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Moacyr Scliar conta a história da saúde no JIS

 O público do Salão de Atos e das salas de vídeo-conferência prestigiou, na tarde de hoje, a atração mais esperada da primeira Jornada Interdisciplinar em Saúde. O doutor em Saúde Pública e escritor, Moacyr Scliar, falou sobre a história das idéias médicas. "Cada vez que eu venho é um motivo de emoção . Essa evento está me surpreendendo pela magnitude e grandiosidade da programação", saudou Scliar.

Scliar explicou que a primeira lição da medicina foi ter começado com a crença na mágica e religiosidade. As pessoas acreditavam que só os deuses curavam.  Ele argumentou que se deve respeitar as crenças porque as pessoas têm motivos emocionais e sua própria racionalidade para tê-las.

A medicina passou por diversas fases como cirurgias feitas por feiticeiros, até Hipócrates declarar que doença é um fenômeno natural e condicionado pelos hábitos, estado emocional, lugar onde vive e do que se alimenta. Por isso, ele é considerado o pai da medicina, e o precursor da segunda fase dela, a empírica.A terceira fase inicia com a criação das universidades de medicina principalmente na Itália e o estudo da anatomia, praticado pelos artistas para aperfeiçoar seus desenhos.

 Atualmente, estamos na terceira fase: a social. No Brasil, o período se inicia com Oswaldo Cruz, ministro da saúde no RJ, em 1903. "Oswaldo Cruz inovou pensando no bem da saúde pública brasileira. Foi um homem avançado à seu tempo. Organizou batalhões mata-mosquitos contra febre amarela e propôs a vacina obrigatória, o que provocou a Revolta da Vacina", diz Scliar.

Sobre as condições atuais de Saúde Scliar enfatizou que apesar de alguns problemas que ainda temos, houve muita evolução no campo da medicina, como doenças erradicadas e aumento da expectativa de vida: "A reclamação é um sintoma de que as coisas estão melhores", completa ele.

Ao fim da palestra, Scliar respondeu a dúvidas dos participantes. Explicou que para se trabalhar com a população deve-se conhecê-la, pois além dos dados, deve-se  conhecer as suas crenças.  Para resolver problemas como o tabagismo, além da informação é importante fazer com que aconteça uma mudança de atitude e comportamento, que se torne um hábito e finalmente um costume. O costume acaba fazendo parte do código de conduta da sociedade. Fumar, por exemplo, foi um costume incorporado pela sociedade que agora tenta abandoná-lo. E deixou a seguinte mensagem final aos participantes: "Vocês fazem parte de uma corrente história de muito tempo e que durará ainda muito tempo".

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória

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 O público do Salão de Atos e das salas de vídeo-conferência prestigiou, na tarde de hoje, a atração mais esperada da primeira Jornada Interdisciplinar em Saúde. O doutor em Saúde Pública e escritor, Moacyr Scliar, falou sobre a história das idéias médicas. "Cada vez que eu venho é um motivo de emoção . Essa evento está me surpreendendo pela magnitude e grandiosidade da programação", saudou Scliar.

Scliar explicou que a primeira lição da medicina foi ter começado com a crença na mágica e religiosidade. As pessoas acreditavam que só os deuses curavam.  Ele argumentou que se deve respeitar as crenças porque as pessoas têm motivos emocionais e sua própria racionalidade para tê-las.

A medicina passou por diversas fases como cirurgias feitas por feiticeiros, até Hipócrates declarar que doença é um fenômeno natural e condicionado pelos hábitos, estado emocional, lugar onde vive e do que se alimenta. Por isso, ele é considerado o pai da medicina, e o precursor da segunda fase dela, a empírica.A terceira fase inicia com a criação das universidades de medicina principalmente na Itália e o estudo da anatomia, praticado pelos artistas para aperfeiçoar seus desenhos.

 Atualmente, estamos na terceira fase: a social. No Brasil, o período se inicia com Oswaldo Cruz, ministro da saúde no RJ, em 1903. "Oswaldo Cruz inovou pensando no bem da saúde pública brasileira. Foi um homem avançado à seu tempo. Organizou batalhões mata-mosquitos contra febre amarela e propôs a vacina obrigatória, o que provocou a Revolta da Vacina", diz Scliar.

Sobre as condições atuais de Saúde Scliar enfatizou que apesar de alguns problemas que ainda temos, houve muita evolução no campo da medicina, como doenças erradicadas e aumento da expectativa de vida: "A reclamação é um sintoma de que as coisas estão melhores", completa ele.

Ao fim da palestra, Scliar respondeu a dúvidas dos participantes. Explicou que para se trabalhar com a população deve-se conhecê-la, pois além dos dados, deve-se  conhecer as suas crenças.  Para resolver problemas como o tabagismo, além da informação é importante fazer com que aconteça uma mudança de atitude e comportamento, que se torne um hábito e finalmente um costume. O costume acaba fazendo parte do código de conduta da sociedade. Fumar, por exemplo, foi um costume incorporado pela sociedade que agora tenta abandoná-lo. E deixou a seguinte mensagem final aos participantes: "Vocês fazem parte de uma corrente história de muito tempo e que durará ainda muito tempo".

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória