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Paris: Impressões finais, mas não definitivas

Caminhei sob uma fina neve ontem, quinta à noite, em Paris. O frio da rua, o calor dos espaços internos e o modus operandi dos europeus me fazem refletir. Cada vez mais as relações interpessoais estão se esfriando, no sentido inverso dos aquecedores que se localizam nos apartamentos, ônibus, trens de metrô e prédios. Os franceses conversam muito sobre tudo e sobre todos, em especial. O contato físico, porém é menos efusivo. Nós, brasileiros acostumados a abraçar e beijar mesmo pessoas desconhecidas, somos vistos como um povo caloroso. O mesmo não se pode dizer deles. As relações são formais e passageiras. Pode-se passar anos trabalhando com uma dúzia de pessoas sem jamais ter tomado uma cerveja juntos após o expediente. Sair em Paris já não é uma tarefa barata. Paris é madrasta às vezes – convida, recebe e castiga na hora de fechar a conta. O Euro fez com que o custo de vida aumentasse. Um café custa 6 reais, no mínimo. Um jantar para duas pessoas em um restaurante de bairro, não sai por menos de R$ 150, sem incluir o vinho da casa. Por outro lado, são poucas as cidades do mundo que oferecem uma infinidade de atrações de graça. Basta passear pelas ruas, empurrar portas e descobrir pátios mágicos ou sentar em um banco (público) e ver a multidão passar. Perceber aromas, cores e provar sabores exóticos nas feiras livres. Folhear livros e revistas nas inúmeras bancas. Se debruçar sobre uma ponte a apreciar o vai-e-vem dos barcos no Sena. Levantar os olhos e procurar a Torrer Eiffel, mesmo que o sol e o azul do céu teimem em se mostrar neste fevereiro frio e belo. Minha próxima parada é Lisboa – por onde cheguei. Depois, Brasil, calor, carnaval e volta às aulas. Até já!

 

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Caminhei sob uma fina neve ontem, quinta à noite, em Paris. O frio da rua, o calor dos espaços internos e o modus operandi dos europeus me fazem refletir. Cada vez mais as relações interpessoais estão se esfriando, no sentido inverso dos aquecedores que se localizam nos apartamentos, ônibus, trens de metrô e prédios. Os franceses conversam muito sobre tudo e sobre todos, em especial. O contato físico, porém é menos efusivo. Nós, brasileiros acostumados a abraçar e beijar mesmo pessoas desconhecidas, somos vistos como um povo caloroso. O mesmo não se pode dizer deles. As relações são formais e passageiras. Pode-se passar anos trabalhando com uma dúzia de pessoas sem jamais ter tomado uma cerveja juntos após o expediente. Sair em Paris já não é uma tarefa barata. Paris é madrasta às vezes – convida, recebe e castiga na hora de fechar a conta. O Euro fez com que o custo de vida aumentasse. Um café custa 6 reais, no mínimo. Um jantar para duas pessoas em um restaurante de bairro, não sai por menos de R$ 150, sem incluir o vinho da casa. Por outro lado, são poucas as cidades do mundo que oferecem uma infinidade de atrações de graça. Basta passear pelas ruas, empurrar portas e descobrir pátios mágicos ou sentar em um banco (público) e ver a multidão passar. Perceber aromas, cores e provar sabores exóticos nas feiras livres. Folhear livros e revistas nas inúmeras bancas. Se debruçar sobre uma ponte a apreciar o vai-e-vem dos barcos no Sena. Levantar os olhos e procurar a Torrer Eiffel, mesmo que o sol e o azul do céu teimem em se mostrar neste fevereiro frio e belo. Minha próxima parada é Lisboa – por onde cheguei. Depois, Brasil, calor, carnaval e volta às aulas. Até já!