Fundado em 16 de maio de 1928, o Esporte Clube Internacional de Santa Maria prepara um vídeo para resgatar a memória da formação do clube e um livro, escrito pelo jornalista Candido Otto da Luz. A ascensão do Inter SM para a série A do gauchão é também motivo de comemorações.
A idéia de formar um clube de futebol em Santa Maria veio de Vitorino Rodrigues, um garçom que trabalhava no antigo Café Guarani. Ele era riograndense de coração e tinha o ideal de criar um clube que fizesse frente ao seu. Vitorino, apoiado por um grupo de médicos da cidade que formaram a presidência, recebeu o cargo de diretor do clube. Internacional Football Clube foi o primeiro nome do Inter SM, que era chamado também de diabo rubro. Quem lembra estas estórias é uma das integrantes da atual direção, Vera Pimentel.
Há sete anos, a direção trabalha para o clube retornar à série A do campeonato gaúcho. Valdir dos Santos, gerente de futebol, diz que a organização dos dirigentes e da comissão técnica foi fundamental. “Foram sete anos de luta, sempre estivemos otimistas com o trabalho que fazemos. Estamos aproveitando as vitórias, mas sempre com os pés no chão.” Os dirigentes já pensam no futuro e planejam agora a participação dos juniores no campeonato estadual da categoria. Uma escolinha infantil com participantes de 12 a 15 anos está sendo estruturada para apoiar o clube futuramente. As crianças que freqüentam o estádio Presidente Vargas criaram um vínculo com o Inter SM e aprendem a torcer pelo time da casa.
A torcida, independente de colorados de Porto Alegre ou gremistas, incentiva a equipe e cria uma chama de otimismo com a seqüência dos jogos. “O foco é o jogo do Inter SM, não importa que a camiseta seja de outros times, sem a torcida o jogo é frustrante” acrescenta Valdir. A equipe está batalhando para disputar no nível dos grandes times. “Nosso objetivo agora é o título gaúcho. Contamos com a força das torcidas para continuarmos a luta.”
Fundador da torcida Comando Vermelho e torcedor fanático, Paulo Sangoi passou a paixão pelo time ao seu filho Pablo, 10 anos. “Eu descobri o interzinho na disputa do campeonato brasileiro em 1982 e comecei a freqüentar o estádio. Logo depois fundamos a torcida”. Paulo e um grupo de amigos vão a todos os jogos e levam os filhos para absorverem a mesma paixão. “Quando nenhum dos fundadores for mais ao estádio a faixa da torcida vai ficar para os nossos filhos. Eles vão dar continuidade a torcida”.
Fotos: Nícholas Fonseca (especial para ACS)
Texto: Alice Böllick, com informações do programa Viva Voz, da Rádio Web Unifra