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Jornalismo Comunitário: a fuga da exceção

 Uma inspiração de responsabilidade social. Na tarde dessa quarta-feira, dia 20, as experiências da jornalista Rosina Duarte no jornalismo comunitário foram compartilhadas no workshop “Boca no Mundo: uma proposta de comunicação feita pela comunidade”. Na oficina, profissionais e acadêmicos de jornalismo que participam VI Fórum da Comunicação Social da Unifra, discutiram sobre as novas formas de fazer comunicação e conheceram o trabalho do jornal porto-alegrense Boca de Rua.
 
A comunicadora acredita que esse campo jornalístico é um propagador da vida do cidadão comum. Através dele as comunidades encontram um espaço para mostrar a realidade, sem que precisem de porta-voz. “Não somos porta-voz de ninguém. As pessoas têm voz, só não são ouvidas”, comenta. Já os problemas que envolvem a comunicação no Brasil suscitaram críticas, comentários e questionamentos. Rosina pensa que o assunto é uma “ferida aberta”, pois envolve a imparcialidade e o monopólio da informação das grandes empresas midiáticas.
 
Para exemplificar o trabalho comunitário, foi exposto o jornal Boca de Rua. Há oito anos, o periódico trimestral é produzido e vendido por moradores de rua da capital gaúcha.  Nas oficinas, os jovens produzem textos, fotos e ilustrações sob a orientação de jornalistas, que executam a edição e diagramação. O valor arrecadado na venda dos oito mil exemplares é revertido ao grupo. Nesse ano, o impresso conquistou, em Glasgow, Escócia, o prêmio International Street Paper, na categoria melhor vendedor de produtos.
 
 
 Entre os que participavam do workshop, estava a formanda da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fabiane Gomes. A estudante, que escolheu o jornalismo comunitário como tema da monografia, defende uma mudança no meio: “Se temos o poder da comunicação, devemos saber trabalhar o social”. A acadêmica do 4º semestre de jornalismo da Unifra, Bárbara Weise, participou da atividade para aprofundar os conhecimentos sobre o tema que estuda em aula e para contribuir com as comunidades. “Devemos tentar fazer alguma coisa pelos outros, pois a grande mídia não está fazendo”, enfatiza a estudante.
 
 
Fotos: Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória) 

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A comunicadora acredita que esse campo jornalístico é um propagador da vida do cidadão comum. Através dele as comunidades encontram um espaço para mostrar a realidade, sem que precisem de porta-voz. “Não somos porta-voz de ninguém. As pessoas têm voz, só não são ouvidas”, comenta. Já os problemas que envolvem a comunicação no Brasil suscitaram críticas, comentários e questionamentos. Rosina pensa que o assunto é uma “ferida aberta”, pois envolve a imparcialidade e o monopólio da informação das grandes empresas midiáticas.
 
Para exemplificar o trabalho comunitário, foi exposto o jornal Boca de Rua. Há oito anos, o periódico trimestral é produzido e vendido por moradores de rua da capital gaúcha.  Nas oficinas, os jovens produzem textos, fotos e ilustrações sob a orientação de jornalistas, que executam a edição e diagramação. O valor arrecadado na venda dos oito mil exemplares é revertido ao grupo. Nesse ano, o impresso conquistou, em Glasgow, Escócia, o prêmio International Street Paper, na categoria melhor vendedor de produtos.
 
 
 Entre os que participavam do workshop, estava a formanda da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fabiane Gomes. A estudante, que escolheu o jornalismo comunitário como tema da monografia, defende uma mudança no meio: “Se temos o poder da comunicação, devemos saber trabalhar o social”. A acadêmica do 4º semestre de jornalismo da Unifra, Bárbara Weise, participou da atividade para aprofundar os conhecimentos sobre o tema que estuda em aula e para contribuir com as comunidades. “Devemos tentar fazer alguma coisa pelos outros, pois a grande mídia não está fazendo”, enfatiza a estudante.
 
 
Fotos: Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória)