centro Universitário Franciscano, as duas opções mais escolhidas e frequentadas pelos estudantes são a cantina da Universidade

Exército convida universitários ao preparo para missão no Haiti

O Exército Brasileiro realiza em Santa Maria a preparação final dos 1.200 militares que vão compor o próximo contingente na missão de paz no Haiti. Os estudantes do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) podem contribuir para esse

Foto: Felipe Cardias Brum/LABFEM

Rotinas corridas causam exaustão e cansaço mental. Para estudantes, este é um grande empecilho em seu desempenho acadêmico, afinal, como ele irá estudar e produzir os trabalhos com sono, por exemplo? Não vendo outra saída, muitos estudantes acabam apelando para estimulantes. Guaraná cerebral, remédios naturais a base de cafeína são algumas das opções mais baratas e fáceis de encontrar em qualquer farmácia. Mas até que ponto estes remédios, naturais ou não, são seguros para o organismo?

  Conforme a professora de Medicina da Universidade Franciscana (UFN) Juliana Oliveira Freitas Silveira, o uso indevido destes estimulantes pode acarretar em riscos de alterações cardiovasculares, desta forma, quem ingere esses medicamentos de maneira excessiva pode tornar-se hipertenso, ter um vaso espasmo, lesões isquêmicas e até doenças cerebrovasculares.

 Para ajudar a manter o foco a professora recomenda manter hábitos de vida saudáveis. Uma boa alimentação, a prática de atividades físicas e horários de sono regulares, inclusive nos finais de semana, fazem a diferença. Ela afirma que dormir bem ajuda na memorização e que “a rotina torna o cérebro mais saudável”.

 Quem já passou por um final de semestre sabe que os hábitos que a professora indicou, por vezes, são deixados de lado devido à grande demanda de trabalhos e provas na mesma época. Foram em períodos assim que a estudante de jornalismo,Tayná Lopes, começou a tomar estimulantes naturais para ter mais energia e ânimo para estudar. A acadêmica toma, há cinco anos, um composto natural de guaraná com açaí que a ajuda nestes períodos.

Tayná Lopes, estudante de jornalismo. Foto: arquivo pessoal

Tayná contou que começou a tomar as cápsulas no ensino médio, pois tinha dificuldades em algumas matérias como matemática, física e química. Os seus colegas tinham mais facilidade em aprender determinados conteúdos, mas Tayná, mesmo estudando, tirava notas muito baixas, e precisa de algum estímulo para estudar o dobro.

Ela notou um certo cansaço mental durante os estudos e precisava fazer alguma coisa para mudar esta situação. Uma farmacêutica indicou as cápsulas para ela e, desde então, melhorou muito o seu rendimento. Mesmo assim, a estudante nunca realizou uma consulta médica para saber mais sobre estes medicamentos.

A estudante afirma que em relação a danos à saúde causados pelo remédio ela não se preocupa, nunca teve medo por eles serem naturais. Conta que nunca tomou mais um comprimido por dia, mas conhece amigos que já fizeram isso e “não aconteceu nada”. E além destes que tomam, Tayná também mencionou que pessoas do seu convívio não acreditam nestes remédios. Alguns compartilharam que o uso não funcionou, mas para ela sempre foi bom.

 Em relação ao tipo de medicação que a estudante utiliza, a professora alerta que mesmo naturais ,eles podem trazer riscos à saúde, pois não se sabe a quantidade que você estará ingerindo de determinado produto, como também não é sabido o modo de preparo, podendo acarretar em uma intoxicação hepática ou renal. A professora explica que alguns destes medicamentos são extraídos de plantas, mas na verdade o que é extraído são componentes da planta, e estes são misturados a outras substâncias que se potencializam.

Um dos cuidados que a estudante tem ao ingerir o medicamento é de não o tomar  com café ou chás, pois tem medo de ficar muito “elétrica”, podendo prejudicar seu sono. O que ela costuma fazer é tomar uma pequena xícara de café quando está cansada e ingerir a cápsula quando precisa se concentrar em alguma atividade.

