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Tatuagens: riscos e polêmicas

Cada vez mais os jovens se rendem à tentação de ter uma tatuagem. Porém, menores de 18 anos só podem ser tatuados com autorização dos pais. Esta situação abriu brechas para os estabelecimentos clandestinos, que com materiais muito inferiores e padrões de higiene abaixo das exigências da Vigilância Sanitária, cobram valores muito abaixo do preço de mercado para realizarem o serviço e não exigem autorização.

O tatuador e estudante de design, Vinícius Nunes Rocha e Souza, 20 anos, diz ter passado por vários problemas com menores que levaram autorizações falsas para conseguirem se tatuar. “Teve uma menina de 16 anos que mandou alguém ligar passando-se por sua mãe, logo depois de tatuada, a verdadeira mãe chegou no local dizendo que iria chamar advogado, colocar processo. Passamos por um susto, mas por sorte, conseguimos acalmá-la e acabou aceitando a escolha da filha. Autorização por escrito também não resolve, pois é muito fácil falsificar assinaturas, hoje só tatuamos menores com a presença dos pais”, conta Souza. Segundo ele, fazer uma tatuagem é como escolher um corte de cabelo ou decidir que roupa vai ser usada em determinado local. “Para a maioria das pessoas, não há um significado no ato de se tatuar, muitos fazem pelo modismo”, completa.

 Segundo a dermatologista Rozane Horta Barboza, a pessoa, ao fazer uma tatuagem, se expõe a riscos de contaminação por bactérias que causam infecções ou vírus que causam doenças como a hepatite, a aids, a sífilis, entre outras. “Já atendi casos de pacientes com alergias e infecção de segundo grau por falta de higiene no local tatuado, infelizmente ainda não existe um teste para ver se o corpo terá reação alérgica, mas é possível tratar”, diz Rozane. Segundo a dermatologista, hoje em dia não é tão comum problemas com tatuagem como antigamente, pois os próprios tatuadores estão mais instruídos e conscientes, sabem informar os cuidados que se deve ter. “É muito importante saber escolher o local onde se vai fazer a tatuagem, observar se existe higiene e se o material utilizado é descartável”, conclui.
 

Para os arrependidos, a medicina sempre guarda uma segunda chance, mas tirar uma tatuagem dá trabalho, custa caro e o resultado nem sempre costuma ser perfeito. O método mais eficaz ainda é o laser, só que os feixes agem melhor em cores escuras, o preto é a cor mais fácil de retirar, e as mais complicadas são as mais claras e parecidas com o tom da pele. Por isso, para a grande maioria a decisão de ter uma tatuagem é para sempre.

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Cada vez mais os jovens se rendem à tentação de ter uma tatuagem. Porém, menores de 18 anos só podem ser tatuados com autorização dos pais. Esta situação abriu brechas para os estabelecimentos clandestinos, que com materiais muito inferiores e padrões de higiene abaixo das exigências da Vigilância Sanitária, cobram valores muito abaixo do preço de mercado para realizarem o serviço e não exigem autorização.

O tatuador e estudante de design, Vinícius Nunes Rocha e Souza, 20 anos, diz ter passado por vários problemas com menores que levaram autorizações falsas para conseguirem se tatuar. “Teve uma menina de 16 anos que mandou alguém ligar passando-se por sua mãe, logo depois de tatuada, a verdadeira mãe chegou no local dizendo que iria chamar advogado, colocar processo. Passamos por um susto, mas por sorte, conseguimos acalmá-la e acabou aceitando a escolha da filha. Autorização por escrito também não resolve, pois é muito fácil falsificar assinaturas, hoje só tatuamos menores com a presença dos pais”, conta Souza. Segundo ele, fazer uma tatuagem é como escolher um corte de cabelo ou decidir que roupa vai ser usada em determinado local. “Para a maioria das pessoas, não há um significado no ato de se tatuar, muitos fazem pelo modismo”, completa.

 Segundo a dermatologista Rozane Horta Barboza, a pessoa, ao fazer uma tatuagem, se expõe a riscos de contaminação por bactérias que causam infecções ou vírus que causam doenças como a hepatite, a aids, a sífilis, entre outras. “Já atendi casos de pacientes com alergias e infecção de segundo grau por falta de higiene no local tatuado, infelizmente ainda não existe um teste para ver se o corpo terá reação alérgica, mas é possível tratar”, diz Rozane. Segundo a dermatologista, hoje em dia não é tão comum problemas com tatuagem como antigamente, pois os próprios tatuadores estão mais instruídos e conscientes, sabem informar os cuidados que se deve ter. “É muito importante saber escolher o local onde se vai fazer a tatuagem, observar se existe higiene e se o material utilizado é descartável”, conclui.
 

Para os arrependidos, a medicina sempre guarda uma segunda chance, mas tirar uma tatuagem dá trabalho, custa caro e o resultado nem sempre costuma ser perfeito. O método mais eficaz ainda é o laser, só que os feixes agem melhor em cores escuras, o preto é a cor mais fácil de retirar, e as mais complicadas são as mais claras e parecidas com o tom da pele. Por isso, para a grande maioria a decisão de ter uma tatuagem é para sempre.