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A ambição do poder

Para conhecer o verdadeiro caráter de um homem, dê a ele o poder. A frase é antiga, mas tem fundamento. Quem ascende política, social e economicamente, da noite para o dia, sofre com as armadilhas e os dissabores do posto se não tiver uma base sólida. Deslumbrados pela chance de mandar e decidir, alguns atropelam e até ignoram o respeito, a honestidade, a ética e a justiça.

São virtudes que perdem o valor diante da ambição do poder. Conforme o teólogo e escritor, Frei Betto, "para muitos, o poder é a suprema ambição. É a perversa maneira de se comparar a Deus. Vide os políticos que gastam somas milionárias em campanhas eleitorais e, mesmo derrotados, voltam à cena, como se a sede de poder fosse proporcional à fortuna que dilapidam".
Ele acrescenta que "há homens que, fora do poder, sentem-se terrivelmente humilhados, expulsos do Olimpo dos deuses. Como é difícil voltar ao que se era! Vargas preferiu meter uma bala no coração a ver-se destituído de poder".
Na onda do "tudo posso", o teólogo Leonardo Boff observa que "há, portanto, uma ligação estreita entre poder e corrupção. Corrupção é usar do poder em benefício próprio. O benefício pode ser dinheiro, influência, projeção,  tratamento especial. Fundamental é o segredo das transações porque são ou  imorais ou ilegais. Usam-se passiva ou ativamente presentes, pressões, fraudes, subornos e nepotismo". Boff diz que "corrupto é quem suborna ou aceita ser subornado para garantir benefícios para si ou para um partido opara o governo. O ponto central é o abuso da posição de poder".

Gilson Piber é jornalista e professor da Unifra

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Para conhecer o verdadeiro caráter de um homem, dê a ele o poder. A frase é antiga, mas tem fundamento. Quem ascende política, social e economicamente, da noite para o dia, sofre com as armadilhas e os dissabores do posto se não tiver uma base sólida. Deslumbrados pela chance de mandar e decidir, alguns atropelam e até ignoram o respeito, a honestidade, a ética e a justiça.

São virtudes que perdem o valor diante da ambição do poder. Conforme o teólogo e escritor, Frei Betto, "para muitos, o poder é a suprema ambição. É a perversa maneira de se comparar a Deus. Vide os políticos que gastam somas milionárias em campanhas eleitorais e, mesmo derrotados, voltam à cena, como se a sede de poder fosse proporcional à fortuna que dilapidam".
Ele acrescenta que "há homens que, fora do poder, sentem-se terrivelmente humilhados, expulsos do Olimpo dos deuses. Como é difícil voltar ao que se era! Vargas preferiu meter uma bala no coração a ver-se destituído de poder".
Na onda do "tudo posso", o teólogo Leonardo Boff observa que "há, portanto, uma ligação estreita entre poder e corrupção. Corrupção é usar do poder em benefício próprio. O benefício pode ser dinheiro, influência, projeção,  tratamento especial. Fundamental é o segredo das transações porque são ou  imorais ou ilegais. Usam-se passiva ou ativamente presentes, pressões, fraudes, subornos e nepotismo". Boff diz que "corrupto é quem suborna ou aceita ser subornado para garantir benefícios para si ou para um partido opara o governo. O ponto central é o abuso da posição de poder".

Gilson Piber é jornalista e professor da Unifra