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Literatura Africana nas escolas é lei

 
A noite de quinta-feira, 2 de julho, na Unifra, foi marcada por um panorama sobre a literatura africana de língua portuguesa. O curso de Letras da instituição promoveu o primeiro Ciclo de Palestras do ano de 2009 e a convidada foi a professora da Universidade de Lisboa, referência em estudos africanos, Inocência Mata.

Em decorrência da Lei 10639 vigente desde o dia 9 de janeiro de 2003, quando se torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, o curso de  Letras resolveu realizar a palestra para apresentar um pouco do que é a literatura africana.

Conforme a professora Inara Rodrigues, a inserção da literatura vem para resgatar a contribuição dos africanos na  cultura brasileira e, a partir disso, fazer um espaço de congregação e conhecimento desse grupo étnico que faz parte da nossa história.

 A professora Inocência expôs o tema com delicadeza e humor, declamou alguns poemas e contou fatos históricos do continente africano. Também relatou algumas diferenças sobre alguns países da África: “ela é muito diferente, os países são muito distintos”.

A literatura africana possui apenas 150 anos. Nasceu sob um contexto de dominação e repressão e se constituiu como vanguarda política e social. Os poemas eram escritos como um tipo de escape para que os autores pudessem falar o que pensavam, mas não podiam, por causa da ditadura, pois as mensagens despertavam para uma consciência.

Entre a implantação da lei e o seu cumprimento, já existe um espaço de tempo decorrido no Brasil. Os materiais  têm que ser preparados pelos professores para que possam atuar. O acesso a essa cultura no Brasil é mínimo, mas aos poucos se espera que seja aprimorado. “Com a ajuda de historiadores, antropólogos, professores de história, cultura e literatura, o leque vai se abrir para que seja implementada a obrigatoriedade dessa matéria. Acho que estamos no caminho certo”, conclui Inara.

Embora o tema seja um pouco novo, quem acompanhou a palestra recebeu um estímulo inovador sobre o que poderá ser essa nova disciplina. Como toda literatura, traz seu lado lúdico, mas também o de identidade cultural de cada país.

 

 

 

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A noite de quinta-feira, 2 de julho, na Unifra, foi marcada por um panorama sobre a literatura africana de língua portuguesa. O curso de Letras da instituição promoveu o primeiro Ciclo de Palestras do ano de 2009 e a convidada foi a professora da Universidade de Lisboa, referência em estudos africanos, Inocência Mata.

Em decorrência da Lei 10639 vigente desde o dia 9 de janeiro de 2003, quando se torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, o curso de  Letras resolveu realizar a palestra para apresentar um pouco do que é a literatura africana.

Conforme a professora Inara Rodrigues, a inserção da literatura vem para resgatar a contribuição dos africanos na  cultura brasileira e, a partir disso, fazer um espaço de congregação e conhecimento desse grupo étnico que faz parte da nossa história.

 A professora Inocência expôs o tema com delicadeza e humor, declamou alguns poemas e contou fatos históricos do continente africano. Também relatou algumas diferenças sobre alguns países da África: “ela é muito diferente, os países são muito distintos”.

A literatura africana possui apenas 150 anos. Nasceu sob um contexto de dominação e repressão e se constituiu como vanguarda política e social. Os poemas eram escritos como um tipo de escape para que os autores pudessem falar o que pensavam, mas não podiam, por causa da ditadura, pois as mensagens despertavam para uma consciência.

Entre a implantação da lei e o seu cumprimento, já existe um espaço de tempo decorrido no Brasil. Os materiais  têm que ser preparados pelos professores para que possam atuar. O acesso a essa cultura no Brasil é mínimo, mas aos poucos se espera que seja aprimorado. “Com a ajuda de historiadores, antropólogos, professores de história, cultura e literatura, o leque vai se abrir para que seja implementada a obrigatoriedade dessa matéria. Acho que estamos no caminho certo”, conclui Inara.

Embora o tema seja um pouco novo, quem acompanhou a palestra recebeu um estímulo inovador sobre o que poderá ser essa nova disciplina. Como toda literatura, traz seu lado lúdico, mas também o de identidade cultural de cada país.