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Santa Maria, RS, Brazil

Bairro mais antigo da cidade pede ajuda

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Ruas esburacadas, mato nas calçadas e carros abandonados são, hoje, os cenários da Vila Belga, um dos cartões postais de Santa Maria. A rua mais castigada é a Dr. Wauthier, onde os buracos e pedras
dificultam o trânsito de automóveis. Para chamar a atenção do poder
público, os moradores protestam de forma inusitada. Colocaram uma placa
na
esquina trocando o nome da rua. 

No início de novembro de 2008, com o projeto de revitalização da Vila,
foi retirada a camada de asfalto para recuperar os paralelepípedos
originais. Desde então, as obras estão paralisadas. 

A idéia original era a construção de um calçadão de 80 metros de extensão na rua Dr. Wauthier e o alargamento das calçadas em 1,5 metros. O projeto inicial tinha a intenção de restaurar a arquitetura do primeiro conjunto habitacional do Rio Grande do Sul. As etapas seguintes previam recuperar as fachadas das residências por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o que também não foi realizado. Segundo o morador Ari Severino Pias, a casa onde reside foi reformada por conta própria. “Paguei tudo desde os reparos até a mão de obra”, diz Pias, que mora há quase 50 anos na Vila Belga. “É triste ver isso assim, do jeito que está”, afirma. 

A luta pela restauração da Vila Belga vem de longa data, segundo o presidente da Associação dos Moradores da Vila, Valmir Francisco Tavares Borges, ex-ferroviário, aposentado, que procura participar e se inteirar sobre os projetos previstos.  Ele afirma que existe muita promessa e contrariedade. “O que mais me preocupa, de verdade, é que aqvbelga_muro.jpgui é um patrimônio tombado, um ponto turístico da cidade”, afirma Borges.

A tristeza e indignação dos moradores mais antigos é visível. Muitos nasceram no bairro ou vieram morar ali ainda crianças. 

A decepção pelo descuido gera também inconformidade e ansiedade. “Falaram que iam arrumar só uma rua, a Manoel Ribas. Ou arrumam tudo ou nada”, diz Pias.

 

 

 

 “Eu tenho vbelga_fachada_rua.jpgsofrido bastante com tudo isso, a expectativa dos moradores é enorme para ver tudo pronto, mas até agora nada”, falou Borges.

Segundo o presidente do Escritório da Cidade, Julio Rasquin, a revitalização deve recomeçar até o final do ano. Em um primeiro momento a intenção é ajeitar a pavimentação e a relocação das iluminações. Será proibida a passagem de veículos grandes, como caminhões e ônibus, para conservar em bom estado as vias. “Vamos buscar o estilo original”, afirma ele.

 

A Vila Belga é considerada patrimônio histórico e cultural do município e foi projetada pelo engenheiro belga Gustave Vouthier. A vila foi construída no período de 1901 e 1903 para servir de moradia aos funcionários da companhia, que vieram ao Brasil construir a ferrovia. 

 

Fotos: Rômulo D’Avila (Laboratório de Fotografia e Memória)

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Ruas esburacadas, mato nas calçadas e carros abandonados são, hoje, os cenários da Vila Belga, um dos cartões postais de Santa Maria. A rua mais castigada é a Dr. Wauthier, onde os buracos e pedras
dificultam o trânsito de automóveis. Para chamar a atenção do poder
público, os moradores protestam de forma inusitada. Colocaram uma placa
na
esquina trocando o nome da rua. 

No início de novembro de 2008, com o projeto de revitalização da Vila,
foi retirada a camada de asfalto para recuperar os paralelepípedos
originais. Desde então, as obras estão paralisadas. 

A idéia original era a construção de um calçadão de 80 metros de extensão na rua Dr. Wauthier e o alargamento das calçadas em 1,5 metros. O projeto inicial tinha a intenção de restaurar a arquitetura do primeiro conjunto habitacional do Rio Grande do Sul. As etapas seguintes previam recuperar as fachadas das residências por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o que também não foi realizado. Segundo o morador Ari Severino Pias, a casa onde reside foi reformada por conta própria. “Paguei tudo desde os reparos até a mão de obra”, diz Pias, que mora há quase 50 anos na Vila Belga. “É triste ver isso assim, do jeito que está”, afirma. 

A luta pela restauração da Vila Belga vem de longa data, segundo o presidente da Associação dos Moradores da Vila, Valmir Francisco Tavares Borges, ex-ferroviário, aposentado, que procura participar e se inteirar sobre os projetos previstos.  Ele afirma que existe muita promessa e contrariedade. “O que mais me preocupa, de verdade, é que aqvbelga_muro.jpgui é um patrimônio tombado, um ponto turístico da cidade”, afirma Borges.

A tristeza e indignação dos moradores mais antigos é visível. Muitos nasceram no bairro ou vieram morar ali ainda crianças. 

A decepção pelo descuido gera também inconformidade e ansiedade. “Falaram que iam arrumar só uma rua, a Manoel Ribas. Ou arrumam tudo ou nada”, diz Pias.

 

 

 

 “Eu tenho vbelga_fachada_rua.jpgsofrido bastante com tudo isso, a expectativa dos moradores é enorme para ver tudo pronto, mas até agora nada”, falou Borges.

Segundo o presidente do Escritório da Cidade, Julio Rasquin, a revitalização deve recomeçar até o final do ano. Em um primeiro momento a intenção é ajeitar a pavimentação e a relocação das iluminações. Será proibida a passagem de veículos grandes, como caminhões e ônibus, para conservar em bom estado as vias. “Vamos buscar o estilo original”, afirma ele.

 

A Vila Belga é considerada patrimônio histórico e cultural do município e foi projetada pelo engenheiro belga Gustave Vouthier. A vila foi construída no período de 1901 e 1903 para servir de moradia aos funcionários da companhia, que vieram ao Brasil construir a ferrovia. 

 

Fotos: Rômulo D’Avila (Laboratório de Fotografia e Memória)