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Documentário combate preconceito contra o câncer

 
O lançamento do documentário “Câncer – Sem medo da palavra” foi nessa segunda-feira, 6 de abril. O longa-metragem (70 minutos de duração), dirigido por Luiz Alberto Cassol, apresenta sete depoimentos de pessoas que fizeram tratamento para o câncer, familiares e profissionais da saúde especializados na área. A data do lançamento acabou se tornando bem significativa.  É que “por capricho do destino”, como disseram os produtores, o documentário foi lançado na véspera do Dia Mundial da Saúde (7 de abril) e dois dias antes do Dia Mundial da Luta contra o Câncer (8 de abril).

 Este é o segundo documentário fruto da parceria entre o cineasta Luiz Alberto Cassol e o psicólogo e professor Sílvio Iensen. O primeiro foi “InSanidades”, lançado em 2004,  que trabalhava a loucura como temática.

 

 Tudo começou com a disciplina Psicologia e Cinema, inicialmente ministrada apenas pelo professor Sílvio e de caráter exclusivamente teórico. Em seguida, Luiz Alberto recebeu o convite para participar dessa disciplina, como ele mesmo conta: “A minha amizade com o Sílvio é de longa data. Fomos colegas no 1º grau. Um dia ele me convidou para participar da disciplina e eu aceitei. Foi então que começou a parte prática. Nosso primeiro trabalho, “InSanidades”, fez uma trajetória muito legal nos festivais de cinema e também no meio acadêmico. Hoje, ele faz parte de um DVD exibido internacionalmente e subtitulado em inglês e espanhol”.

 

Os documentários surgem a partir de argumentos discutidos em sala de aula. Cada aluno produz seu argumento e, desse universo de possibilidades, um tema é escolhido. Tendo decidido que fariam sobre o câncer, os alunos, junto com a equipe de produção, colheram várias possibilidades de depoimentos que, após nova seleção, reduziram-se aos sete que fizeram parte do vídeo.

 

As entrevistas começaram no 2º semestre de 2006 e duraram até março de 2007. O projeto inteiro, envolvendo entrevistas, decupagem e edição, demorou 3 anos para ser concluído. “Não é um processo muito diferente de alguns trabalhos acadêmicos que demoram esse tempo inteiro de pesquisa. Eu fiz o primeiro corte nele no início de 2008. Depois a gente guardou na gaveta para um período que chamamos de maturação. Aí volta,  guarda de novo, olha, vê se está rendendo ou não. No final, daquelas quase 12 horas de gravações, a gente ficou com 70 minutos. Estamos muito orgulhosos porque este é nosso primeiro longa-metragem”, explicou Luiz Alberto.

 

Projetando o futuro do documentário, o professor Sílvio Iensen fez suas considerações sobre o objetivo da obra: “O intuito deste documentário é trabalhar contra o preconceito que existe em torno da palavra câncer. É fazer refletir sobre o tema. A gente tentou fazer um filme que possa ser usado como ferramenta para auxiliar no tratamento da doença. Estive em São Paulo semana passada atrás de patrocínio para a distribuição. Fechei com o Conselho Nacional de Cineclubes e com a Federação Internacional de Cineclubes que não contribuem com verba mas nos dão a garantia de que o documentário será exibido nos cineclubes de todo o país e, via Federação Internacional, em cineclubes de vários países”.

 

 É certo que “Câncer – Sem medo da palavra” seguirá os passos de “InSanidades” ao participar de festivais de cinema e congressos acadêmicos. Além disso, o filme também será traduzido para o inglês e para o espanhol. No meio do ano, com data ainda indefinida, será lançado o DVD com making off e extras, de maneira que atinja a diversos públicos.

 

O lançamento ocorreu no Salão de Atos da Unifra, com a presença da reitora Irani Rupolo, da equipe envolvida com a produção e de outras  pessoas  da comunidade.

