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Santa Maria, RS, Brazil

Tráfego inseguro

Estacionar o carro virou um transtorno em Santa Maria. Além da dificuldade para encontrar um bom lugar, o motorista tem que se preocupar com a proteção do veículo. A urbanização intensa é causa direta da insegurança no trânsito. De acordo com os dados do Sistema de Informações Policiais (SIP), em Santa Maria, nos 365 dias de 2007, foram arquivadas 306 ocorrências de furto de veículo. Até o mês de maio deste ano já são 106 ocorrências. Os dados comprovam que travas e alarmes não são mais suficientes para deter a ação daqueles que arrombam os carros. Fica a questão sobre o que fazer para amenizar estes problemas.

De acordo com o delegado Oscar Correa dos Santos Junior, os furtos estão, na maioria das vezes, diretamente ligados às questões da compra de drogas ou da revenda de CD´s a baixo custo para estabelecimentos ilegais. “Isso é fato. O que deveria acontecer é a criação de programas de combate efetivo às drogas e inclusive um enfoque da mídia sobre este assunto, para que as pessoas também não adquiram produtos desta origem”, declara o delegado.

Correa reconhece que existe uma carência de profissionais que trabalhem no policiamento das ruas, mas alerta aos motoristas para que evitem situações indesejadas, estacionando sempre em locais iluminados ou zonas de parquímetro, com tranca, alarme, sem deixar objetos de valor expostos e vidros fechados.

Conforme os dados, as ruas centrais, como Dr. Bozano, Floriano Peixoto, Venâncio Aires e Rio Branco são as mais perigosas, porque o movimento distrai e propicia a prática do furto. Apesar disto, o taxista Milton de Oliveira conta que ao levar dois casais, no ano passado, foi assaltado nas proximidades do Estádio Presidente Vargas: “Trabalho neste ponto da Bozano há sete anos e tive que entregar todo o dinheiro que tinha longe daqui. A insegurança está em qualquer lugar. Provavelmente se tivesse uma viatura ou proteção maior nos bairros, isso não teria acontecido”.

 Ao contrário de Oliveira, o professor André Navarro (na foto à direita) nunca foi roubado, mas já houve a tentativa. “Estaciono sempre em frente ao meu local de trabalho ou perto de lugares que tenham conhecidos e pontos de táxi, que parecem mais seguros”, explica. Navarro concorda que os estacionamentos privados são boas alternativas para driblar o furto, mas aponta que o custo para todos os dias se torna muito caro. “Assim como acontece a fiscalização para as multas, deveriam investir na fiscalização de segurança”, argumenta Navarro.

 

 

O policiamento é visto como melhor solução para o caso da insegurança no trânsito, mas tem quem discorde que o papel da polícia seja este. Para o guardador de motos, Antônio João Soares (na foto à esquerda), a atividade acarretaria a sobrecarga dos policiais, que já têm outras tarefas. “Através do trabalho autônomo, cumpro o papel de segurança e ainda aproveito como renda. No caso das motos, só a proteção do cadeado não adianta”, destaca Soares.

 

Alguns dados do SIP, referentes às ocorrências de janeiro até maio deste ano:

– Furto em veículo (som/rádio/CD): 81

– Furto em veículo (outros objetos): 299

– Furto do veículo: 106

– Roubo com agressão: 5

– Roubo a transporte coletivo: 9

– Roubo a táxi: 9

Fotos: Francine Boijink (Núcleo de Fotografia e Memória)

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Estacionar o carro virou um transtorno em Santa Maria. Além da dificuldade para encontrar um bom lugar, o motorista tem que se preocupar com a proteção do veículo. A urbanização intensa é causa direta da insegurança no trânsito. De acordo com os dados do Sistema de Informações Policiais (SIP), em Santa Maria, nos 365 dias de 2007, foram arquivadas 306 ocorrências de furto de veículo. Até o mês de maio deste ano já são 106 ocorrências. Os dados comprovam que travas e alarmes não são mais suficientes para deter a ação daqueles que arrombam os carros. Fica a questão sobre o que fazer para amenizar estes problemas.

De acordo com o delegado Oscar Correa dos Santos Junior, os furtos estão, na maioria das vezes, diretamente ligados às questões da compra de drogas ou da revenda de CD´s a baixo custo para estabelecimentos ilegais. “Isso é fato. O que deveria acontecer é a criação de programas de combate efetivo às drogas e inclusive um enfoque da mídia sobre este assunto, para que as pessoas também não adquiram produtos desta origem”, declara o delegado.

Correa reconhece que existe uma carência de profissionais que trabalhem no policiamento das ruas, mas alerta aos motoristas para que evitem situações indesejadas, estacionando sempre em locais iluminados ou zonas de parquímetro, com tranca, alarme, sem deixar objetos de valor expostos e vidros fechados.

Conforme os dados, as ruas centrais, como Dr. Bozano, Floriano Peixoto, Venâncio Aires e Rio Branco são as mais perigosas, porque o movimento distrai e propicia a prática do furto. Apesar disto, o taxista Milton de Oliveira conta que ao levar dois casais, no ano passado, foi assaltado nas proximidades do Estádio Presidente Vargas: “Trabalho neste ponto da Bozano há sete anos e tive que entregar todo o dinheiro que tinha longe daqui. A insegurança está em qualquer lugar. Provavelmente se tivesse uma viatura ou proteção maior nos bairros, isso não teria acontecido”.

 Ao contrário de Oliveira, o professor André Navarro (na foto à direita) nunca foi roubado, mas já houve a tentativa. “Estaciono sempre em frente ao meu local de trabalho ou perto de lugares que tenham conhecidos e pontos de táxi, que parecem mais seguros”, explica. Navarro concorda que os estacionamentos privados são boas alternativas para driblar o furto, mas aponta que o custo para todos os dias se torna muito caro. “Assim como acontece a fiscalização para as multas, deveriam investir na fiscalização de segurança”, argumenta Navarro.

 

 

O policiamento é visto como melhor solução para o caso da insegurança no trânsito, mas tem quem discorde que o papel da polícia seja este. Para o guardador de motos, Antônio João Soares (na foto à esquerda), a atividade acarretaria a sobrecarga dos policiais, que já têm outras tarefas. “Através do trabalho autônomo, cumpro o papel de segurança e ainda aproveito como renda. No caso das motos, só a proteção do cadeado não adianta”, destaca Soares.

 

Alguns dados do SIP, referentes às ocorrências de janeiro até maio deste ano:

– Furto em veículo (som/rádio/CD): 81

– Furto em veículo (outros objetos): 299

– Furto do veículo: 106

– Roubo com agressão: 5

– Roubo a transporte coletivo: 9

– Roubo a táxi: 9

Fotos: Francine Boijink (Núcleo de Fotografia e Memória)