Segundo a presidente do Comitê Latino-americano de Parlamentos Municipais, vereadora Magali Marques da Rocha Adriano, a intenção do Comitê é diminuir a burocracia entre as fronteiras, unificar algumas leis de trânsito ou tornar as diferenças conhecidas e, quem sabe, no futuro, até implantar a mesma moeda.
As cidades foram definidas por questões de afinidade. O foco é economia, educação e política. Planeja-se incluir meio ambiente, para criar meios de proteção comum ao aqüífero Guarani. “Essa movimentação deve ser iniciada pelas bases”, explica Magali. O Comitê pretende que se vote em um Parlamento do Mercosul, em dois anos, junto das eleições para presidente, governadores e deputados.
O representante da Bolívia, Miguel Quispe, vindo de Nossa Senhora de La Paz, comentou sobre sua cidade, que tem mais de um milhão de habitantes e inúmeras dificuldades. Os problemas existem em todos os lugares, como as drogas e a violência. “É o momento de unirmos com intercâmbio de culturas, economia e experiência”, afirma Quispe.
A idéia de um Comitê Latino-Americano surgiu em 1990 na cidade. O desejo era uma integração que fosse além do Mercado Comum do Sul, o Mercosul. O presidente do Centro de Integração Latino Americana (CILAM), Mosar da Costa, citou o exemplo de integração e superação da Comunidade Européia, que existe desde 1957.
Cada cidade apresentou seus projetos para troca de experiências entre os municípios. No encontro as cidades também vão apresentar suas feiras tradicionais. Haverá posse da nova comissão para o Comitê, que será presidido por Carlos Oliveira, da Argentina, e a elaboração da “Carta das Cidades Irmãs”. Para Novembro está programado o XX Congresso em Florianópolis, Santa Catarina.
As cidades que enviaram representantes:
- Encarnación, Fernando de la Mora e Colonias Unidas, do Paraguai
- Maldonado,Tacuarembó e Treinta y Tres, do Uruguai
- Rosário, Lujan e San Lorenzo, da Argentina
- Nunoa, do Chile
Fotos: Beatrice Witt (Núcleo de Fotografia e Memória)