Nem todos os santa-marienses ficaram em frente à TV na tarde de hoje, no primeiro jogo da seleção brasileira na Copa da FIFA.
Rotina quase-normal
A radialista Salete Barbosa garante ter orgulho de ser brasileira, mas não assistirá aos jogos do Brasil na Copa. "Não gosto muito de futebol, e acho todo esse patriotismo um pouco falso. Como não teremos expediente onde trabalho, vou aproveitar para dormir ou ler", acrescenta.
Algumas empresas de ônibus tiveram seus horários alterados. "A nossa vontade é de liberar todos os funcionários, mas como nosso serviço não pode parar, nossos motoristas e cobradores poderão acompanhar os jogos pelo rádio", afirma o coordenador de itinerários da Santa Catarina Transportes, Daniel Peixoto.
Alguns integrantes da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, localizada na Rua Venâncio Aires, também não acompanharão os jogos. “Nós não temos muito interesse, inclusive marcamos um chá para esta tarde. Até você me dizer, nem lembrava que o Brasil jogaria hoje", afirma a evangélica Ivanir Possobon.
A dona-de-casa Marcelina Santos caminhava pelo centro com seu cão enquanto o Brasil fazia sua estréia ."Estamos ganhando o jogo, então aproveitei para dar uma volta, já que praticamente não tem trânsito", comenta.
Torcendo para a Itália
Com descendência italiana, a vice-presidente do Círculo Vêneto da Associação Italiana de Santa Maria, Isabela Cancian Dalcin, torce para a seleção tricampeã da Itália há vários mundiais. "A última vez que torci par o Brasil foi em 1970. Sempre sou repreendida por torcer pela Itália, mas não torço contra o Brasil. Que vença o melhor", conclui.
No primeiro jogo, o Brasil venceu a Croácia por um a zero, com gol de Kaká.