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Santa Maria, RS, Brazil

Irreverência e bom humor

 Os cartunistas são verdadeiros fabricantes de bom humor que, com irreverência e criatividade, acabam nos conquistando e, muitas vezes, nos fazendo dar boas risadas. Para valorizar o trabalho destes profissionais, acontece há quatro anos em Santa Maria o Cartucho. O evento, que se realizou no último final de semana, reuniu cartunistas amadores e profissionais do Rio Grande do Sul e de todo país. A programação incluiu show de humor, interação com o público e exposição de obras. O apoio foi da  UFSM através do curso de desenho industrial, prefeitura municipal de Santa Maria, Secretaria da Cultura, Lei de Incentivo à Cultura e Chili Comunicação e Cultura.

As atividades começaram na sexta- feira com oficinas e seguiram com uma feira de cartuns, charges, livros, revistas e jornais de autoria dos cartunistas participantes. Para fechar o dia, houve o sorteio do tema do evento, Mostra de Vídeo-animação e abertura da exposição do homenageado Edgar Vasques, que é ilustrador, chargista e artista plástico, formado em Arquitetura e Urbanismo pela Ufrgs, em 1979.

 No sábado, houve o chimarrão com Nanquin, permitindo maior contato entre os cartunistas e as pessoas. Foi realizado um painel coletivo e caricaturas, mas por causa da chuva, os desenhos foram feitos nas galerias da cidade e não nas ruas, como previsto. À tarde, o tempo livre foi dedicado para a criação livre sobre a temática proposta e sorteada na sexta à noite. E o dia terminou com o Show de Humor Salada Mística, fechando a programação. No domingo, às 15h, foi aberta a Exposição Oficial do Cartucho, no Monet Plazza Shopping, que vai passar por diversos pontos da cidade.

Marcel Jacques, 28 anos, estudante de desenho industrial e um dos organizadores, considerou que o evento está evoluindo gradativamente: "O evento conta, agora, com atividades como show de humor, que foi bem prestigiado".

Entre os que foram conferir a exposição que encerrou o Cartucho, esteve Antonio Abreu, 55 anos, a considerando muito criativa. "Muito interessante e criativa, e nada mais adequado pra cidade que é chamada de cidade cultura". Lara, 27, estudante e Samantha, 15,  ao saberem da exposição foram ao shopping especificamente para conferi-la. "Na cidade da cultura toda forma de cultura tem que ser valorizada", finaliza Lara.

A Agência Central Sul conversou com o cartunista Santiago. Ele mora em Porto Alegre, onde trabalha como autônomo para publicações de público dirigido, produz para o jornal do comércio, duas vezes por semana, e, ainda, faz exposição de livros. Também, conversou-se com Byrata, que trabalha na produção gráfica, criação de projetos gráficos para livros e publicações de quadrinhos.

 Santiago, que participa desde o primeiro evento, considera que o evento já está consolidado, mas lembra que o Salão de Humor do Mercosul, que ocorreu nos outros anos do evento, não ocorreu agora por falta de verbas para a premiação.  Byrata considera que uma cidade com tantos estudantes como Santa Maria propicia esse tipo de evento, mas que, ao mesmo tempo, ele poderia ser mais valorizado. Byrata concorda com Santiago e completa: "Santa Maria sempre foi uma cidade de revelar muitos artistas em diversas áreas, e a maioria trabalha por conta própria. A cidade da cultura não aprendeu a reconhecer os artistas e esse tipo de evento, ela precisa aprender que tem que investir mais na cultura, pois em outras partes do mundo é muito mais valorizada".

Os  cartunistas concordam que a cada dia que passa as pessoas conhecem e dão mais apoio aos cartuns. Nesse sentido, espaços públicos e contato direto com o público colabora com isso.  Eles também acham que o importante na profissão é ter uma preocupação com o mundo em que vivemos, retratando com irreverência e humor as situações pelas quais passamos.

 Fotos: Osvaldo Maia (da Redação)

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As atividades começaram na sexta- feira com oficinas e seguiram com uma feira de cartuns, charges, livros, revistas e jornais de autoria dos cartunistas participantes. Para fechar o dia, houve o sorteio do tema do evento, Mostra de Vídeo-animação e abertura da exposição do homenageado Edgar Vasques, que é ilustrador, chargista e artista plástico, formado em Arquitetura e Urbanismo pela Ufrgs, em 1979.

 No sábado, houve o chimarrão com Nanquin, permitindo maior contato entre os cartunistas e as pessoas. Foi realizado um painel coletivo e caricaturas, mas por causa da chuva, os desenhos foram feitos nas galerias da cidade e não nas ruas, como previsto. À tarde, o tempo livre foi dedicado para a criação livre sobre a temática proposta e sorteada na sexta à noite. E o dia terminou com o Show de Humor Salada Mística, fechando a programação. No domingo, às 15h, foi aberta a Exposição Oficial do Cartucho, no Monet Plazza Shopping, que vai passar por diversos pontos da cidade.

Marcel Jacques, 28 anos, estudante de desenho industrial e um dos organizadores, considerou que o evento está evoluindo gradativamente: "O evento conta, agora, com atividades como show de humor, que foi bem prestigiado".

Entre os que foram conferir a exposição que encerrou o Cartucho, esteve Antonio Abreu, 55 anos, a considerando muito criativa. "Muito interessante e criativa, e nada mais adequado pra cidade que é chamada de cidade cultura". Lara, 27, estudante e Samantha, 15,  ao saberem da exposição foram ao shopping especificamente para conferi-la. "Na cidade da cultura toda forma de cultura tem que ser valorizada", finaliza Lara.

A Agência Central Sul conversou com o cartunista Santiago. Ele mora em Porto Alegre, onde trabalha como autônomo para publicações de público dirigido, produz para o jornal do comércio, duas vezes por semana, e, ainda, faz exposição de livros. Também, conversou-se com Byrata, que trabalha na produção gráfica, criação de projetos gráficos para livros e publicações de quadrinhos.

 Santiago, que participa desde o primeiro evento, considera que o evento já está consolidado, mas lembra que o Salão de Humor do Mercosul, que ocorreu nos outros anos do evento, não ocorreu agora por falta de verbas para a premiação.  Byrata considera que uma cidade com tantos estudantes como Santa Maria propicia esse tipo de evento, mas que, ao mesmo tempo, ele poderia ser mais valorizado. Byrata concorda com Santiago e completa: "Santa Maria sempre foi uma cidade de revelar muitos artistas em diversas áreas, e a maioria trabalha por conta própria. A cidade da cultura não aprendeu a reconhecer os artistas e esse tipo de evento, ela precisa aprender que tem que investir mais na cultura, pois em outras partes do mundo é muito mais valorizada".

Os  cartunistas concordam que a cada dia que passa as pessoas conhecem e dão mais apoio aos cartuns. Nesse sentido, espaços públicos e contato direto com o público colabora com isso.  Eles também acham que o importante na profissão é ter uma preocupação com o mundo em que vivemos, retratando com irreverência e humor as situações pelas quais passamos.

 Fotos: Osvaldo Maia (da Redação)