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Hipocondria: o transtorno que não se vê

Você tem mania de comprar remédios sem prescrição médica e sem necessidade? Assim que sente uma pequena dor ou um mal-estar corre ao telefone e marca logo uma consulta com o medico? Vive constantemente com a suspeita de ter uma doença grave? Se você tem esses sintomas, corre o sério risco de ser um hipocondríaco.

Conhecida popularmente por “mania de doenças”, a hipocondria se manifesta, na maioria das vezes, em pessoas de personalidade carente e com tendências a depressão e ansiedade, onde o ato da automedicação só tende a agravar ainda mais o quadro dessa disfunção causada pelo transtorno mental.

A hipocondria é um problema tão antigo que os primeiros relatos a seu respeito foram escritos por Hipócrates, considerado o “pai da medicina”. A origem de seu nome está associada a queixas de dor na região do hipocôndrio, palavra grega que se refere a uma área abdominal situada abaixo das costelas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a hipocondria não é classificada como uma doença, mas sim como uma disfunção que atinge mais de 1% da população mundial.

Para o psiquiatra Renan Seligmam, 36 anos, a hipocondria é um sofrimento de dimensão psíquica. “A hipocondria vai além do transtorno. Cada vez mais o corpo se presta a uma forma de representação, um modo de comunicação. Quando a pessoal passa a se sentir doente sem motivo, é possível entender o problema como um pedido de atenção”, explica o médico.

O hipocondríaco não é um doente imaginário, mas alguém que apresenta uma doença crônica que origina disfunções psicológicas, causando rupturas familiares e sociais. A vida destes pacientes está organizada sobre o medo de adoecer, o que resulta em constantes consultas médicas, exames e análises sem qualquer resultado.

A idade de surgimento da hipocondria ainda é variável, mas estima-se que ela ocorra principalmente entre os 20 e os 30 anos de idade.

Segundo Renan, tem-se realizado muitos estudos na esperança de traçar o perfil do candidato a hipocondríaco. “Características como o sexo, a posição social, o estado civil e outros parâmetros sócio-demográficos parecem ser pouco relevantes para o diagnóstico, porém a estrutura psicológica do individuo, baixa auto-estima e introversão parecem ser fundamentais para este estudo”, afirma Seligmam.

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Conhecida popularmente por “mania de doenças”, a hipocondria se manifesta, na maioria das vezes, em pessoas de personalidade carente e com tendências a depressão e ansiedade, onde o ato da automedicação só tende a agravar ainda mais o quadro dessa disfunção causada pelo transtorno mental.

A hipocondria é um problema tão antigo que os primeiros relatos a seu respeito foram escritos por Hipócrates, considerado o “pai da medicina”. A origem de seu nome está associada a queixas de dor na região do hipocôndrio, palavra grega que se refere a uma área abdominal situada abaixo das costelas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a hipocondria não é classificada como uma doença, mas sim como uma disfunção que atinge mais de 1% da população mundial.

Para o psiquiatra Renan Seligmam, 36 anos, a hipocondria é um sofrimento de dimensão psíquica. “A hipocondria vai além do transtorno. Cada vez mais o corpo se presta a uma forma de representação, um modo de comunicação. Quando a pessoal passa a se sentir doente sem motivo, é possível entender o problema como um pedido de atenção”, explica o médico.

O hipocondríaco não é um doente imaginário, mas alguém que apresenta uma doença crônica que origina disfunções psicológicas, causando rupturas familiares e sociais. A vida destes pacientes está organizada sobre o medo de adoecer, o que resulta em constantes consultas médicas, exames e análises sem qualquer resultado.

A idade de surgimento da hipocondria ainda é variável, mas estima-se que ela ocorra principalmente entre os 20 e os 30 anos de idade.

Segundo Renan, tem-se realizado muitos estudos na esperança de traçar o perfil do candidato a hipocondríaco. “Características como o sexo, a posição social, o estado civil e outros parâmetros sócio-demográficos parecem ser pouco relevantes para o diagnóstico, porém a estrutura psicológica do individuo, baixa auto-estima e introversão parecem ser fundamentais para este estudo”, afirma Seligmam.