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Santa Maria, RS, Brazil

Seminário mostra responsabilidade social e ambiental

“A política busca a dignidade humana. E não há dignidade humana sem política ambiental, sem sustentabilidade. Podemos usar a natureza, mas não acabar com ela". 


A declaração é do vereador de Porto
Alegre, Beto Moesch, que palestrou sobre Políticas Públicas, Sustentabilidade
Ambiental e Dignidade Humana no
seminário sobre
Responsabilidade Social e Ambiental da Semana do Meio Ambiente. Beto Moesch apresentou casos de poluição no estado do Rio Grande do Sul, especialmente de Porto Alegre. Explicou a relação entre a política tradicional e o meio ambiente.

Preservação e devastação – O palestrante mostrou ao público presente os exemplos dos locais preservados e de outros onde há devastação da natureza. Um dos casos apresentados foi a morte de toneladas de peixes no rio dos Sinos, em 2006. Explicou que, além da ação poluidora de uma empresa, o local não tinha mais mata ciliar para proteger o rio. "Faltou oxigênio para os peixes. O rio Tietê, o rio Gravataí e o rio dos Sinos são os três rios mais poluídos do Brasil", enfatizou Beto Moesch.

Para o vereador, os banhados também são importantes, eles ajudam a alimentar a vegetação local e, sem eles, as chuvas não chegam até os aquíferos. No estado, há uma lei, no Código do Meio Ambiente, que visa a proteção desses banhados.



"Drenagem para plantios e construções civis em cima das nascentes prejudicam o curso dos rios. Os grandes empreendimentos e hotéis facilitam a poluição e a erosão quando não respeitam o leito dos rios, além de contribuir para o desmatamento’, explica Moesch. Segundo o vereador, o Rio Grande do Sul pouco se preocupa em tratar os dejetos dos suínos, por exemplo. Outros exemplos foram citados pelo palestrante, como a questão dos esgotos domésticos, que têm apenas 13% do seu total tratados pela Corsan. "As nossas ações podem ser sustentáveis ou insustentáveis", comentou.


Sustentabilidade é competência de quem? – A sustentabilidade é de competência da União, dos 27 estados, dos 5.564 municípios e dos cidadãos, segundo o artigo 225 do Constituição Federal. Em Porto Alegre, a preocupação dos governantes foi de tornar a cidade menos poluidora e mais sustentável. Segundo o vereador, nos casos apresentados foram adotadas medidas para reduzir o impacto ambiental. Entre elas, a redução da poluição visual, com o distanciamento de outdoors pelo menos a vinte metros de distância dos viadutos e a oitenta metros entre cada outdoor em ruas e avenidas.

Através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAM), os parques da capital possuem tratores de coleta de lixo movidos a biocombustível de óleo de fritura. Em parceria com a  Pontifícia Universidade Católica (PUC), o projeto já foi implantado no Parque Farroupilha, diminuindo a poluição do ar e o ruído do motor.

"Práticas locais que desencadeiam práticas sociais", explica o palestrante. Outro exemplo é de um hipermercado da capital, que já adotou pavimentação semi-permeável com gramado em seus estacionamentos. Uma prática que, segundo Beto Moesch, será adotada por outros mercados da rede no Brasil. Porto Alegre também possui o "disque pichação", um serviço para a comunidade denunciar atos de vandalismo. A cidade gasta em torno de 500 mil reais por ano reconstruindo locais que sofrem com atos de vandalismo, segundo o vereador.


E Santa Maria, como fica? – Para Santa Maria, segundo o secretário de Proteção Ambiental Luiz Alberto Carvalho Junior, as ações que  foram feitas durante a Semana do Meio Ambiente devem perdurar, como debates, seminários e práticas dentro da comunidade. "É uma lástima que não temos o salão lotado. Precisamos pensar nas Políticas Públicas como planejamento e educação ambiental. Educação Ambiental se faz assim, com a participação de todos", comenta o secretário.

O evento se realizou no Salão da APUSM (Associação dos Professores Universitários de Santa Maria), na última segunda-feira, dia 7 de junho. Estavam presentes o prefeito Cezar Schirmer, o secretário de Proteção Ambiental Luiz Alberto Carvalho Junior, a secretária de Turismo Norma Moesch, a vereadora Maria de Lurdes de Castro, entre outras autoridades de Santa Maria.

Em seu discurso de abertura, o prefeito ressaltou a intenção de tornar Santa Maria uma referência na questão ambiental e deu como exemplo duas ações práticas: a criação do Parque Palotino, com 7 hectares e área de preservação ambiental, e o Parque da Vila Jockey Clube, com 24 hectares.

No próximo dia 9 de junho, será o lançamento do projeto "Adote um árvore". O local será o Bosque da Aliança Sustentável, na rua Ceará, no bairro Nonoai.

