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Destino para pilhas e baterias usadas

O desenvolvimento tecnológico é marcante no cotidiano das sociedades. Os fabricantes lançam no mercado, diariamente, produtos como câmeras digitais, mp3 e telefones celulares, que dinamizam a vida das pessoas. Mas, o seu funcionamento depende de dispositivos de carga, os quais podem causar problemas se não forem armazenados e descartados corretamente.

O abandono de pilhas e baterias no ambiente pode causar a contaminação dos solos e dos lençóis freáticos e a intoxicação da fauna e da flora. Além disso, a saúde humana também é afetada, em função dos elementos tóxicos contidos nesses produtos.

“As pilhas e baterias deveriam ser descartadas em aterros sanitários especiais, evitando a contaminação ambiental e humana. Os elementos tóxicos como cádmio, zinco, mercúrio, manganês e chumbo, contidos nas pilhas e baterias, contaminam o solo, os lençóis freáticos, os cursos de água e os animais. Também afetam a saúde humana de forma direta, através do vazamento dos elementos, ou de forma indireta, através da amplificação biológica. Com o aumento da concentração de poluentes ao longo da cadeia alimentar, os seres humanos são diretamente atingidos pelos elementos tóxicos”, explica Maria Margaret Vidal, da Secretaria de Município de Proteção Ambiental.           

O tratamento desse tema não passou despercebido pelo Poder Público, que através da Resolução 257/99, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, disciplina o descarte e o gerenciamento adequado de pilhas e baterias usadas. Após seu esgotamento energético, os dispositivos deverão ser entregues pelos usuários aos estabelecimentos que os comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada, para repasse aos fabricantes, responsáveis pelos procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final adequada. 

“Apesar dessa providência, há larga distância entre a previsão legal e a postura da sociedade. A maioria dos órgãos responsáveis pela coleta e disposição final de pilhas e baterias em Santa Maria não realiza a atividade. Outro dilema enfrentado pela Secretaria de Município de Proteção Ambiental é a negligência por parte das empresas fabricantes, que não recebem as pilhas entregues pela população nos postos de coleta”, polemiza Maria Margaret.

A população, por sua vez, apresenta-se dividida: de um lado encontram-se aqueles que sabem dos riscos do descarte indevido, conhecendo o procedimento adequado, mas não o adotando, como exemplifica Ana Paula Dalmolin Bagioto, acadêmica de Engenharia Ambiental: “Embora eu saiba das conseqüências para a saúde humana e para o meio ambiente do descarte incorreto de pilhas e baterias, costumo depositá-las no lixo doméstico”.

Por outro lado, há a parcela da população que sequer tem conhecimento dos perigos representados pelas pilhas e baterias, depositando-as no lixo doméstico por falta de informação: “Eu não tinha conhecimento disso e também não sabia que o comércio deveria receber as pilhas e baterias. Acredito que haja falta de divulgação”, informa Noema Fragoso, vendedora.

Existem iniciativas para tratar o problema, como é o caso da postura adotada por uma empresa de Santa Maria de reproduções gráficas, que passou a receber pilhas após a medida ter sido cobrada por uma cliente. Caso semelhante ocorreu na Escola Estadual de Ensino Médio Cilon Rosa, onde alunos e professores propuseram, através de uma gincana ecológica, o recolhimento de pilhas e baterias, que depois foram levadas à Secretaria Municipal de Proteção Ambiental.

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O abandono de pilhas e baterias no ambiente pode causar a contaminação dos solos e dos lençóis freáticos e a intoxicação da fauna e da flora. Além disso, a saúde humana também é afetada, em função dos elementos tóxicos contidos nesses produtos.

“As pilhas e baterias deveriam ser descartadas em aterros sanitários especiais, evitando a contaminação ambiental e humana. Os elementos tóxicos como cádmio, zinco, mercúrio, manganês e chumbo, contidos nas pilhas e baterias, contaminam o solo, os lençóis freáticos, os cursos de água e os animais. Também afetam a saúde humana de forma direta, através do vazamento dos elementos, ou de forma indireta, através da amplificação biológica. Com o aumento da concentração de poluentes ao longo da cadeia alimentar, os seres humanos são diretamente atingidos pelos elementos tóxicos”, explica Maria Margaret Vidal, da Secretaria de Município de Proteção Ambiental.           

O tratamento desse tema não passou despercebido pelo Poder Público, que através da Resolução 257/99, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, disciplina o descarte e o gerenciamento adequado de pilhas e baterias usadas. Após seu esgotamento energético, os dispositivos deverão ser entregues pelos usuários aos estabelecimentos que os comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada, para repasse aos fabricantes, responsáveis pelos procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final adequada. 

“Apesar dessa providência, há larga distância entre a previsão legal e a postura da sociedade. A maioria dos órgãos responsáveis pela coleta e disposição final de pilhas e baterias em Santa Maria não realiza a atividade. Outro dilema enfrentado pela Secretaria de Município de Proteção Ambiental é a negligência por parte das empresas fabricantes, que não recebem as pilhas entregues pela população nos postos de coleta”, polemiza Maria Margaret.

A população, por sua vez, apresenta-se dividida: de um lado encontram-se aqueles que sabem dos riscos do descarte indevido, conhecendo o procedimento adequado, mas não o adotando, como exemplifica Ana Paula Dalmolin Bagioto, acadêmica de Engenharia Ambiental: “Embora eu saiba das conseqüências para a saúde humana e para o meio ambiente do descarte incorreto de pilhas e baterias, costumo depositá-las no lixo doméstico”.

Por outro lado, há a parcela da população que sequer tem conhecimento dos perigos representados pelas pilhas e baterias, depositando-as no lixo doméstico por falta de informação: “Eu não tinha conhecimento disso e também não sabia que o comércio deveria receber as pilhas e baterias. Acredito que haja falta de divulgação”, informa Noema Fragoso, vendedora.

Existem iniciativas para tratar o problema, como é o caso da postura adotada por uma empresa de Santa Maria de reproduções gráficas, que passou a receber pilhas após a medida ter sido cobrada por uma cliente. Caso semelhante ocorreu na Escola Estadual de Ensino Médio Cilon Rosa, onde alunos e professores propuseram, através de uma gincana ecológica, o recolhimento de pilhas e baterias, que depois foram levadas à Secretaria Municipal de Proteção Ambiental.