
Na manhã desta sexta-feira, 25 de setembro, a CESMA deu continuidade ao seminário 50 Anos de Revolução – arte revolucionária com um debate a respeito da importância histórica de um dos principais momentos da história recente: a revolução em Cuba, liderada por Fidel Castro e Ernesto ‘Che’ Guevara.
Mediada pelo professor Leonardo Echevarria, a conversa teve como principal mote os benefícios que o levante armado de 1959 ocasionaram à população cubana no período posterior à derrubada do governo de Fulgencio Batista. “Cuba foi um exemplo timoneiro para os atuais movimentos na América Latina”, explica um dos participantes, o professor do curso de História da UFSM Diorge Konrad. Segundo o professor, a vitória dos revolucionários ajudou a modelar o cenário político de países como Venezuela, Equador e até mesmo o Brasil. “Todos esses países buscam, assim como Cuba, a queda do imperialismo”, afirma.
Para o mestre em Integração Latino-americana Leonardo Botega, falta ao Brasil uma mentalidade “mais latina e menos européia”. “O Brasil sempre procurou adotar o modelo europeu em inúmeras áreas. Cuba é um exemplo de latinidade a ser seguido”, analisa. Entre os principais ganhos dos cubanos, Botega destaca a quebra de tabus na sociedade. “A partir de 1959, mulheres e negros passaram a ser tratados como iguais perante os outros”.
Uma das consequências da revolução, porém, foi o bloqueio econômico imposto a Cuba pelo governo dos Estados Unidos. “Essa situação levou Cuba a buscar novos parceiros para importação e exportação”, explica Konrad, que chama a atenção, ainda, para os diversos avanços nas áreas de saúde e educação no país caribenho. “A revolução foi responsável por Cuba ser referência mundial em saúde, principalmente”, diz.
