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Santa Maria, RS, Brazil

Não anule o voto

O voto nulo ronda a eleição de outubro e ganha cada vez mais adeptos. Como protesto, é uma ação válida. E daí? Vai mudar o quê? Anulo meu voto, lavo as mãos, sigo criticando todos os políticos e partidos, olho o Jornal Nacional, vejo a novela preferida e vou dormir livre de todos os problemas. E amanhã?

É verdade que o cenário político brasileiro está bem longe dos belos passes, dribles e gols de Ronaldinho Gaúcho, dados e feitos pelo Barcelona da Espanha. Na Copa da Alemanha, o craque deixou a desejar dentro de campo. Fora dele, pelo que revelou a modelo francesa Alexandra Peressant ao jornal inglês The Sun, Ronaldinho Gaúcho deu espetáculo em noites de amor.

Porém,a transformação do quadro atual passa pelo processo eleitoral e a participação efetiva e consciente de cada eleitor. Separar o joio do trigo nem sempre é uma missão das mais fáceis. É uma tarefa que requer um esforço considerável e minucioso, levando em conta promessas feitas em campanhas anteriores e não-cumpridas durante o mandato dos eleitos. Agora, jogar todos os políticos na mesma vala da desconfiança e da desonestidade é uma medida muito simplista. Será que todos estão aquém da nossa confiança e expectativa?

Existem, sim, pretendentes dispostos a representar o povo com respeito, honestidade e dignidade de homem público no Executivo e no Legislativo. Para isso, o voto é o passaporte da viagem da urna até o posto pretendido. Quem carimba ou não o documento do candidato e avaliza a sua entrada é o eleitor, não interessa se este ganha um salário mínimo mensal ou possui uma polpuda conta bancária.

Se o desencanto pelos últimos acontecimentos políticos até justifica o voto nulo, o Brasil exige a presença do eleitor. Falo, no Brasil, pensando nos nossos irmãos mais necessitados e carentes de condições mínimas de sobrevivência. É por eles, principalmente, que a omissão nas urnas deve ser afastada. Só o voto tira de cena políticos corruptos, descomprometidos comavanços sociais e saqueadores da esperança nacional.

A Justiça Eleitoral já trabalha para coibir atos ilegais e abusivos de siglas e candidaturas dispostas a burlar as regras do processo, juntamente com o Ministério Público e os demais órgãos de segurança.

Cabe ao eleitor, cidadão ilustre, agir como parceiro na legalidade do pleito e votar livre de qualquer pressão naqueles que julgar merecedores de representá-lo nos governos federal e estaduais, bem como nos parlamentos.

Gilson Piber é jornalista e professor da Unifra.

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O voto nulo ronda a eleição de outubro e ganha cada vez mais adeptos. Como protesto, é uma ação válida. E daí? Vai mudar o quê? Anulo meu voto, lavo as mãos, sigo criticando todos os políticos e partidos, olho o Jornal Nacional, vejo a novela preferida e vou dormir livre de todos os problemas. E amanhã?

É verdade que o cenário político brasileiro está bem longe dos belos passes, dribles e gols de Ronaldinho Gaúcho, dados e feitos pelo Barcelona da Espanha. Na Copa da Alemanha, o craque deixou a desejar dentro de campo. Fora dele, pelo que revelou a modelo francesa Alexandra Peressant ao jornal inglês The Sun, Ronaldinho Gaúcho deu espetáculo em noites de amor.

Porém,a transformação do quadro atual passa pelo processo eleitoral e a participação efetiva e consciente de cada eleitor. Separar o joio do trigo nem sempre é uma missão das mais fáceis. É uma tarefa que requer um esforço considerável e minucioso, levando em conta promessas feitas em campanhas anteriores e não-cumpridas durante o mandato dos eleitos. Agora, jogar todos os políticos na mesma vala da desconfiança e da desonestidade é uma medida muito simplista. Será que todos estão aquém da nossa confiança e expectativa?

Existem, sim, pretendentes dispostos a representar o povo com respeito, honestidade e dignidade de homem público no Executivo e no Legislativo. Para isso, o voto é o passaporte da viagem da urna até o posto pretendido. Quem carimba ou não o documento do candidato e avaliza a sua entrada é o eleitor, não interessa se este ganha um salário mínimo mensal ou possui uma polpuda conta bancária.

Se o desencanto pelos últimos acontecimentos políticos até justifica o voto nulo, o Brasil exige a presença do eleitor. Falo, no Brasil, pensando nos nossos irmãos mais necessitados e carentes de condições mínimas de sobrevivência. É por eles, principalmente, que a omissão nas urnas deve ser afastada. Só o voto tira de cena políticos corruptos, descomprometidos comavanços sociais e saqueadores da esperança nacional.

A Justiça Eleitoral já trabalha para coibir atos ilegais e abusivos de siglas e candidaturas dispostas a burlar as regras do processo, juntamente com o Ministério Público e os demais órgãos de segurança.

Cabe ao eleitor, cidadão ilustre, agir como parceiro na legalidade do pleito e votar livre de qualquer pressão naqueles que julgar merecedores de representá-lo nos governos federal e estaduais, bem como nos parlamentos.

Gilson Piber é jornalista e professor da Unifra.