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Em busca do corpo ideal

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A saúde e o bem-estar são preocupações constantes da maior parte das pessoas. Elas, na maioria das vezes, buscam em academias e no cuidado com a alimentação uma melhor qualidade de vida.

Desde cedo, os pais incentivam os filhos a praticar exercícios físicos e a controlar os hábitos alimentares. Fatores que contribuem para um melhor desenvolvimento da  criança e para prevenir problemas futuros.

A falta de cuidado com o organismo pode acarretar problemas sérios à saúde, como dislipidemias, que são alterações dos lipídeos no sangue e podem ocorrer em decorrência de  colesterol alto, diabetes, triglicerídeos elevados e hipertensão.

Saúde e beleza
Ao falarmos em preservar a saúde através do controle de peso, logo entramos na observação dos padrões de beleza, que, na maioria das vezes, são impostos pelas sociedades.

Quando se pensa em referências de beleza, remete-se a alguns manequins muito magros, que comem pouco para se manter em forma ou a pessoas que têm formas bem definidas e que se dedicam a cultuar o corpo saudavelmente.Image

Na opinião da psicóloga, Vânia Fortes de Oliveira, 31 anos, os protótipos de beleza foram mudando ao longo dos anos e os meios de comunicação  ditam o que é belo e o que é feio. “Você nunca vai ver uma propaganda de um alimento que sugere saúde  sendo interpretado por modelos gordos e feios. Porque os ideais de beleza estão  intimamente ligados à busca pela felicidade plena, à vida perfeita e ao corpo perfeito. E toda essa exigência pode gerar grande ansiedade, pois nunca vai ser atingido de uma forma integral”, explica.

No Brasil, é comum o culto ao hábito de manter a forma e de manter os corpos magros. Já em outros países, como os Estados Unidos, o costume de alimentar-se com fast foods faz com que o número de obesos aumente, o que se distancia do que é evidenciado como padrão de beleza.

O esforço para ter o corpo “cobrado” pela sociedade faz com que muitos jovens sofram de distúrbios alimentares com fundo psicológico, mais conhecidos como bulimia e anorexia, onde comer o que se gosta traz uma culpa, a própria imagem chega a ser distorcida. Segundo a psicóloga Vânia, a família é co-responsável pelo aparecimento desses distúrbios. “Existe uma grande importância no olhar do outro para que a gente possa se subjetivar. No caso, os pais projetam nos filhos suas frustrações, o que não é consciente. E os filhos acabam se sentindo culpados pelos pais”, analisa.

Na opinião da nutricionista Irene Barros, “a pessoa precisa estar feliz consigo mesma, é o mais importante. A gente precisa pensar no próprio bem e não no que os outros esperam de você ”.

Para Irene, a reeducação alimentar é a única forma de perder peso e conseguir mantê-lo sem grandes sacrifícios. “Dietas mágicas nunca dão certo. A pessoa precisa aprender a comer sem radicalismos e a falta de alimentação pode causar deficiências vitamínicas, que levam um longo tempo para serem repostas no organismo”, explica.

A professora de academia de ginástica Marta do Prado relata que existe um grande aproveitamento dos seus alunos  em todo o serviço que a academia proporciona, tanto na atividade física em si como no acompanhamento nutricional. “Recebo muitos adultos que buscam prevenir doenças e trabalhar o corpo pensando na velhice mais tranqüila. A maioria vem com o objetivo de perder peso, e digamos que 20% das pessoas que chegam até aqui vem com a idéia de emagrecer a qualquer custo e rapidamente. A mentalidade em geral tem mudado muito e a valorização pela estética não tem mais sido o principal objetivo que faz com que as pessoas busquem as atividades físicas”, complementa a Marta.

Rafael da Silva, 26 anos, faz academia há sete. Ele começou por curiosidade e hoje não consegue ficar um dia sem praticar exercícios. “Eu procuro não comer bobagens e me alimentar nas horas certas. Sinceramente não busco o corpo perfeito”, salienta.   

A obsessão pela prática de exercícios, para Marta, pode ser muito prejudicial à saúde e é necessário que se tenha um acompanhamento profissional. A pessoa precisa ter uma medida para se dedicar aos vários setores que compõem a saúde mental e corporal. 

 

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória (Fabiane Berlese e Nicholas Fonseca).

