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Santa Maria, RS, Brazil

Drogas virtuais na rede

     Depois dos Ipods, celulares conectados na rede e a TV virtual sendo aguardada no mercado, outra novidade tecnológica tem sido polêmica na Internet. É o software I-Doser, que já é popular nos EUA e agora começa a ser divulgado na rede.

      O programa apresenta músicas gravadas com dois sons de freqüência similares que se misturam e criam um terceiro som com uma freqüência intermediária. As diferenças destas freqüências levariam o ouvinte a ter  sensações iguais ao uso de entorpecentes como ópio, maconha, LSD e outros barbitúricos.

      A novidade faz uso de um fenômeno natural, que estimula o cérebro a alterar a consciência humana para um determinado estado. Segundo o  professor dos pré-vestibulares Riachuelo/Master, Gerson Corrêa, “existem teorias que explicam a reação do cérebro às variações de freqüência, mas até agora nem uma pesquisa científica foi realmente comprovada, aceita e justificada”.

      Enquanto isto, a nova droga virtual já é assunto entre os adolescentes de Santa Maria que estão curiosos e  dividem opiniões sobre o software. A estudante do ensino-médio Paula Flores Bellé, 15 anos, não acredita no efeito da música e diz “não acredito que o som possa causar as mesmas sensações que as drogas, as drogas entram no sangue do usuário e causam alterações no organismo e também psíquicas”. Alice Botezeli Foletto, 15 anos e também estudante do ensino médio, acredita que o I-doser possa funcionar “mas depende do quanto a pessoa realmente acredite no efeito”. 
 

      Chamado de brainwave binaural  entertainment (sincronização de ondas cerebrais por som binaural) a nova droga apresenta uma  possibilidade de auxílio no  tratamento de viciados em drogas. De acordo com John Ashton, inventor do I-Doser, muitas mensagens e contatos estão sendo recebidos, “não temos sido criticados, na verdade recebemos elogios por oferecer uma alternativa ao uso recreativo das drogas. Além disso, recebemos vários e-mails de viciados que usaram o I-Doser como um método adicional para ajudá-los a se recuperar”.
 

      A Coordenadora Estadual Antidrogas do Paraná, Sonia Felde Maia, afirma, no entanto, que “do ponto de vista da prevenção não o consideramos adequado, porque ele induz a experimentação. Depois a pessoa vai querer usar uma dose de verdade”.

 

      Comprovado ou não, o programa tem causado grande discussão e coloca em evidência as barreiras transponiveís da Internet. Na rápida evolução do mundo virtual, I-doser é um dos primeiros softwares que coloca à venda “drogas digitais”.

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     Depois dos Ipods, celulares conectados na rede e a TV virtual sendo aguardada no mercado, outra novidade tecnológica tem sido polêmica na Internet. É o software I-Doser, que já é popular nos EUA e agora começa a ser divulgado na rede.

      O programa apresenta músicas gravadas com dois sons de freqüência similares que se misturam e criam um terceiro som com uma freqüência intermediária. As diferenças destas freqüências levariam o ouvinte a ter  sensações iguais ao uso de entorpecentes como ópio, maconha, LSD e outros barbitúricos.

      A novidade faz uso de um fenômeno natural, que estimula o cérebro a alterar a consciência humana para um determinado estado. Segundo o  professor dos pré-vestibulares Riachuelo/Master, Gerson Corrêa, “existem teorias que explicam a reação do cérebro às variações de freqüência, mas até agora nem uma pesquisa científica foi realmente comprovada, aceita e justificada”.

      Enquanto isto, a nova droga virtual já é assunto entre os adolescentes de Santa Maria que estão curiosos e  dividem opiniões sobre o software. A estudante do ensino-médio Paula Flores Bellé, 15 anos, não acredita no efeito da música e diz “não acredito que o som possa causar as mesmas sensações que as drogas, as drogas entram no sangue do usuário e causam alterações no organismo e também psíquicas”. Alice Botezeli Foletto, 15 anos e também estudante do ensino médio, acredita que o I-doser possa funcionar “mas depende do quanto a pessoa realmente acredite no efeito”. 
 

      Chamado de brainwave binaural  entertainment (sincronização de ondas cerebrais por som binaural) a nova droga apresenta uma  possibilidade de auxílio no  tratamento de viciados em drogas. De acordo com John Ashton, inventor do I-Doser, muitas mensagens e contatos estão sendo recebidos, “não temos sido criticados, na verdade recebemos elogios por oferecer uma alternativa ao uso recreativo das drogas. Além disso, recebemos vários e-mails de viciados que usaram o I-Doser como um método adicional para ajudá-los a se recuperar”.
 

      A Coordenadora Estadual Antidrogas do Paraná, Sonia Felde Maia, afirma, no entanto, que “do ponto de vista da prevenção não o consideramos adequado, porque ele induz a experimentação. Depois a pessoa vai querer usar uma dose de verdade”.

 

      Comprovado ou não, o programa tem causado grande discussão e coloca em evidência as barreiras transponiveís da Internet. Na rápida evolução do mundo virtual, I-doser é um dos primeiros softwares que coloca à venda “drogas digitais”.