 

 

 

 

 

 

 

Fotos: Douglas Menezes (Laboratório de Fotografia e Memória)

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O lançamento do documentário “Câncer – Sem medo da palavra” foi nessa segunda-feira, 6 de abril. O longa-metragem (70 minutos de duração), dirigido por Luiz Alberto Cassol, apresenta sete depoimentos de pessoas que fizeram tratamento para o câncer, familiares e profissionais da saúde especializados na área. A data do lançamento acabou se tornando bem significativa.  É que “por capricho do destino”, como disseram os produtores, o documentário foi lançado na véspera do Dia Mundial da Saúde (7 de abril) e dois dias antes do Dia Mundial da Luta contra o Câncer (8 de abril).

 Este é o segundo documentário fruto da parceria entre o cineasta Luiz Alberto Cassol e o psicólogo e professor Sílvio Iensen. O primeiro foi “InSanidades”, lançado em 2004,  que trabalhava a loucura como temática.

 

 Tudo começou com a disciplina Psicologia e Cinema, inicialmente ministrada apenas pelo professor Sílvio e de caráter exclusivamente teórico. Em seguida, Luiz Alberto recebeu o convite para participar dessa disciplina, como ele mesmo conta: “A minha amizade com o Sílvio é de longa data. Fomos colegas no 1º grau. Um dia ele me convidou para participar da disciplina e eu aceitei. Foi então que começou a parte prática. Nosso primeiro trabalho, “InSanidades”, fez uma trajetória muito legal nos festivais de cinema e também no meio acadêmico. Hoje, ele faz parte de um DVD exibido internacionalmente e subtitulado em inglês e espanhol”.

 

Os documentários surgem a partir de argumentos discutidos em sala de aula. Cada aluno produz seu argumento e, desse universo de possibilidades, um tema é escolhido. Tendo decidido que fariam sobre o câncer, os alunos, junto com a equipe de produção, colheram várias possibilidades de depoimentos que, após nova seleção, reduziram-se aos sete que fizeram parte do vídeo.

 

As entrevistas começaram no 2º semestre de 2006 e duraram até março de 2007. O projeto inteiro, envolvendo entrevistas, decupagem e edição, demorou 3 anos para ser concluído. “Não é um processo muito diferente de alguns trabalhos acadêmicos que demoram esse tempo inteiro de pesquisa. Eu fiz o primeiro corte nele no início de 2008. Depois a gente guardou na gaveta para um período que chamamos de maturação. Aí volta,  guarda de novo, olha, vê se está rendendo ou não. No final, daquelas quase 12 horas de gravações, a gente ficou com 70 minutos. Estamos muito orgulhosos porque este é nosso primeiro longa-metragem”, explicou Luiz Alberto.

 

Projetando o futuro do documentário, o professor Sílvio Iensen fez suas considerações sobre o objetivo da obra: “O intuito deste documentário é trabalhar contra o preconceito que existe em torno da palavra câncer. É fazer refletir sobre o tema. A gente tentou fazer um filme que possa ser usado como ferramenta para auxiliar no tratamento da doença. Estive em São Paulo semana passada atrás de patrocínio para a distribuição. Fechei com o Conselho Nacional de Cineclubes e com a Federação Internacional de Cineclubes que não contribuem com verba mas nos dão a garantia de que o documentário será exibido nos cineclubes de todo o país e, via Federação Internacional, em cineclubes de vários países”.

 

 É certo que “Câncer – Sem medo da palavra” seguirá os passos de “InSanidades” ao participar de festivais de cinema e congressos acadêmicos. Além disso, o filme também será traduzido para o inglês e para o espanhol. No meio do ano, com data ainda indefinida, será lançado o DVD com making off e extras, de maneira que atinja a diversos públicos.

 

O lançamento ocorreu no Salão de Atos da Unifra, com a presença da reitora Irani Rupolo, da equipe envolvida com a produção e de outras  pessoas  da comunidade.

 

 

 

 

 

 

 

Fotos: Douglas Menezes (Laboratório de Fotografia e Memória)