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Bate-Papo na Feira do Livro com Daniel Galera

feiradolivro2010_galera.jpgO escritor e tradutor Daniel Galera, que ganhou o prêmio Machado de Assis e o terceiro lugar no prêmio Jabuti de Literatura na categoria romance, ambos pelo livro Cordilheira, esteve no bate-papo do Livro Livre na noite de quinta, dia 6.

A praça não estava lotada, o que aproximou o público do escritor, e estimulou a fazer perguntas e tirar dúvidas com o convidado. Assuntos como literatura, traduções e internet foram as questões mais debatidas.

A internet é um meio de divulgação alternativa, onde autores podem publicar suas obras e serem lidos a qualquer momento. Com Galera não foi diferente, seu início de carreira como escritor teve como base a tecnologia do online. E, segundo ele, uma forma de conquistar e atrair leitores foi através dela. “Desde que eu sou escritor já usava a internet. Era diferente de hoje, nem os blogs existiam”, disse Galera.

Dois dos seus livros estão online – “Dentes Guardados” e “Até o Dia em que o Cão Morreu”. Já os livros “Mãos de Cavalo” e “Cordilheira”, ambientado em Buenos Aires, foram lançados pela editora Companhia das Letras. Daniel Galera ganhou o Prêmio Machado de Assis e o terceiro lugar no prêmio Jabuti de Literatura, na categoria romance, ambos por Cordilheira. O livro “Até o Dia em que o Cão Morreu” foi para as telas pelo diretor Beto Brant, com o título “Cão sem Dono”. Quando perguntado sobre a adaptação feita, o escritor disse que é complicado, pois cada um pode ter uma visão diferente da obra, e um diretor ajusta da forma que entendeu a versão. “É outra obra, outra linguagem, muitas vezes diferente da que o autor queria mostrar”, afirma ele. Nesta mesma linha, Galera, que também é tradutor, falou da dificuldade de reproduzir do inglês para o português. “Tem que ser correto, a tradução muitas vezes é difícil, e não podemos mudar as coisas para não perder o sentido original”.

No tocante ao fim do livro impresso, a mesma pergunta respondida por Moacyr Scliar, na segunda-feira, dia 3, foi feita ontem a Galera. Ele respondeu não acreditar que as novas tecnologias como o iPad substituirão os livros impressos. “Os livros eletrônicos vieram para ficar, mas não tenho medo que os impressos sumam”, disse ele, exemplificando com o rádio, a televisão e a internet, mídias que nunca substituíram uma a outra.

Foto: Rômulo D’Avila

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feiradolivro2010_galera.jpgO escritor e tradutor Daniel Galera, que ganhou o prêmio Machado de Assis e o terceiro lugar no prêmio Jabuti de Literatura na categoria romance, ambos pelo livro Cordilheira, esteve no bate-papo do Livro Livre na noite de quinta, dia 6.

A praça não estava lotada, o que aproximou o público do escritor, e estimulou a fazer perguntas e tirar dúvidas com o convidado. Assuntos como literatura, traduções e internet foram as questões mais debatidas.

A internet é um meio de divulgação alternativa, onde autores podem publicar suas obras e serem lidos a qualquer momento. Com Galera não foi diferente, seu início de carreira como escritor teve como base a tecnologia do online. E, segundo ele, uma forma de conquistar e atrair leitores foi através dela. “Desde que eu sou escritor já usava a internet. Era diferente de hoje, nem os blogs existiam”, disse Galera.

Dois dos seus livros estão online – “Dentes Guardados” e “Até o Dia em que o Cão Morreu”. Já os livros “Mãos de Cavalo” e “Cordilheira”, ambientado em Buenos Aires, foram lançados pela editora Companhia das Letras. Daniel Galera ganhou o Prêmio Machado de Assis e o terceiro lugar no prêmio Jabuti de Literatura, na categoria romance, ambos por Cordilheira. O livro “Até o Dia em que o Cão Morreu” foi para as telas pelo diretor Beto Brant, com o título “Cão sem Dono”. Quando perguntado sobre a adaptação feita, o escritor disse que é complicado, pois cada um pode ter uma visão diferente da obra, e um diretor ajusta da forma que entendeu a versão. “É outra obra, outra linguagem, muitas vezes diferente da que o autor queria mostrar”, afirma ele. Nesta mesma linha, Galera, que também é tradutor, falou da dificuldade de reproduzir do inglês para o português. “Tem que ser correto, a tradução muitas vezes é difícil, e não podemos mudar as coisas para não perder o sentido original”.

No tocante ao fim do livro impresso, a mesma pergunta respondida por Moacyr Scliar, na segunda-feira, dia 3, foi feita ontem a Galera. Ele respondeu não acreditar que as novas tecnologias como o iPad substituirão os livros impressos. “Os livros eletrônicos vieram para ficar, mas não tenho medo que os impressos sumam”, disse ele, exemplificando com o rádio, a televisão e a internet, mídias que nunca substituíram uma a outra.

Foto: Rômulo D’Avila