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O Brasil na luta pela paz no Haiti

A Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA) promoveu, na última sexta-feira, dia 14, um encontro para discutir a atual situação do Haiti, através de diferentes pontos de vista. O seminário Brasil-Haiti: Novos Tempos teve palestras de Frederico Burone, diretor do IDRC (International Development Research Centre) para a América Latina; Igor Kipman, chefe da Divisão do Caribe do Ministério das Relações Exteriores; Jean Sorell Wendell Claude, Conselheiro da Embaixada do Haiti, e Ivani Schütz, jornalista e repórter da RBS TV.

O objetivo do encontro foi discutir a missão de pacificação do Haiti, país mais pobre das Américas e o único em guerra declarada. Em 2004, o presidente Jean-Bertrand Aristide se exilou na África do Sul, depois que a oposição passou a exigir sua renúncia. Em fevereiro daquele ano, conflitos armados eclodiram na cidade de Gonaives e logo se espalharam pelo resto do país. Para a missão de paz, 19 países têm representantes militares, lutando contra o crime e ajudando a população em suas dificuldades, com água, comida, assistência médica e saneamento. O contingente brasileiro é de 1212 pessoas, entre eles militares, médicos e dentistas.

A jornalista e repórter da RBS TV, Ivani Schütz passou uma semana na capital do país, Porto Príncipe, no mês de abril, a convite do exército brasileiro, produzindo reportagens especiais para os programas Teledomingo e Jornal do Almoço. Na palestra Um foco jornalístico no Haiti, Ivani falou das dificuldades de trabalhar no Haiti, como repórter e cinegrafista, da falta de infra-estrutura da capital, e o contraste entre a realidade do país e o seu bairro nobre, Pétionville.
    
Sobre o trabalho de repórter multimídia, produzindo e gravando as reportagens, Ivani afirma que o conhecimento de diferentes meios de produção jornalística é fundamental e que as tecnologias, que hoje possibilitam o envio instantâneo de informação, ajudam muito o trabalho de jornalistas. A Internet é uma ferramenta utilizada no Haiti, apesar dos baixos níveis de alfabetização e informação, “existem cybercafés, e esses cybercafés funcionam, as pessoas conseguem se comunicar, e eles são pontos-chave na comunicação da família, pois o correio do país é deficiente”, comentou Ivani.

O papel da imprensa brasileira na divulgação do processo de pacificação no Haiti merece destaque. Segundo Ivani “a imprensa brasileira está fazendo uma diferença, está fazendo um papel importante na questão da informação, da opinião pública e mostrando o trabalho do Brasil na missão de paz”.

Com a evolução da missão de paz no Haiti, com contingentes estrangeiros trabalhando muito para alterar a realidade local, resta esperar que o país consiga se estabelecer. Nos planos futuros, Ivani Schütz pretende fazer uma nova série de reportagens, mostrando as melhoras atingidas pela população, com a ajuda dos países da América Latina.

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A Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA) promoveu, na última sexta-feira, dia 14, um encontro para discutir a atual situação do Haiti, através de diferentes pontos de vista. O seminário Brasil-Haiti: Novos Tempos teve palestras de Frederico Burone, diretor do IDRC (International Development Research Centre) para a América Latina; Igor Kipman, chefe da Divisão do Caribe do Ministério das Relações Exteriores; Jean Sorell Wendell Claude, Conselheiro da Embaixada do Haiti, e Ivani Schütz, jornalista e repórter da RBS TV.

O objetivo do encontro foi discutir a missão de pacificação do Haiti, país mais pobre das Américas e o único em guerra declarada. Em 2004, o presidente Jean-Bertrand Aristide se exilou na África do Sul, depois que a oposição passou a exigir sua renúncia. Em fevereiro daquele ano, conflitos armados eclodiram na cidade de Gonaives e logo se espalharam pelo resto do país. Para a missão de paz, 19 países têm representantes militares, lutando contra o crime e ajudando a população em suas dificuldades, com água, comida, assistência médica e saneamento. O contingente brasileiro é de 1212 pessoas, entre eles militares, médicos e dentistas.

A jornalista e repórter da RBS TV, Ivani Schütz passou uma semana na capital do país, Porto Príncipe, no mês de abril, a convite do exército brasileiro, produzindo reportagens especiais para os programas Teledomingo e Jornal do Almoço. Na palestra Um foco jornalístico no Haiti, Ivani falou das dificuldades de trabalhar no Haiti, como repórter e cinegrafista, da falta de infra-estrutura da capital, e o contraste entre a realidade do país e o seu bairro nobre, Pétionville.
    
Sobre o trabalho de repórter multimídia, produzindo e gravando as reportagens, Ivani afirma que o conhecimento de diferentes meios de produção jornalística é fundamental e que as tecnologias, que hoje possibilitam o envio instantâneo de informação, ajudam muito o trabalho de jornalistas. A Internet é uma ferramenta utilizada no Haiti, apesar dos baixos níveis de alfabetização e informação, “existem cybercafés, e esses cybercafés funcionam, as pessoas conseguem se comunicar, e eles são pontos-chave na comunicação da família, pois o correio do país é deficiente”, comentou Ivani.

O papel da imprensa brasileira na divulgação do processo de pacificação no Haiti merece destaque. Segundo Ivani “a imprensa brasileira está fazendo uma diferença, está fazendo um papel importante na questão da informação, da opinião pública e mostrando o trabalho do Brasil na missão de paz”.

Com a evolução da missão de paz no Haiti, com contingentes estrangeiros trabalhando muito para alterar a realidade local, resta esperar que o país consiga se estabelecer. Nos planos futuros, Ivani Schütz pretende fazer uma nova série de reportagens, mostrando as melhoras atingidas pela população, com a ajuda dos países da América Latina.