 Sobre a cafeína, Juliana explica que não é recomendado seu uso durante a noite pois pode interferir na qualidade do sono. E não é só o café, comer chocolate também e realizar atividades físicas próximas do horário de dormir também pode prejudicar o sono. Ela complementa: “tudo que é em excesso pode fazer mal”.

A professora afirma que o cansaço da rotina agitada pode ser revertido com organização e disciplina, nem sempre é necessário o uso de estimulantes, pois estes medicamentos geralmente são prescritos para pessoas hiperativas ou com déficit de atenção. E isto não é feito em apenas uma consulta, é necessário um acompanhamento médico para que seja feita uma escala de testes, inclusive com pessoas da família, pois em alguns casos é necessário estudar onde este problema pode ter começado.

Sobre a importância do acompanhamento médico em qualquer desconforto

Fotos: Felipe Cardias Brum/LABFEM

Todo e qualquer desconforto físico ou mental necessita de um acompanhamento médico para que um profissional possa dar um diagnóstico. A professora Juliana mencionou que é de suma importância um diagnóstico dado por um psiquiatra ou um neurologista para identificar alterações. Desta forma, é possível indicar medicamentos (se necessários) com menos riscos de efeitos cardiovasculares. Além disso, o paciente ás vezes pode precisar de psicoterapia, e isto só é identificado com o acompanhamento psicológico e multidisciplinar.

 Algumas pessoas tem o costume de basear-se pelo diagnóstico alheio e acabam usando analgésicos. A professora alerta que o uso destes medicamentos aumenta os riscos de gerar uma cefaleia, que aumenta a recepção de dor no cérebro e acaba caindo em um ciclo vicioso, provocando crises de enxaqueca. Outra categoria de medicamentos preocupante é o antibiótico que, se mal utilizado, acarreta em resistência do organismo. Atualmente existe um controle maior nas vendas que exigem prescrição médica para a compra.

Juliana Oliveira Freitas Silveira, professora de Medicina da Universidade Franciscana (UFN). Foro: arquivo pessoal

Mesmo com um controle maior sempre tem o famoso “jeitinho brasileiro” e algumas pessoas conseguem remédios emprestados com outras pessoas e usam, muitas vezes, mais de um remédio ao mesmo tempo, sem saber que um medicamento pode anular o efeito do outro e trazer um grande risco de infecções, ou ainda, de mascarar um quadro infeccioso. A disseminação de uma infecção se dá através de um mau tratamento, por isso as consultas são tão importantes.

Além destas ressalvas quanto ao uso de medicamentos e da importância de um acompanhamento médico, Juliana recomenda que haja sempre uma alimentação balanceada com frutas e verduras. Conforme ela, o café da manhã é a refeição mais importante do dia, e esta exige um cardápio variado, e posteriormente, que façamos várias refeições durante o dia, pois poucas refeições podem prejudicar a qualidade do sono mencionada anteriormente. E uma ressalva importante da professora é em relação a importância do lazer, ela afirma que quem consegue conciliar a vida social com atividades curriculares mantém um bom desempenho, seja nos estudos ou no trabalho.

 Reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Científico.

Por Larissa Essi

cantina
As opções da cantina, à esquerda, e o churrasquinho (foto à direita) disputam a preferência dos universitários. Foto: Gabriel Pfeifer

churrasquinhoTodos os universitários precisam de opções para se alimentar, não somente dentro da instituição, mas também nos arredores. No Centro Universitário Franciscano, as duas opções mais escolhidas e frequentadas pelos estudantes são a cantina da Universidade e o “tio do churrasquinho”, um vendedor de espetinhos em frente ao Conjunto III da Universidade, na rua Silva Jardim, 1175.

As duas propostas bem diferentes, dividem os estudantes. Ricardo Oliveira, de 20 anos, é estudante de administração da Unifra e é um assíduo cliente do churrasquinho, que segundo ele é mais barato e mais saboroso: “Como churrasquinho aqui todos os dias, muito por causa do preço. R$ 2,00 para um churrasquinho é bastante acessível, além de que alimenta mais do que algum lanche do bar, além de na minha opinião, ser mais saboroso”.

