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Santa Maria, RS, Brazil

Uma luta a favor do jornalismo diplomado

O que você faria se quisessem revogar a exigência de formação universitária específica para a sua futura profissão? Diante dessa possibilidade, os acadêmicos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) não perderam tempo e resolveram protestar. A manifestação Não à Desregulamentação do Jornalismo aconteceu na manhã da última segunda-feira, dia 30. Apoiados por profissionais da área, pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, os universitários partiram do Fórum de Santa Maria e realizaram uma caminhada pelas ruas da cidade.

 Através de faixas, panfletos e discursos, o grupo tentava chamar a atenção para a luta em defesa da classe jornalística e sensibilizar a sociedade sobre o direito à informação de qualidade.  No Calçadão Salvador Isaia, foi realizado um abaixo-assinado contra a desregulamentarização. A mobilização é contra o projeto de lei 6398/2005 de autoria do deputado Severino Lopes (PDT-BA), que propõe acabar com a exigência do diploma específico para o exercício do jornalismo. Esse tema suscita protestos e indagações desde 2001, quando a juíza Carla Abrantkoski Rister concedeu, no dia 23 de outubro, uma liminar que suspendia a obrigatoriedade do diploma para a obtenção do registro profissional.

 De acordo com um dos organizadores do protesto, Leandro de Oliveira, 24 anos, o ato estudantil foi planejado com urgência. O objetivo era agir contra a norma, que seria votada ainda essa semana. Devido à protelação da lei, o movimento Jornalistas por Formação-Santa Maria pretende organizar outros protestos. A idéia inicial é de se unir aos cursos de comunicação do Estado e realizar uma ação conjunta.

 

 Conforme o representante do sindicato na cidade, Ludwig Larré, a mobilização santa-mariense é uma esperança para a campanha defendida pelo Sindicato e pela Fenaj: “Acho que os estudantes são os grandes responsáveis, pois têm mais poder de mobilização, movimentação de opinião pública e sensibilização da mídia”.  O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, também integrou a caminhada. Em seus discursos defendeu a regulamentação do trabalho jornalístico e exaltou a participação dos jovens na causa.

  

 Para o professor de comunicação da UFSM, Rondon de Castro, a luta é focada no amanhã. A pressão gerada pelos acadêmicos é importante, pois esses compõem o futuro da profissão. Castro defende um compromisso com o meio social e a informação, que considera uma matéria-prima. “Se não tivermos um cuidado com nós mesmos, estaremos tratando o direito do cidadão com desleixo e relaxo”, conclui ele.

 

Entre os que participaram da campanha, estava a caloura da UFSM, Ananda Müller, 21 anos. A jovem pensa que a desregulamentação é uma perda de tempo diante dos problemas que o país enfrenta e que os políticos deveriam preocupar-se com as causas sociais. O estudante do 2° semestre da Unifra, Igor Muller, 20 anos, também acredita que o diploma é necessário para a formação do jornalista. Segundo ele, é no ensino superior que os futuros profissionais aprendem sobre a ética, a prática e a teoria: “Isso existe para que o fazer jornalístico seja bem feito, correto, ético, estruturado e idôneo”.


 

Para participar do abaixo-assinado que apóia os jornalistas brasileiros, acesse: Fenaj. Contate a Assessoria de Imprensa e Divulgação do Jornalistas por Formação –Santa Maria, que enviará o documento ao Sindicato: jornalistasporformacaosm@gmail.com

Fotos: Bibiane Moreira (Núcleo de Fotografia e Memória)

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O que você faria se quisessem revogar a exigência de formação universitária específica para a sua futura profissão? Diante dessa possibilidade, os acadêmicos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) não perderam tempo e resolveram protestar. A manifestação Não à Desregulamentação do Jornalismo aconteceu na manhã da última segunda-feira, dia 30. Apoiados por profissionais da área, pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, os universitários partiram do Fórum de Santa Maria e realizaram uma caminhada pelas ruas da cidade.

 Através de faixas, panfletos e discursos, o grupo tentava chamar a atenção para a luta em defesa da classe jornalística e sensibilizar a sociedade sobre o direito à informação de qualidade.  No Calçadão Salvador Isaia, foi realizado um abaixo-assinado contra a desregulamentarização. A mobilização é contra o projeto de lei 6398/2005 de autoria do deputado Severino Lopes (PDT-BA), que propõe acabar com a exigência do diploma específico para o exercício do jornalismo. Esse tema suscita protestos e indagações desde 2001, quando a juíza Carla Abrantkoski Rister concedeu, no dia 23 de outubro, uma liminar que suspendia a obrigatoriedade do diploma para a obtenção do registro profissional.

 De acordo com um dos organizadores do protesto, Leandro de Oliveira, 24 anos, o ato estudantil foi planejado com urgência. O objetivo era agir contra a norma, que seria votada ainda essa semana. Devido à protelação da lei, o movimento Jornalistas por Formação-Santa Maria pretende organizar outros protestos. A idéia inicial é de se unir aos cursos de comunicação do Estado e realizar uma ação conjunta.

 

 Conforme o representante do sindicato na cidade, Ludwig Larré, a mobilização santa-mariense é uma esperança para a campanha defendida pelo Sindicato e pela Fenaj: “Acho que os estudantes são os grandes responsáveis, pois têm mais poder de mobilização, movimentação de opinião pública e sensibilização da mídia”.  O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, também integrou a caminhada. Em seus discursos defendeu a regulamentação do trabalho jornalístico e exaltou a participação dos jovens na causa.

  

 Para o professor de comunicação da UFSM, Rondon de Castro, a luta é focada no amanhã. A pressão gerada pelos acadêmicos é importante, pois esses compõem o futuro da profissão. Castro defende um compromisso com o meio social e a informação, que considera uma matéria-prima. “Se não tivermos um cuidado com nós mesmos, estaremos tratando o direito do cidadão com desleixo e relaxo”, conclui ele.

 

Entre os que participaram da campanha, estava a caloura da UFSM, Ananda Müller, 21 anos. A jovem pensa que a desregulamentação é uma perda de tempo diante dos problemas que o país enfrenta e que os políticos deveriam preocupar-se com as causas sociais. O estudante do 2° semestre da Unifra, Igor Muller, 20 anos, também acredita que o diploma é necessário para a formação do jornalista. Segundo ele, é no ensino superior que os futuros profissionais aprendem sobre a ética, a prática e a teoria: “Isso existe para que o fazer jornalístico seja bem feito, correto, ético, estruturado e idôneo”.


 

Para participar do abaixo-assinado que apóia os jornalistas brasileiros, acesse: Fenaj. Contate a Assessoria de Imprensa e Divulgação do Jornalistas por Formação –Santa Maria, que enviará o documento ao Sindicato: jornalistasporformacaosm@gmail.com

Fotos: Bibiane Moreira (Núcleo de Fotografia e Memória)