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Frio e cultura hip hop no acampamento da juventude

Barracas espalhadas pelo ginásio e pelas salas de aula. Toalhas penduradas em varais improvisados e até puffs utilizados como cama. Para participar do Fórum Mundial de Educação (FME), 75 jovens transformaram a Escola Irmão José Otão em um lar improvisado. Até esse sábado, dia 31, o educandário, localizado nos fundos do Parque Medianeira, é sede do Acampamento da Juventude.

O tema do Fórum foi convidativo para as acampadas Danieli Alves, 20 anos, Joseane Haag, 29 anos, e Jeane Caldeiro, 24 anos. As jovens, que cursam o 3º semestre de Pedagogia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), garantem que os apontamentos transmitidos pelos palestrantes serão aproveitados nos trabalhos em aula.  A estudante do 1º semestre Leniara Rodrigues da Silva, 27 anos, acredita que os conferencistas do FMS ressaltam a idéia de aproximação entre alunos e professores: “Para nós é importante saber que outras pessoas também procuram por isso”.

De acordo com as veteranas, o debate temático mais atrativo foi referente ao eixo Educação e Economia Solidária, coordenado pelo professor do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti. Na discussão, elas aproveitaram para conhecer e ouvir os ideais do educador.

As baixas temperaturas surpreenderam as estudantes e atrapalharam as noites de sono: “O frio daqui é diferente. Em Pelotas é mais úmido’’, analisa Joseane. A universitária Ana Cláudia Amaral, 20 anos, sofreu com a variação climática. Para se manter aquecida, vestiu as roupas emprestadas pelas colegas.

No espaço educacional também foram realizadas atividades culturais e desenvolvidas temáticas voltadas para a juventude. Na tarde da sexta-feira, dia 30, estavam à disposição oficinas como a de grafitagem, B. Boy, MC e Educação Popular.

Em um dos corredores da escola, foi montado o Túnel da Cultura Hip Hop, que continha materiais referentes ao gênero cultural. Para a militante do Movimento Hip Hop, Mary Janaína Dornelles Palmeira, 25 anos, a mostra era importante para divulgar o estilo: “É um túnel de leitura para os que não tem conhecimento do Hip Hop”.

Na oficina de B. Boy (garoto que dança no break da música) era contada a história da dança e mostrados os passos básicos.  Conforme o coreógrafo Paulo Coelho, 30 anos, e o integrante do Movimento Hip Hop, Luciano Penna, 34 anos, o principal dever do movimento cultural é a inclusão social. Deve-se ter uma preocupação com o meio onde estão inseridos. Os adeptos precisam ter uma postura correta, pois podem servir de exemplos para os iniciantes.

Aos apreciadores das rimas estava à disposição a oficina de MC. Nela, rappers como Antônio Soares “Gordo”, e “Izquisito” transmitiram a história do rap, debateram sobre a influência da mídia e o cenário musical.

Para os que gostam de desenhar, a opção foi a oficina de grafite. O muralista Antônio José Santos, “Brasiliano”, 27 anos, mostrou a inserção histórica da arte em Santa Maria. Ele acredita que a cidade começa a reconhecer o grafismo como uma expressão artística: “Não falta boa vontade, falta olhar”. Ao final das explanações, os participantes grafitaram uma parede da José Otão.

Na oficina de Educação Popular, o professor de História, Cícero Santiago de Oliveira, 26 anos, discutiu as características centrais do sistema de ensino e as possibilidades de transformações.  

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Barracas espalhadas pelo ginásio e pelas salas de aula. Toalhas penduradas em varais improvisados e até puffs utilizados como cama. Para participar do Fórum Mundial de Educação (FME), 75 jovens transformaram a Escola Irmão José Otão em um lar improvisado. Até esse sábado, dia 31, o educandário, localizado nos fundos do Parque Medianeira, é sede do Acampamento da Juventude.

O tema do Fórum foi convidativo para as acampadas Danieli Alves, 20 anos, Joseane Haag, 29 anos, e Jeane Caldeiro, 24 anos. As jovens, que cursam o 3º semestre de Pedagogia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), garantem que os apontamentos transmitidos pelos palestrantes serão aproveitados nos trabalhos em aula.  A estudante do 1º semestre Leniara Rodrigues da Silva, 27 anos, acredita que os conferencistas do FMS ressaltam a idéia de aproximação entre alunos e professores: “Para nós é importante saber que outras pessoas também procuram por isso”.

De acordo com as veteranas, o debate temático mais atrativo foi referente ao eixo Educação e Economia Solidária, coordenado pelo professor do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti. Na discussão, elas aproveitaram para conhecer e ouvir os ideais do educador.

As baixas temperaturas surpreenderam as estudantes e atrapalharam as noites de sono: “O frio daqui é diferente. Em Pelotas é mais úmido’’, analisa Joseane. A universitária Ana Cláudia Amaral, 20 anos, sofreu com a variação climática. Para se manter aquecida, vestiu as roupas emprestadas pelas colegas.

No espaço educacional também foram realizadas atividades culturais e desenvolvidas temáticas voltadas para a juventude. Na tarde da sexta-feira, dia 30, estavam à disposição oficinas como a de grafitagem, B. Boy, MC e Educação Popular.

Em um dos corredores da escola, foi montado o Túnel da Cultura Hip Hop, que continha materiais referentes ao gênero cultural. Para a militante do Movimento Hip Hop, Mary Janaína Dornelles Palmeira, 25 anos, a mostra era importante para divulgar o estilo: “É um túnel de leitura para os que não tem conhecimento do Hip Hop”.

Na oficina de B. Boy (garoto que dança no break da música) era contada a história da dança e mostrados os passos básicos.  Conforme o coreógrafo Paulo Coelho, 30 anos, e o integrante do Movimento Hip Hop, Luciano Penna, 34 anos, o principal dever do movimento cultural é a inclusão social. Deve-se ter uma preocupação com o meio onde estão inseridos. Os adeptos precisam ter uma postura correta, pois podem servir de exemplos para os iniciantes.

Aos apreciadores das rimas estava à disposição a oficina de MC. Nela, rappers como Antônio Soares “Gordo”, e “Izquisito” transmitiram a história do rap, debateram sobre a influência da mídia e o cenário musical.

Para os que gostam de desenhar, a opção foi a oficina de grafite. O muralista Antônio José Santos, “Brasiliano”, 27 anos, mostrou a inserção histórica da arte em Santa Maria. Ele acredita que a cidade começa a reconhecer o grafismo como uma expressão artística: “Não falta boa vontade, falta olhar”. Ao final das explanações, os participantes grafitaram uma parede da José Otão.

Na oficina de Educação Popular, o professor de História, Cícero Santiago de Oliveira, 26 anos, discutiu as características centrais do sistema de ensino e as possibilidades de transformações.