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Mais uma caminhada pelo jornalismo diplomado

 
   Defender o diploma e a regulamentação profissional dos jornalistas. Com esse objetivo, na manhã dessa quarta-feira, dia 13, os estudantes dos cursos de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) saíram pelas ruas de Santa Maria para um novo protesto. A manifestação integrou a Semana Nacional de Luta, de 11 a 15 de agosto, organizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que faz uma campanha em defesa da obrigatoriedade do diploma.

O protesto também contou com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 Os acadêmicos repetiram a trajetória feita no manifesto Não à Desregulamentação do Jornalismo, realizado no dia 30 de junho pelo grupo Jornalistas Por Formação – SM. No percurso, entre o Foro de Santa Maria e o centro, atraíam a atenção de pedestres e motoristas. Através de panfletos informativos e faixas, tentavam sensibilizar a sociedade para o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, caso seja aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), suspenderá a obrigatoriedade do diploma para a obtenção do registro profissional de jornalista. Esse tema gera polêmicas há sete anos. Em 2001 a juíza federal da 16ª Vara Cível de São Paulo, Carla Abrantkoski Rister, já havia suspendido a necessidade de ter ensino superior para o exercício do Jornalismo.

 Durante a tarde foi feito um abaixo-assinado no Calçadão Salvador Isaia, onde foram recolhidas mais de 100 assinaturas. Nesse período, os estudantes conversaram com os transeuntes sobre os possíveis danos causados à informação e à classe jornalística com aprovação do RE. A delegada regional do Sindicato santa-mariense, Elisa Pereira, auxiliou na busca por colaboradores. Segundo a jornalista, a Semana Nacional de Luta também acontece em outras regiões do Estado. Além de Santa Maria, cidades como Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Pelotas, Frederico Westphalen e Passo Fundo organizam passeatas, encontros e palestras.

Entre os que apoiaram a causa, estava o estudante do 2º semestre de Publicidade e Propaganda da Unifra, Felipe Oliveira, 19 anos. O jovem sabe da importância da notícia e teme pela sua qualidade. "Acho um abuso o que estão fazendo com os jornalistas", comenta Oliveira. Já a caloura de Jornalismo da Unifra, Sabrina Kluwe acredita que a classe jornalística não é reconhecida e enfatiza que a desobrigatoriedade pode causar dificuldades de ascensão profissional: "Tem gente que escolhe o jornalismo para ascensão, mas eu escolhi pela paixão".

 A organizadora do protesto, Flávia Alli, 19 anos, lamenta o apoio de grandes mídias à desregulamentação: "Deve existir algum acordo político. É impossível que uma grande empresa, com um nome a zelar, contrate pessoas que não sejam jornalistas". A estudante contou com o apoio do irmão, Gabriel Alli, 11 anos. O adolescente pretende ser engenheiro elétrico e diz participar do movimento para ajudar a irmã a ter profissão: "É injusto ter uma carreira sem fazer uma faculdade".

Fotos: Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória)

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   Defender o diploma e a regulamentação profissional dos jornalistas. Com esse objetivo, na manhã dessa quarta-feira, dia 13, os estudantes dos cursos de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) saíram pelas ruas de Santa Maria para um novo protesto. A manifestação integrou a Semana Nacional de Luta, de 11 a 15 de agosto, organizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que faz uma campanha em defesa da obrigatoriedade do diploma.

O protesto também contou com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 Os acadêmicos repetiram a trajetória feita no manifesto Não à Desregulamentação do Jornalismo, realizado no dia 30 de junho pelo grupo Jornalistas Por Formação – SM. No percurso, entre o Foro de Santa Maria e o centro, atraíam a atenção de pedestres e motoristas. Através de panfletos informativos e faixas, tentavam sensibilizar a sociedade para o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, caso seja aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), suspenderá a obrigatoriedade do diploma para a obtenção do registro profissional de jornalista. Esse tema gera polêmicas há sete anos. Em 2001 a juíza federal da 16ª Vara Cível de São Paulo, Carla Abrantkoski Rister, já havia suspendido a necessidade de ter ensino superior para o exercício do Jornalismo.

 Durante a tarde foi feito um abaixo-assinado no Calçadão Salvador Isaia, onde foram recolhidas mais de 100 assinaturas. Nesse período, os estudantes conversaram com os transeuntes sobre os possíveis danos causados à informação e à classe jornalística com aprovação do RE. A delegada regional do Sindicato santa-mariense, Elisa Pereira, auxiliou na busca por colaboradores. Segundo a jornalista, a Semana Nacional de Luta também acontece em outras regiões do Estado. Além de Santa Maria, cidades como Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Pelotas, Frederico Westphalen e Passo Fundo organizam passeatas, encontros e palestras.

Entre os que apoiaram a causa, estava o estudante do 2º semestre de Publicidade e Propaganda da Unifra, Felipe Oliveira, 19 anos. O jovem sabe da importância da notícia e teme pela sua qualidade. "Acho um abuso o que estão fazendo com os jornalistas", comenta Oliveira. Já a caloura de Jornalismo da Unifra, Sabrina Kluwe acredita que a classe jornalística não é reconhecida e enfatiza que a desobrigatoriedade pode causar dificuldades de ascensão profissional: "Tem gente que escolhe o jornalismo para ascensão, mas eu escolhi pela paixão".

 A organizadora do protesto, Flávia Alli, 19 anos, lamenta o apoio de grandes mídias à desregulamentação: "Deve existir algum acordo político. É impossível que uma grande empresa, com um nome a zelar, contrate pessoas que não sejam jornalistas". A estudante contou com o apoio do irmão, Gabriel Alli, 11 anos. O adolescente pretende ser engenheiro elétrico e diz participar do movimento para ajudar a irmã a ter profissão: "É injusto ter uma carreira sem fazer uma faculdade".

Fotos: Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória)