Hoje pela manhã ocorreu na Unifra uma palestra ministrada pelo Dr. Alexandre Schwarzbold para esclarecer as possíveis dúvidas sobre a nova gripe, a Influenza A (H1N1).
Conforme o médico infectologista, um dos responsáveis pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HUSM , a Influenza não é nova, mas sim o vírus, que é mutante e por ser novo, o nosso organismo ainda não possui resistência à infecção. Não há sequer relação com o consumo de carne de porco ou derivados, apesar do nome gripe suína.
Os principais sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre acima de 37 graus, tosse, dor de garganta e cabeça fortes, dores no corpo, entre outros. O vírus é contraído por alguém que esteve nos países infectados ,como Argentina e Chile ou por transmissão sustentada, ter contato com alguém que esteve nesses países.
Não se pega a gripe pelo ar, de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre por gotículas de tosse ou secreção, em locais fechados e a menos de um metro de contato com que contraiu a infecção. Os sintomas levam de 3 a 7 dias para se manifestar.
No Brasil, existem 399 casos confirmados, a maior incidência é em pessoas de 20 a 39 anos, 99,3 % têm quadro moderado e apenas 7% grave, além de não possuir nenhum óbito. 76,8% do vírus que é encontrado no país é vindo dos países com maior incidência da doença e apenas 15,5 % é por transmissão sustentada.
No mundo existem 56.000 infectados, o que eleva o vírus para pandemia, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, já está no nível 6.
A prevenção é a mesma utilizada para todo tipo de infecção por vírus: lavar as mãos, manter os ambientes ventilados, alimentação saudável. Quem possui doenças pulmonares possui maior tendência a contrair o vírus, devido à baixa imunidade, portanto é muito importante que todos mantenham a calma e sigam as orientações dos médicos, órgãos públicos como secretarias de saúde e vigilância sanitária pois não há motivos para alarde.
“O que gera polêmica é a má informação, naturalmente estamos expostos, mesmo que se esteja bem é importante notificar sobre o vírus”, explicou o doutor Alexandre.
Um dos grandes contribuintes para a entrada de vírus desconhecidos nas regiões é o tráfico de animais que nos torna mais suscetíveis.
Os médicos recomendam que não devemos nos precipitar e tomar medidas exageradas que não nos ajudem a controlar a doença. É desnecessário o uso de máscaras por quem não está infectado, a não ser que tenhamos contato com alguém que está doente. Por isso é bom estarmos sempre informados para que não haja um descontrole por falta de informação.
Mais informações sobre a Influenza A H1N: