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Literatura Infantil

     A leitura não está na lista das atividades preferidas pelas crianças. Na semana passada, foi comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil e algumas escolas tiveram uma programação especial para incentivar as crianças a lerem.

      Uma das locadoras de livros, localizadas no Shopping Santa Maria, conta com mais de 100 títulos infantis e infanto-juvenis no seu acervo, segundo a atendente do estabelecimento, Roberta Trevisan. Ela considera engraçado que quando tem um lançamento de filme para crianças, a garotada vai procurar, no entanto, trabalha há um ano na locadora e nunca fez uma locação de livro para crianças. “Você não escuta as crianças falarem sobre livros” ressalta, e salienta que este é um problema de toda a sociedade. Conta que, quando criança, sua escola exigia a retirada de um livro por semana e isso contribuiu muito na sua formação. “Lógico que isso não se faz mais necessário, mas precisamos incentivar mais as crianças para obterem o hábito da leitura” finaliza.

     O funcionário de uma livraria do Calçadão Salvador Isaia, Celso Schimidt, diz que a livraria vende muito livro infantil. Quem faz a maioria das aquisições de livros infantis são os pais, mas Schimidt acha que as crianças deveriam entrar na loja para escolher seus livros, como uma forma de incentivo. “Os pais não ligam muito pra isso, compram os livros, mas não tem interesse em fazer as crianças gostarem de ler, além de faltar orientação por parte dos professores” destaca. Já o subgerente da Cooperativa Estudantil de Santa Maria – Cesma – Gilmar Sartori, diz que possuem muitas crianças associadas. Para adquirir livros na Cesma, a criança pode ser dependente dos pais associados até a 8ª série do ensino fundamental, ou associada, como é o caso de mais de 100 crianças, e esta associação é vitalícia. Para Sartori, quando os pais decidem associar uma criança, é o maior incentivo, pois elas sentem orgulho de adquirir livros na sua ficha. “Dá uma liberdade e uma independência muito grande para os pequenos. Lembro-me quando meu filho era menor, ele achava o máximo vir escolher e poder adquirir livros sem a minha participação”. Para ele isso é um grande incentivo, mas acredita que ainda tem muito a fazer. “As crianças é que irão tocar o país, e é através da leitura que irão conhecer o mundo, e assim aprendem a pegar o gosto pela leitura. O principal incentivo é estabelecer um contato com o livro” afirma ele.

      A professora da 1ª série do Colégio Sant’Anna, Oralda do Nascimento, leva seus alunos uma vez por semana na Academia da Leitura, uma das bibliotecas da escola destinada a literatura. O projeto da academia é obra da coordenadora do ensino fundamental, Sandra Freitas, destinado para leituras e retirada de publicações. “Todos procuram a academia para malhar, aqui elas exercitam a mente” brinca Sandra. Algumas crianças precisam de acompanhamento para fazer a leitura, segundo Oralda. “Trabalhamos hoje as fábulas, e então, todos querem retirá-las. Isso demonstra o quanto é importante incentivarmos” finaliza a professora.

Fotos: Núcleo de Fotografia (Joseana Stringini)

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     A leitura não está na lista das atividades preferidas pelas crianças. Na semana passada, foi comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil e algumas escolas tiveram uma programação especial para incentivar as crianças a lerem.

      Uma das locadoras de livros, localizadas no Shopping Santa Maria, conta com mais de 100 títulos infantis e infanto-juvenis no seu acervo, segundo a atendente do estabelecimento, Roberta Trevisan. Ela considera engraçado que quando tem um lançamento de filme para crianças, a garotada vai procurar, no entanto, trabalha há um ano na locadora e nunca fez uma locação de livro para crianças. “Você não escuta as crianças falarem sobre livros” ressalta, e salienta que este é um problema de toda a sociedade. Conta que, quando criança, sua escola exigia a retirada de um livro por semana e isso contribuiu muito na sua formação. “Lógico que isso não se faz mais necessário, mas precisamos incentivar mais as crianças para obterem o hábito da leitura” finaliza.

     O funcionário de uma livraria do Calçadão Salvador Isaia, Celso Schimidt, diz que a livraria vende muito livro infantil. Quem faz a maioria das aquisições de livros infantis são os pais, mas Schimidt acha que as crianças deveriam entrar na loja para escolher seus livros, como uma forma de incentivo. “Os pais não ligam muito pra isso, compram os livros, mas não tem interesse em fazer as crianças gostarem de ler, além de faltar orientação por parte dos professores” destaca. Já o subgerente da Cooperativa Estudantil de Santa Maria – Cesma – Gilmar Sartori, diz que possuem muitas crianças associadas. Para adquirir livros na Cesma, a criança pode ser dependente dos pais associados até a 8ª série do ensino fundamental, ou associada, como é o caso de mais de 100 crianças, e esta associação é vitalícia. Para Sartori, quando os pais decidem associar uma criança, é o maior incentivo, pois elas sentem orgulho de adquirir livros na sua ficha. “Dá uma liberdade e uma independência muito grande para os pequenos. Lembro-me quando meu filho era menor, ele achava o máximo vir escolher e poder adquirir livros sem a minha participação”. Para ele isso é um grande incentivo, mas acredita que ainda tem muito a fazer. “As crianças é que irão tocar o país, e é através da leitura que irão conhecer o mundo, e assim aprendem a pegar o gosto pela leitura. O principal incentivo é estabelecer um contato com o livro” afirma ele.

      A professora da 1ª série do Colégio Sant’Anna, Oralda do Nascimento, leva seus alunos uma vez por semana na Academia da Leitura, uma das bibliotecas da escola destinada a literatura. O projeto da academia é obra da coordenadora do ensino fundamental, Sandra Freitas, destinado para leituras e retirada de publicações. “Todos procuram a academia para malhar, aqui elas exercitam a mente” brinca Sandra. Algumas crianças precisam de acompanhamento para fazer a leitura, segundo Oralda. “Trabalhamos hoje as fábulas, e então, todos querem retirá-las. Isso demonstra o quanto é importante incentivarmos” finaliza a professora.

Fotos: Núcleo de Fotografia (Joseana Stringini)