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Fitoterapia: medicina alternativa ou não

A importância das plantas medicinais acompanha a história da humanidade. O conhecimento e a utilização destas plantas é uma prática milenar, que se perpetua de geração para geração. A ela se dá o nome de Fitoterapia.

 

Atualmente, vem ocorrendo uma reformulação na correlação da vida com o ambiente, em que valores naturais e ecológicos retornam com grande força em todas as áreas do conhecimento científico e da vida prática.

 No município de São Vicente do Sul já existem técnicas de utilização adequada para plantas medicinais, a EMATER/RS em parceria com o CEFET construíram um relógio humano, que tem por finalidade mostrar à população o horário certo para a utilização de determinadas plantas medicinais. Assim, a homeopatia tem horário fixo para o tratamento e requer um conhecimento sistemático da ciência no município. O relógio se situa na rua vinte de setembro, no centro da cidade.
 

Segundo a pesquisadora e farmacêutica Caroline Veloso, ele tem por finalidade contribuir para a preservação da nossa biodiversidade. Porque no estado do Rio Grande do Sul a planta medicinal já faz parte da cultura popular. E evidencia o conjunto de experiências antropológicas por fazer parte do poder tradicional e público para resgatar e valorizar ecologicamente a biodiversidade da região.
 

No Brasil, pelo menos 300 plantas medicinais fazem parte do arsenal terapêutico da população. Desconhecidas, desdenhadas ou até abominadas por alguns médicos, são consumidas por todas as classes sociais, constituindo no país um mercado de US$ 400 milhões. Esse mercado começou a vigorar com amplos estudos na década de 1990. Segundo estudos arqueológicos realizados em polens e em outros materiais, a história da fitoterapia conta que os homens das cavernas já utilizavam as plantas medicinais.  Mas, as primeiras testemunhas do uso das plantas na medicina foram os papiros egípcios. No ano 3000 AC, no antigo Egito, os papiros registraram o uso de quinhentas plantas medicinais: menta, alecrim, camomila, A. Absinto, babosa, terebentina, tomilho e plantas da família Solanácea, usadas até hoje.
 

Segundo o Ministério da Saúde, a fitoterapia engloba o consumo de uma planta, por qualquer via e que exerce uma ação farmacológica. Conforme o fitoterapeuta Artur Fonseca, de 48 anos, professor da Universidade de São Paulo (USP), o uso de plantas medicinais, quando utilizadas com critérios, só tem a contribuir para a saúde. Esses fundamentos se referem à identificação da doença ou do sintoma apresentado, conhecimento e seleção correta da planta a ser utilizada, além de uma rigorosa adequação dos pacientes.
 

Para a preparação, deve-se observar cuidadosamente a dosagem das partes vegetais e sua forma de uso, sendo que esta última freqüência é importante durante o tratamento.
 

Ao coletar as plantas medicinais é necessário saber que:

a) as folhas devem, geralmente, ser recolhidas antes da floração;

b) as flores ou as sumidades floridas devem ser recolhidas no início da floração;

c) os frutos devem ser colhidos no início da maturação;

d) as raízes devem ser retiradas do solo quando o talo murcha, ou no começo da primavera, antes que haja rebrotado.

 

Com a realização do curso de capacitação em Fitoterapia, médicos e dentistas passaram a prescrever fitoterápicos de acordo com a situação de cada paciente. Nos últimos anos, a adesão de médicos ao programa cresceu 284%.  Em 1997 eram apenas 24 os profissionais que receitavam fitoterápicos. Já em 2000, esse número chega a 92 médicos de várias especialidades. A principal delas é a área de clínica geral, que registrou o maior crescimento: 1060%. O índice de satisfação é de 90% entre alguns profissionais da área.

 

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A importância das plantas medicinais acompanha a história da humanidade. O conhecimento e a utilização destas plantas é uma prática milenar, que se perpetua de geração para geração. A ela se dá o nome de Fitoterapia.

 

Atualmente, vem ocorrendo uma reformulação na correlação da vida com o ambiente, em que valores naturais e ecológicos retornam com grande força em todas as áreas do conhecimento científico e da vida prática.

 No município de São Vicente do Sul já existem técnicas de utilização adequada para plantas medicinais, a EMATER/RS em parceria com o CEFET construíram um relógio humano, que tem por finalidade mostrar à população o horário certo para a utilização de determinadas plantas medicinais. Assim, a homeopatia tem horário fixo para o tratamento e requer um conhecimento sistemático da ciência no município. O relógio se situa na rua vinte de setembro, no centro da cidade.
 

Segundo a pesquisadora e farmacêutica Caroline Veloso, ele tem por finalidade contribuir para a preservação da nossa biodiversidade. Porque no estado do Rio Grande do Sul a planta medicinal já faz parte da cultura popular. E evidencia o conjunto de experiências antropológicas por fazer parte do poder tradicional e público para resgatar e valorizar ecologicamente a biodiversidade da região.
 

No Brasil, pelo menos 300 plantas medicinais fazem parte do arsenal terapêutico da população. Desconhecidas, desdenhadas ou até abominadas por alguns médicos, são consumidas por todas as classes sociais, constituindo no país um mercado de US$ 400 milhões. Esse mercado começou a vigorar com amplos estudos na década de 1990. Segundo estudos arqueológicos realizados em polens e em outros materiais, a história da fitoterapia conta que os homens das cavernas já utilizavam as plantas medicinais.  Mas, as primeiras testemunhas do uso das plantas na medicina foram os papiros egípcios. No ano 3000 AC, no antigo Egito, os papiros registraram o uso de quinhentas plantas medicinais: menta, alecrim, camomila, A. Absinto, babosa, terebentina, tomilho e plantas da família Solanácea, usadas até hoje.
 

Segundo o Ministério da Saúde, a fitoterapia engloba o consumo de uma planta, por qualquer via e que exerce uma ação farmacológica. Conforme o fitoterapeuta Artur Fonseca, de 48 anos, professor da Universidade de São Paulo (USP), o uso de plantas medicinais, quando utilizadas com critérios, só tem a contribuir para a saúde. Esses fundamentos se referem à identificação da doença ou do sintoma apresentado, conhecimento e seleção correta da planta a ser utilizada, além de uma rigorosa adequação dos pacientes.
 

Para a preparação, deve-se observar cuidadosamente a dosagem das partes vegetais e sua forma de uso, sendo que esta última freqüência é importante durante o tratamento.
 

Ao coletar as plantas medicinais é necessário saber que:

a) as folhas devem, geralmente, ser recolhidas antes da floração;

b) as flores ou as sumidades floridas devem ser recolhidas no início da floração;

c) os frutos devem ser colhidos no início da maturação;

d) as raízes devem ser retiradas do solo quando o talo murcha, ou no começo da primavera, antes que haja rebrotado.

 

Com a realização do curso de capacitação em Fitoterapia, médicos e dentistas passaram a prescrever fitoterápicos de acordo com a situação de cada paciente. Nos últimos anos, a adesão de médicos ao programa cresceu 284%.  Em 1997 eram apenas 24 os profissionais que receitavam fitoterápicos. Já em 2000, esse número chega a 92 médicos de várias especialidades. A principal delas é a área de clínica geral, que registrou o maior crescimento: 1060%. O índice de satisfação é de 90% entre alguns profissionais da área.