 

Fotos: Hálison Barcelos (Laboratório de Fotografia e Memória)

 

 

 

 

 

 

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“A política busca a dignidade humana. E não há dignidade humana sem política ambiental, sem sustentabilidade. Podemos usar a natureza, mas não acabar com ela". 


A declaração é do vereador de Porto
Alegre, Beto Moesch, que palestrou sobre Políticas Públicas, Sustentabilidade
Ambiental e Dignidade Humana no
seminário sobre
Responsabilidade Social e Ambiental da Semana do Meio Ambiente. Beto Moesch apresentou casos de poluição no estado do Rio Grande do Sul, especialmente de Porto Alegre. Explicou a relação entre a política tradicional e o meio ambiente.

Preservação e devastação – O palestrante mostrou ao público presente os exemplos dos locais preservados e de outros onde há devastação da natureza. Um dos casos apresentados foi a morte de toneladas de peixes no rio dos Sinos, em 2006. Explicou que, além da ação poluidora de uma empresa, o local não tinha mais mata ciliar para proteger o rio. "Faltou oxigênio para os peixes. O rio Tietê, o rio Gravataí e o rio dos Sinos são os três rios mais poluídos do Brasil", enfatizou Beto Moesch.

Para o vereador, os banhados também são importantes, eles ajudam a alimentar a vegetação local e, sem eles, as chuvas não chegam até os aquíferos. No estado, há uma lei, no Código do Meio Ambiente, que visa a proteção desses banhados.



"Drenagem para plantios e construções civis em cima das nascentes prejudicam o curso dos rios. Os grandes empreendimentos e hotéis facilitam a poluição e a erosão quando não respeitam o leito dos rios, além de contribuir para o desmatamento’, explica Moesch. Segundo o vereador, o Rio Grande do Sul pouco se preocupa em tratar os dejetos dos suínos, por exemplo. Outros exemplos foram citados pelo palestrante, como a questão dos esgotos domésticos, que têm apenas 13% do seu total tratados pela Corsan. "As nossas ações podem ser sustentáveis ou insustentáveis", comentou.


Sustentabilidade é competência de quem? – A sustentabilidade é de competência da União, dos 27 estados, dos 5.564 municípios e dos cidadãos, segundo o artigo 225 do Constituição Federal. Em Porto Alegre, a preocupação dos governantes foi de tornar a cidade menos poluidora e mais sustentável. Segundo o vereador, nos casos apresentados foram adotadas medidas para reduzir o impacto ambiental. Entre elas, a redução da poluição visual, com o distanciamento de outdoors pelo menos a vinte metros de distância dos viadutos e a oitenta metros entre cada outdoor em ruas e avenidas.

Através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAM), os parques da capital possuem tratores de coleta de lixo movidos a biocombustível de óleo de fritura. Em parceria com a  Pontifícia Universidade Católica (PUC), o projeto já foi implantado no Parque Farroupilha, diminuindo a poluição do ar e o ruído do motor.

"Práticas locais que desencadeiam práticas sociais", explica o palestrante. Outro exemplo é de um hipermercado da capital, que já adotou pavimentação semi-permeável com gramado em seus estacionamentos. Uma prática que, segundo Beto Moesch, será adotada por outros mercados da rede no Brasil. Porto Alegre também possui o "disque pichação", um serviço para a comunidade denunciar atos de vandalismo. A cidade gasta em torno de 500 mil reais por ano reconstruindo locais que sofrem com atos de vandalismo, segundo o vereador.


E Santa Maria, como fica? – Para Santa Maria, segundo o secretário de Proteção Ambiental Luiz Alberto Carvalho Junior, as ações que  foram feitas durante a Semana do Meio Ambiente devem perdurar, como debates, seminários e práticas dentro da comunidade. "É uma lástima que não temos o salão lotado. Precisamos pensar nas Políticas Públicas como planejamento e educação ambiental. Educação Ambiental se faz assim, com a participação de todos", comenta o secretário.

O evento se realizou no Salão da APUSM (Associação dos Professores Universitários de Santa Maria), na última segunda-feira, dia 7 de junho. Estavam presentes o prefeito Cezar Schirmer, o secretário de Proteção Ambiental Luiz Alberto Carvalho Junior, a secretária de Turismo Norma Moesch, a vereadora Maria de Lurdes de Castro, entre outras autoridades de Santa Maria.

Em seu discurso de abertura, o prefeito ressaltou a intenção de tornar Santa Maria uma referência na questão ambiental e deu como exemplo duas ações práticas: a criação do Parque Palotino, com 7 hectares e área de preservação ambiental, e o Parque da Vila Jockey Clube, com 24 hectares.

No próximo dia 9 de junho, será o lançamento do projeto "Adote um árvore". O local será o Bosque da Aliança Sustentável, na rua Ceará, no bairro Nonoai.

 

Fotos: Hálison Barcelos (Laboratório de Fotografia e Memória)