Outros aspectos que levam à escolha pelo churrasquinho em detrimento de algum lanche da cantina, segundo o estudante, são  o ambiente e o fato de a fila ser menor: “Geralmente no intervalo, os alunos acabam saindo pra rua para espaerecer, ao invés de ficar dentro da universidade, e acabam optando pelo churrasquinho, por ficar ali naquele ambiente, sem contar que a fila na cantina é muito grande, e o pessoal não tem paciência para esperar”, conta o estudante.

Por outro lado, a cantina tem lanches de preços diversos, a partir de R$ 2,00, e apresenta uma maior variedade de alimentos para os estudantes.

“Frequento mais a cantina porque tem uma maior variedade de alimentos, você nao precisa comer a mesma coisa todos os dias. O preço é maior, mas os produtos são de muita qualidade, além de possuir um local mais aconchegante, com mesas para sentar e conversar melhor com seus colegas”- opina o estudante de Publicidade, Eduardo, de 22 anos.

Segundo a gerente da cantina, Roselaine Ferreira, de 61 anos, outro atrativo para a cantina, é o fato de oferecer comida por kilo ao meio dia e à noite. “Os estudantes que ficam além da manhã na Unifra, necessitam realmente de um almoço, que dê mais sustentação ao invés de lanches, e acabam optando pela comida por quilo daqui, por já estarem dentro da universidade”, enfatiza Roselaine.

A funcionária também admite a reclamação dos preços da cantina, muitas vezes mais elevados, devido aos impostos, mas busca alternativas para suprir esse fator, com pratos-feitos, por exemplo, a R$ 6,00: “O preço acaba sendo maior aqui devido aos impostos, e isso acaba afastando alguns estudantes, que não querem pagar R$20,00 o quilo, por isso também estamos analisando a possibilidade de ofertar pratos feitos ao invez de comida por quilo”.

Por Gabriel Batista Pfeifer, para a disciplina de Jornalismo Online

O Exército Brasileiro realiza em Santa Maria a preparação final dos 1.200 militares que vão compor o próximo contingente na missão de paz no Haiti. Os estudantes do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) podem contribuir para esse esforço participando dos exercícios que vão encerrar os treinamentos da tropa: o Exercício Básico de Operações de Paz (EBOP) e o Exercício Avançado de Operações de Paz (EAOP), entre 20 e 30 de outubro.

Os exercícios serão promovidos pelo Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 21º Contingente Brasileiro (BRABAT 21) e pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB). O EBOP e o EAOP vão simular para os soldados brasileiros situações que eles devem vivenciar no Haiti. Os estudantes vão desempenhar papéis como autoridades, diplomatas, governadores, presidentes, jornalistas, vítimas e participantes de protestos, entre outras funções.

Além da oportunidade de contribuir para a missão de levar a paz ao Haiti, os estudantes receberão certificado de 20 horas de atividade extracurricular. É interessante ter conhecimento de uma segunda língua (francês, inglês e espanhol), mas todos estão convidados a participar. Além disso, o Exército dará apoio de transporte e alimentação aos estudantes, de acordo com a necessidade das atividades.

Inscrições pelo e-mail g10brabat21@gmail.com  com o assunto “Inscrição de estudante”.

No corpo do e-mail, enviar as seguintes informações: nome, identidade, curso, semestre, disponibilidade para participar do EBOP em 20 a 24 de outubro ( sim ou não); disponibilidade para participar do EAOP de 27 a 30 de outubro ( sim ou não), turno com maior disponibilidade ( manhã e/ou tarde), fala outro idioma? Qual?, telefone e email.

Mais informações:

http://www.minustah.org/

http://www.ccopab.eb.mil.br/index.php/pt/ensino/cursos-e-estagios/exercicio-avancado-de-operacoes-de-paz

Por Caroline Cechin, jornalista, Assessoria de Comunicação da Unifra