Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Um dia para refletir sobre o meio ambiente

 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Falar sobre proteção ambiental pode ser considerado modismo por muitas pessoas. Mas talvez nunca seja dito o suficiente. As catástrofes ambientais são cada vez maiores e falta consciência dos seres humanos sobre sua influência nesses fatos.

As Nações Unidas estabeleceram a data em 1972, na Conferência sobre Meio Ambiente em Estocolmo, na Suécia. O Brasil aderiu ao calendário em 1981, destinando a semana que precede o dia 5 de junho como o período de dedicação ao meio ambiente.

O “modismo” fez com que as pessoas discutam e tomem atitudes. Mas não é recente a inquietação com a ecologia. A linha do tempo das mudanças climáticas demonstra que a preocupação é mais antiga e começa no final do século 19. Em 1824 foi publicada a primeira teoria sobre o efeito estufa. O Brasil tem parte importante nessa linha. No Rio, na Eco-92, foi criada a Agenda 21, um conjunto de orientações para a sociedade enfrentar a crise ambiental.

 Ao falar em proteção ambiental logo se pensa em organizações como o Greenpeace e a WWF. Mas podemos encontrar exemplos próximos em Santa Maria. Um exemplo é a Fundação Mo-ã.

 

Proteger é a palavra de ordem da Fundação MO-ã. Nascida em 1996 e oficializada em 97, a Fundação surgiu como um grupo de ambientalistas, com profissões distintas, interessados em discutir as questões ambientais. A primeira ação foi incentivar a criação de um Conselho de Meio Ambiente no município.

 

 O casal de ambientalistas, Rainer e Eleonora Müller, defende a bandeira da separação do lixo.  E explica como age: “Em nossa casa separamos tudo. Lata, vidro, papel branco do pardo, nós sabemos que existem pessoas que vivem disso e entregamos à Associação de Selecionadores de Materiais Recicláveis, a Asmar, o que qualquer pessoa pode fazer.  Já o lixo orgânico é destinado à compostagem”. Müller complementa: “Cada um é responsável pelo lixo que produz”.

Em média, cada pessoa produz de 700g a 1kg de lixo de por dia. A Fundação é contra a forma de recolhimento do lixo em Santa Maria: “Os contêineres deseducaram o que estava mudando. Só 8% do lixo é separado, o resto é enterrado”, lamenta Eleonora. Como comparativo Müller exemplifica o caso da capital do Estado: “A cidade de Porto Alegre recicla 60 toneladas de lixo por dia e pretendem atingir 100 toneladas”.

A consciência ambiental é considerada fator base para agir. Mas Eleonora ressalta que existe uma grande distância entre “considerar importante e agir de forma ecológica”. Ao analisar a população da cidade a ambientalista diz: “A população pode ser considerada sensível, mas nem todas as pessoas têm acesso a orientação, falta também política de meio ambiente do executivo”.Por isso, na primeira sexta-feira de cada mês há uma reunião do Conselho para discutir as políticas de meio ambiente do município.

Problemas como a seca e chuva intensa estão ligados às mudanças climáticas. A água limpa pode esgotar. Rainer explica que “chove a mesma quantia, mas está desregulada. O solo não absorve toda água, o que diminui o lençol freático”.

Essas mudanças “são reflexos das atitudes do homem” afirma Müller, e mostra dados que comprovam: “as mudanças climáticas são responsáveis por 300 mil mortes no mundo por ano”. Esses dados constam de um relatório divulgado no dia 29 de maio pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade com sede em Genebra que ainda estima que o número pode chegar até 500 mil até 2030.

 Os “agitadores da causa”, como o casal Müller se define, compraram um terreno no Rincão dos Minello, em Itaara, para destinar à preservação ambiental e doaram à Fundação: “queremos deixar algo de perpétuo. A reserva ninguém vai tirar o título, depois que sair a lei que determina áreas destinadas ao meio ambiente, vai servir de pesquisa. 95% do território é de mata nativa. A preservação entra na questão de perpetuidade”, contam.

A mídia tem papel importante ao divulgar ações positivas mesmo que as negativas sejam predominantes: “Mostrar os problemas ambientais é importante porque serve de alerta à população, meio ambiente não é só mato”, justifica Eleonora.

