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A comunicadora acredita que esse campo jornalístico é um propagador da vida do cidadão comum. Através dele as comunidades encontram um espaço para mostrar a realidade, sem que precisem de porta-voz. “Não somos porta-voz de ninguém. As pessoas têm voz, só não são ouvidas”, comenta. Já os problemas que envolvem a comunicação no Brasil suscitaram críticas, comentários e questionamentos. Rosina pensa que o assunto é uma “ferida aberta”, pois envolve a imparcialidade e o monopólio da informação das grandes empresas midiáticas.
Para exemplificar o trabalho comunitário, foi exposto o jornal Boca de Rua. Há oito anos, o periódico trimestral é produzido e vendido por moradores de rua da capital gaúcha. Nas oficinas, os jovens produzem textos, fotos e ilustrações sob a orientação de jornalistas, que executam a edição e diagramação. O valor arrecadado na venda dos oito mil exemplares é revertido ao grupo. Nesse ano, o impresso conquistou, em Glasgow, Escócia, o prêmio International Street Paper, na categoria melhor vendedor de produtos.
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Fotos: Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória)