Quem nunca se sentiu desconfortável diante da balança? Ou então, quantas vezes ignorou o peso que ela mostrava? Se algumas vezes você se sentiu assim, não pense que foi o único.
De acordo com o índice de massa corporal, o IMC, para determinada altura existe um peso ideal, ou seja, quanto mais alto, mais peso se pode ter, quanto mais baixo, menos peso.
Você se sente desconfortável, e até desconfia que possa estar acima do peso, mas aquela balança próxima de você diz que não, então você melhora um pouco a auto-estima e relaxa com relação ao peso, afinal, a balança é quem está lhe mostrando a verdade não é mesmo? Mas não se engane, elas podem mostrar valores errados!
Uma usuária que não quis se identificar, conta: "Fiquei feliz quando o relatório da máquina mostrou que meu peso era ideal em relação à minha altura, mas fiquei desconfiada. Depois, me dei conta de que eu estava com um salto alto quando usei o serviço. Com relação à pressão, tudo bem, nao vai haver alteração, mas o meu IMC e certo que foi calculado com base numa altura errada, falsa. E ninguém da farmácia avisou que eu deveria tirar o calçado."
Embora a intenção das farmácias em oferecer um serviço de altura, peso e pressão gratuitos seja boa, faltam profissionais para instruir qual a melhor maneira de obter o IMC correto. Um simples esquecimento como um tênis mais pesado, ou até mesmo um tamanco de plataforma, podem mudar a altura e influenciar diretamente no peso. E mais, em três farmácias que diziam regular suas balanças a cada 15 dias, com o mesmo profissional, foi realizado um teste: a mesma pessoa pesou-se e, em todas, o peso foi igual, mas com altura distinta. Já em outra farmácia que diz fazer manutenção de sua balança a cada 30 dias, o peso e altura não tiveram alteração, mas não há um profissional que acompanhe as pessoas quando se dirigem a balanças e, pior que isto, quando há, é pouco habilitado, já que em todos os casos registrados esqueceu-se de comentar sobre o uso de sapatos, tênis e sandálias.
“A pessoa quando tem alguma dúvida chama alguém, é como diz na própria balança, não é válido como exame médico, é uma balança”, comenta Pablo Roberto Duarte, 26 anos, subgerente de umas das farmácias que oferece o serviço. Pablo sabe que, às vezes, falta instrução, mas comenta que na correria diante do número de pessoas para atender, eles esperam que a pessoa procure um atendente e peça ajuda quando surgirem dúvidas.
Para Franciele Rodrigues, 21 anos, balconista de outra farmácia que também oferece o serviço, “a pessoa normalmente quando sobe na balança, tira o salto, e não precisa necessariamente que alguém a lembre disso”.
Para evitar eventuais desconfortos, o melhor é procurar um atendente responsável que possa lhe auxiliar, lembrando sempre que balanças são máquinas e, como tais, sempre podem dar algum problema.
Fotos: Gabriela Perufo (Laboratório de Fotografia e Memória)