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Como o ensino público encerra 2007

         O fim do ano se aproxima. Com pouco mais de um mês para o término do ano letivo, as escolas já planejam e agendam o calendário para 2008. A Agência Central Sul de Notícias visitou três escolas da rede pública estadual de Santa Maria, com o objetivo de apurar o balanço dos dois últimos semestres. Responsáveis pelas instituições falaram sobre como é possível enfrentar e solucionar problemas na área da educação.

Com cerca de 2.000 alunos entre os três turnos e mais de 170 professores, as Escolas Estaduais de Educação Básica Círero Barreto, de Ensino Médio Professora Maria Rocha e Instituto de Educação Olavo Bilac passam pela mesma dificuldade: a falta de incentivo.

A professora da Cícero Barreto, Iolanda Roos dos Santos, 49 anos, conta que falar em ano fácil nas escolas estaduais não existe: “A educação é sempre colocada em 2° ou até 3° plano”. As verbas atrasadas são dribladas por meio de um trabalho coletivo que visa oferecer mais oportunidades aos professores, participação dos pais e realizações tais como a oferta de merenda e de material escolar aos estudantes. A coordenadora pedagógica do Maria Rocha, Solaine Massierer, 46 anos, concorda com Iolanda no que diz respeito às dificuldades enfrentadas todo o ano, mas complementa que os alunos perderam também o interesse: “Está cada vez mais difícil sensibilizar nossos alunos a estudar e tentar mudar o futuro da educação”. Solaine diz que o grande desafio de uma escola é fazer diferente, ousar e renovar masm, mesmo contando com bons professores, o processo de educar no Estado acaba desqualificado.

Segundo Solaine, o 1° ano do Ensino Médio é a série que mais reprova e que tem o maior número de turmas, 14. Ela acredita que a obrigação de ir à escola, o maior nível de dificuldade e o início das cobranças da família para pensar na vida profissional são os motivos das notas baixas. 

Quanto à proposta da governadora Yeda Crusius em juntar as turmas para um melhor resultado pedagógico e disponibilizar mais professores, Santa Maria segue na mesma organização. As turmas têm em torno de 40 alunos. Para mudar o quadro, as direções das escolas discutirão uma possível reforma após o período, ainda não definido, para as matrículas do ano que vem.

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         O fim do ano se aproxima. Com pouco mais de um mês para o término do ano letivo, as escolas já planejam e agendam o calendário para 2008. A Agência Central Sul de Notícias visitou três escolas da rede pública estadual de Santa Maria, com o objetivo de apurar o balanço dos dois últimos semestres. Responsáveis pelas instituições falaram sobre como é possível enfrentar e solucionar problemas na área da educação.

Com cerca de 2.000 alunos entre os três turnos e mais de 170 professores, as Escolas Estaduais de Educação Básica Círero Barreto, de Ensino Médio Professora Maria Rocha e Instituto de Educação Olavo Bilac passam pela mesma dificuldade: a falta de incentivo.

A professora da Cícero Barreto, Iolanda Roos dos Santos, 49 anos, conta que falar em ano fácil nas escolas estaduais não existe: “A educação é sempre colocada em 2° ou até 3° plano”. As verbas atrasadas são dribladas por meio de um trabalho coletivo que visa oferecer mais oportunidades aos professores, participação dos pais e realizações tais como a oferta de merenda e de material escolar aos estudantes. A coordenadora pedagógica do Maria Rocha, Solaine Massierer, 46 anos, concorda com Iolanda no que diz respeito às dificuldades enfrentadas todo o ano, mas complementa que os alunos perderam também o interesse: “Está cada vez mais difícil sensibilizar nossos alunos a estudar e tentar mudar o futuro da educação”. Solaine diz que o grande desafio de uma escola é fazer diferente, ousar e renovar masm, mesmo contando com bons professores, o processo de educar no Estado acaba desqualificado.

Segundo Solaine, o 1° ano do Ensino Médio é a série que mais reprova e que tem o maior número de turmas, 14. Ela acredita que a obrigação de ir à escola, o maior nível de dificuldade e o início das cobranças da família para pensar na vida profissional são os motivos das notas baixas. 

Quanto à proposta da governadora Yeda Crusius em juntar as turmas para um melhor resultado pedagógico e disponibilizar mais professores, Santa Maria segue na mesma organização. As turmas têm em torno de 40 alunos. Para mudar o quadro, as direções das escolas discutirão uma possível reforma após o período, ainda não definido, para as matrículas do ano que vem.