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Santa Maria, RS, Brazil

Idosos reivindicam seus direitos

 Os 200 lugares do Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria não foram suficientes para acomodar todos os presentes – tamanho o público que participou hoje, dia 25 de abril, da III Conferência Municipal da Pessoa Idosa. O evento proporciona reflexão e discussão sobre os desafios para efetivar a Rede de Proteção e Defesa dos idosos. Foram convidados 65 grupos que integram o Conselho Municipal do Idoso (Comid) e Grupo de Atividades Físicas da Terceira Idade (GAFT).

 

Organizada pela Prefeitura e pelo Comid, a Conferência estabeleceu quatro eixos de estratégias para debate. Integrante da Comissão Organizadora, Marco Aurélio Acosta, explica que o objetivo é criar uma rede de proteção ao idoso que se articule por meio de toda a cidade. As discussões estão divididas em eixos. Após a discussão dos temas nos grupos, serão definidas as prioridades. O município será representado por oito delegados na Conferência Estadual, em julho e em outubro, na Conferência Nacional em Brasília.

A superação do preconceito e a falta de ação das políticas públicas ainda são os principais desafios dos idosos. A população idosa no Brasil aumentou nas últimas décadas, de forma diferente do que ocorreu nos países europeus, em que demorou séculos para crescer. O que se discute é que há um despreparo para suprir as necessidades dessa parcela da população brasileira, da qual 7% têm mais de 80 anos. Em Santa Maria esse universo passa de 10%. Na legislação brasileira é considerado idoso quem possuir mais de 60 anos. Mas o Estatuto do Idoso é recente, foi feito em 2003. O Fundo Municipal do Idoso foi criado em setembro do ano passado. 

Para a integrante da comissão Marísia Oliveira, 67 anos, a conferência é de suma importância: “As leis sobre nós idosos não são cumpridas como deveriam. Então, nosso papel é resguardar a cidadania através dos debates para fazer com que as autoridades cumpram. Talvez os problemas não sejam solucionados agora, mas é uma conscientização a longo prazo”.

Com o grande número de idosos e para que mantenham boa saúde foram criados grupos de incentivo ao bem estar. O grupo Mexe Coração é um exemplo. Eles fazem atividades físicas como ginástica, dança e até karatê. Dilma Freitas dos Santos tem 66 anos e participa há mais de 10 anos do grupo. “A gente vive”, diz ela ao contar da integração dos participantes e das viagens que eles organizam para encontros de idosos na região. Existem diversos grupos destinados aos idosos, como os de hipertensos, com problemas cardíacos e também para os que apenas querem se exercitar através de natação e ginástica.

O encerramento da Conferência ocorreu ao fim da tarde. Segundo a organização, as expectativas foram superadas e as prioridades dentro das temáticas abordadas foram definidas. Como primeiro ato referente à saúde dos idosos foi iniciada também a Campanha de Vacinação contra a Gripe. Alguns participantes do evento já foram vacinados no local. A Campanha vai até o dia 9 de maio para quem tem 60 anos ou mais.

Fotos: Francine Boijink e Juliana Bolzan (Núcleo de Fotografia e Memória) 

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 Os 200 lugares do Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria não foram suficientes para acomodar todos os presentes – tamanho o público que participou hoje, dia 25 de abril, da III Conferência Municipal da Pessoa Idosa. O evento proporciona reflexão e discussão sobre os desafios para efetivar a Rede de Proteção e Defesa dos idosos. Foram convidados 65 grupos que integram o Conselho Municipal do Idoso (Comid) e Grupo de Atividades Físicas da Terceira Idade (GAFT).

 

Organizada pela Prefeitura e pelo Comid, a Conferência estabeleceu quatro eixos de estratégias para debate. Integrante da Comissão Organizadora, Marco Aurélio Acosta, explica que o objetivo é criar uma rede de proteção ao idoso que se articule por meio de toda a cidade. As discussões estão divididas em eixos. Após a discussão dos temas nos grupos, serão definidas as prioridades. O município será representado por oito delegados na Conferência Estadual, em julho e em outubro, na Conferência Nacional em Brasília.

A superação do preconceito e a falta de ação das políticas públicas ainda são os principais desafios dos idosos. A população idosa no Brasil aumentou nas últimas décadas, de forma diferente do que ocorreu nos países europeus, em que demorou séculos para crescer. O que se discute é que há um despreparo para suprir as necessidades dessa parcela da população brasileira, da qual 7% têm mais de 80 anos. Em Santa Maria esse universo passa de 10%. Na legislação brasileira é considerado idoso quem possuir mais de 60 anos. Mas o Estatuto do Idoso é recente, foi feito em 2003. O Fundo Municipal do Idoso foi criado em setembro do ano passado. 

Para a integrante da comissão Marísia Oliveira, 67 anos, a conferência é de suma importância: “As leis sobre nós idosos não são cumpridas como deveriam. Então, nosso papel é resguardar a cidadania através dos debates para fazer com que as autoridades cumpram. Talvez os problemas não sejam solucionados agora, mas é uma conscientização a longo prazo”.

Com o grande número de idosos e para que mantenham boa saúde foram criados grupos de incentivo ao bem estar. O grupo Mexe Coração é um exemplo. Eles fazem atividades físicas como ginástica, dança e até karatê. Dilma Freitas dos Santos tem 66 anos e participa há mais de 10 anos do grupo. “A gente vive”, diz ela ao contar da integração dos participantes e das viagens que eles organizam para encontros de idosos na região. Existem diversos grupos destinados aos idosos, como os de hipertensos, com problemas cardíacos e também para os que apenas querem se exercitar através de natação e ginástica.

O encerramento da Conferência ocorreu ao fim da tarde. Segundo a organização, as expectativas foram superadas e as prioridades dentro das temáticas abordadas foram definidas. Como primeiro ato referente à saúde dos idosos foi iniciada também a Campanha de Vacinação contra a Gripe. Alguns participantes do evento já foram vacinados no local. A Campanha vai até o dia 9 de maio para quem tem 60 anos ou mais.

Fotos: Francine Boijink e Juliana Bolzan (Núcleo de Fotografia e Memória)