A Fundação optou por não fazer atividades no dia comemorativo por considerar que “as pessoas deveriam se preocupar todos os dias, é uma data para refletir sobre suas atitudes com meio ambiente” explica Eleonora. Mas vai participar de um debate para discutir o Impacto Ambiental de Santa Maria, na Fadisma, às 18h30min, representada pelo também instituidor da MO-ã, Adriano Severo Figueiró, integrante do Departamento de Geociências da UFSM. O debate conta com a presença do promotor João Marcos Adede y Castro, um representante da Justiça e um pesquisador atuante nas questões ambientais.

 

Ainda há esperança para melhorar o planeta

Para informações de como entregar seus materiais à Associação de Selecionadores de Materiais Recicláveis, a Asmar, basta ligar para 3218-1291.

A ONU divulgou uma lista de 8 Jeitos de mudar o mundo

O Instituto Akatu dá dicas de consumo consciente.

Histórico da Conferência das Partes, Cop. A primeira Cop, conhecida como a Conferência de Berlim de 1995.

Desde o dia 1º até 12 de junho estão sendo realizados debates e negociações sobre o clima, em Bonn, na Alemanha, uma prévia à Cop-15, Conferência das Mudanças Climáticas, que será em dezembro em Copenhagen, na Dinamarca.

 

Dia do Meio Ambiente na Unifra

No Dia do Meio Ambiente – 5 de junho – a Unifra terá a Mostra de pôsteres e imagens acerca de estudos ambientais: Ciência e natureza na perspectiva dos cursos do Centro Universitário Franciscano.
 

 Data: 05/06/09
 Local: Hall do Salão Azul no Conjunto I
 Horário:
     . Das 9h às 21h: Exposição de pôsteres e banners sobre pesquisas desenvolvidas envolvendo a temática ambiental.
     . Das 17h às 19h: Apresentação de imagens acerca de estudos ambientais.

 

Fotos: Mariana Silveira (foto 1), Carolina Moro (Laboratório de Fotografia e Memória) e arquivo Fundação Mo'ã

 

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 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Falar sobre proteção ambiental pode ser considerado modismo por muitas pessoas. Mas talvez nunca seja dito o suficiente. As catástrofes ambientais são cada vez maiores e falta consciência dos seres humanos sobre sua influência nesses fatos.

As Nações Unidas estabeleceram a data em 1972, na Conferência sobre Meio Ambiente em Estocolmo, na Suécia. O Brasil aderiu ao calendário em 1981, destinando a semana que precede o dia 5 de junho como o período de dedicação ao meio ambiente.

O “modismo” fez com que as pessoas discutam e tomem atitudes. Mas não é recente a inquietação com a ecologia. A linha do tempo das mudanças climáticas demonstra que a preocupação é mais antiga e começa no final do século 19. Em 1824 foi publicada a primeira teoria sobre o efeito estufa. O Brasil tem parte importante nessa linha. No Rio, na Eco-92, foi criada a Agenda 21, um conjunto de orientações para a sociedade enfrentar a crise ambiental.

 Ao falar em proteção ambiental logo se pensa em organizações como o Greenpeace e a WWF. Mas podemos encontrar exemplos próximos em Santa Maria. Um exemplo é a Fundação Mo-ã.

 

Proteger é a palavra de ordem da Fundação MO-ã. Nascida em 1996 e oficializada em 97, a Fundação surgiu como um grupo de ambientalistas, com profissões distintas, interessados em discutir as questões ambientais. A primeira ação foi incentivar a criação de um Conselho de Meio Ambiente no município.

 

 O casal de ambientalistas, Rainer e Eleonora Müller, defende a bandeira da separação do lixo.  E explica como age: “Em nossa casa separamos tudo. Lata, vidro, papel branco do pardo, nós sabemos que existem pessoas que vivem disso e entregamos à Associação de Selecionadores de Materiais Recicláveis, a Asmar, o que qualquer pessoa pode fazer.  Já o lixo orgânico é destinado à compostagem”. Müller complementa: “Cada um é responsável pelo lixo que produz”.

