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A vitória da igualdade

A cada quatro anos, uma das maiores festas do planeta ocupa um local escolhido e faz do esporte o maior evento da humanidade. São os Jogos Olímpicos. Com recordes e reconhecimento mundial, os atletas se preparam durante muito tempo para conseguir representar seu país no evento.

O que pouco se fala, é que, dois anos depois que acabam estes Jogos, ocorrem os Jogos Paraolímpicos. Nesta competição, as modalidades existentes são as mesmas dos outros Jogos. A diferença é que os atletas são portadores de necessidades especiais. Alguns são cegos, outros não têm uma perna, um braço ou até mesmo os dois.

Cada atleta pode participar da prova conforme o grau da deficiência. De acordo com o profissional de Educação Física, Carlos Machado, 34 anos, no basquetebol, que é praticado com cadeirantes (uso da cadeira de rodas), o grau varia de acordo com a mobilidade do jogador.

“Se puder deslocar o tronco e os braços é uma pontuação, se mexer somente os braços, é outra. O time acaba tendo uma pontuação X (já estabelecida anteriormente pelo regulamento). Se houver troca de atleta durante o jogo, aquele que entrar em quadra deve ter a mesma pontuação daquele que saiu”, explica Machado.

A maior questão é que poucas pessoas sabem desses jogos, sua importância e sua dificuldade. A estudante Caroline Antunes Dutra, 22 anos, não sabe o nome de nenhum jogador paraolímpico. “Não conheço ninguém, mas acho legal eles terem algo para participar. Afinal de contas, eles estão vivos”, declara Caroline.

“Recém” atleta de 100 metros rasos, o estudante de 28 anos, Fabrício Moura, se tornou adepto ao perceber que sua vida poderia continuar mesmo após ter amputado um braço (resultado de uma infecção em 2002). “Comecei fazendo condicionamento físico, gostei do treinamento e desde 2004 me preparo para corridas de velocidade. Não tenho a pretensão de ser um atleta de elite, mas a minha melhora física e, principalmente, como ser humano é capaz de me levar longe”, destaca Moura.

            A inversão de valores, a ‘pena’ e o preconceito são alguns dos fatores que impedem as pessoas de conhecer melhor este espetáculo. Mas, para estes atletas, como diz a funcionária pública Patrícia Feijó, de 33 anos, o que mais importa é o prazer de ‘voltar’ à sociedade e ser referência de conduta e estímulo para aqueles que muitas vezes pensam em desistir da vida.

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A cada quatro anos, uma das maiores festas do planeta ocupa um local escolhido e faz do esporte o maior evento da humanidade. São os Jogos Olímpicos. Com recordes e reconhecimento mundial, os atletas se preparam durante muito tempo para conseguir representar seu país no evento.

O que pouco se fala, é que, dois anos depois que acabam estes Jogos, ocorrem os Jogos Paraolímpicos. Nesta competição, as modalidades existentes são as mesmas dos outros Jogos. A diferença é que os atletas são portadores de necessidades especiais. Alguns são cegos, outros não têm uma perna, um braço ou até mesmo os dois.

Cada atleta pode participar da prova conforme o grau da deficiência. De acordo com o profissional de Educação Física, Carlos Machado, 34 anos, no basquetebol, que é praticado com cadeirantes (uso da cadeira de rodas), o grau varia de acordo com a mobilidade do jogador.

“Se puder deslocar o tronco e os braços é uma pontuação, se mexer somente os braços, é outra. O time acaba tendo uma pontuação X (já estabelecida anteriormente pelo regulamento). Se houver troca de atleta durante o jogo, aquele que entrar em quadra deve ter a mesma pontuação daquele que saiu”, explica Machado.

A maior questão é que poucas pessoas sabem desses jogos, sua importância e sua dificuldade. A estudante Caroline Antunes Dutra, 22 anos, não sabe o nome de nenhum jogador paraolímpico. “Não conheço ninguém, mas acho legal eles terem algo para participar. Afinal de contas, eles estão vivos”, declara Caroline.

“Recém” atleta de 100 metros rasos, o estudante de 28 anos, Fabrício Moura, se tornou adepto ao perceber que sua vida poderia continuar mesmo após ter amputado um braço (resultado de uma infecção em 2002). “Comecei fazendo condicionamento físico, gostei do treinamento e desde 2004 me preparo para corridas de velocidade. Não tenho a pretensão de ser um atleta de elite, mas a minha melhora física e, principalmente, como ser humano é capaz de me levar longe”, destaca Moura.

            A inversão de valores, a ‘pena’ e o preconceito são alguns dos fatores que impedem as pessoas de conhecer melhor este espetáculo. Mas, para estes atletas, como diz a funcionária pública Patrícia Feijó, de 33 anos, o que mais importa é o prazer de ‘voltar’ à sociedade e ser referência de conduta e estímulo para aqueles que muitas vezes pensam em desistir da vida.