Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

5º EGEO destaca a crise de percepção

Hora de discutir a Gestão Sustentável nas Organizações. Esse é o tema do 5º EGEO – Encontro Gaúcho de Estudos Organizacionais realizado no salão de Atos da Unifra, de 22 a 24 de outubro. Na palestra de abertura, Pedro Bartolomeni da Silveira apresentou os Índices de Sustentabilidade da Bovespa.  Hoje pela manhã, o doutor em Engenharia de Produção, João Hélvio de Oliveira, falou sobre Meio Ambiente, Sustentabilidade e Percepção, a partir da Gestão Ambiental.

Alunos e profissionais da Administração foram provocados a pensar sobre suas atitudes. Os índios pensavam sobre o que deixariam para sua sétima geração. Nós, mal pensamos nos netos, porque é até onde temos capacidade de visão, até onde imaginamos viver. O professor também ironizou: “Não existe meio rio, meia cachoeira, meio ar, meia árvore, meio bicho, meio ser humano e meio ambiente, existe?”.

Não existem formas de eternizar o que resta. Tem que haver conservação. Os problemas ambientais já são conhecidos, como efeito estufa, perda da biodiversidade, diminuição da camada de ozônio, aumento da população mundial ao mesmo tempo da mortalidade infantil, poluição, escassez de água potável e desmatamento. Segundo o professor, as mudanças que devem ocorrer são indignação, sensibilização, conscientização, motivação, qualificação e atitude. “Não existe técnica ou sabedoria que sirva se não houver atitude”, afirma. A justificativa mais usada é a falta de tempo. O tempo é escasso por ser mal administrado e é o único que não pode ser reciclado.

Dos três “R” – reduzir, reutilizar e reciclar – o mais importante para João Hélvio, na verdade, é re-pensar. O paradigma deve ser alterado para compatibilizar o desenvolvimento econômico. A sustentabilidade pode ser social, econômica, cultural, espacial, ecológica e temporal. No entanto, a maior dificuldade do desenvolvimento sustentável é de causa primária: a crise de percepção.

Somos atores sociais, deveríamos usar a idéia da Agenda 21 – pensar globalmente e agir localmente, enfatiza Oliveira. “No Brasil o problema é cultural, falta conscientização. Em países como a Holanda, é grande, só que eles não têm mais o que preservar. No nosso caso, acontecem coisas absurdas como derramamento de petróleo e a empresa só paga uma multa. De valor insignificante, comparado ao lucro. Nas sociedades organizadas, o boicote serve de protesto, aqui falta atitude”, conclui. Os fatores de sucesso definidos por ele são: criatividade, comprometimento, cooperação (trabalho em equipe), ‘perceperança’ (perceber a necessidade de mudança) e gostar do que faz. 

Pouca coisa mudou no planeta depois da ECO-92, lamenta João Hélvio de Oliveira. Em uma perspectiva do mundo, se ficassem apenas 100 pessoas morando nele, uma única teria ensino superior, 70 não saberiam ler e seis teriam 59% de toda riqueza do mundo.

Para a acadêmica de Administração, Fernanda Piveta, 20 anos: “Os fatores críticos são o destaque da palestra. A sustentabilidade e responsabilidade são para todos, não só para a empresa”. A mesma idéia que Verônica Catelan, 18 anos, defendeu “As cinco dicas devem ser aliadas, mas é difícil”.

O 5º EGEO realiza-se no Salão de Atos da Unifra, conjunto III, prédio 13, na rua Silva Jardim, 1175, até amanhã, dia 24.

 

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Hora de discutir a Gestão Sustentável nas Organizações. Esse é o tema do 5º EGEO – Encontro Gaúcho de Estudos Organizacionais realizado no salão de Atos da Unifra, de 22 a 24 de outubro. Na palestra de abertura, Pedro Bartolomeni da Silveira apresentou os Índices de Sustentabilidade da Bovespa.  Hoje pela manhã, o doutor em Engenharia de Produção, João Hélvio de Oliveira, falou sobre Meio Ambiente, Sustentabilidade e Percepção, a partir da Gestão Ambiental.

Alunos e profissionais da Administração foram provocados a pensar sobre suas atitudes. Os índios pensavam sobre o que deixariam para sua sétima geração. Nós, mal pensamos nos netos, porque é até onde temos capacidade de visão, até onde imaginamos viver. O professor também ironizou: “Não existe meio rio, meia cachoeira, meio ar, meia árvore, meio bicho, meio ser humano e meio ambiente, existe?”.

Não existem formas de eternizar o que resta. Tem que haver conservação. Os problemas ambientais já são conhecidos, como efeito estufa, perda da biodiversidade, diminuição da camada de ozônio, aumento da população mundial ao mesmo tempo da mortalidade infantil, poluição, escassez de água potável e desmatamento. Segundo o professor, as mudanças que devem ocorrer são indignação, sensibilização, conscientização, motivação, qualificação e atitude. “Não existe técnica ou sabedoria que sirva se não houver atitude”, afirma. A justificativa mais usada é a falta de tempo. O tempo é escasso por ser mal administrado e é o único que não pode ser reciclado.

Dos três “R” – reduzir, reutilizar e reciclar – o mais importante para João Hélvio, na verdade, é re-pensar. O paradigma deve ser alterado para compatibilizar o desenvolvimento econômico. A sustentabilidade pode ser social, econômica, cultural, espacial, ecológica e temporal. No entanto, a maior dificuldade do desenvolvimento sustentável é de causa primária: a crise de percepção.

Somos atores sociais, deveríamos usar a idéia da Agenda 21 – pensar globalmente e agir localmente, enfatiza Oliveira. “No Brasil o problema é cultural, falta conscientização. Em países como a Holanda, é grande, só que eles não têm mais o que preservar. No nosso caso, acontecem coisas absurdas como derramamento de petróleo e a empresa só paga uma multa. De valor insignificante, comparado ao lucro. Nas sociedades organizadas, o boicote serve de protesto, aqui falta atitude”, conclui. Os fatores de sucesso definidos por ele são: criatividade, comprometimento, cooperação (trabalho em equipe), ‘perceperança’ (perceber a necessidade de mudança) e gostar do que faz. 

Pouca coisa mudou no planeta depois da ECO-92, lamenta João Hélvio de Oliveira. Em uma perspectiva do mundo, se ficassem apenas 100 pessoas morando nele, uma única teria ensino superior, 70 não saberiam ler e seis teriam 59% de toda riqueza do mundo.

Para a acadêmica de Administração, Fernanda Piveta, 20 anos: “Os fatores críticos são o destaque da palestra. A sustentabilidade e responsabilidade são para todos, não só para a empresa”. A mesma idéia que Verônica Catelan, 18 anos, defendeu “As cinco dicas devem ser aliadas, mas é difícil”.

O 5º EGEO realiza-se no Salão de Atos da Unifra, conjunto III, prédio 13, na rua Silva Jardim, 1175, até amanhã, dia 24.