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A saúde e o bem-estar são preocupações constantes da maior parte das pessoas. Elas, na maioria das vezes, buscam em academias e no cuidado com a alimentação uma melhor qualidade de vida.

Desde cedo, os pais incentivam os filhos a praticar exercícios físicos e a controlar os hábitos alimentares. Fatores que contribuem para um melhor desenvolvimento da  criança e para prevenir problemas futuros.

A falta de cuidado com o organismo pode acarretar problemas sérios à saúde, como dislipidemias, que são alterações dos lipídeos no sangue e podem ocorrer em decorrência de  colesterol alto, diabetes, triglicerídeos elevados e hipertensão.

Saúde e beleza
Ao falarmos em preservar a saúde através do controle de peso, logo entramos na observação dos padrões de beleza, que, na maioria das vezes, são impostos pelas sociedades.

Quando se pensa em referências de beleza, remete-se a alguns manequins muito magros, que comem pouco para se manter em forma ou a pessoas que têm formas bem definidas e que se dedicam a cultuar o corpo saudavelmente.Image

Na opinião da psicóloga, Vânia Fortes de Oliveira, 31 anos, os protótipos de beleza foram mudando ao longo dos anos e os meios de comunicação  ditam o que é belo e o que é feio. “Você nunca vai ver uma propaganda de um alimento que sugere saúde  sendo interpretado por modelos gordos e feios. Porque os ideais de beleza estão  intimamente ligados à busca pela felicidade plena, à vida perfeita e ao corpo perfeito. E toda essa exigência pode gerar grande ansiedade, pois nunca vai ser atingido de uma forma integral”, explica.

No Brasil, é comum o culto ao hábito de manter a forma e de manter os corpos magros. Já em outros países, como os Estados Unidos, o costume de alimentar-se com fast foods faz com que o número de obesos aumente, o que se distancia do que é evidenciado como padrão de beleza.

O esforço para ter o corpo “cobrado” pela sociedade faz com que muitos jovens sofram de distúrbios alimentares com fundo psicológico, mais conhecidos como bulimia e anorexia, onde comer o que se gosta traz uma culpa, a própria imagem chega a ser distorcida. Segundo a psicóloga Vânia, a família é co-responsável pelo aparecimento desses distúrbios. “Existe uma grande importância no olhar do outro para que a gente possa se subjetivar. No caso, os pais projetam nos filhos suas frustrações, o que não é consciente. E os filhos acabam se sentindo culpados pelos pais”, analisa.

Na opinião da nutricionista Irene Barros, “a pessoa precisa estar feliz consigo mesma, é o mais importante. A gente precisa pensar no próprio bem e não no que os outros esperam de você ”.

Para Irene, a reeducação alimentar é a única forma de perder peso e conseguir mantê-lo sem grandes sacrifícios. “Dietas mágicas nunca dão certo. A pessoa precisa aprender a comer sem radicalismos e a falta de alimentação pode causar deficiências vitamínicas, que levam um longo tempo para serem repostas no organismo”, explica.

A professora de academia de ginástica Marta do Prado relata que existe um grande aproveitamento dos seus alunos  em todo o serviço que a academia proporciona, tanto na atividade física em si como no acompanhamento nutricional. “Recebo muitos adultos que buscam prevenir doenças e trabalhar o corpo pensando na velhice mais tranqüila. A maioria vem com o objetivo de perder peso, e digamos que 20% das pessoas que chegam até aqui vem com a idéia de emagrecer a qualquer custo e rapidamente. A mentalidade em geral tem mudado muito e a valorização pela estética não tem mais sido o principal objetivo que faz com que as pessoas busquem as atividades físicas”, complementa a Marta.

Rafael da Silva, 26 anos, faz academia há sete. Ele começou por curiosidade e hoje não consegue ficar um dia sem praticar exercícios. “Eu procuro não comer bobagens e me alimentar nas horas certas. Sinceramente não busco o corpo perfeito”, salienta.   

A obsessão pela prática de exercícios, para Marta, pode ser muito prejudicial à saúde e é necessário que se tenha um acompanhamento profissional. A pessoa precisa ter uma medida para se dedicar aos vários setores que compõem a saúde mental e corporal. 

 

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória (Fabiane Berlese e Nicholas Fonseca).