A venda destes livros usados e de LP´s é alternativa para santa-marienses. Banca na praça é um dos locais em que estes produtos podem ser encontrados |
Através do projeto Esperança, desenvolvido pela Prefeitura Municipal – na área de geração de renda, Francisco Burmann, 44, obtém seu sustento. Na primeira semana de cada mês, um grupo de artesões traz seu trabalho para a Praça Saldanha Marinho. Entre eles, destaca-se a banca com livros usados e discos de vinil, localizada em frente à Casa de Cultura, organizada por Burmann.
Burmann sempre trabalhou com restauração de móveis e seu interesse pela leitura iniciou quando, dentro de um baú que consertava, encontrou três exemplares da revista Cruzeiro, famoso periódico que circulou entre 1943 a 1975. A partir daí, a sua coleção de livros e revistas começou a aumentar e ele, percebendo a procura do público, começou a vender seu próprio acervo de livros. “Tenho uma clientela fiel, que sempre vem saber das novidades. Muitos fazem ‘encomendas’ e atendo sempre que possível. Marcam presença, também, apaixonados por vinil, que procuram trilhas de filmes e clássicos da música mundial”. |
Para Burmann, o interessante de seu trabalho é poder repassar à comunidade obras que não estão no mercado e que têm valor cultural.
Sebos em Santa Maria
Santa Maria é peculiarmente universitária, e o mercado de sebos na cidade – comércio de livros usados a valores reduzidos – é bastante tímido. Em teoria, a população estudantil não tem condições financeiras de adquirir todo o material didático que precisa, considerando o valor dos livros.
A Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA), é veterana na cidade. Atua na área cultural e tem por objetivo a defesa econômica de seus associados.
O proprietário de um Sebo de Santa Maria, Juarez Saraiva, avalia: “ a procura é permanente durante todo o ano. Para clássicos da literatura, o livro usado acrescenta até certo charme, além de ser bem mais em conta.”
Para a dentista Luciane Pena, o sebo é uma alternativa prioritária. “Sempre procuro locar livros na Biblioteca Pública, e quando realmente quero adquirir um, busco primeiro os livros em sebos”, analisa.
LP’s
Há quem ainda discuta o fato do LP (Long Play) ser substituído pelo CD (Compact Disc). Apesar de toda a tecnologia disponível, colecionadores em todo o mundo não dispensam o som "chiado" do velho disco de vinil.
Em Porto Alegre, o Museu do Vinil conta com mais de 40 mil discos em seu acervo, atraindo colecionadores de todo o estado e também do Brasil. Bandas saudosas e contemporâneas também não deixam a paixão pelo vinil de lado. É o caso de White Stripes, banda de Detroit, que simultaneamente a seus CD’s, lança versões em vinil.
Em Santa Maria, algumas lojas trabalham com o comércio de vinil, mas atentam apenas para álbuns já lançados e unidades para colecionadores. “O bom deste tipo de venda é que os clientes são fiéis. Há vinte anos, trabalhamos com este tipo de material e, ultimamente, uma onda de jovens têm mostrado bastante interesse”, diz a proprietária de loja que comercializa LP’s, Ângela Ramalho.
Uma resposta
Olá!
Sou Marcelo, de Santa Cruz do Sul. Gostaria de obter o e-mail, telefone do seu Francisco Burmann, para manter contato sobre livros, colecionismo e LP’s.
E-mail: marceloarech@yahoo.com.br
Obrigado!!