Em média, cada pessoa produz de 700g a 1kg de lixo de por dia. A Fundação é contra a forma de recolhimento do lixo em Santa Maria: “Os contêineres deseducaram o que estava mudando. Só 8% do lixo é separado, o resto é enterrado”, lamenta Eleonora. Como comparativo Müller exemplifica o caso da capital do Estado: “A cidade de Porto Alegre recicla 60 toneladas de lixo por dia e pretendem atingir 100 toneladas”.

A consciência ambiental é considerada fator base para agir. Mas Eleonora ressalta que existe uma grande distância entre “considerar importante e agir de forma ecológica”. Ao analisar a população da cidade a ambientalista diz: “A população pode ser considerada sensível, mas nem todas as pessoas têm acesso a orientação, falta também política de meio ambiente do executivo”.Por isso, na primeira sexta-feira de cada mês há uma reunião do Conselho para discutir as políticas de meio ambiente do município.

Problemas como a seca e chuva intensa estão ligados às mudanças climáticas. A água limpa pode esgotar. Rainer explica que “chove a mesma quantia, mas está desregulada. O solo não absorve toda água, o que diminui o lençol freático”.

Essas mudanças “são reflexos das atitudes do homem” afirma Müller, e mostra dados que comprovam: “as mudanças climáticas são responsáveis por 300 mil mortes no mundo por ano”. Esses dados constam de um relatório divulgado no dia 29 de maio pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade com sede em Genebra que ainda estima que o número pode chegar até 500 mil até 2030.

 Os “agitadores da causa”, como o casal Müller se define, compraram um terreno no Rincão dos Minello, em Itaara, para destinar à preservação ambiental e doaram à Fundação: “queremos deixar algo de perpétuo. A reserva ninguém vai tirar o título, depois que sair a lei que determina áreas destinadas ao meio ambiente, vai servir de pesquisa. 95% do território é de mata nativa. A preservação entra na questão de perpetuidade”, contam.

A mídia tem papel importante ao divulgar ações positivas mesmo que as negativas sejam predominantes: “Mostrar os problemas ambientais é importante porque serve de alerta à população, meio ambiente não é só mato”, justifica Eleonora.

A Fundação optou por não fazer atividades no dia comemorativo por considerar que “as pessoas deveriam se preocupar todos os dias, é uma data para refletir sobre suas atitudes com meio ambiente” explica Eleonora. Mas vai participar de um debate para discutir o Impacto Ambiental de Santa Maria, na Fadisma, às 18h30min, representada pelo também instituidor da MO-ã, Adriano Severo Figueiró, integrante do Departamento de Geociências da UFSM. O debate conta com a presença do promotor João Marcos Adede y Castro, um representante da Justiça e um pesquisador atuante nas questões ambientais.

 

Ainda há esperança para melhorar o planeta

Para informações de como entregar seus materiais à Associação de Selecionadores de Materiais Recicláveis, a Asmar, basta ligar para 3218-1291.

A ONU divulgou uma lista de 8 Jeitos de mudar o mundo

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Histórico da Conferência das Partes, Cop. A primeira Cop, conhecida como a Conferência de Berlim de 1995.

Desde o dia 1º até 12 de junho estão sendo realizados debates e negociações sobre o clima, em Bonn, na Alemanha, uma prévia à Cop-15, Conferência das Mudanças Climáticas, que será em dezembro em Copenhagen, na Dinamarca.

 

Dia do Meio Ambiente na Unifra

No Dia do Meio Ambiente – 5 de junho – a Unifra terá a Mostra de pôsteres e imagens acerca de estudos ambientais: Ciência e natureza na perspectiva dos cursos do Centro Universitário Franciscano.
 

 Data: 05/06/09
 Local: Hall do Salão Azul no Conjunto I
 Horário:
     . Das 9h às 21h: Exposição de pôsteres e banners sobre pesquisas desenvolvidas envolvendo a temática ambiental.
     . Das 17h às 19h: Apresentação de imagens acerca de estudos ambientais.

 

Fotos: Mariana Silveira (foto 1), Carolina Moro (Laboratório de Fotografia e Memória) e arquivo Fundação Mo'ã