que só vamos estudar a linguagem cotidiana, está se perdendo uma grande
oportunidade de um dos recursos privilegiados do ser humano, que é a literatura”.
Normal
0
21
false
false
false
PT-BR
X-NONE
X-NONE
MicrosoftInternetExplorer4
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:”Tabela normal”;
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:””;
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:”Calibri”,”sans-serif”;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:”Times New Roman”;
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:”Times New Roman”;
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
O IX Seminário Internacional
de Letras da Unifra contou novamente com a participação da professora Drª Elizabeth
Brait, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A professora, que proferiu a
conferência de abertura do evento, ministrou na quarta-feira o primeiro dos cursos de
atualização do Seminário, Leitura e
Análise Dialógica de Textos.
Ao comentar as “relações
dialógicas”, Elisabeth complementa que, também quando na
literatura se deixa-de pensar em outros recursos e trabalhar outras
características da língua, só há a perda. “Tentei mostrar essa relação tanto do
ponto de vista teórico, quanto na análise de três textos” comenta.
“Beth Brait traz um tema muito
importante para nós, professores do curso de Letras, que é a interação entre
língua e literatura, que não dá para desconectar uma coisa da outra”, analisa a
professora da Unifra, Silvia Niederauer, que participou do curso. Quanto à
expectativa com relação ao curso, revela: “Já conhecia seu trabalho escrito há
alguns anos. O curso superou as minhas expectativas, pela parte prática que ela
traz daquilo que precisamos conhecer a respeito do texto”.
Elizabeth Brait é crítica,
ensaísta e também escreveu, durante as décadas de 70 e 80, para o Jornal da
Tarde, de São Paulo. Para ela, o valor cultural na época era maior e visto de
outra maneira. “Tínhamos uma equipe para teatro, outra para música, ou seja: o
jornal incentivava a cultura, era menos
conservador, e havia muita literatura. Agora, há pessoas que escrevem bem, mas
não têm o mesmo sentido de antes”, explica.
Com relação à pequena quantidade
de pessoas que adquirem livros no Brasil, alerta: “Em uma sociedade onde
há o apelo visual e não há a valorização do professor, ler não é um valor”.
Para a professora, esse valor deve ser construído pela escola, e tudo deve
começar no ensino fundamental. “Se você
oferece educação e trabalho, terá vários resultados, inclusive leitores, e
pessoas que enxerguem na leitura um valor”, conclui.
Fotos: Maiara Bersch (Laboratório de Fotografia e Memória)